Blog de Arnoldo Pimentel Filho

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

SONHO COR DE PÉROLA

Eu sei que não represento nada
Que nos dias que as chuvas caem
Não existe nenhum olhar
Que venha ao encontro

Do trem fantasma que percorre
Os trilhos que foram arrancados
Da travessia que separa minha solidão
Do lugar onde existe a claridade do sol

Não tenho farol para iluminar
A moça que se escondeu no escuro
Do quarto com seus brincos novos

E que seria a esperança de dias melhores
Com sua delicada face de pérola
E coração à espera de quem a amará para sempre

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

ESCRITO NAS ESTRELAS

Está escrito nas estrelas
Que um dia vai se esquecer de mim
Vai simplesmente dizer:
Sinto muito, vou esquecer você

Sentirei o buraco negro me sugar
A via-láctea se apagar
A tempestade chegar

Minhas noites serão áridas como o deserto
Abandonadas como meus olhos
Solitárias como a brancura
Dos quadros inacabados

Está escrito nas estrelas
Vou me perder por você
Meu universo vai se acabar
Morrerei de tanto amar

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

SONETO DA DISTÂNCIA

A distância não me impedirá de te amar
Porque é nela que me alimento
É nela que sinto seu paladar
É ela que acalma meu sofrimento

É a distância que me faz sonhar
Sonhar com o dia que olharei nos seus olhos
Que não resistirei seu encanto
Que enxugará o meu pranto

É na distância que te amo tanto
Que sinto o perfume da sua flor
Que demonstro todo meu amor

É a distância que diz que um dia vou ter você
Que num dia de sol acabará minha solidão
Num dia em que sol tocar seus cabelos terei seu coração

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

DECLARAÇÃO DE AMOR

Eu te amo
Muito mais que possa imaginar
Muito mais que as estrelas do mar
Em todas as formas que há de amar

Preciso fazer você feliz
Então não tenha medo, me entregue seu coração
Assim serei o cobertor colorido
Que aquecerá seu corpo e sua vida nas noites de tristeza

Somos tão carentes de amor
Precisamos tanto nos sentir amados
Vamos juntos buscar os caminhos da felicidade
E vivermos nossos sonhos na terra distante do amor

Você é a luz da minha vida
Farol da minha embarcação
Todos os meus sonhos serão possíveis com você ao meu lado
Pois você é o sangue que pulsa em minhas veias

Quero sentir nossos abraços entrelaçados
Acariciar seus cabelos soltos e travessos
Beijar seus lábios que adoçam minha alma
Sorver o pólen do seu coração

Eu te amo mais que tudo
Por você daria minha vida
Apenas para te ver feliz
Mesmo que fosse longe dos meus braços

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

BELEZA ADORMECIDA

Por que não está do meu lado?
Assim meu jardim fica vazio
Preciso do perfume de suas rosas
Para acariciar meu coração
Tenho atravessado pontes vazias
Tentando alcançar seu brilho
Do outro lado do bosque
Mas não consigo despir seu corpo
No espelho da vida que está escondida
Entre seus seios que embelezam meu quarto
Mesmo assim continuo procurando
Sua seiva entre as paredes pintadas
Do jardim que encolhe as flores partidas
Que vejo da sacada da janela
Sem as lágrimas que escorrem
Da solidão
Na estrada
Cercada de árvores
Que no fundo
Poderiam me trazer você

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

AMAR VOCÊ

Entre meus devaneios está beijar você
Mergulhar em seus braços até dissolver
Atrair seus desejos contidos
Amar-te até onde for permitido

Acariciar seu rosto com suavidade
Misturar nossos sonhos
Passearmos pelo parque de mãos dadas
Ficar com você toda madrugada

Assim eu teria motivo para viver
Viver de brincar
Ter uma vida inteira pra te amar

Toda noite iria deitá-la em meus braços
Cantar um acalanto até adormecer
Toda noite iria viver para amar você

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

NÉCTAR

Quero amar você
Nos campos de flores de mel
Sentir a maciez de sua vida
A suavidade
Dos seus carinhos
Nas várias estrelas do céu

Quero saciar
Minha sede de você
Como náufrago
Numa ilha
Depois de dias à deriva
No mar verde das incertezas

Quero viajar
No sorriso dos seus olhos
Como pássaros que migram
Sonhando em suas asas
Para terras distantes
E desconhecidas

Quero me alimentar
No seu amor
Nos seus desejos
Nos seus beijos
Como o beija-flor
No néctar da flor

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

HORIZONTE DOS SEUS OLHOS

Aconteceu sem eu perceber
Não cativei você
Tive medo de abraçar
Tive medo de amar

Mergulhei no mar de arbustos
Soprei um vento no seu rosto
Pra você ficar distante
Das minhas mãos vazias

Tive medo de acariciar sua vida
De amar seu infinito
De viver seu paraíso

Tive medo de abraçar
De mergulhar
No horizonte dos seus olhos

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

ENTARDECER

Os ventos já não balançam as flores
Já não sinto o toque das pontas do mar
Estou sentindo meu entardecer ancorar
Nas bordas do porto exausto de tanto esperar

Meu mergulho lívido já não é profundo como quando buscava tesouros
E as sombras do fundo do mar norteiam a superfície com pouco sol
Que está escondido entre as nuvens partidas que se assemelham com o fim da lua
Desnuda pelos olhares de marte

O horizonte já perdeu o tom avermelhado que o diferencia da manhã
Onde os ventos eram fortes e os moinhos viviam a plenitude
Nas planícies repletas de amores furtivos e vazios que transbordavam o coração
Nos celeiros escuros e cobertos pelos olhares inocentes que vinham de longe

Os ventos já não movem meus olhos na esperança de vislumbrar
A fada que iluminava meus dias com sua sedução tímida
E mãos de seda que passeavam pelo corpo sem descaminhos
Descobrindo o amor na sensualidade exprimida entre beijos atrás da estrela cadente

O anoitecer é a desilusão do dia
Tudo que era claro fez-se escuridão
Parece que a vida vai deixando de existir aos poucos, lentamente
Enquanto o sol se esconde entre nossos sonhos

Já não sinto os ventos no meu rosto entristecido pela palidez
Minha sedução virou lembrança entre as paredes do meu oceano
Meu dia está enfraquecendo enquanto o entardecer toma forma
A noite vai cobrir meu corpo e dormirei o sono sereno da quietude sem fim

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

QUINTO OUTONO

Talvez tenha tido a chance de ser feliz
Mas nunca olhei os cabelos soltos
O mar morto
Os passos lentos

Nunca foram ditas as palavras
Ensaiadas
Nas madrugadas frias
Dos meus pensamentos

Minutos de improviso
Horas de silêncio
Tempos de esquecimento

Anos de procura
Pelas ruas escuras
Pelas casas vazias
Pelos olhares esquecidos

Todos os dias

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