solidão

Foto de KAUE DUARTE

Irmão de rua...(inspirado em experiencia real)

Vaguei...
Por onde vagam heróis
Por dentre as doutrinas hierárquicas
Meus pensamentos sempre voando
Engajados em estrelas tremulas de luz
Propus-me a estar
Nos átrios da sorte
Jogado em ladrilhos esfumaçados
O tempo deteriorando minhas vertigens
Minhas marcas cada vez mais profundas
Estrive sempre no mesmo local
Me esquivando dos olhares sem cor
Fui aquele que sou e sempre serei
Alto ou baixo, invisivel a multidão
Escuto mais minhas entranhas me chamar
Que pessoas ao meu lado pisar
Nos sonhos calados dizia
Em minha verdade falando sozinho
Minha lucidez ja não existe
Pois a solidão me tirou pouco a pouco
Viver na pobresa da carne
Com espirito alado em amor
Sem máguas, entendo onde estou
Mais uma vez implorando
De mãos coladas suas migalhas
Para amanhã ainda estar aqui.

Foto de RenataSchwengber

Mais um dia.

Mais um dia que começa
e eu procurando falas suas
para me debruçar nelas
e usá-las como escusa para não te ver mais.
Mais um dia vai embora
E você morando nos meus pensamentos.

Foto de Emerson PS

Pela Vida Pela Poesia

Porque me persegue solidão, todas as noites a fio sem me deixar opção?

Porque não me deixas Donzela, porque nos sonhos me acorda ó Donzela?

Porque maltratas o TEU coração por me procurares as noites, oculta em meus pensamentos, presente em meus sentimentos...

Gostas de me ver sofrer?

Não!

Gostas de me ver viver!

Pois se nos sonhos aparece e me desperta, então estou vivo para sonhar contigo novamente, e se desperto estou, então escrevo pra ti Donzela poesias de amor.

Obrigado Donzela, por manter minha vida contigo, meu coração... por que assim sempre estarei com você, e de alguma forma ou mesmo nos sonhos sempre te terei comigo...

Foto de Felipe Ricardo

Uma Outro Soneto Pra Brinca a Noite

"Venha aqui e não fuga de minhas
Insanas palavras que tanto fazem
O desperta de tua maligna face
Que sempre esta a esconder do

Tolo mundo que assim tu chamas
De casa... Sabe o que é "casa"
Para min?... É a noite que enfim
Faço fria e gélida para pessoas

Que se deixam levar por dias
De luz e Sol, mas eu... Sou feito
De escuridão e Lua, pois a noite

Não passa de um brinquedo para
Minha desvairada mente que modela
Meu mundo no escuro de tua alma [...]"

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Orfanato

- O Orfanato

No orfanato
Toda linhagem de enjeitado
Toma a forma de legião

Todo o povo da região
Passa-nos com o ego apontado
Acusando nossa rejeição

E a sombra que aqui relato
Desnuda a treva em ebulição
Sonho irrealizado

Presente desembrulhado
Futuro em suspensão
A humilhação em seu recato
Frio, destrato

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O Sol é falso, losango angular.

Umas poucas crianças cantam.

Outras tantas crianças gritam.

A volta da escola é lenta e singular,
Pois não há ninguém há esperar.

O vento espalhar seu vento, e a folhagem.

Uma nuvem nos faz pajem.

Nosso ritmo é policial e folhetinesco.

Reside o medo do grotesco.

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Os moleques do orfanato são feios e não têm receio em admiti-lo, já que no verso de sua condição morava o adverso, o ridículo dos corações partidos, a brevidade de sua relevância.

Um deles riu-se automaticamente:
- Somos completos desgraçados!

Esta frase correu sem gírias ou incorreções.

