Destino

Foto de Carmen Lúcia

Liberdade tardia

Liberdade tardia

Quantas vezes perdoei...
Mais que setenta vezes sete.
Quem sabe a alma se abastece
e nunca mais venha a sofrer.
Dei minha cara à tapa
sem sequer contradizer
as vontades que preponderaram
e por longo tempo vi prevalecer.

Calei minha boca em consentimento
mesmo com um não na ponta da língua
a explodir a qualquer momento
podendo até reverter minha vida
alterando o argumento.
A covardia e o medo se infiltraram em meu peito
e mais uma vez o não se calou, rejeito.
Mantive o disfarce colado a minha face
e a irrealidade projetando o que não era,
o que não quisera, o que não condissera com a verdade.

Oportunidade perdida não volta atrás.
Mas o tempo é borracha. Apaga e volta a escrever.
Reinventa enredos .As emoções já vividas
deixam o palco e num canto qualquer, vão morrer .
O perdão não tem mais razão de ser.
A história em questão muda o contexto,
os capítulos se compactam, pedem fim,
a mágoa até então guardada, jaz isenta desse texto.
A liberdade concedida passa bem longe de mim.

Feito um pássaro cativo diante da gaiola aberta
sem saber o que fazer, sem ter para onde ir.
Alça um voo rasante, itinerante sem destino.
Retrocede ante a dubiedade dos caminhos...
Tem nas mãos o livre arbítrio,
mas não no cerne o desejo que impele.
A liberdade interior que o libere.

_Carmen Lúcia_.

Foto de Elias Akhenaton

É Com Fé Que Se Constrói O Destino

Sou um pescador, de nobres emoções,
Navegando na imensidade do mar...
O mar do coração e suas aspirações;
Às vezes sob o céu azul, noutras ao luar...

Também um bom cavaleiro viajante,
Pôr terras distantes, do mundo sem fim:
- Um Tuareg da paz, caminheiro amante,
Da rubra flor qu’ brota no belo jardim.

Contemplo o rei sol em sua nascente,
Nas colinas do oriente, ele é emblema...
Da esp’rança qu’ triunfa reluzente.

Do destino sou o artífice, o tema...
O escultor, com o cinzel n’alma, ciente
Do labor, de esculpir à fé como lema.

-**-Elias Akhenaton-**-

Foto de Joice Lagos

Amor Impossível

Hoje percebo a tamanho da loucura que estou vivendo.
Acho que ainda não tinha me dado conta, que em breve você vai estar enlaçado pelo matrimônio.
O meu desespero já não posso mais disfarçar, sinto que perdi para sempre o que jamais conquistei. juro que nunca tive a intenção de nutrir este amor platônico por você.
Sempre fui realista e mantive o controle de todas e quaisquer situações, nunca me permitindo tal angústia.
Mas hoje sinto meu coração em pedaços, tento em vão retornar a realidade da minha vida trânquila e sem fortes emoções.
Eu tinha certeza de que só deixaria meu coração ser flexado quando bem entendesse, com a pessoa certa, na hora certa.
Mas o destino às vezes é irônico e imprevisível, nos torna vulneráveis a determinadas situações, onde não vemos mais saída a não ser permitir que o caração adoeça vendo o remédio distante de nós.
Hoje vi o quanto sou frágil, diante das mulharas da vida, apesar de me manter semmre tão confiante, meu coração amoleceu diante de sua gentileza e seu caráter.
Tantos nessa vida, se propuseram a me fazer feliz e tentaram de tantas formas me provar fidelidade e cumpricidade, porém meu duro coração se fechou, me tornei obcecada a ser alguém, sufoquei minhas dores e delas fiz o meu alicerce, desacreditei dos sonhos.
E agora você me desarma de tal forma, com tanta facilidade me deixa sem chão, sem condições de lutar contra as circunstâncias que te fizeram ser especial.
Sei que tudo não passa de um sonho imprevisível e inatingível, mas a força me fará vencer esse novo obstáculo e estarei sobria quando o sol nascer.

Foto de Joice Lagos

Amor

Meu amor...

Um dia me encontrei sentada à beira mar, meus olhos perdidos no horizonte, meu coração pulsava como as ondas do mar.

