Diamantes

Foto de Arnault L. D.

É que nasceu o amor

Quando existe alguem
que faz florar os espinheiros
e das pedras do caminho
torna diamantes verdadeiros

É que nasceu o amor
e por ele se fez razão
as historias de ninar
Já não são mais ilusão

Quando as lagrimas são de alegria
e os silêncios não são vazios
mas repletos de poesia
que nos percorre em rios

É que nasceu o amor
e acendeu luz sobre as cores
a inundar os campos de flor
e à língua adoçar sabores

Quando só de pensar se é feliz
e a euforia se instala
se sabe que é o amor que se quis
e toda pergunta se cala

Foto de Osmar Fernandes

Meu sonho bate asas

Dentro de mim a esperança é voar.
Voo na liberdade da inspiração.
Não tenho pressa, mesmo ao chorar...
Bate forte meu coração.

O tempo é meu aliado.
O Sonho meu companheiro.
Meu ser é animado...
Deus, meu conselheiro.

Dormindo, o sonho bate asas.
Acordado, o destino me encaminha.
O mundo é minha casa.

Meus pés são eletrizantes...
Essa alma é só minha.
A terra e o céu, meus diamantes.

Foto de anasofia10

Fazer sentido!

Sem hesitar o meu coração quis entregar,
não pensei duas vezes, foi pegar ou largar.
Sempre lutei para que tudo resultasse entre nós dois ..
Sempre sem pensar no que viria depois ..

Até ao amanhecer, só sentir paixão ..
Sem ti, não consigo sentir bater o meu coração.
Não vou dizer-te que estamos no bom caminho..
Não vou desde já traçar o nosso destino..

Quero esperar pela nossa mudança ..
Vou lutar e ter muita esperança.
Ontem fomos amantes
brilho dos teus olhos, verdadeiros diamantes ..

Vamos recuperar todo o tempo perdido ..
vamos fazer com que tudo ganhe sentido.
Vamos por de lado o passado..
e caminhar lado a lado.

( para o TIAGO CARVALHO. NÃO COPIAR! )

amo-te Tiago, és a minha vida ♥

Foto de Sérgio Carapeto

Tenho no meu peito

Tenho no meu peito,
Algo tão inútil e imperfeito,
Que só bate por te amar!

Um amor que para mim é tão cruel,
Como os Deuses a quem fui infiel!

Um amor sem perdão,
Porque não posso controlar o coração!

Essa é a crueldade do destino,
Pelo qual fujo,
E minto,
Tudo aquilo que te digo,
E sinto.

Apesar de te querer e amar,
Os meus sentimentos não consegui controlar,
Ai… se eu pudesse arrancar,
O coração que me bate no peito,
Tudo seria perfeito.

Seria como uma pedra na calçada,
No passeio parada,
Por que passariam despercebida.
Seria nada mais que uma pedra…
Na calçada esquecida.

Mas para minha desgraça,
Devaneio e ameaça,
Tenho no meio peito,
Um coração que bate imperfeito…
Por ti!

Desde o primeiro momento,
Em que te vi,
Como parados no tempo,
(Inesquecível momento)
De loucura em pensamento!

E nesse momento eu me perdi,
E jamais me encontrei,
Só sei que me perdi,
E só me reencontrei em ti,
Apesar de vivo,
Parece que morri!

Amei e sofri,
Pedi e morri,
Naufragado nesse maré verde e agreste,
Que o teu olhar veste.

E os teus cabelos doirados,
Fios de ouro imaculados,
Que os anjos tecem,
Eu amo,
Como as rosas dos jardins de Adónis,
Por quem eu clamo!

E os teus lábios,
Pecados de anjo,
Que eu esbanjo,
Eu amo,
E desejo possuir,
Como o Deus que eu chamo,
E não me consegue ouvir.

Mas a minha maior desgraça,
É pior do que te amar,
É pior do que te querer,
É pior do que te amar,
E não te ter.

É o teu rosto angelical,
Que sem compaixão me atrai e seduz,
Como uma borboleta…
Seduzida pela luz.

