solidão

Foto de Carmen Lúcia

Corrida insana

Da janela semiaberta observo a vida
acelerada, apressada, incontida...
Em movimento cíclico
voltando sempre ao ponto de partida
pra de novo recomeçar...
sem saber onde chegar,
sem saber como parar,
onde parar...

Passos incertos conduzem as pessoas
num vaivém desnorteado, descompensado...
A incerteza do caminho as levam a perambular,
vontade insana de chegar...
Em desalinho procuram uma porta,
ansiedade é o que se vê em cada olhar,
entre tropeços e arremessos elas se trombam,
mas não importa,
sonham chegar em primeiro lugar...

Nessa corrida cega e obsessiva
regada à ambição desmedida
desprezam paisagens significativas,
o belo em cada canto contido,
as cores pintadas pela primavera,
flores que sempre estão a nossa espera...
Canções entoadas pelos rios,
a relva que seus pés acaricia,
mas seguem em frente sem se importar,
sem ver o pôr do sol, tampouco o amanhecer,
indo sempre em desencontro ao amor,
sem dar a ele o mínimo valor...

Queimam as etapas mais bonitas da vida
numa competição desenfreada e descabida
sem tempo de parar e observar,
sem tempo de se render e absorver...
Sem nunca amenizar essa corrida,
sem perceber o real sentido da vida...

_Carmen Lúcia_

Foto de Lidia Lima de Oliveira Soares

Verdades Não ditas

"Verdades"

O que são as nossas verdades?
As nossas mentiras?

As minhas verdades
Eu as conheço
De cor.
Ah... Ou serão verdades adquiridas?
Não as minhas verdades não são
Mentiras...

São as verdades que eu conheço,
Que aprendi com o tempo,
Aprendi com a vivência,
Aprendi com a dor,
Aprendi com os vazios da noite,
Aprendi todas com amor.

Verdades ou mentiras...
Já nem sei, mas são as minhas verdades.

As minhas verdades, não são as tuas verdades,
E as minhas mentiras, podem ser a tua verdade.
Então ficamos assim, você com suas verdades,
E eu com as minhas mentiras?

Não! Há sempre um caminho novo,
Caminhos não percorridos ainda,
Veredas novas, caminhos coberto de flores,
Caminhos cheios de esperança e amor...

Então vamos juntos, eu e você, de mãos dadas.
Caminhar esse novo caminho,
Descobrindo nossas verdades, e eliminando.
Nossas mentiras.

Lídia Lima de O. Soares

Foto de Paulo Gondim

Alienação

ALIENAÇÃO
Paulo Gondim
19/03/2013

Eu já me acostumei com tuas idas e vindas
Com tuas desculpas, tuas conversas
Simples motivações, assunto vago
São meias verdades controversas

Nem sei por que ainda penso em ti
Mas penso. É caso consumado
Talvez, falta de vergonha, de caráter
Mas quem ama é mesmo alienado

Perde o senso do respeito
Esquece de viver e vive outra vida
E ver no ser amado, seu motivo
De ver sua vida dividida

Já nem penso mais em te ver. Desisti.
Fico cá, refém de minha solidão
Se voltares, já que não tenho vergonha
Entra, a casa é tua, como teu é meu coração

Foto de poetisando

Noites de Solidão

Chega a noite e vai embora
Uma mais outra e outra vem
Com elas chega a solidão
Só tu não vens meu bem
Tu não vens como a noite
Nem como vem a solidão
Há noite tudo me dói
Com este aperto de coração
Olho as paredes do meu quarto
Imagino-te com ternura
Fecho os olhos e estou a ver-te
Nestas noites de amargura
Vem a noite e outra vem
Outras que estão a vir
Imagino-me a falar contigo
Tu sem me estares a ouvir

De: António Candeias

Foto de Lucianeapv

ESPECTRO

ESPECTRO
(Luciane A. Vieira – 04/01/2001)

Eu queria tanto saber
De onde vem o canto
Que embala essa voz,
Embriaga o meu tom
E encara esta canção...
Tem um som tão diferente
Não ouso apenas sentir
Enrosco o meu cantar...
Em meu sabor...
Em meu pulsar...
Em meu pudor...
Queria tanto descobrir
Onde ficou o meu perdão
A emplacar meus dias
De solidão, e,
No véu do passado
Lembra uma ilusão...
Doce paixão: pegou forte
Em meu coração...

Eu quero sentir o som
O ar... A voz... O tom...
Que ficou pra trás
E vem, de novo, acender,
No presente, o segredo
Um novo velho amor
Perdido na solidão de um beijo, e
Presente na ilusão do azul do céu,
Sem uma vaga esperança...
Sem uma nova canção eu fui,
Um difuso espectro,
Sem ser ou ver o que sou...