Naquele instante meu coração ansiava pelo amor, não o carnal, mas aquele que vai além de dois corpos unidos, aquele que nada absorve do ser amado, mas a ele acrescenta.

Mas apesar do desejo de ser amada, o medo me fazia companhia...
...Medo de jamais encontrar este sentimento, de nunca poder senti-lo.
Incrédula vagava pelo mundo, com o coração em chamas, sem poder viver o amor contido em meu coração.

Quando te vi pela primeira vez foi como se todos os meus anseios cegos, tivessem chegado ao fim, desejei como nunca estar ao seu lado e deixar crescer aquele sentimento que começava a tomar conta de mim.
Mas o medo mais uma vez me fez covarde, fugi como um gato acuado, não me dando conta de não havia lugar onde me escondesse.

Foram longos os conflitos no meu coração, dias se arrastaram até que dentro de mim se travasse uma batalha, em intervalos de trégua, você surgia na escuridão de meu ser, e trazia com a sua imagem momentos de grande alegria e desejo.

Até que um dia o medo foi abandonado a guerra, permitindo que amor tomasse conta de mim, meus olhos viam tua imagem e meu coração mandava-me a mensagem de nunca deixá-lo.

Era um presente do destino, não havia fuga, não havia escapatória, estava feito, foi então que permite sua presença em minha vida, e conheci a verdadeira felicidade.

Hoje se me sentasse à beira do mar, meus olhos perdidos no horizonte, só encontrariam o teu porto seguro, onde me abrigo pra fugir da maré.

Amo-te muito...

