dor

Foto de Carmen Lúcia

Versos tristes

Dizem que são tristes meus versos...

Mais triste é não poder fazê-los

e jamais descrevê-los

da forma que se me apresentam

pedindo que os extravase

da maneira que me invadem

tocando meu coração...

Se fazer versos é retratar a alma

como evitar a veracidade

que me desponta

quando quero, francamente,

lançar todo sentimento

que atônito me arrebata

e fazer dele

alegre e suave canção?

Não! O que me brota

germina nos versos que faço,

nas linhas e entrelinhas que entrelaço

revelando derrota ou cansaço.

Se são tristes,

seguem meu compasso...

Se a dor bate à minha porta,

prontamente a abro...

Autenticidade é o que importa.

_ Carmen Lúcia_

Foto de poetisando

Dor da despedida

É dolorosa a despedida
Assim como todas o são
Mais ainda de quem temos
Dentro do nosso coração
Quando a distância é grande
Há saudade e não esquecimento
Como dói tanto o coração
Que grande e o seu sofrimento
Longos tempos até de espera
Podemos estar sem nos vermos
Um dia sem nós contarmos
Iremos de novo ver-nos
Aos que estiverem a minha espera
Também eu já muito esperei
Por alguém muito especial
Que não me amou como a amei
Despedida que és dolorosa
Quando estamos de partida
Despedida de amigos e amores
Que dor mais forte a despedida

De: António Candeias

Foto de poetisando

Cansado

Deixa-me poder conhecer
Não te vais arrepender
Quero saber mais de ti
Não fujas de mim a correr
Porque foges tanto de mim
Quando me estou sentindo bem
Deixa-me dar muitos carinhos
Não fujas mais de mim meu bem
Quando desejo falar contigo
Tu até foges a sete pés
Desejo estar a sós contigo
Digo-o do fundo do meu ser
Porque continuas de mim a fugir
Só para não estares mais comigo
Não fujas mais de mim meu bem
Quando eu só quero é estar contigo
Estou a começar a ficar cansado
De tanto de mim estares a fugir
Talvez tu me queiras depois falar
E eu que não te vou mais ouvir

De: António Candeias

Foto de Carmen Lúcia

Hoje é carnaval

Hoje o dia está triste. Chove lágrimas de um céu cinzento e hostil, em discrepância com o carnaval. Ainda há carnaval!
A alegria descabida e camuflada de um cenário não convincente onde protagonizam a vida vestida de dourado, teima em desfilar pela avenida em desagravo às sanguinolentas feridas.
Querem curá-las a qualquer custo...mesmo arrancando suas cascas com as unhas para sangrá-las de uma só vez. Ou quem sabe estancar o sangue no intuito de reverter a dor e viver intensamente, no sentido mais amplo da palavra, o real carnaval, pois é ele que corre nas veias de um povo sonhador, que não se curva, não se abate, não desiste de fazer desse momento um canal gigantesco, surreal, por onde possam extrapolar todas as mazelas sofridas e dar vazão ao sonho de ser rei, rainha, deus, destaque, bateria, samba, enredo... de até voar, voar... concretizando o "Sonho de Ícaro".
Três dias que valem por uma vida! Momentos a serem relembrados e aclamados durante o ano inteiro!Felicidade que alivia a infelicidade das desigualdades e injustiças sociais. Momentos que anestesiam os ais e energizam para a luta de cada dia.

_Carmen Lúcia _

Foto de poetisando

Sei bem

Sei bem tudo o que eu já fui
E que de novo não irei mais ser
Não quero amigos nem amores
Para desilusão não voltar a ter
Fui um homem de grandes sonhos
De amigos de amores e de magias
Agora esqueci-me disso tudo
Não foram mais que fantasias
Diziam que muito me amavam
E até que eram amigos leais
Agora olhando para o passado
Uns e outros onde é que estais
Queria tanto ter sido feliz
Depois de criança tão sofrida
Ainda hoje tenho pesadelos
Do tempo dessa vida vivida
Já me senti muito feliz quando
No amor e amigos acreditei
Muito me fizeram sorrir
Que até lagrimas derramei
O que já fui no passado
Não mais se vai repetir
Adeus ao amor e aos amigos
Não mais me irão mentir
Sei bem o que eu já fui
Que não volto mais a ser
A vida que bem me ensinou
Assim com ela tive de aprender

De: António Candeias

Foto de Carmen Vervloet

Nasceu uma Constelação

Eram jovens! Tão jovens!
Viviam o apogeu dos seus sonhos,
construíam castelos tão altos
e tão belos!
Mas a vida é tão frágil!...
E num breve momento
deixaram a leitura interrompida,
os cadernos incompletos,
o Brasil perplexo e
estes versos caindo como lágrimas
sobre um mar de dor!
O Brasil lamenta a viagem sem despedida...
E os meninos num vôo encantado
chegam ao céu de Santa Maria
e formam uma constelação que brilha
e sinaliza as irresponsabilidades
dos homens da terra!

Foto de poetisando

Venho dizer-te adeus

Venho agora dizer-te adeus
É uma página que já virei
Levo no meu pensamento
O quanto eu tanto te amei
Já me secaram as lágrimas
Nada já me está a prender
De ti eu já me esqueci
Deixei de te conhecer
Não sei como de repente
Passei a ser para ti estranho
Nessa altura tanto me doeu
Essa dor eu ainda a tenho
Venho dizer-te adeus
Vou mudar de sítio e lugar
Até talvez eu venha a conhecer
Alguém que me vá mais amar
Os meus sonhos já os perdi
Vou indo para outro lugar
Levo-te dentro do coração
É onde te irei sempre guardar
Venho dizer-te adeus
Que me vou agora embora
Levando no pensamento
Os tempos que vivi outrora

De: António Candeias

Foto de poetisando

Foste a luz

Foste a luz que me ilumina
A flor do meu jardim
Como te amo meu amor
Amame tu também a mim
Não penses mais no passado
Olha sim sempre em frente
Passado já não vai voltar
Agora há que olhar ao presente
Já foste a luz que me iluminou
Estes meus olhos cansados
O amor não nos quis unidos
Deixou-nos foi destroçados
Há noite quando me deito
E acabo de adormecer
Vejo-te nos meus sonhos
Até os raios do amanhecer
Eras tudo na minha vida
Até que te foste embora
Nem de mim te despediste
Como o meu coração chora

De: António Candeias

Foto de poetisando

Doente

Sinto-me muito doente
Não sei porque estou assim
Talvez por te ter perdido
Ou eu seja mesmo assim
Talvez eu seja um doente
Ou esteja a ficar demente
Com saudades do passado
Que me continua presente
Talvez eu seja um doente
Que deixou de ter cura
Porque queria a felicidade
Que á tanto anda á procura
Sinto-me cada vez mais doente
Muito próximo da loucura
Chorando de tanta tristeza
Eu demente sem ver a cura

De: António Candeias

Foto de William Contraponto

Teus Preconceitos

Cabeça vazia, dedo apontado
Faz graça, concorrente de palhaço
As diferenças que caso não respeita
São crias originadas
Nessa tua existência frustrada

Esses preconceitos revelam mais:
Ignorância, a falta que conhecimento faz
Ou mesmo desejos reprimidos
Tudo isso sim, está a olhos vistos
Para quem sabe enxergar...
Mas quem sabe um beijo meu
Bem melhor iria te deixar?

Se é ignorância, se é desejo
Nem quero realmente saber
Cuida da tua que faço a minha
Assim a gente caminha
Procurando independência e ser feliz.

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