Foto de Paulo Gondim

Carâncias

Carências
Paulo Gondim
08/02/2013

Buscamos em vão alento para nossas carências
Em cada tentativa, avolumam-se nossos ais
E nessa busca por caminhos perdidos
Nos desencontramos cada vez mais e mais

Esquecemos o que temos e procuramos lá fora
Mas para que lembrar o que já não mais existe
Que há muito partiu, foi-se sem muita demora
Levando sua tristeza e deixando alguém triste

E nossas carências se sobrepõem ao tempo
Já fazem parte de nós e assim persistem
São como posseiras que já se sentem donas
Nossas carências são fortes, não desistem

E entre dúvidas, conceitos e acertos
Nossas carências já são ideologias
Não mudam. Arraigaram-se em nós
Como entranhas, parte de nossos dias.

Foto de poetisando

Saudade

Como a saudade dói tanto
Ainda mais que a solidão
Dor que tenho dentro de mim
De me arrancar o coração
Se eu me pudesse mudar
O que eu agora estou sentindo
Aprenderia como te odiar
Por tanto me teres mentido
Mesmo me doendo a saudade
De quando tanto te amei
Não me vou entregar a solidão
Dela já á muito me livrei
Entre esta saudade de ti
Que terei que escolher
Entre a saudade de ti
Ou ter que te esquecer
Ao lembrar o tempo passado
Como dói tanto a saudade
Mais ainda que a solidão
Que dor tem no coração

De: António Candeias

Foto de Maria silvania dos santos

A chave do portão...

A chave do portão...

( R... ) Hum dia, um dia a muitos anos atraz, quando ainda eramos pequeninos, quase ainda com o cheiro do leite materno, eu com + ou - uns oito para nove anos de idade, e você com dois ou três anos talvez, não me lembro bem.
HÀ mas eu confesso que eu já sofria, me sentia solitaria, triste e sem sentido para viver.
Para mim, as cores eram pálidas, as flores dos jardins eram murchas sem vida, eram galhos secos já pedindo poda, ou novas sementes a ser semeadas.
O sol já não brilhava e nem aquecia, tanto o dia quanto a noite era frio, era escuridão, eu vivia embriagada pela solidão.
Apesar de ser criança, mas eu não tinha mais esperança.
Eu não agreditava na alegria, pensava que alegria era fantasia de quem queria ser feliz.
Mas para mim, a vida era com um buraco sem fundo, onde a tristeza não tinha como parar.
Mas um dia para minha suprema alegria, o que era escuridão virou dia, para minha quase que infinita fantasia, eu te conheci, e juro que naquele dia, algo novo, algo diferente em meu coração eu pude senti.
Eu não pude acreditar, mas em minutos você já me fez sorri, me fez sentir criança, me fez perceber a vida e encher de esperança, você me mostrou que a felicidade existe mesmo que por alguns momentos.
Naque momento, tudo para mim se transformou magico e pela primeira vez, eu pude sentir um abraço sincero, carinhoso e inocente, pude sentir o calor humano, naquele momento o sol volto a brilhar, as flores dos jardins ganharam vida, as cores firmaram seus efeito e tudo se transformou quase que perfeito.
Mas como diz o ditado, tudo que é bom dura pouco, você teve que parti e a saudade invadiu meu coração e roubo o meu sorriso.
Eu te comunico, que o jardim que você plantou em meu coração, as flores já quase não desabrocham mais, estam morrendo, precisa ser regado e só você tem a chave do portão...
Então venha, estou sentindo sua falta, venha, retira do meu peito esta solidão!..

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de poetisando

Caminhando pela praia

Caminhando pela praia
Passeando ao longo da praia
Com o vento no rosto batendo
O Cabelo em desalinho
Vou Pensando pelo caminho
Vendo as ondas espraiarem
Meu pensamento distante
Olhar perdido na imensidão
De um mar que está revolto
Eu caminhando neste areal
Com a minha amiga solidão
Sento-me junto á água
Com os pés nela chapinhando
O pensamento está distante
Com o coração chorando
Ao longo de toda a praia
Faço a minha caminhada
Com o meu olhar perdido
Nas ondas que estão batendo
Parece que me estão falando
Dizendo-me como te entendo
Com os cabelos desalinhados
Do sopro forte que me dá o vento
Olhar perdido na imensidão no mar
Distante está o meu pensamento

De: António Candeias

Foto de poetisando

Sozinho

Não queria ser mais infeliz
Nem me sentir mais sozinho
Queria deixar esta solidão
Queria receber amor e carinho
Mas a minha vida foi toda errada
Desde o dia em que nasci
Carinho não soube o que era
Amor bem cedo o perdi
A minha vida foi um engano
Que o meu destino assim o quis
Tanto que queria ser feliz
Estou a sentir-me infeliz
A felicidade queria conhecer
Receber amor e carinho
Dar paz ao meu coração
Não me sentir mais sozinho

De: António Candeias

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