Foto de Bruno Silvano

A Mafia

O Vento batia continuamente na fresta da janela do quintal e produzia um leve e suave assobio, que embalava a mais belas das bandeiras, em tons cintilantes, simples e repletos de significados, que naturalmente se encaixava com aquela cidade e atraiam a atenção das pessoas que por ali passavam, os raios solares realçavam o amarelo, as nuvens em tom de algodão o branco e a camada escura de solo fértil que abria por instantes rente a neve derretia, representavam o preto. Era uma bandeira tricolor, que apesar de poucos saberem o que ela realmente significava, já a adoravam. Essa era a minha vista de quando olhava através das janelas de vidro.
Era apenas um brasileiro, criciumense para mais ser preciso, ou apenas mais um criciumense perdido e sozinho na Europa. Havia mudado recentemente para a cidade de Oxford, cidade essa cheia de cultural e beleza, um dos principais centros universitários do país. A oferta de estagio da garantia de experiências e grandes aventuras me atraíram àquele lugar. Não foi uma das escolhas mais fáceis que tomei em minha vida, longe disso, teria que abrir mão de muitos hábitos e principalmente do meu amor.
Minha cidade de natal fazia muita falta, costumava falar com as estrelas, dizem que as estrelas são boas companheiras, principalmente pra alguém quanto eu que precisa de alguém para se animar, pedia todos os dias para que meus amigos pudessem estar comigo, não que eu estivesse descontente com aquilo ali, talvez a imaturidade e inexperiência me fizesse sentir medo, me fizesse questionar o que estava fazendo ali, muitas vezes acordava assustado ao ver as arvores, os carros, os jardins repleto de neve, acreditava ainda estar dentro de um sonho. Meu passatempo era acordar cedo todos os dias, tomar um cappuccino quente e ficar em frente a lareira observando a bandeira do meu time do coração, que havia cuidadosamente enfiado em frente a casa. Esse era o meu hobbie enquanto não precisa ir trabalhar.
Seguia o mesmo caminho quase todos os dias para ir trabalhar, morava a 3 quadras da empresas, sempre ao sair de casa encontrava dois meninos e uma menina jogando futebol no pouco espaço onde a neve ainda não tomava conta, justamente em baixo aos redores da bandeira, que além de bonita servia como trave pra diversão da criançada. A cada dia que se passava o numero de crianças aumentava e todos tomavam gosto pela bandeira pela sua capacidade de iluminar e proporcional diversão para os mesmo.
Minha vida se tornava uma mesmice naquele lugar, chegara a imaginar que meu um dos meus maiores sonhos, acabara por se tornar pesadelo, era uma ainda muito sozinho repleto de solidão, mal eu imaginava que aquilo pioraria muito, mas que também passaria por muito bons momentos.
Não me importava que as crianças jogassem ali, muito menos com as varia perguntas tolas que recebia de pessoas curiosas sobre a bandeira.
Não me lembro ao certo que dia era, mas a previsão do tempo apontava a vinda de uma forte nevasca para a região, porém muitas crianças ainda brincavam no meu jardim, muitos se assustaram com o barulho das fostes rajadas de ventos que se aproximavam e saiam correndo para suas casas, mas um deles o mais novo da turma que tinha por volta de 4 anos ficou tonto, completamente desorientado, não sabia à que lado ir, logo corri par retirar o menino da rua e leva-lo pra dentro de casa, porém a hora que cheguei ele já não estava mais lá,. Apenas ouvi o barulho de um grande estouro e desmaiei, daí em diante não lembro mais nada.
Quando acordei, demorei a conciliar onde estava, o ambiente cheirava a hortelã, mas tão logo percebi que estava em minha própria cama, no lado tinha uma xícara com chá de hortelã com mel, acompanhado de um bilhete com as seguintes palavras “Cuide-se e da próxima vez tente não sair correndo como um louco na rua, no meio de uma nevasca. Da-lhe Tigre!” Seguido de risos e um beijo estampado a batom. O Chá ainda estava, ainda sentia um cheiro de perfume no ar, tão cheiroso quanto qualquer um outro que já senti outras vezes. Corri a porta pra ver se encontrava alguém, porém tarde demais, a porta estava emperrada devido o excesso de neve. Meu guarda-roupa estava um tanto quanto bagunçado, mas talvez já estivesse assim, devida a minha organização. O dia estava amanhecendo, foi ai que me dei conta que fiquei desacordado por mais de 12h.
Os telejornais avisavam a paralisação em algumas escolas e empresas devido a nevasca. Não iria precisar trabalhar, então fiquei deitado o dia inteiro tentando entender e lembrar de mais alguma coisa sobre o que havia acontecido no dia anterior. Porém todos os meus pensamentos foram interrompidos pela noticia de que entraram o corpo de um menino, por volta de 4 a 5 anos de idade, morto com sinais de asfixia, em um terreno próximo ao da minha casa.
Estava extremamente curioso para descobrir o que havia acontecido, e ainda mais quem era a pessoa que havia me trazido pra dentro de casa, minhas únicas pistas eram, o perfume, o idioma e a letra com que a pessoa havia escrito, e a julgar pelo batom imaginava se tratar de uma mulher, de fato não estava errado. Mas a questão é, o que estaria ela fazendo ali, se a única pessoa que vi era um menininho inocente e indefeso? Ao menos foi isso que imaginei ter visto, pelo menos através do vidro fosco das janelas.
Passaram-se dois dias sem que eu tenha mais informações sobre o caso, porém através de denuncias, feita por uma mulher, que não quis se identificar, que relatou me ter visto com a criança. E como a criança costumava brincar sempre no meu jardim, fiquei sem ter como me defender e as suspeitas sobre a morte do menino recaíram todas sobre mim.
Passei varias tardes respondendo inquérito e prestando depoimentos, haviam encontrado luvas com o emblema do Criciúma perto da cena do crime, o mesmo que estava na bandeira, que por sinal também havia sumido. Peritos constaram que a luva me pertencia e que eu havia sumido com a bandeira, pra não levantar suspeitas e ligações entre luva e bandeira. Mal eu sabia, que a profissão que sempre sonhava em ser, se voltava contra mim, em um mero descaso do destino.
Não entendia o que fazia uma luva do criciúma, era o único criciumense que morava na região. Tentava montar em minha cabeça parte por parte, mas faltava um detalhe, pra mim essa historia não fazia o menor sentido, quanto mais para um chefe do departamento de investigação. Que por sinal era mulher, uma bela mulher, muito me parecia familiar, era baixinha, não tinha mais do que 1,65 metros de altura, possuía cabelos ruivos puxando pra loiro, seu perfume, ela era misteriosa, e isso me atiçou a desvenda-la.
A luva era a prova concreta contra mim, pelo menos para me deportarem para o Brasil, alguns dias antes essa seria uma boa noticia, mas agora já estava muito envolvido no caso e faria de tudo para desvenda-lo, e por ventura provar minha inocência.
Em um dos depoimentos cara a cara com a chefe do departamento criminal de Londres, ela deixou cair alguns relatórios de perícia em cima de mim, havia algumas anotações em português, logo reconheci a letra, como a mesma do bilhete deixado em meu quarto. Estava ai, frente a frente com a pessoa que poderia me salvar, me defender. Ela leu em meus olhos que havia descoberto quem se trava ela, porém não me deu tempo de reação, me deu um beijo, tão suavemente quanto um de cinema, e mandou eu segui-la rapidamente e que me explicaria no caminho, mas que precisa que eu embarcasse no avião e voltasse para o Brasil. Não sei se essa foi uma das atitudes mais inteligentes que tomei, porém segui-la.
Ela me levou a um depósito velho onde trabalhará sozinha como detetive particular, e um dos seus casos era de uma máfia formada dentro da empresa em que estava trabalhando. Máfia essa que aliciava e menores idades inclusive eles que haviam cometido o assassinato do pequenino e estavam me usando pra atrair as crianças. Explicou ainda que se a culpa do assassinato caísse sobre mim era a única maneira de me defender da máfia, e por isso ela se encarregou de implantar as provas.
Detalhou: “Você estava indo salvar a criança, eles estavam atrás dela, ao perceberem que tinha alguém por perto tentaram lhe matar, porém apenas te desacordaram, e antes que tivessem mais tempo, cheguei e eles recuaram, então levei você até a cama e tratei de você, até porque temos muito mais coisas em comum do que você pensa..” Nessa parte fomos interrompido por barulhos de tiro. Corremos em direção ao carro, porém cai na armadilha e fiquei na mira da arma de um dos membros da máfia, um tiro e era certo que eu morreria. Ele engatilhou e atirou, fiquei meio surdo com o barulho do tiro, porém ela a delega havia se joga em minha frente, rebateu o tiro, porém não se livrou do ferimento. Havia sido atingida a altura do pulmão, dava pintas de que não resistiria, deu-me mais um beijo, o melhor deles, e desmaiou.
A ambulância não demorou a chegar, porém não escondia a aflição do medo em perde-la em nunca mais a ver. Porém vi em seus braços uma tatuagem “Da-lhe tigre” e logo entendi que não era apenas destino. Os médicos disseram que ela havia perdido muito sangue, porém ficaria bem. A partir desse dia descobri o que era a paixão, algo que começou a alguns anos em jogos do criciúma, e que se estendeu mais além, além de continentes, um clube que reuniu meus dois amores

