pesar

Foto de Jessik Vlinder

Se a Vida Fosse um Poema

Ah como a vida seria mais gostosa se fosse feita de poesia. Os sentimentos seriam realmente sentidos, as emoções tocariam de fato a alma e os olhares não mentiriam. Até as dores seriam bonitas e fáceis de perceber. A melodia das rimas compensaria o peso das angústias e a suavidade da predisposição dos versos confortaria o peso da dor. Seria mais gostoso viver, talvez até mais intenso e valeria mais a pena. Por que o que é a vida senão sentir? Somos compostos de sentimentos e são estes que nos movem mesmo quanto parados, que nos mantêm vivos. E, infelizmente, as pessoas não conseguem sentir como se lessem um poema, porque se conseguissem desfrutariam do verdadeiro calor dos sentidos e talvez fossem mais felizes...

Foto de Jessik Vlinder

Versão de Poeta - Uma das Metades

De que é feito um poeta
Senão de angústia e dor
Melancolia e vazio
Desprezo e rancor?

De que é feito um poeta
Senão de medo e solidão
Decepção e tragédia
Ressentimento e frustração?

De que é feito um poeta
Senão de aflição e sofrimento
De exageros necessários
De dramas e tormentos?

Esta é a sentença do poeta
Dos extremos sobreviver
E fazer dos seus excessos
O doce e alheio prazer...

Jéssica Andrade

Foto de Carlos Henrique Costa

Mistura de cores

Azul do céu, verde da mata, branco da paz,
Amarelo do ouro e o vermelho do coração!
Azul do mar, verde estação, branco do chão,
Amarelo do sol, o vermelho do arrebol se faz.

Obra- prima, estima de nenhum valor capaz,
Tesouro, puro ouro, raro e verdadeiro então:
Humano, falho como o galho oco do mamão,
Quebra-se pela falta de amor e por temporais.

Falta um pouco de cor a natureza da criatura,
Que procura um aconchego para sua alma,
O coração em alva quietude e atitude de cura,

Que somente pela razão da mente em calma,
Vem calmaria a cada dia em cor de mistura,
Um amor que perdura sem nenhum trauma.

Foto de Carmen Lúcia

Babilônia

Difícil conviver imune de pecados
ou conviver, simplesmente,
em meio a essa Babilônia que se espelha
e se prostra a minha frente
tentando dominar corpo e mente,
impondo um sol brilhante, ilusório,
que cega e se apaga de repente
priorizando decretos humanos
acima dos humanamente divinos...

Desfilando por tortuosos caminhos
uma verdade anacrônica, desgastada,
deteriorando-se passo a passo
num confronto irreversível com meu tempo,
com o que penso, com o que faço...

Vestes escarlates e púrpuras bailam
convidando para uma dança sensual
onde a razão e o bom senso
se desequilibram nesse ritual
e se afastam dos princípios certos da moral.
Impossível beber do cálice sagrado
e conciliá-lo ao pecado mortal.

Procuro outros jardins que não sejam os da Babilônia,
onde as sementes plantadas gerem frutos do bem,
onde a vida transcorra simples como os rios,
embora chorem o que o homem deflora
maculando suas águas límpidas que cristianizam
navegadas pelo amor, luz e serenidade
numa trajetória imaculada.

_Carmen Lúcia_

Foto de Eddy Firmino

7º Concurso Literário - A MORTE DO POETA

Então morreu o poeta
Mas um poeta não morre
Enquanto houver poesia
Ele então nos socorre

Socorre-nos dos sentimentos
Que são os nossos fantasmas
Que assombra-nos nas noites frias
Que jaz então desgastada

O poeta então se foi
Restaram as suas obras
Dando-nos toda a energia
Recolhendo as sobras

Um poeta que morre
Não deixa biografia
Sua biografia se encontra
Em todas as poesias

O poeta então morreu
E o seu último poema
Deixou inacabado e vazio
Ficou sem verso e sem tema

Foto de CarmenCecilia

DECISÃO

DECISÃO

Na face o disfarce

Contornando a hora

Do agora...

Há um quê de vazio

Há um quê de arrepio

Onde os versos rimam

Controvérsias...

Que fazer

Quando a voz

Faz-se algoz?