Esse rosto que me fere mortalmente,
Com a sua beleza e esplendor,
É simplesmente,
O meu coração que bate por amor!

E o teu corpo,
Que eu desejo possuir,
Como a oiro e diamantes,
É nada mais que pétalas de rosas,
(Desejos tão amantes)
Como pedras preciosas.
Majestosas!

Sopradas pelo vento da manhã,
Que me liberta nesta fria manhã,
Com os seus raios de sol,
Que me aquece nesta noite tão fria,
O teu corpo era o sol que me aquecia!

Foto de maria guimaraes

CHUVA PERFUMADA

CHUVA PERFUMADA

Há uma chuva risonha caindo dentro de mim...
Perfumada, macia, encantada...
Minha alma ri, brinca com os pingos da chuva
Que caiem lá fora...
Pérolas... cordões de diamantes...
Beleza sem fim.
O sol está com ciúmes,
Esconde-se, teima em não aparecer,
Tal é a luz que vê dentro de mim...
Leio um poema, poeta só meu...
Riu-me como uma criança,
Tenho mais que o mundo...
Tenho-te...
Com quem sempre sonhei,
E ao acordar estavas lá...
Real como eu te imaginei...

SONHA COMIGO

Sonha comigo, ainda que o sonho
Seja uma mentira, sonha comigo...
Sonha que há purpurinas na noite
Em que me amarás...
Sonha comigo, no lado de lá da vida,
Imaterial, como uma nuvem, um elemento...
Sonha comigo, enquanto vês
Um quadro de Van Gogh
Ou uma escultura de Rodin,
Sonha comigo, com risos abertos na madrugada
Do sonho, com cânticos
Que nunca ouviste mas saberás inventar...
Sonha comigo, quando o sol
Tomba no poente, e te doira o olhar
Perdido no tempo...
Sonha comigo, quando já não
Há mais nada em ti com que sonhar...
Sonha comigo...

PENSANDO EM TI
Lentamente abro as cortinas da janela,
Que dá lá para fora. O sol bate no muro branco,
As sombras das arvores dançam na sua brancura...
O céu está imensamente azul,
Um par de rolas namoram além...
E eu fico aqui olhando o nada,
Pensando em ti...
Penso em palavras que dissemos,
E outras escondidas nas metades das que não dissemos...
Penso em risos, e olhos a brilhar...
Em ficarmos parados, calados,
Como que a definir sentimentos,
A criar uma corrente que atravessa
Os nossos pensamentos...
Depois, falamos e lembramos tempos, coisas...
Fico aqui a ver o sol, e as folhas das arvores
Desenharem sombras, no muro branco...
E perco-me na memória do tempo, e em ti....

LENDA

Há um vento sibilante entre as fragas.
As ondas trazem consigo as algas
Verdes que se espalham pela praia.
Olhando o mar, sento-me aqui e espero.
Espero como Penelope esperou Ulisses,
Tecendo o manto de palavras não proferidas, adiadas...
O sol caminha para o ocaso,
Nostalgicamente belo, esplendoroso...
O dia caminha para a noite, e eu, como Penelope,
Desfaço o manto de palavras que urdi
Neste dia que chega ao fim.
Amanha, recomeçarei, e noutro dia,
E noutro , infinitamente,
Com os olhos presos no horizonte da vida,
Esperando acabar de tecer este manto
De palavras, para um dia te oferecer...

GUARDA EM TI...
Guarda em ti tudo o que trazias quando nasceste,
E os Deuses, e as fadas te fadaram, e predisseram...
Guarda em ti, a fala da cigana que te sinou...
Guarda em ti o coração antigo da sabedoria,
Da vontade, e da razão.
Guarda em ti também o coração novo,
Do homem nascido em ti,
Que ri, que brinca, que sonha...
Guarda em ti, todos os rituais antigos,
Que os Deuses te ensinaram...
Guarda em ti, as lagrimas como pérolas,
Que só o coração puro pode doar...
Guarda em ti, a força da vontade, e do querer.
Guarda em ti, como dádiva
Divina, o riso, o amor, e o sonhar...