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Os moleques
Sabendo serem desgarrados
Destravavam seus breques
Em serem desencontrados

Faltava-lhes o saber da identidade
Descobri-se em um passado plausível
Ver-se na evolução da mocidade
Em um lar compreensível

Mas não lhes foi dada explicação
Nem sentido da clemência
Nem pedido, nem razão
Para sua permanência

Viviam por viver
Por invencionice
Viviam por nascer
Sem que alguém os permitisse

Abandonados
No porão de um orfanato
Sendo assim desfigurados
No humano e seu retrato

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Os moleques eram órfãos
E eu estava no meio deles sem me envergonhar!
Minha vida é curta
Dura, diante dos comerciais contrários!
Meu cárcere é espesso, grosseiro, não derrete nem sob mil graus!
Subo mil degraus e não encontro o final da escada
E a realidade é tão séria como o circo ao incêndio dos palhaços,
Pois nem meu hip-hop consola mais a sombra da minha insignificância
E nem toda a ostentação suporta o peso da veracidade

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O mundo me usa
Ao agrado parnasiano
E me recusa
O verso camoniano
Não tenho honra nem musa
Não tenho templo nem plano
A vida é pouca e Severina
Louca e madrasta carnificina

Solidão
No meu retiro na multidão

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Somos uma falange
Outrora negada pelo sistema
Zunido como abelhas de um enxame
Invadindo os isolamentos propositais;
Nação sem cara
Homericamente mostrando seu rosto
Olhando a palidez da polidez
Sendo enfim mortos de fome.

Sendo enfim cheios de vida!
O braço que nos impede a pedir banha-nos com seu sangue;
Nós somos encharcados
Havendo assim a benção que ignoraram em prestar
A afirmativa de um futuro inevitável;
Matamos e nutrimos
O pavor que nos atira para a vida;
Somos assim não só uma falange como uma visão intransponível.

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Em esperar ter condições
Só restaria estacionar
Ao choro das lamentações

E logo quando o meu lugar
For definido às lotações
Na margem sem quem se importar

Ou mantenho insurreições
Ou vou me colocar
Abaixo das aspirações

Se calar minhas intenções
Alguém vai me sacanear
E se buscar santas missões
Cair no desenganar

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Estamos descontrolados!

- Foi ele, tia, eu vi!
- Não, eu não fiz nada!

- Cala a boca molecada!
Ou vai entrar na porrada
Cambada de desajustados!

Nem suas mães os quiseram
Desde o dia que vieram
E ainda bem que não nasci
No mesmo mal em que estiveram

Enquanto existir distração
Restrito será seu contato:
Problemas não chamam a atenção
Ao veio da escuridão
Silêncio do assassinato

Eu me calo e penso então
Em como o mundo é ingrato
Por sobras ajoelhadas
Firmo-me em concubinato
Em estruturas niveladas
Para minha exploração

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A noite chega aos esquecidos
E com ela sonhos contidos
De um sono forçado

Sinto-me encarcerado
No meu instinto debelado
Pelo pânico dos inibidos

E os olhares entristecidos
Cerram-se em luto fechado
Da morte sem celibato

Estamos envelhecidos
Tão jovens e tão cansados
Estamos aprisionados
Na cela de um orfanato

Foto de Paulo Gondim

Na solidão

Na solidão
Paulo Gondim
05/06/2011

Por onde anda min’alma,
Que de muito já se afastou de mim
A solidão que me rodeia é tão grande
Que já me faz sentir perto do fim

E o que é a solidão, essa intrusa
Que nos invade a vida e leva tudo
Senão o dissabor da impaciência
A solidão é a dor pela ausência

E neste desalinho que minh’alma invade
Ainda busco em vão tua presença
Solidão nem sempre é está só
Solidão é está junto na ausência

Foto de Allan Dayvidson

A CHANCE

"Eis o poema de um medroso... Começar (seja o que for) é sempre motivo de medos e expectativas. Mais ainda quando há um histórico de fracassos retumbantes. No entanto, este poema fala não só sobre medo, mas também sobre aceitação (sobretudo auto-aceitação), sobre uma relação mais plena e direta entre mim e qualquer outra pessoa, sem ideais como intermediários. Apenas eu fazendo o melhor que posso..."

