Blog de P.H.Rodrigues

Foto de P.H.Rodrigues

Planeta Vermelho

Eles mineram, lapidam
Moldam com esmero
Cada fragmento é um grande belo

Não há castas, casas, laias
Não há classes, trastes, males
Não lambem o não prestar
Nem mordem o classificar

Dão as mãos, em círculo
Não fazem-se um circo
Valorizam um "mero" cisco

Se omitem, pois já tentaram ensinar
Caçados! Retornaram ao Vermelho
Seu mundo, seu lar verdadeiro
Onde aprendem a amar, sem se limitar

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Uma manhã

Comi, o que tinha para comer
Bebi, o que tinha para beber
E ainda assim,
não me senti preenchido por você.

Enrolei-me na Beta
Beta, não é você, Beta, é minha Coberta
E toquei os cabelos da Gertrudes
Que não me ilude.

Gertrudes, é meu violão.
E ainda assim, não tenho você
Em meu coração.

Acordei hoje sem teu cheiro
Sem teu calor,
Apenas com as sombras de um erro
E o aperto no peito

De saber que por desleixo
Perdi-te, minha doce Realejo.

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Vente

Tua língua, toca o açúcar na caverna
Tuas mãos, tocam os muros de concreto
Tuas unhas, arranham a malha de ferro

Teus olhos, enxergam a base da torre
Teus pensamentos, reproduzem o seu fim
Seus desejos, trazem agora um fim

O vento sopra e, suas lágrimas lamentam
Pois teu desejo, agora estás no alto de Babel
Teus pensamentos, estão lá em cima, nos céus
Teus olhos, correm livres mas não dançam

Tuas unhas, agora não arranham nem papel
Tuas mãos, não alcançam as paredes
Tua língua, não toca mais o mel

Pois, O Vento que lhe tocava o rosto,
Agora corta o mundo, corta o fel
Agora corre livre da superfície onde foi pisado
pois ali, Vento não era apreciado.

Ascendeu.

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Vênus em fios

Preciso de uma Vênus,
De uma Rosa cheirosa
De uma Moça Formosa

Preciso de um olhar tímido
De um sorriso ousado
De um abraço apertado
De uma mente livre que voa

Preciso de olhos misteriosos
De lábios quentes
De um carinho safado

Preciso do equilíbrio de um par de seios
De satisfazer tais desejos
De ter nas pontas de meus dedos
Paixão, e o deslizar de teus cabelos.

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Era no papel

Gira o mundo em minha volta
Pelas mãos da criança que
Abre a porta

Maçaneta, caneta no papel
Desenhos, palavras, viagens,
Acima de qualquer arranha céu

Com janelas sem cortinas
Onde passa uma perna, um braço
E fora da virada de ano, come-se lentilhas
Onde passa outra perna, outro braço

Fora do transe normal
Dentro do fluxo caótico
Até Era invejaria
Tamanha ousadia.

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Bater de Asas

Escoria corrompida
Que sustenta uma história contorcida
De uma penumbra dominante.

Inercia constante
De vontades irrelevantes
A não ser para si mesmo.

Atada, mas em sua vontade
Não nas mãos.
Dotada, de uma vazia "apaziguidade"
Em seu "intranslucido" coração.

Alma vagante acorrentada,
Pensas ser livre,
Mas a cada dia, cria um novo limite,
Triste fim terá, qualquer alma conformada.

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Novo Amanhecer

Do monte,
Seus olhos presos num horizonte além
Sua alma feito refém,
Da batalha que começara

Seu exilo invejado
Pela ilustre Águia Real
Libertou seu vigor acorrentado

Por batalhas de um passado
Que eram futuro no presente
Visões de um resultado inexistente

Do monte, seus olhos libertos
De uma guerra fantasma
Traçavam planos concretos
Rumo ao reino que de lá avistara.

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Beija-Flor

Conto-as como se me pertencessem,
As que estão além de Libra.
Rego-as, como se estivessem em meu jardim.
Zango-me, quando ventos sopram-as para longe de mim.

Conto pétala por pétala.
Ponho pedra por pedra.
Escondo o regador, e deixo a glória,
para a chuva, para o beija-flor.

Um passeio, ao leito do rio, ou mar.
Observando o arco-iris,
projeto da chuva que cai,
em dia de sol alto, ai.

E desce o rio, ou sobe a onda,
na encosta, ou quebrando na costa.
Espumas, redemoinhos, passagem, constelações.

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A vontade

Me dê um pouco mais do teu olhar.
Imóvel, como uma foto em cima do móvel.
Renovo, minhas molduras.
Reformo, o meu guarda tesouro.

Prevejo o incerto, na certeza de que,
o certo, acontecerá na incerteza,
que motivará, e, anunciará,
a chegada do previsto.

Revistando meus bolsos em busca da bussola,
ou olhando para o céu,
sigo o céu teu nos olhos meus,

Na vontade de navegar em teus lábios,
recém chegados, desconhecidos, bem moldados,
corados com tom de aventura.

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Um jornal em copo qualquer

Pelas verdades que vivi sem viver.
Pelas flores que desabrocharam,
sob a luz de um sol que não é meu.

Pelo meu sol que iluminou copos celestes,
que ilumina e alcança, mundos diferentes.
Pelo meu sistema incompleto complexo.

A bebida mais quente que a casa tiver.
A bebida mais amagar que eu puder pagar.
A bebida... mais fortemente doce, que eu encontrar.
Que possa me carregar pelos rios das ruas.

Até as calçadas do mundo.

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