fantasia

Foto de Paulo Gondim

Segredos

SEGREDOS
Paulo Gondim
02/10/2011

Eu conheço teus segredos
Os mais íntimos
Aqueles só teus
Que aos poucos se tornaram meus

Eu já te tomei em meus abraços
Na simplicidade da entrega
Sem nada pedir
Tudo querer

E ainda te tenho como fantasia
Nas noites insones até chegar o dia
Quando me vens como fotografia
E ali fica e me faz companhia

E teus segredos todos se revelam
Até os mais remotos
Os impossíveis
Mas, para mim, me mostras
Até os mais inacessíveis

Foto de nelson de paula

MAQUIANDO A AURA (de "Vozes do Aquém"

Há dias em que não se deve sair de casa
sem maquiar a aura.

Não dá para ter um encontro com um íncubo ou súcubo
com a alma em frangalhos,
sem brilho, rota e remendada.

Então, é fundamental ajeitar as coisas,
organizando as transparências,
colocando as sutilezas nos seus devidos lugares,
e levantando o nariz como uma vela cheia de vento,
com velocidade e ambição ao olhar.

Vale a pena lembrar de cuidar do cheiro,
já que o aroma se transforma em música no éter,
ultrapassando as escalas para tocar na porta
dos anjos da guarda,
lembrando-os
que precisamos deles quase que a todo momento.

Por fim, deixe o vento ajeitar
as tiras,
fazendo com que aquilo que poderia ser amarra,
vire escada,
apontada, é claro, para o muro do vizinho.

Foto de Delusa

Sonho e magia

Numa cascata te banhavas,
Enquanto eu para ti sorria;
A água onde nadavas,
Era de sonho e magia.

Água pura e cristalina,
Em abundância a nascer,
Eram lágrimas dos meus olhos,
A chorar por te não ver.

Aquele lugar encantador,
Tanta beleza envolvia,
Onde todo aquele amor,
Era sonho e fantasia.

Passarinhos a chilrear,
Traziam-me os teus segredos,
E para mais me encantar,
Nasciam rosas nos rochedos.

Mas ao acordar, fiquei
Ainda mais encantada;
Nunca beleza eu sonhei,
Como a que vejo acordada.

Nenhum sonho pode igualar,
A magia que me é dada,
Ao ver-te julgo sonhar,
Duvido estar despertada.

Delusa

Foto de diny

IMAGEM-INSPIRAÇÃO

IMAGEM-INSPIRAÇÃO

Uma imagem, uma inspiração.
Linhas entre dedos entrelaçadas,
como vida e destino traçados.
Vinculados na palma da mão.

Indicando substratos ocultos.
Talvez passado, presente, futuro.
Como teias que prendem espaços.
Entre o agora e o ainda não!

Como estreitos e estranhos laços.
De coisas da mente e do coração.
ou surpreendente forma de vida.

Imagem embebida de mistério.
Inspiração tão singela em traços.
De que a vida não é fácil; mas bela!

Foto de Arnault L. D.

A beleza em seus olhos

No alto do poste, uma lampada;
mais acima, o céu nublado.
Que passaria ignorada,
se não fosse o inusitado...

Uma pequena mariposa,
que acabara de eclodir
busca da noite, a branca rosa,
que a nuvem teima encobrir.

E saiu voando a procura
da Luna... que avistou distante,
linda e prata, sobre a noite escura
e voou para ela num rompante.

Assim foi, subindo e subindo,
a lua, aos poucos a aumentar.
Era o sonho, saciado, se abrindo,
num premio à exaustão do voar.

E lá, chegou ela, e pousou,
na lua... Exaurida, se viu.
Numa noite que o acaso vingou.
E a mariposa na lua dormiu...

Para uma lampada, comum,
durante aquela noite única
ela tornada foi, para um,
na própria lua magica..

Para uma mariposa perdida,
uma noite, eterna, continua...
Pousada sobre o poste exaurida
ela alcançara a sua Lua.

