saudade

Foto de Enise

Because You Loved Me - Celine Dion - TRADUÇÃO - TRILHA SONORA SANGUE BOM - Tema de Wilson e Charlene

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)
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Foto de Enise

Quase Um Fado - Antonio Zambujo - TRILHA SONORA SANGUE BOM

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)
**

Foto de Carmen Lúcia

Momento único

Um doce enlevo me conduz à recordação,
trazida pelo vago entre a tarde que morre
e a noite que se anuncia...
Pela nostalgia que se espalha no ar
e pelo espaço vazio entre os dois momentos;
final da tarde e início de noite...
Pelo surgir, de qualquer canto, da saudade
que invade e toma forma,
pra se fazer notar...

Então a vejo...
A tez clara em oposição à contraluz do lugar;
brilho ao mesmo tempo fosco e esfuziante...
Cabelos discretamente dourados,
como folhas de outono, apagadas...
Olhos que me acariciam, me adornam...
E me deito em seu colo
tentando retroceder o tempo...
Queria esse tempo agora...

Utópico pensamento que me consola.
Suas mãos macias em meu corpo
me fazem renascer...
Adormeço com o seu cântico
a me embalar ... e de novo me gerar.

Minha mãe...Eterna morada...
Acordo... enquanto o doce enlevo se desfaz;
olho para o espaço vazio
entre a tarde que se vai
e a noite que ainda vem.
É o momento de a reencontrar...

Carmen Lúcia

Foto de cinderela apaixonada

Refletindo...

Nem toda distancia é ausência...

Nem todo silêncio é esquecimento...

A saudade é grande... dói... será que um dia vai passar?

Estou tentando... mas não é fácil... muita coisa lembra vc... quase tudo lembra vc...

Foto de Carmen Lúcia

A quinta estação

Não me importa o passar do tempo,
nem a velocidade com que passa.
Já me acostumei a olhar pela vidraça
as cirandas das estações em arruaça
atropelando-se umas às outras
deixando ao vento uma folha seca,
uma flor desidratada,
doce fragrância de pouco cheiro,
uma nesga de raio solar,
um sopro de frio a acenar:
“Um dia hei de voltar,
no outono ou verão.”
Talvez na quinta estação...

Nada disso mais importa
já que não cabe a mim mudar.
Sigo nessa carruagem torta,
vazia de sonhos, sem saber onde chegar.
Alguma emoção na bagagem
ainda teima em perdurar.
A cor me confunde a visão,
não sei se está viva ou apagada
ou em que matiz ficou estagnada.

Que me importa se o tempo é veloz?
Se é algoz, pau mandado, adestrado?
Se está sob o comando... de quem?
Ou se corre a procura de alguém...
Já plantei, semeei , vi florir
e colhi o que mais cultivei,
já sorri, já dancei, poetizei,
e amei, e sofri, e chorei...
Que me carregue com ele, o tempo,
e me entregue ao fadário que me cabe,
bem ligeiro antes que impeça a saudade
ou o próprio tempo se acabe.

_Carmen Lúcia_

Foto de cafezambeze

CARTAS COM ESTÓRIAS DE ÁFRICA (I/VII)

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU/O DIA EM QUE SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Belém, 27/01/2006

Cara sobrinha

Faz tempo me perguntaste se não tinha fotos do teu pai quando em África, pedido que encaminhei para os meus imãos e que creio, devem ter dado uma de baianos. Amanhã... Amanhã...

Esta semana pegaram uma sucuri, prima da anaconda, com uns 4 metros, que passeava no galpão da empresa onde trabalho. Houve comentários e estórias e me lembrei d'algumas onde o teu pai foi a personagem. Não são fotos... mas tentarei enviar-te de vez enquando alguma estorieta.

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU

Eramos garotos. Eu com uns 10 anos e teu pai com uns 13.
Moravamos em Vila Pery, mais ao menos no centro geográfico de Moçambique.
A alguns quilômetros da vila, destacava-se no horizonte uma formação rochosa conhecida como a Cabeça do Velho.
Não sei mais de quem foi a idêia, acho que dele, mas resolvemos escalar a Cabeça do Velho. Menos temerário, me lembro de atentar para o problema das cobras que eram uma praga. Que nada, argumentou, vamos levar o cavalo marinho do pai (um chicote feito de couro de hipopótamo com um metro e meio mais ou menos), uma chicotada na cobra que aparecer e quebramos-lhe a espinha.
Pegamos um lanche, cantis com água e um caixote kodak e, lá fomos a pé.
A escalada correu bem e em poucas horas chegamos ao topo. Depois de algumas fotos (que ainda devem existir) começamos a descida.
Seguiamos por uma espécie de trilha ladeada por capim seco. Teu pai caminhava uns 5 metros à minha frente quando duas cobras resolveram atravessar a trilha.
Eu gritei e, instintivamente, talvez alertado pela restolhada das cobras no capim, teu pai pulou. Como em câmara lenta e com o coração querendo sair pela boca, vi as cobras de cabeça levantada passarem por debaixo das pernas dele.
Devem ter sido talvez frações de segundo, mas ele ficou parado no ar, de pernas encolhidas. Só caiu depois das malvadas terem passado.
Do susto, me vinguei por uns tempos aconselhando-o, todas as vezes que saíamos, a não esquecer o cavalo marinho para o caso de aparecer alguma cobra.