CHANCE
Por Allan Dayvidson

Ele faz besteira o tempo todo;
vive perdido de tantos modos;
chama de lar um apertado cômodo;
costuma esquecer-se dos bons modos.

Perde o ônibus, perde chaves,
perde tempo com pequenos entraves;
está sempre atrasado.

Perde tantas coisas que está se acostumando
e quase acreditando
que nasceu para ser deixado.

Então, por favor, não desista antes
de descobrir que ele pode ser fascinante.
Não perca a chance de simplesmente amá-lo pelo que é.

Desmedido;
deslocado;
inseguro; impuro; inadequado.
Indeciso;
impreciso;
desajeitado; motivo de risos.

Tão complicado, demasiadamente preocupado
com cada fragmento;
tão longe de apenas viver o momento.

Exaustivo, mas assustadoramente criativo
enquanto vasculha por motivos
para temer seus legítimos sentimentos.

Mas, por favor, não desista antes
de perceber que ele é realmente brilhante.
Não perca a chance de simplesmente amá-lo...

Nada que for dito fará com que você tente.
Não há algo ali que possa servir de enfeite.
É só ele fazendo o melhor que pode,
nada de argumentos ou últimas considerações.

Revire todas as coisas procurando uma razão
e não achará algo, realmente, convincente...
Sempre tentando, tentando e tentando...
Mas não consegue...
Por que ele não consegue?
Por que nunca consegue?

(Por que não consigo?...)

Mas, por favor, não desista antes
que ele consiga provar que pode ser um diamante
Por favor, não desista!
Por favor...
não perca a chance de me amar pelo que sou.

Foto de betimartins

No pensamento do poeta

No pensamento do poeta
Aqui jaz o poeta que partiu
Talvez cedo ainda, novo
Foi para outras paragens
Paragens da sua imortalidade
Pobre poeta que não viu
As suas obras a ser admiradas
No meio do tempo ele, se busca
Pelo que não pode acabar na terra
Desce com alma de criança
Tornando ele, o poeta
A nostalgia do momento
Essa criança, isolada do mundo
Não sabe que faz por aqui
Tudo parece tão absurdo
Com a alma ferida da incompreensão
Ele busca aconchego na escrita
Para alguns ele, tem talento
Outros, não ele passa de um pobre retardado
Mas ele enfeita os seus cadernos
Com suas poesias para sempre, imortais
Belas e tão escondidas dos demais
Cresce meio do nada, solitário, sozinho
Buscando nas linhas da vida
Todas as belas palavras que já escutou
Que seu coração já sentiu um dia
Amores mal resolvidos, amores vividos
Do pobre coração por si, já tão sofrido
Para confortar a sua alma que sente, a sua poesia...

Betimartins

Foto de Carmen Vervloet

ROSA ENCHARCADA

Manhã tão chuvosa e acinzentada!
E eu vi e ouvi chorar a rosa
trêmula e sozinha lá no jardim...

Carmen Vervloet

Foto de KAUE DUARTE

Andarilho Sentimento

Estive só
Como em um quadro, enquadrado
Sem muitas cores alegres
Num velho retrato, farpado
Sem nenhuma glória ou consolo
Sem alguem pra chamar de senhor
Sem muitos motivos pra sorrir
Minha vida, apenas existir
Em um desatino de choro
Compondo uma simples oração
Sou frágio, senssível, pequeno
Preciso de proteção
Que vida sofrida, inferma
No vel da vida quero me encontrar
Pra não ser novamente a ferida
Que aos poucos tenta me matar
Vou nascer dia-a-dia pro mundo
Andarilhando as calçadas imundas
Compartilhar minhas misérias com os sonhos
Procurando nas fronteiras da vida
Encontrar resistencia suficiente
Pra um dia em teus olhos olhar
Quero assim com fagulhas viver
No alvoroço de uma história finita
Encontrar na melodia das letras
Um amor que não se intimida

..... kaue jessé 27.04.2011 //*

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