fantasia

Foto de Arnault L. D.

Canções do vento

Pergunto ao vento,
qual a canção que ele assovia...
Que não entendo, mas, em um momento,
vejo-me a dançar em sua melodia.
Mesmo sem saber me movimento.

Por entre as notas,
que brotam no cortar das coisas,
sem desviar, traçando rotas,
vendavais, ou brandas brisas.
Traz segredos de eras remotas...

Somente a alma,
sabe do canto, o que significa,
da letra que no éter se espalma,
que do chão a desprende, e não fica
junto a razão, levada a sua palma...

Mas, hoje ele canta, enfim,
somente para meus ouvidos...
Embora, saiba que ele cante assim
desde além das eras, anos idos,
aquém do agora e de mim.

Mas, cada vez é diferente,
muda um detalhe, nova vibração.
No sopro que transpassa a mente
faz novas notas para a audição,
ao instrumento que as toca e sente.

Musica do vento, soa ao coração.

Foto de Arnault L. D.

Do tempo que não cabe (A canção de Jareth)

A vida continua.
Avulsa de nós
e do que nosso era...
Girando sol e lua,
as vezes lento, ora veloz,
simplesmente não espera.

Eu quero você
e não mais ter memória,
não ter história,
que após, mais nada importe.
Seja a vida, ou a morte.
Quero que mundo acabe,
que o tempo se estanque
que o durante se eternize,
enquanto a amo, seja sempre.
Que num beijo me consuma,
como estrela cadente...
Que tem no êxtase o perder.
Que os “por quês” se resumam
no ápice ao vazio.
Como eu a amo... tanto a amo.
Que vou quebrar o tempo!
Ou... perde-lo...

A vida continua;
avulsa de nós
e do que nos espera.
Girando sol e lua,
as vezes lenta, ora veloz
e simplesmente era...

Foto de Paulo Master

Reles Mortais

“Em nome do prazer permita-se comprimir entre meu corpo e a porta do carro. Compartilharemos um êxtase intenso. A penumbra ocultara suavemente nossos corpos, incutindo o paraíso aos nossos sentidos”.
O texto acima sugere uma complexidade de ações voltadas ao desejo, como um fluxo de marés, uma troca afetiva em consentimento focando o alcance do prazer.
O ser humano consegue sentir a imortalidade mesmo dentro de um corpo mortal, somos capazes de raciocinar, embelezar os sentidos através do raciocínio acerca de eventos extraordinários. Enfim, podemos ser felizes, criar o paraíso particular, um lugar ideal, na terra em utopia, outrora representada pelo Jardim do Éden.
A magia da fala concebe o som das palavras, a fonografia cria um cosmo abundante em beleza, rico em poesia. Aos protagonistas dessa ciranda deleitosa resta apenas subtrair o máximo do prazer de cada um para o benefício de ambos, certamente um voluptuoso jogo de cartas marcadas que proporcionará um excitante final.
Por vezes somos tanto, mais do que devemos ser, menos que podemos suportar. A natureza foi gentil criando dois tipos diferentes de seres, não gostamos de nos sentir incompletos, solitários, isso gera angústia. O sentimento que alivia a dor da solidão também nos direciona a ela.
“O sangue lateja nas veias, é possível ouvir o forte fibrilar do coração”!
A natureza ironicamente criou o paradoxo tépido, ora desejamos, ora não conseguimos desvincular. Se não formos deuses, somos reles mortais.

Foto de cafezambeze

AO ZAMBEZE

Foto de cafezambeze

AS MINAS DO REI SALOMÃO

Foto de Oliveira Santos

Virtual

Separados por uma janela digital
Estando frente a frente
Nos conhecemos num clique

Nossos dedos percorrem o teclado
Pronunciando palavras em silêncio
E vamos nos revelando ao nosso gosto

Tentando, quem sabe, nos impressionar um ao outro
Talvez dizendo o que nos convém
Nesse universo inanimado, porém não estático

Vejo você e sou visto, nunca nos tocamos
Você está aqui e eu também
E nos fazemos companhia

A noite inteira trocamos elogios, carinhos
Fantasiamos nosso prazer
E nos despedimos num clique

25/11/11

Foto de nelson de paula

ESTUPRO DA SONÂNBULA(de "Vozes do Aquém")

A bela que levanta à noite
é aquela que o caçador fareja
e empurra para a janela.

Não há senão o céu sem estrelas,
após a veneziana,
que felizmente emperra
e evita o pior.

Mas os grilos gritantes
fazem tanto barulho,
ajudados pelos morcegos e pelas cigarras,
que a tranca finalmente cai
e o orvalho faz seu abominável serviço
de preparar a carne para o banquete.

O pelo antecede o apelo,
intercedendo na rota
entre a mão e o gesto.

Fica a trança,
refém da tiara,
sustentando contra tudo
a virtude.

Enrosca na grade a última conta do terço,
feita de vidro e não de cristal,
arrebenta, porém, esparramando
reflexos pelo jardim.

A Besta assusta com a luz
e corre.

De longe lança o seu feitiço,
poderosa flecha,
roxa como convém ao momento,
acertando em cheio
o peito desfeito,
que racha,
para acolher o beijo
do passante distraído,
agora personagem.

Do ato será parido o mantra,
para ser usado na sétima porta,
mesmo que doa.

Foto de iarawf

Flores voadoras

Será que elas são reais,
ou são só da imaginação?
São pequenininhas,
ou do tamanho de um tubarão?
Elas também costumam brigar,
ou só sabem ajudar e conhecem apenas
aquela coisa chamada amar?
São amigas dos animais
e protegem quem faz paz?
Delicadas que nem as borboletas,
elas vem de outros planetas?
Grandes que nem gente,
enchem de magia nossa mente.
As asas delicadas que nem a brisa sobre o gramando,
os cabelos macios que nem seda para o lado,
o olhar inocente e dócil como uma flor
e o sorriso vivo e ardente, lembra o sol e seu calor.
Essas criaturas misteriosas,
que pulam de teia em teia
e de sonho em sonho,
nos enchendo de magia.
Se pudesse ver uma...
Bem que queria!
Essas fadas sapecas.

Foto de guiridhari

NÃO é o que HÁ

Sem duplo sentido sentindo sentimento
Não o cachorro que voa
Nem o prato de mente

Metaforeando runas azuis
Mas sim o poeta que corta
Até mesmo o anjo que mata

Chorando sorrisos irados
Ainda que a nave que sopa
Depois que a arma que escreve

Vagabundeando com ricos em clubes
Pode ser a lamina que salva
Ou é o homem que late

NÃO viver É sem UMA completo BOA sentido VIDA

Foto de Fernando ARC

Noite encantada

ó noite porque chegas sem dizer nada
trazes contigo o silencio, o brilho do infinito,
mesmo sem a luz do sol consegues ser bela,
ó noite encantada por milénios de escuridão,
leva-me contigo, deixa que seja o teu caminho
vamos juntos contar as estrelas e pular as galáxias
deixa que sejas tu noite, a embalar o meu sono profundo
muito para além do abismo, para lá da existencia
vem, vem me buscar,
o sol já não está a ver
e contigo tudo pode acontecer

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