Água

Foto de Carmen Vervloet

O Gemido das Águas

O choro vão da água tristonha
Na sua escassez de cada dia
Já não desperta no homem a vergonha,
De devastar sua fonte de vida e energia.

Tão desperdiçada a pobre coitada,
Contaminada por lixo e poluição...
Sobre ela ameaça o gume da espada
Empunhada pela mão de quem não ouve a razão.

Corre em seu leito gemendo tanta dor
Golfando o lixo que a sufoca e mata...
Este outono mudou mais e mais sua cor,
Tirou-lhe o brilho cor-de-prata!

E triste ando pelas margens ermas
Recordando sua abundância do passado
Sentindo a desolação das águas enfermas
Enquanto sinos dobram aos finados.

Foto de Carmen Lúcia

O amor que amo

O amor que amo renasce a cada dia
e cada vez mais forte irrompe com as manhãs,
janelas escancaradas para novos tempos
em festa, onde o livre-arbítrio é anfitrião
e a liberdade pousa livre de mão em mão.

O amor que amo desconhece mágoa,
se doa, perdoa, alma despojada,
sorri a alegria do sorriso franco,
flutua na água tranquila do remanso,
me banha em sua doce indolência
amenizando, da lida, meu cansaço.

O amor que amo é território santo;
compilação da liturgia, do sagrado, da homilia,
onde o profano se abriga em seu manto
que agasalha gregos e troianos.

O amor que amo é descanso
e ao mesmo tempo avanço...
Leva-me a alcançar a paz,
resgata-a do longínquo,
a traz para bem perto,
aqui dentro de mim
pra não se perder jamais.

O amor que amo me aproxima do distante,
tanto bem cambaleante
disperso em sua resistência,
alheio a mudanças, relutante.
Soma que faria a diferença.

O amor que amo é assim;
de tudo, mais um pouco...
Amor que amo e não tem fim.

_Carmen Lúcia_

Foto de Anja Ma

Mo

O nosso amor foi
Com pitada certa do tempero exato
Não foi doce e nem amargo
Mais complicado explicar
Foi como uma flor no deserto
Lutando pra sobreviver, desafiando
O calor e a falta d 'água
Na esperança de não morrer.

Anja Mah

Foto de Arnault L. D.

Métrica

Minha mente quer o foco
destas sílabas contadas,
do ritmar cada bloco,
pela rima intercalada.

Quer a luta, uma barreira
ao meu livre pensamento,
e contornar eira e beira
feito água, feito vento...

Quer a dor do improvável,
o optar pelo complexo
à banalidade estável,
o multiplicar do nexo.

Quer a forma mais bonita
por mais que ela lhe custe,
sem atalho que evita,
sem trapaça, sem embuste.

Meramente o sublime
lhe parece razoável...
porém, isto não exime
do falhar inevitável.

De enganar-se em transladar
o que no sentir havia,
por mais que busque em tornar
o que pensei em poesia...

É preço pago ao siso
por leva-lo aonde tudo
torno longe donde piso,
meu abrigo e escudo.

Foto de Alexandre Montalvan

Teu Pranto

Teu Pranto

A água que desce de teus olhos
encharcam meus sentimentos
que
transbordam em meu coração.

E morta de medo escorre pela face
rola no ar
e cai em minha mão.

Quente salgada a água
faz-me lembrar o mar.

Um mar de ondas em queda
rugindo na noite em meio às trevas
borbulhante, intocado
varrendo o vento em teu rosto, teus cabelos.

Gotejando lentamente a tua tristeza.

Alexandre

Foto de Paulo Gondim

Homem e mulher

Homem e mulher
Paulo Gondim
27.09.2013

O que vives é parte de mim
Embora digas que não, mas é
Se assim não fosse eu diria
Mesmo sendo mera fantasia
O que sentes é teu encanto
Mesmo que finjas, no entanto
Nada é que não seja nosso

O que te inspira me implica
O que tu desejas me complica
O que tu procuras se perde
Na tribulação de nossas vidas
E damos voltas e mais voltas
E num lugar perto ou longe
Nos encontramos

Apesar das divergências
De nossas diferenças
Somos água e fogo
Céu e terra
Um no outro
Que se confundem
Na sua existência
Sem qualquer exigência
Num jeito qualquer
Eu sou teu homem,
Minha mulher

Foto de Lucianeapv

RENASCIMENTO DE FÊNIX

RENASCIMENTO DE FENIX...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Já não entendo mais
A virtude do amor
Pois ele se esvai de repente
Sem deixar, em si,
Algo de bom...
Se instaura a defesa da alma e
A incerteza do destino...
Sou fogo a deixar de arder...
Sou terra e nela mergulho
Minha fera...
Sou ar a bafejar tristezas tais
Que ao vento
Não se desfaz...
Sou lava a escaldar o espírito
E a água a resfriá-la,
Juntamente com a brisa fria
Da noite no deserto...
Enfim: sou Fênix a renascer
Das cinzas de meu
Estranho viver
Onde a violência se instaura
E o medo se perverte...
E a vida pede um novo renascer...
Sem um novo querer...

(Luciane A. Vieira - 26/09/2013 - 23:22h)

Foto de Danyy Amor Paixao

Obstáculos"

Podem existir mil obstáculos, mas nada fará com que
meu amor por ti morra.
Atravessarei até os maiores mares, mas não existirá água
suficiente que afogue o amor que sinto por você.
Subirei até a montanha mais alta do mundo, só para te ver,
e de lá gritarei seu nome para ver se me ouve, e se me ouvires,
direi uma só frase:
Eu te amo.
E quando o vento passar, levará consigo o que eu disse, e quando
ele soprar em seu ouvido, escutarás junto ao vento:
Eu te amo.
E toda vez que o vento soprar em seu ouvido, não será só apenas
o vento, mas eu dizendo que te amo...

Foto de Gomes S

Chuva

.
.
.
.

Essa chuva lá fora,
parece lágrima de Deus,
Água cristalina, que renova o ambiente,
Agua azul, que reflete o céu de nossa gente.

Olhe pela janela, perceba,
Como é bela a sintonia,
das gotas rolando sob as folhas,
Chuva chora sobre a terra,
Alegria de Deus,
que traz renovação, vida,
Que lava, restaura.

Chuva que chove,
Chore sob a maldade,
Lave a cabeça daqueles,
Que a mente está imunda.
Chore sobre a cidade.

Foto de Delusa

Cidade

Cidade, cidade!
De corridas ofegantes,
Milhares de habitantes,
Saturada de maldade.
Atmosfera viciada,
Que a todos embriaga.

Cidade, cidade!
Onde o mal se pega,
E a simplicidade,
A cada passo se nega.
Mares de gente,
Aqui e além,
Mas não se conhece ninguém!

Cidade, cidade!
Mundo artificial.
Conheces tu,
A beleza natural,
A mansidão do sossego,
O voar do morcego,
O chilrear dos passarinhos,
E os solitários caminhos?

Conheces o aroma do campo,
O perfume natural das flores,
A lealdade das pessoas,
Ligada aos seus amores?
O espírito fraternal,
E a simplicidade dos pastores?
Conheces os que amassam
Com dureza,
O seio da própria natureza?
O cantar da água nos regatos
E a sua pureza?
A claridade do luar,
O ralo,
E o grilo a cantar à luz da lua?

O silêncio da noite,
Onde as pessoas conhecem,
Pelos passos,
Quem vai na rua?
Cidade, cidade!
Não me julgues mal,
Mas onde está a tua beleza,
Afinal?

Delusa

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