ódio

Foto de Comandos

O Senhor é minha única esperança

Perdido e esquecido pelo mundo
No meio de um labirinto obscuro
Cercado por feras de submundo
Me vi transfigurado pelo inimigo fazendo sua vontade

Seguindo no caminho da morte
Me afastando da vida
Vivendo em mentiras
Esquecendo-me da verdade

A escuridão era intensa
E tão assustadora que nem mais ouvia meu coração bater
Meu sangue coalhado já não mais circulava em minhas veias entupidas pelo ódio, pelo desejo, pela vingança
Quando achei que não mais havia esperança

Uma Luz brilhou no meio da sombria escuridão distorcida
E me falou com mansa voz...
-Por onde você andou minha criança
E para onde está indo tão triste e sem esperança

E eu avistando aquela Luz tão brilhante, tão radiante, tão quente, tão cheia de esperança
Me senti novamente como criança e senti novamente meu coração bater
E diferente daquela Luz que falava mansamente
gritei ferozmente
Me ajuda pois o Senhor é minha única esperança

Foto de CarmenCecilia

Nada Mudou...

Nada Mudou...

O pior é que nada mudou...
A impunidade acelerou...
A mídia deformou...
E a consciência desinformou...
Brasil... Sonhos mil
Onde está o brio?
E na calada da noite...
O breu persiste como um açoite
Tudo está por um fio...
Em nada me fio...
E seguir em frente...
Cala toda gente.

Carmem Cecilia

É muito duro ver e ouvir quando as verdades são ditas !!!!!!!. O jornal, a televisão e outros meios de comunicação interrompem a carreira de uma excelente jornalista por ela ter sido verdadeira. Nós cidadãos não podemos falar, temos ouvir e ver todos os dias as barbaridades desse país. Estou com vc diante de tanta indignação. Parabéns pelo seu magnífico trabalho.

Foto de Felipe Ricardo

Uma Outro Soneto Pra Brinca a Noite

"Venha aqui e não fuga de minhas
Insanas palavras que tanto fazem
O desperta de tua maligna face
Que sempre esta a esconder do

Tolo mundo que assim tu chamas
De casa... Sabe o que é "casa"
Para min?... É a noite que enfim
Faço fria e gélida para pessoas

Que se deixam levar por dias
De luz e Sol, mas eu... Sou feito
De escuridão e Lua, pois a noite

Não passa de um brinquedo para
Minha desvairada mente que modela
Meu mundo no escuro de tua alma [...]"

Foto de Felipe Ricardo

Um Breve Soneto Sobre a Guerra

Imagine só a minha irá
Em te ver nos braços de
Outro tolo guerreiro, que
Simplesmente diz te amar

Não percebe ele o doce e
Sutil sabor de minha sinuosa
Lamina fundir sangue e metal
Em um só corpo, alma e morte

Imagine só a minha calma em
Simplesmente ter ver chorar sobre
O corpo gélido, palído e morto dele

Não percebe ele tal temor?
Então diga a ele tais palavras
Minha lamina tem sede de guerra [...]

Foto de fisko

É Domingo!

Tive dentes para trincar o que é meu… E sentar-me-ia na cadeira de baloiço, escreveria no caderno de poemas que o meu avô deixou e mutilava-me mais ainda. O choro dos vizinhos agonia-me a lucidez, fere-me um pouco mais e faz-me perceber que, cada vez mais nos envolvemos em escolhas medíocres, falsas, fantasistas, incapazes de nos fazer render ao falhar.
Quase já não penso direito… Toda a ira dos meus anos foi esquecida por uma relação única e agradável, mas ridícula…
Tenho um desgosto amarrado à cinta, como uma daquelas bolsas de guardar tabaco e mortalhas aos menos lúcidos.
A vizinha de cima disse agora que não pode mais, enquanto um velho arrogante lhe diz frases em mau tom. Tal e qual versos… Eu não posso saciar o medo em versos ridículos. Até eu, que já de lucidez pouco me resta, até eu que pouco tenho de mim, até eu que não sei nada…
Estou a chegar ao patamar da estupidez, aquele onde se fica em casa a deprimir por um bocado, onde só se está bem fora de casa com alguém amigo e já nem isso chega, onde nem a dormir me esqueço do mal que pratico, do mal que é amar.