Carmen Cecilia

Foto de Carlos Henrique Costa

Passarinho

Cai a chuva, na primavera do meu vero país,
E logo ali! Entre espinhos, brota uma flor!
Beija-flor, ao passar garoa, no néctar de lis,
Vem perfumar na minha janela o seu sabor.

Perfume que incensa ambiente de cada cor,
Novamente em busca da semente, da raiz!
Seu aroma tece o colibri, na rama do amor,
Para em cada caule, seu ninho construir feliz.

E faz mansinho, nobre passarinho, seu ninho,
Toda passarada, a cada revoada, seu cantinho,
Se no coração de cada pássaro há harmonia...

Falta nascer no homem essa sincronia do dia,
E a falta de sabedoria tem deixado ele sozinho,
Numa grande solidão por todo o seu caminho.

Foto de Carmen Lúcia

Papai Noel dos Shoppings

As ruas das cidades engarrafadas,
Criaturas com embrulhos, de sacolas carregadas,
Num corre-corre pra lá e pra cá, agitadas,
Surpreendem-me, exasperam-me, atropelam-me...
Será esse o espírito de natal?
Levando as pessoas, ou por bem ou por mal,
A competirem...satisfação pessoal,
Por uma vaga de estacionamento
Num Shopping Center Magistral?
Numa explosão de fúteis sentimentos,
Extirpando valores, preciosos bens sociais!
Contemplo abismada o óbvio discrepante,
Imagino formigas gigantes em escadas-rolantes,
Em zigue-zague, buscando futilidades...
Cidades modernas, viadutos arqueados,
Amplas avenidas, reluzindo nos megawatts,
Tudo reluz, tudo conduz ao desejo assoberbado
Do poder de aquisição, de exposição, de ter e nada ser.
Soam as doze badaladas!
É Natal! Jesus nasceu !(E por nós morreu!)
O trânsito congestionado é testemunho cínico
De um povo congelado, sentimentos flagelados,
Com a comprovação de meu olhar profundo e clínico.
As lojas estão cheias e os templos vazios
(Mesmo os que habitam em nós)
De orações, de devoções, de boas intenções...
Hoje o Natal foi destituído,
Por um termo genérico substituído...
A essência que outrora comemoramos
Trocada por Festas de Fim de Ano...
Nada mais é como era antes,
Das vendas, Cristo é um estimulante.
E às crianças famintas(mas esperançosas),
Assustadas pela violência...O que dizer?
(Recomendo a consciência, para esclarecer)
Após a ceia farta e amigo-secreto...
Feliz Natal ou Boas Festas?
(Papai Noel se esqueceu de vocês...)

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Mudanças

Coloco sobre a mesa meus pecados,
falsos recatos, inconsequentes atos.
Quero sentir-me leve, isenta da opressão
que pesa a minha alma, reflete no coração.
Reconciliar-me comigo mesma,
expulsar sentimento de auto-destruição,
habituar-me a pedir perdão...

Partir em busca das conseqüências
de erros cometidos, sem ponderação,
tentar revertê-los com minha conversão
para que, em sã consciência, eu me ajoelhe
e possa me encarar a mim mesma
sem encenação,
acreditar em mim mesma
pra minha edificação,
conhecer a mim mesma
através da reflexão.

Despojo-me do fardo
que me impede a caminhada,
o excesso de bagagem
torna a viagem complicada.
Quero atingir o auge da libertação
pra que essa mudança não seja em vão...
Cuidar pra que a chama jamais se apague
e as desarmonias não prevaleçam sobre mim.

_Carmen Lúcia _

Foto de KAUE DUARTE

pensamentos em curto circuito

vem vagando deplorando
sacudindo balançando
tudo aquilo que se foi
foi só ele que levou
com seus prantos devaneiam
com suspiros de refugio
a alma procurando
um jeitinho de esquivar
mas, porem vem o impetuoso
nada ve tudo descobre
nada entende tudo sabe
invadindo o intelecto
maquiavelico, repentino
no arder da sua vinda cometo muitos crimes
me apaixono me arrependo
me iludo, me arremeço
no absoluto de pensar sem querer
tramar sem perceber
pois nunca morre
nuca envelheçe
aposentou-se alojado em memórias
fabrica a própria glória
pois isso te aturo
pois sei que no futuro
de um pretérito imperfeito
DEUS ira me aliviar
e minha vida de meus pensamentos libertar
...............kaue 25.11.2010 //*

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