Nas tormentas que acalentas
Nos viveres que dizes ter
Temos Abril por nascer...
Com sol e vísceras brandas
E de gazela só a nobre cinderela
Donzela no caixão e adormecida
Jaz! Anestesiada! Contida!...
Flores… multicores quero dar
São o símbolo de toda a verdade
Da vida que desabrocha e urge
Caminho que trilha do palco
a filmar...
Quem sabe gostos e desejos
Do mundo do ser e do parecer
Quem sabe da diferença, ser
Maçã e canela, dois sabores
Misturados, resplandecer!...
Tu és forte e destemido
És a eterna alvorada! E se gelo
houvesse -, um só caminho
seria Deus o seu destino...
Neve branca, pó não há
Nem cinzas, só levadas
Cascatas, lágrimas adocicadas
Comunhão da natureza, proza …
Óh! Noite bela e afim…
Com teu toque de magia
Faz do sangue sofrido em vida
Um viver d`alma, assim!...
Faz com que o Sol, em retorno
Dê espírito dom e alma
A este príncipe encantado
Que brada louco e apaixonado!
JoaninhaVoa, in "Vidas"