solidão

Foto de Oliveira Santos

Acabou...

Não há mais o beijo pela manhã

Nem um chamando o outro de Amor

Não há mais a fala de carinho

Nem dormir sob o mesmo cobertor

O sorriso deu lugar ao silêncio

O calor se tornou indiferença

Acusações mútuas se multiplicam

Mágoas, prantos, dores e ofensas

Malas cheias, armários vazios

E somente os filhos são elo

A partida cheia de rancores

E a solidão que impõe seu flagelo

Foto de Oliveira Santos

O Lenço Azul

Você viajou...

Disse que precisava de tempo para si

Descansar, respirar, refletir, reavaliar, se reinventar

Precisava da solidão, da quietude fora do furacão

Queria ver o Sol, sentir a brisa do Mar...

Poder dormir até tarde, beber até não aguentar

E se foi...

Recomendações para os Filhos

Um breve remorso em deixá-los, mas precisava...

Uma despedida fria, um beijo por educação

Alça ao ombro sua bolsa, apanha as chaves do carro

Abre a porta e olha para trás...

Me sinto como se nunca mais fosse voltar

Sacrificadamente lhe desejo boa viagem, que se divirta

Se cuide no caminho e não se aflija com nada...

E sobre a mesa deixou um lenço azul

Que cheirei devotamente e com cuidado

Para não profaná-lo com as lágrimas...

15/09/2018

Foto de teziack

Hollow

Sim, os vencedores nunca desistem!
Oh, renunciados não encontraram o caminho do céu!

Solitário o bastante para querer outro segundo.
O quanto selvagem é preciso ser
Para controlar o corpo vencido, o copo vazio, a longa caminhada até o horizonte?

Oh Senhor veja!
O quanto estou cansado!
Dono do próprio medo!
Nada do que me orgulho.

Oh senhor!
Vencido, algoz do próprio exilo.

Foto de Poetando

Não vou desistir

Caminhando na escuridão
Com pensamentos de ilusão
Encontrando-me perdido
No meio da minha solidão
Caminhando sem destino
Meu pensamento passeia
Com a minha alma deserta
A vida que me escasseia
Não sei quando irei parar
De me estar atormentado
Caminhando sem destino
Assim eu vou sonhando
E mesmo neste momento
Com a alma num deserto
Prometo sei que estou certo
Que vou encontrar o caminho
Não irei agora mais desistir
Há vida irei sempre sorrir

De: António Candeias

Foto de Poetando

Bateram à minha porta

Bateram à minha porta
Fui abrir para entrar
Era a tristeza que vinha
Para comigo morar
Veio fazer-me companhia
Na minha solidão
Com ela desabafo
O que sofre o meu coração
Com a tristeza dou me bem
Com a solidão melhor
Com ela falo de mim
Do que é a minha ilusão
Do amor que me traiu
Da dor que trago no coração
Não quero mais amar
Seja o amor de quem for
Para estar a sofrer já basta
Esta minha dor
E quando o amor quiser entrar
De novo no meu coração
Refugio me na minha
Companheira solidão
Com ela e com a tristeza
Sinto me em segurança
Não quero mais amar
Não quero mais sofrer desilusão
Que me tem só feito mal
E destroçado o coração

De: António Candeias

Foto de Arnault L. D.

Palavras sombrias

É preciso apagar as luzes
para qu’elas possam sair,
são as palavras noturnas.
Rompendo as covas e cruzes,
quando o breu as sobrevir
abrem elas suas urnas.

Entidades do escuro,
esperam a madrugada.
São também tão obscuras,
intimas do desconjuro,
que as faces enevoadas
mimetizam com as sombras.

Não espera, quem escuta.
Desapegam sua pena;
noturnas palavras são...
Ocultas, que a luz refuta.
Que o belo Sol condena
as frestas da escuridão.

Poesia do não poético,
das ruínas, do abandono,
de toda coisa sem brilho,
da contrário, do não rico,
das noites que falta o sono,
do amanha ao andarilho...

Do vulgar, do ofensivo.
O sutil prumo do desesperar
entre o apetite e a fome,
que suspende o lírico objetivo.
O que brota do esterco a florar
nutrido da dor que consome.

Foto de Ivone Boechat

Mulher

Um aroma suave
exalou das mãos do Criador,
quando seus olhos contemplaram
a solidão do homem no Jardim!
Foi assim:
o Senhor desenhou
o ser gracioso, meigo e forte,
que Sua imaginação perfeita produziu.
Um novo milagre:
fez-se carne,
fez-se bela,
fez-se amor,
fez-se na verdade como Ele quer!
O homem colheu a flor
beijou-a, com ternura,
chamando-a, simplesmente,
Mulher!

Ivone Boechat

Foto de Arnault L. D.

Verniz

As cordas mudas de meu violão,
as lágrimas secas no olho meu,
encobrem melancólica canção
que ecoa no funda d’alma o breu.
Oca, silente, não feita ao clarão.

Águas contidas do choro ausente
a secar a vista, ainda são.
Formam turvo lago, lentamente,
águas de naufrágio, de imersão,
que o sabor a garganta se sente...

O silêncio grita o meu canto.
Nado, mergulhando na água em pó.
Quem ouve, escuta o oco sem pranto,
quem vê, enxerga a inércia e só.
Meu canto e lágrima que estanco.

Foto de ArielFF

a bailarina

A bailarina
Em cima da caixinha
A girar, a girar
Em sua dança sem par

Com seu vestido rosinha
Os pés bem na pontinha
A bailarina
Só sabe dançar

A bailarina, coitadinha
Dança sempre sozinha
Pois na sua vida
Pàs de déux não há

A bailarina
Em cima da caixinha
A girar, a girar
Não aprendeu a amar

Foto de ArielFF

Saudar o dia

Passei um café
Pra saudar o dia
Mas ninguém veio
Eu saudei sozinha

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