O DIA EM QUE TEU PAI, SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Teu pai, desde pequeno, sempre foi um exímio atirador, tanto à bala como com arma de cartucho.

Devia ele ter uns 14/15 anos, quando fomos fazer uma caçada na farm de um amigo. O Aguiar.
Fomos de bicicleta, eram só 14 km. Na propriedade nos reunimos com o Aguiar e os irmãos, e lá fomos nós. Além das fisgas e pressão d'ar, a arma que levávamos era uma 410 (cartucho) de 5 tiros. Uma adaptação feita com uma culatra de fuzil Mauser.

Depois de matarmos algumas rolas e galinhas do mato (cangas), já de volta para a sede da farm, um dos funcionários que nos acompanhava começou a gritar:
Inhoca! Inhoca! (Cobra)
Era uma senhora Mamba Negra (veneno suficiente numa mordida para matar 10 pessoas em pouco tempo), bem grossa, que serpenteava rápido. Enquanto ela corria, teu pai fez quatro disparos e, embora depois constatássemos que todos a tinham acertado, eles não a pararam.

A bicha se arrastou para um grupo de arbustos, e esse nosso amigo Aguiar correu com um pau para afastar os arbustos à procura da cobra. Logo que ele se chegou aos arbustos, vimos a cobra levantar-se à altura da cabeça dele. Tudo se passou na velocidade de um raio. Um tiro e a cabeça da cobra voou... O susto veio depois quando nos apercebemos de como a morte nos rondou.

O Aguiar ficou branco como papel e sem conseguir falar por um bom bocado.

Foto de Enise

Bruno Mars - When I was your man - TRADUÇÃO - TRILHA SONORA AMOR À VIDA

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)
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Foto de Enise

Roberta Sá - Você Não Poderia Surgir Agora - TRILHA SONORA AMOR À VIDA

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)
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Foto de Carmen Lúcia

Indagações à vida

Onde está o meu entusiasmo?
As coisas que me faziam estremecer?
A vaidade a me bater,
o espelho a me ver
sempre impecável,
irretocável?
Batom, blush, rímel, esmalte, laquê?
As roupas da moda,
os saltos dos sapatos
que me elevavam
a ver lá de cima
a vida acontecer embaixo?

O amor próprio, onde foi parar?
O amar a mim mesma, em primeiro lugar?
Os sorrisos, as gargalhadas,
as noitadas, as baladas,
as danças improvisadas,
o desejo irrefreável de viver?
O coração descompassado,
o rubor destemperado,
o sorriso dissimulado,
o meu sim apaixonado...

As sessões de cinema,
o amor sentado ao meu lado,
os beijos disfarçados,
os tremores tresloucados...

Quando deixei de viver?
Em qual ancoradouro aportou minha autoestima?
Qual livre- arbítrio assinou a minha sina?

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Não faz sentido

Não faz sentido viver por viver
sem abraçar sequer uma nobre causa,
viver sem ver a luz do amanhecer,
página aberta induzindo a recomeços,
convite incessante para perceber os erros
e com eles, uma alavanca para os acertos.

A cada recomeço, novas pedras a remover.
A cada cansaço, nova pausa pra se refazer,
onde o silêncio pede para refletir
o que é viver ou simplesmente existir.

Não faz sentido viver sem amar,
não cravar no cerne das pessoas nossa marca,
fazer a diferença na vida de alguém
e ter alguém ao lado em nossa caminhada.
A estrada é longa e triste sem ninguém.
Sozinhos não alcançaremos nada.

Não faz sentido viver sem viver
um grande amor, uma paixão desenfreada
ou, acomodados na mesmice da rotina,
deixar que o tempo leve nossos sonhos
sem que nos apaixonemos novamente pela vida.

Não faz sentido ver o mundo da janela
onde a tramela não permite perpassar por ela
pra desvendar o novo, no afã da descoberta,
ver as belezas das paisagens que acenam,
cair e levantar e começar de novo.
O recomeço faz a vida ser mais bela.

Não faz sentido aprisionar os sentimentos;
a autenticidade é trampolim à liberdade.
Seremos livres libertando os pensamentos,
voar com eles em busca de emoção,
dar vazão ao catarse, alívio emocional
e na hora do adeus final
percebermos que viver não foi em vão.

_Carmen Lúcia _

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