Foto de Maria silvania dos santos

Se eu pudesse destina-lo

Se eu pudesse destina-lo

_ Sei que o que atormenta o meu coração és ilusões, ilusões do que talvez nunca venha concretizar...
Mas em meus sonhos você sempre irá estar, não me canso de te esperar...
Pois como diz o ditado, quem espera sempre alcansa, sei que és loucura e terei que talvez enfrentar noites escuras, enfrentar a solidão dilacerando o meu coração, mas se este for o meu destino, destinarei o final que terei...
O meu final é o qual eu não sei, mas se eu pudesse destina-lo, você seria o meu Rei...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Delusa

A fuga da vida

Ando por aí a cantar,
À procura de ti...
Talvez a gritar:
Pura vida!
E pergunto a toda a gente,
Com ar de quem sente:
Viram passar por aí,
Essa perdida?
Sim, passou ali,
Feita menina,
Muito bonita,
De aspecto aflita,
A correr...
Muito esquisita.

E, eu
Continuo atrás dela,
Corro desiquilibrada,
Numa macabra ruela,
A cantar e a gritar,
Perguntando a toda a gente,
Por ela:
Viram-na passar?
Sim,
Passou há pouco tempo,
Ia tocada p'lo vento,
Muito florida,
A correr e a cantar,
Sem a nada olhar,
Fugindo a todos.