Eu não sei nada… E a vizinha chora, e a minha música toca alto, e atrás da cortina da janela vejo a estrada, e o tempo resume-se em tic-tac, já só passa num ápice e eu sem saber nada, sem o conseguir aproveitar por não saber nada.

Eu deveria fugir e resumir o que és numa folha e sempre que me sentisse estúpido, decifrava e voltava a ler mais uma e duas vezes, para me consumir de que não és boa pessoa, de que não és ninguém especial para mim nem para o meu futuro, de que já me fizeste mal suficiente para voltar a pensar em ti…

Vou só molhar os pés…

Foto de fisko

Dias-conta

Vendi a modéstia à tua deficiência emocional, ridícula e quase matemática. Não me vejo ao espelho e se volto a sonhar contigo dou em maluco. Parvo amor, roubaste-me o tempo, o sentimento e a ciência de mim mesmo. Não sou ciente de mim há precisamente 56 dias e algumas horas. Sabes, por acaso, o preço disso? Um recomeçar do zero; pegar no inimaginável e torná-lo agradável, mesmo que não seja nada de nada; atirar-me aos leões dentro de um circo fechado em círculo de mim mesmo e carregar-me com as mordidelas dos animais ferozes e calar-me com as feridas; ausentar o meu nome em plateias às gargalhadas com o espectáculo “A Vida” e fazer depender a minha presença num pequeno sonho, inútil e gasto, velho e estúpido, apagado e esquecido. És desprezível agora, meu amor.
Tivesse eu palavras para te descrever o amor que sinto por ti: tão baixo e de má fé.
Tivesse eu as palavras que me roubaste: oferecia-as a um mendigo qualquer, o mais nojento e fedorento dos mendigos.
Não te quero para nada. Não te quero na minha recordação ridícula e pateta. Não te quero nos meus sonhos que já não posso sonhar mais contigo. Não te quero de maneira nenhuma.

E a saudade das tuas palavras mata-me a cada dia neste frio de verão irónico. Não havia verão sem ti há alguns anos; não havia noite sem ti há alguns anos.

Não havia eu sem ti, há 56 dias.

Foto de fisko

Deixa lá...

Naquele fim de tarde éramos eu e tu, personagens centrais de um embrulho 8mm desconfiados das suas cenas finais… abraçados ao relento de um pôr-do-sol às 17:00h, frio e repleto de timidez que se desvanece como que um fumo de um cigarro. Eu tinha ido carregar um vício de bolso, o mesmo que me unia, a cada dia, à tua presença transparente e omnipotente por me saudares dia e noite, por daquela forma prestares cuidados pontuais, como mais ninguém, porque ninguém se importara com a falta da minha presença como tu. Ainda me lembro da roupa que usara na altura: o cachecol ainda o uso por vezes; a camisola ofereci-a à minha irmã – olha, ainda anteontem, dia 20, usou-a e eu recordei até o cheiro do teu cabelo naquela pequena lembrança – lembro-me até do calçado: sapatilhas brancas largas, daquelas que servem pouco para jogar à bola; as calças, dei-as entretanto no meio da nossa história, a um instituto qualquer de caridade por já não me servirem, já no fim do nosso primeiro round. E olha, foi assim que começou e eu lembro-me.
Estava eu na aula de geometria, já mais recentemente, e, mais uma vez, agarrei aquele vício de bolso que nos unia em presenças transparentes; olhei e tinha uma mensagem: “Amor, saí da aula. Vou ao centro comercial trocar umas coisas e depois apanho o autocarro para tua casa”. Faço agora um fast forward à memória e vejo-me a chegar a casa… estavas já tu a caminho e eu, entretanto, agarrei a fome e dei-lhe um prato de massa com carne, aquecido no micro-ondas por pouco tempo… tu chegas, abraças-me e beijas-me a face e os lábios. Usufruo de mais um genial fast forward para chegar ao quarto. “Olha vês, fui eu que pintei” e contemplavas o azul das paredes de marfim da minha morada. Usaste uma camisola roxa, com um lenço castanho e um casaco de lã quentinho, castanho claro. O soutien era preto, com linhas demarcadas pretas, sem qualquer ornamento complexo, justamente preto e só isso, embalando os teus seios únicos e macios, janela de um prazer que se sentia até nas pontas dos pés, máquina de movimento que me acompanhou por dois anos.
Acordas sempre com uma fome de mundo, com doses repentinas de libido masculino, vingando-te no pequeno-almoço, dilacerando pedaços de pão com manteiga e café. Lembro-me que me irrita a tua boa disposição matinal, enquanto eu, do outro lado do concelho, rasgo-me apenas mais um bocado de mim próprio por não ser mais treta nenhuma, por já não me colocares do outro lado da balança do teu ser. A tua refeição, colorida e delicada… enquanto me voltavas a chatear pela merda do colesterol, abrindo mãos ao chocolate que guardas na gaveta da cozinha, colocando a compota de morango nas torradas do lanche, bebendo sumos plásticos em conversas igualmente plásticas sobre planos para a noite de sexta-feira. E eu ali, sentado no sofá da sala, perdendo tempo a ver filmes estúpidos e sem nexo nenhum enquanto tu, com frases repetidas na cabeça como “amor, gosto muito de ti e quero-te aos Domingos” – “amor, dá-me a tua vida sempre” – “amor, não dá mais porque não consigo mais pôr-te na minha vida” e nada isto te tirar o sono a meio da noite, como a mim. Enquanto estudo para os exames da faculdade num qualquer café da avenida, constantemente mais importado em ver se apareces do que propriamente com o estudo, acomodas-te a um rapaz diferente, a um rapaz que não eu, a um rapaz repentino e quase em fase mixada de pessoas entre eu, tu e ele. Que raio…