Foto de Paulo Gondim

Sonho de menina

Sonho de menina
Paulo Gondim
27/03/2011

O vento sopra suave,
Trazendo a brisa fresca do outono
E cá de minha janela alta, vejo a rua
A rua deserta de pedras escuras
Que me dão conta de meu abandono

E da janela contemplo o céu limpo
E em cada estrela cintilante
Vejo-me a navegar nas nuvens
A procura do sonho perdido
Que se foi como cometa errante

E em cada pedra daquela rua
Que aos poucos se ilumina
Vejo caminhar meus sonhos
Que vêm até minha janela
Afagar meu desejo de menina

E para os sonhos, jogo meu cabelo
Em tranças negras como a noite
Debruço-me na janela, olho o céu
E em cada estrela brilhante
Vejo-me envolta em branco véu

Foto de annytha

CONFLITO DE UM POETA!!!

CONFLITO DE UM POETA

Na tua sanidade, nos teus devaneios, quiseste me poetizar, porém não conseguiste. Porque será? Já te perguntaste o motivo para não conseguires me poetizar, uma vez que sou tão frágil e tão cristalina! Será que não foi o amor que sentes por mim não ter sido o suficiente para eternizar-me através dos teus poemas? Ou será que sou tão insignificante ao ponto de não fazer a tua imaginação de poeta viajar através dos teus delírios ao ponto de te frustres por não conseguires intuir a tua ispiração, se o sentimento que tem um poeta já é uma ispiraçao?

Não precisas refletir, que a noite traz escuridão, que toma o lugar do sol que ilumina a vida, que o navio rompe e rasga, as águas do mar e que o raiar da Aurora, tinge de azul o infinito do céu, e sendo tu poeta, tem tanta facilidade de me poetizar, não precisa se preocupar, porque se tu me amas de fato, fica tudo mais fácil de falar, não precisa criar, não precisa te intuição, porque eu já sou a tua própria fonte de inspiração.

Sim! A lua, com as suas variações, também inspiram os poetas, a sua luminosidade, parece acender mais o fogo da paixão, por isso que dizem que ela pertence aos namorados,
As flores verdadeiramente são frágeis assim como também sou, mas tu se esquece que elas têm seus espinhos como mecanismo de defesa para se proteger dos brutos que tentam lapidá-las? E se até os pássaros voam pela floresta declamando lindos versos, e depois que tu dizes tudo isso, ainda me diz que não consegue me poetizar, tu que já é um nato poeta de valioso calão? Acho que tu te sub-estima, ou cobra-se demais porque acha que não consegue ver que tudo isso já me poetizou?

Acho que não preciso dizer mais nada, porque tu mesmo já encontrou a resposta:
-Que tu és um ser humano, não podes atingir-me para poetizar-me, porque como tu mesmo percebeste, eu já sou a própria poesia!

Foto de Arnault L. D.

Borboletas na escuridão

A fria brisa dá-me um beijo,
com lábios úmidos de Lua.
Meu coração compassa lento,
fecho os olhos e o desejo.
Abre-se em mim, qual na rua,
vias, desertas, para o vento.

As estrelas, todas moram,
na doçura da imensidão.
Ficam a esperar a treva
e as mariposas, que retornam,
borboletas na escuridão...
Na noite são; e o vento leva...

Madrugada, quero a solidão,
das luzes a névoa embotar,
na neblina que se esparsa,
a dizer não, ao que for visão.
A guardar pra si o limiar,
na ténue luz, que se esgarça.

Espero o frio a congelar,
contraste a pele que me ardia,
cabelos, olhos, a umedecer,
no hálito que a névoa é ar.
Sopra-me, distante o dia...
Noite fria, dá-me o anoitecer...

Foto de KAUE DUARTE

SINTOMAS DE AMAR

Pairar...
E me derreter em plumas sedentas de glória
Na minha história escrever com sangue
Dar de mim, aquilo que me resta
A minha essência, o melhor
Ver o céu aqui comigo
Deixando que a atmosfera sustente meu desejo
Desejo de voar
Ser o sonho que flutua sobre nós
Ser as partículas de amor
Emitidas por almas que se cruzam apaixonadas
Em micro aspecto ser o projétil
Que aflige seu coração
Que te fere no mais profundo
Ser o fragmento de sua fraqueza
Sua molécula de prazer
Sua endorfina, dopamina
Adrenalina que te conduz a aceleração
Que pausadamente se corrompe
Num fluxo absoluto de amor.

Foto de Enise

A causa

Cadê a poesia?
Sumiu...
Minha veia poética entupiu.

Enise

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