E, eu
Sem a poder alcançar,
Continuei a minha corrida,
Seguindo atrás dela,
Pelo caminho da fuga,
Tocada pelo vendaval,
Atrás daquela esquecida,
Triste e sozinha,
Onde ninguém me viu...
Fui pelo caminho,
Que ela seguiu,
E no final parei,
Mas só acordei,
Quando vi o fim,
Em frente a mim,
Uma supultura...
E uma cruz de pedra dura!
Onde pára o destino,
E acaba a tortura.

Depois de tanto correr,
Fez-me compreender,
Que todo o caminho ,
Termina assim,
Numa cruz,
De pedra dura,
A testemunhar,
O fim de alguém,
Que ali repousa.

Onde eu também,
A soluçar caí,
E fiquei ali...
Sem me poder levantar,
Junto da sepultura,
Sobre uma cruz,
De pedra dura...
A olhar para mim,
Que sem dar por isso,
Cheguei ao fim...

Delusa

Foto de Delusa

Poesia ou prece

Como devo agradecer
Este sentimento que me encanta
E que a todo o momento
Me enche o coração
Com melodias de amor
Onde delira o meu sofrimento
Apagando a minha dor

A Deus estou a agradecer
Sem conseguir entender
Se isto é poesia ou prece
Agora que te pude ver
Já não te quero perder
Nem meu coração te esquece

Quantos caminhos já cruzei
Pela via do destino
Porque razão não encontrei
O verdadeiro caminho?

Delusa

Foto de Drica Chaves

Asas de Arribação

Tudo no mundo tem destinação
Assim como os olhos a visão
O amor ao coração
A vida à sedução.
Fremente ilusão que persegue
Os nós dos laços apertados
Para desatá-los em vão
Pois se já entrelaçados se formaram
Não mais se desfazem em exaltação.
Seguir em desalinho
Não é coisa de passarinho
Que procura seu ninho
No mais vasto pergaminho
A escrever seu destino
Que a tudo vê e busca tino.
Bica o néctar e o mel
Voa alto no céu.
Asas de arribação
Teorias da paixão
Abismos
Ou fatalismos?
Essas coisas todas
ditas bobas,
Mas que são mais que baobás
Das terras santas aladas
De fortalezas inabaladas
Certezas, quem dirá?
Apenas Pureza...

(Drica Chaves)

*Direitos autorais reservados.

Foto de Allan Dayvidson

FUGITIVO

"Assistindo ao filme "O Fabuloso Destino de Amelie Poulin" me veio a idéia deste poema... Ele não tem explicitamente nada a ver com a história, mas basicamente fala da sensação de se um fugitivo que às vezes nos domina e nos impede de fazer o coisas importantes..."

FUGITIVO
=Allan Dayvidson=

Ele pôs os olhos em você,
mas os dois pés na estrada;
Ele corre feito um louco,
um vulto de jeans e camisa listrada;
Qualquer “olá” é um alerta, uma oferta, um perigo iminente;
Sua imaginação e curiosidade tem um caso estranho, criminoso e indecente...

Mas é só um garotinho assustado
que se move, balança e esquiva;
Sempre tão escorregadio e atento,
não importa quantas tentativas.

Detenham aquele fugitivo,
aquele eterno foragido
que está longe de chegar!
Peguem aquele forasteiro,
aquele pequeno encrenqueiro...
não o deixem escapar!

Mas tudo que ele diz,
cada palavra que se joga de seus lábios inseguros
parece um suicida sensacionalista
que curte mais o suspense que o próprio pulo.
O vento no rosto enxuga as lágrimas e tenta deixa-lo a salvo.
Ele morre de medo de dar mais tiros no escuro e ser de novo o próprio alvo.

E ele não aparece nos filmes,
comerciais ou programas de tv
Mas talvez mudando de antenas,
você ouvisse menos estática e mais o ele que tem a dizer.

“Meus medos falam, meus pés não param
e eu não faço idéia de onde vou chegar...
Só mais um pouco, é quase um jogo
e eu não vejo a hora de te deixar ganhar...
Não desanime, somos um time
e sei que só você pode me alcançar...
Pois.. é sua chance... é minha chance!
Por favor, me alcance”!!

Peguem este lábil forasteiro
de coração mochileiro
que não para de acelerar
Procura-se morto ou vivo
este adorável fugitivo...
Não o deixe escapar!
Vai lá...

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