desilusão

Foto de Paulo Gondim

Remorso

REMORSO
Paulo Gondim

Sabe-se lá por onde andas
Já que se apagou a chama
Que no peito se fazia em fogo
É sentido já o fim do jogo
Foi em vão me dizer que me ama
Diante de tantas inverdades
As poucas possibilidades
Já se esgotam. É chegado o fim.

Mas foi sempre assim
A dura e triste realidade
Que foram meus dias contigo
À sombra do medo e do perigo
Faltou amor. Faltou coragem
Melancólico fim dessa viagem

Mas não te esqueço, é tudo real
Como não me esqueces, é igual
Apenas jogastes fora o que foi belo
E agora por caminho paralelo
Eu ainda busco te ver
Da mesma forma que tentas te esconder
Mas não consegues. Finges.
E haverás de purgar a tua culpa
No remorso que ora te atinges.

Foto de Arnault L. D.

Grão de areia

Como posso o tempo perder
se este não me pertence?
Apenas por ele me movimento,
sem a ele poder conter,
sem importar com que pense.
O ar me sopra qual vento.

Feito o verde mar, gigante,
e eu sendo apenas um peixe
que cruza as águas desatento.
O tempo engloba-me adiante...
Como posso o mar perder? Deixe...
Indifere correr, ou passar lento.

Se diz que eu perco meu tempo,
realmente não me importa.
Apenas colho o que dele transpasso,
não tenho como fazer um cerco
se é ele que me comporta...
Ele é mar, é ar... ele fica, eu passo.

Foto de Paulo Gondim

Em paralelas

Em paralelas
Paulo Gondim
10/04/2014

Eu conheço todos esses caminhos
E sei exatamente quando trilhas por eles
Cada passo teu, cada rastro, cada gesto
E em cada um, há um pouco de mim neles

Já conheço cada frase de tua conversa
Diferente do que foram outrora
Soam sempre como desculpa
Do que foi e já não é agora

Os caminhos continuam os mesmos
Mas, agora, andamos em paralelas
Se tornaram vias distanciadas
E tu já não me queres ver mais nelas

Foto de MISS DAISY

Indignação

O Brasil jamais será uma super potência, um país de primeiro mundo, com cidadãos culturalmente evoluídos em sua maioria a ponto de reconhecer o que é bom ou ruim para sua descendência!" Vejamos: Observemos a natureza para termos as respostas de que precisamos. Na natureza tudo que puro e original é lindo, é divino. Tudo o que percorre seu curso normal, assim como as águas de um rio, é sublime, é maravilhoso. No Brasil, tudo o que é sublime, é destruído, quase que imediatamente pela grande vilã, a MÍDIA. Os valores morais foram terrivelmente deturpados pela funesta casta midiática que imprime valor em tudo o que é inútil e fútil mas que está "na moda". Foi-se o tempo em que uma mulher receber adjetivos pejorativos, baixos e vis era tido como desrespeito. Hoje é ELOGIO para a maioria das mulheres. As mulheres e seus corpos, são expostos nas vitrines televisivas como carne no grande açougue da mídia, esperando serem classificadas de acordo com as formas, com as poucas roupas que vestem, com o apelo sexual que apresentam. Os homens, por sua vez, afastados cada dia mais dos conceitos e pré-conceitos de moralidade, sucumbem mais e mais, desvalorizando suas esposas e partindo para os prazeres fáceis e os convites explícitos da rua. Nossas meninas, crescem explorando tais vitrines com curiosidade inocente e mentes abertas ao desconhecido. Nossas adolescentes deslumbram-se com os chamamentos do admirável mundo novo, mas... com que base? Nossos jovens, deleitam-se num mundo de tantas possibilidades, sexo fácil e verdejante nas esquinas, nas ruas, nos bares. Os adultos - muitos já corrompidos pela exposição midiática - cada vez mais convencem-se de que o mundo como está hoje reflete a MODERNIDADE tão esperada, tão inofensiva ... Outros, diante da impotência, contentam-se em pertencer ao rol dos desistentes. Nossos idosos escandalizam-se com tamanha falta de moralidade. Em tempos remotos, jamais seria admitido ofender a mulher. A MULHER era o esteio da família, advinda dela, a vida. O início de tudo - a Mulher. Que tão vilmente é denegrida. Figura destroçada, a Mulher. A mídia quer dinheiro, e o busca muito visivelmente nos dias de hoje explorado a figura da Mulher. Porque se permite, porque se quer permitir. Nossos bebês cantarolam as canções mais pejorativas que nem nós adultos temos coragem de balbuciar... Mas as crianças cantam... e dançam.. imitando nossas rebolativas representantes da cultura nacional. Os bons... ah os bons... raramente desfrutam da mídia. Mas o inútil, o fútil, o podre, o perverso, o imoral... ah esses sim povoam e dominam a mídia mercenária. Quando poderíamos imaginar que chegaríamos a tal ponto de não censura. Nada mais é proibido, a cultura do tudo pode toma conta de nossos lares todos os dias - basta que liguemos nossos televisores. Poucas são as programações que acrescem valor e poucos também lhe são os expectadores. A degradação a céu aberto é o que vemos nas ruas, ao sairmos de casa, o medo de sermos violados em nossos direitos, a insegurança de sabermos o que vamos encontrar na esquina da João XXIII por exemplo. A céu aberto. Ao dia claro, pra todo mundo ver. Degradação. Nossas crianças vão à escola, e voltam ... vazias. Até mesmo nossos professores, foram destituídos de sua função. É proibido proibir! A formação global que é incutida nas crianças desde pequenas nos chamados "países de primeiro mundo", com aulas extras que valorizam suas habilidades, no Brasil... simplesmente não acontece. A cultura é dançar funk no intervalo das aulas, identificar se a merenda escolar será boa e voltar pra casa... complementando seu currículo com o que? mais degradação televisiva. É raro ouvir uma criança dizer que tem talento para moda, decoração... medicina, engenharia mas... se ligar o rádio... logo se dirá que ela tem talento para o funk. Enquanto não utilizarmos nossos cérebros para a função para a qual ele foi especialmente desenvolvido... bye bye Brasil! Lá fora sempre seremos conhecidos e tachados como sendo o país do futebol, do sexo fácil e da cultura chula. Jamais teremos orgulho de sermos BRASILEIROS. Os bons ... se manifestem... porque os maus fazem isso o tempo todo! E fazem com tamanha veemência que os bons são tidos como tolos. Quem discorda não precisa terminar de ler... Não é meu tipo de público. Mas quem concorda, bota a boca no trombone pois nosso país está sem freio descendo um despenhadeiro e só os hipócritas não enxergam isso.