Naquela noite, depois dos nossos corpos se saciarem, depois de toda a loucura de um sentimento exposto em duas horas de prazer, pediste-me para ficar ali a vida toda.

Passei o resto da noite a magicar entre ter-te e perder-te novamente, dois pratos de uma balança que tende ceder para o lado que menos desejo.
É forte demais tudo isto para se comover e, logo peguei numa folha de papel, seria esta, onde me iria despedir. Sem força, sem coragem, com todas aquelas coisas do politicamente correcto e clichés e envergaduras, sem vergonha, com plano de fundo todos os “não tarda vais encontrar uma pessoa que te faça feliz, vais ver”, “mereces mais que uma carcaça velha” e até mesmo um “não és tu, sou eu”… as razões eram todas e nenhuma. Já fui, em tempos, pragmático com estas coisas. Tu é que és mais “há que desaparecer, não arrastar”, “sofre-se o que tem que se sofrer e passa-se para outra”. Não se gosta por obrigação, amor…
Arranquei a tampa da caneta de tinta azul, mal sabia que iria tempos depois arrancar o que sinto por ti, sem qualquer medo nem enredo, tornar-me-ia mais homem justo à merda que o mundo me tem dado. Aliás, ao que o teu mundo me tem dado… ligo a máquina do café gostoso e barato, tiro um café e sento-o ao meu lado, por cima da mesa que aguentava o peso das palavras que eu ia explodindo numa página em branco. Vou escrevendo o teu nome... quão me arrepia escrever o teu nome, pintura em palavras de uma paisagem mista, ora tristonha, ora humorística… O fôlego vai-se perdendo aos poucos ornamentos que vou dando á folha… Hesitação? Dúvidas?... e logo consigo louvar-me de letras justapostas, precisamente justas ao fado que quiseste assumir à nossa história. Estou tão acarinhado pela folha, agora rabiscada e inútil a qualquer Fernando Pessoa, que quase deambulo, acompanhando apenas a existência do meu tempo e do tic-tac do meu relógio de pulso. Não me esqueço dos “caramba amor”, verso mais sublime a um expulsar más vibrações causadas por ti. Lembro-me do jardim onde trocávamos corpos celestes, carícias, toques pessoais e lhes atribuíamos o nome “prazer/amor”. Estou confuso e longe do mundo, fechando-me apenas na folha rabiscada com uma frase marcante no começo “Querida XXXXXX,”… e abraço agora o café, já frio, e bebo-o e sinto-o alterar-me estados interiores. Lembro-me de um “NÃO!” a caminho da tijoleira, onde a chávena já estaria estilhaçada…
Levantei-me algum tempo depois. Foste tu que me encontraste ali espatifado, a contemplar o tecto que não pintei, contemplando-o de olhos cintilantes… na carta que ainda estava por cima da mesa leste:

“Querida XXXXXX, tens sido o melhor que alguma vez tive. Os tempos que passamos juntos são os que etiqueto “úteis”, por sentir que não dou valor ao que tenho quando partes. Nunca consegui viver para ninguém senão para ti. Todas as outras são desnecessárias, produtos escusados e de nenhum interesse. Ainda quero mesmo que me abraces aos Domingos, dias úteis, feriados e dias inventados no nosso calendário. M…”

Quis o meu fado que aquele "M" permanecesse isolado, sem o "as" que o completaria... e quis uma coincidência que o dia seguinte fosse 24 de Março... e eis como uma carta de despedida, que sem o "Mas", se transformou ali, para mim e para sempre, numa carta precisamente um mês após me teres sacrificado todo aquele sentimento nosso.
Ela nunca me esqueceu... não voltou a namorar como fizemos... e ainda hoje, quando ouço os seus passos aproximarem-se do meu eterno palácio de papel onde me vem chorar, ainda que morto, o meu coração sangra de dor...



Foto de raqueleste

Vingança no reino.

O rei me enganou desde que me entreguei me apaixonei.
Desde que dei a ele tudo o que tinha, ele se mostrou distante e infiel.
Sinto-me rainha sem coroa
Num reinado de dor e sofrimento
Onde um rei cruel e sem emoção
Prendeu-me em um calabouço
Ele roubou meu coração
Meus súditos, e destemidos cavaleiros.
Meu príncipe amigo e fiel
Salve-me
Traga-me um pouco de alegria
Morro de sede de vingança e amor

Roubarei o coração do rei
Não! Não sou, mas vossa majestade.
Vista - me com roupas das camponesas
Ensine-me a lutar, me dêem coragem.
Preciso de uma espada
Preciso de me arrumar
Maquiagem, roupas de veludos.
Sapatos mocacins
Preciso estar preparada
A vingança chega
Está quase na hora do rei beber
O mel de meu ódio

Irei até ele nobres cavaleiros
Direi que o amo, ele irá acreditar.
Não!ele não irá me reconhecer então:
Quando for se deliciar com o meu mel
Beberá o meu veneno e cairá de amor
O prenderei em meu calabouço
E arrancarei seu coração com minha espada
Assim não enganará mais ninguém
Como me enganou.

E eu os recompensarei nobres cavaleiros
Príncipe fiel, súditos meus senhores, irei os cobrir de ouro.
E lhes entregarei a taça de meu amor.
e juntos a beberemos.

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XVIII - Eu morri

A alegria que sentia,
durou apenas alguns dias.

Algo estranho aconteceu,
e a fantasia logo desapareceu.

Quando o Tigre retornou,
a Rosa percebeu que algo mudou.

Seus olhos estavam em chamas,
diferente das que se tem quando se ama.

Despejando uma acusação,
sem que pudesse ter alguma reação.

Não acreditava no que estava ocorrendo.
Como tudo isso podia estar acontecendo ?

Não conhecia este seu lado,
tão cruel, sombrio e amargurado.

Palavras de baixo calão,
saltando de sua boca como fogo e alcatrão.

Onde antes só saia ternura.
Palavras doces que deram lugar a tortura.

Chorou ao ouvir falsas palavras.
Nunca o usou, pois o amava.

Como poderia acreditar em alguém,
que não sabia quem era, nem de onde vem.

Pensou então que na realidade,
era o Tigre que não dizia a verdade.

Nunca contou a ninguém nada,
sobre o amor que suspirava.

Com toda aquela dor no coração,
esboçou uma grande reação.

Rosa: “- Nunca mais volte aqui !”
“- Finja que eu não existo, finja que eu morri !”

Foto de Comandos

Pesadelo do Ódio

Aqui estou submetido a morte
Com gosto de sangue na boca
Água nas veias
Olhos sangrentos
Corpo apodrecido

Com um ódio que o próprio mal o teme
Não sei como mais vejo-me olhando para não sei onde
Com olhar de quem não ver nada

Preso a um transe que me acorrenta a dor
Libertando-me da vida
Dando-me o gosto amargo da morte.

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