Foto de José Herménio Valério Gomes

O QUE NÂO ESCOLHI SER

DEIXA-ME ESCREVER O QUE SEI
SOBRE ESTE MUNDO COLORIDO
COM MENOS CORES QUE EU IMAGINEI
DEIXANDO-ME PENSAR ,QUE NEM TUDO ESTÀ PERDIDO

SABES QUE QUANDO NASCEMOS ACEITES
NUMA SOCIEDADE DE VALORES AFIRMADOS
SOMOS LEVADOS COMO LEITÔES DE LEITE
PARA CRESCER ,NUM ILUSIONISMO ORQUESTRADO

NASCI COMO A PALAVRA IMPARCIAL
E A VISÂO PARA O MEU MUNDO ,ERA A MAIS CERTA
ATÈ SABER, QUE ME DEIXEI INTEGRAR NO TEMPO
POR ALGO QUE TENTEI, RECUSAR DENTRO DO ALERTA

...GOSTAS DE OUVIR MUSICA
...GOSTAS DE QUALQUER DISCURSO
...ENCONTRAS NOME PARA A TUA MUSA
...E ESCREVES UM LIVRO TÂO CONFUSO

NÂO ESTÀ CERTO ESCONDER O SOPRO
DE QUE FALAMOS E NÂO TEM ALIVIO
DEVENDO AINDA AGRADECER,POR NOS DAREM UM CORPO
PARA CONTINUAR A ELIMINAR CORES,AO MUDAR RUAS DE SITIO...

(zehervago 25/03/2014)

Foto de Carmen Vervloet

Promessas Vãs

Aquela promessa cor de rosa,
que saiu de um coração apaixonado,
e me deixou feliz e toda prosa
afogou-se neste mar tão agitado.

Hoje a sensação do nunca vivido,
as palavras se perderam no imprevisto,
lembranças que me deixam aturdido,
deixaram no coração o seu registro.

Hoje não me vejo nos seus olhos.
Acabou a magia de um sonho...
A minha decepção desfolho,
e o meu porvir já é tristonho.

Foto de Paulo Gondim

Restos

RESTOS
Paulo Gondim
11/03/2014

O que somos agora, senão vultos
Que aparecem na escuridão
Vagando tristes, sem alento
Resíduos levados pelo vento?

O que restou de nós, senão mágoas
Sombras, apenas, do que fomos
Pouco sobrou que mereça crença
Só desgosto em nossa presença?

E do pouco que ficou, resta o pranto
Pela vida deixada num canto
Enquanto vida, não vivida...

E somos nós, agora, passado
Estranhos, num viver a dois
Simulacro de simples vaidade
Nem sentimos, sequer, saudade

Foto de Paulo Gondim

Busca

BUSCA
Paulo Gondim
06.03.2014

Se me procurares nas ruas, talvez não me encontres
Apesar de lá, ter sido deixado por teu coração
Como restos de sonhos que não se sonham mais

Se me procurares nas estrelas, elas estão muito longe
Certamente, não vais me encontrar; nelas não há mais brilho
O mesmo brilho que havia em teus olhos, quando me viam

Se me buscares no mar, as velas já saíram do cais
Busca-me na tua lembrança, na tua saudade fria
Nos teus ais, nas sobras de nossa tão bela fantasia

Foto de Arnault L. D.

Circular

E lá vem o circular
para novos embarques,
a barganhar destinos,
inda e vinda, a abarcar
seus velhos fregueses,
anciões e meninos.

Em seu itinerário,
por janelas abertas,
esperam na jornada
um ponto imaginário.
E atentos aos alertas
espreitam a chegada.

Há quem desça em vão,
em caminhos errados;
tem os que adormecem
e passam da estação
e ficam lá, sentados,
esperando o que não vem...

Outros, nem direção;
querem só a paisagem
e girar pelo estrada,
porque cansados estão.
Querem só da viagem,
seja longa a jornada...

Leva o seu passageiro,
ruma a única rota,
caminha ao terminal.
Ante ao fim derradeiro,
o descer mais importa
aquém ao ponto final..

Foto de Angelgoiabinha2

Pensamento

****
***
**
*
Se eu disser que me canso,
não seria novidade.
Já me cansei de tanta e tantos,
mas há uma desigualdade;
Já me perdi, sofri e sofri.
A felicidade poderia simplesmente ficar à vontade.

Angélica macedo

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