Foto de Elias Akhenaton

TEUS OLHOS AZUIS


Teus olhos azuis cor de anil,
da cor do mar,
Faz-me amar...
São duas jóias preciosas,
dois diamantes irradiando;
luz, meiguice, doçura e sensibilidade de
uma Mulher-menina
que me fascinam...
Quando olho para os olhos teus,
reluz a paz que tanto necessito...
Verdadeiro regalo, a me abençoar,
a inspirar este humilde peregrino beija flor,
que baila no ar em buscar do pólen da flor,
do teu sabor, do teu amor
que está em teu interior, no interior
de tua linda alma, refletido delicadamente
pela luz dos olhos teus,
obra prima criada por Deus!

Elias Akhenaton

Foto de DAVI CARTES ALVES

DAMA MISTERIOSA & ENVOLVENTE

Nos lábios frios e úmidos
ela pincelou langorosamente
um brilho vermelho-sangue, das vitimas
despejando-as sob sua diáfana abóbada índigo
assim como o mar, encobriu cadáveres
qual perene e profunda sepultura

Amante do inverno rigoroso
com os miseráveis claudicantes
refugiados nas marquises do tempo
também não lembrou da ternura
deu guarida para o tirano
que no casebre simples e sem mata-juntas
derramou pânico, dor e amargura

Para depois charmosa e deslumbrante
no seu longo vestido azul escuro
cravado de diamantes
tornar doce os sonhos pueris
e intenso & balbuciante
os amores febris

Fez-se fonte maviosa de repouso e reparação
mas teima em não mudar de face no calabouço
e nas grotas do mundo e submundo
da prisão
o choro intenso do nenê
rasgou seu e-charpe sereno
mas pela dócil mãe lactante
foi contido o mimoso pequeno

viu uma chuvinha generosa e imparcial
cantante, massagear costas & sonhos
de derrotados e vitoriosos
viu jovens em titânica truculência hormonal
enlear-se loucamente,
nos seus cabelos sedosos

em fim
despiu-se do seu vestido
com suavidade & languidez
mostrando todas as facetas da sensualidade
do amor, da maldade, da humanidade

de uma polifonia sob volume baixo
do homem que se cansa de ser humano
da força do repouso, da renovação
da matizes da insensatez
do homem sonhador, sob sobriedade
ou embriaguez.
e pouco antes do amanhecer, ela se foi.

DAVI CARTES ALVES - poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de DAVI CARTES ALVES

EU TE AMO !!!

Pois,
pensar em você
é sentir os pés nus
sobre asas de anjos
é deleitar-se em sua suave & perene leveza
é fazer uma imersão completa na beleza

e deixar-se petrificar,
em submissão de menino
na sua graciosidade, seu encanto & fascínio
compondo teu amor
ao som de violino

é banhar-se em teu chafariz de ternas virtudes
mansuetudes, paz, solicitudes
sonhar nos carinhos das tuas asas de amor
encher com o teu mel o meu dissabor

És linda borboleta de sapatinho ana bela
tens um brilho sublime, tal qual Cinderela
capaz de anoitecer até mesmo anjos & diamantes
e fazer-se porto seguro
para meus andarilhos errantes

pensar em você
é embalar-se em melíflua canção de ninar
na composição da brisa, apaixonada pelo mar
é sublevar recitando pelos poros d’alma
um novo poema para o verbo,
te amar.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Chácara Sales

O Reencontro (Crônica)

Um dia a perambular pelas ruas da cidade, resolvi ir até a praça, ao centro, onde havia muito tempo que já não ia; ao chegar avistei um menino tocando flauta, com certeza na esperança de ganhar uns trocados.
No momento em que me aproximei ele me olhou firmemente, num ato solene, então entendi que era gratidão pela minha atenção.
Sentei no banco da praça e continuei a perceber-lhe; o vento soprava fortemente no rosto, as árvores balançavam adornadas de flores, cheias de vaidades; até que num olhar o menino parecia questionar-me, continuava tocando, levantei-me, prossegui meus passos a seu encontro, ele tocava e me reparava; devia ter mais ou menos uns 14 anos. O povo a passar colocava trocados em seu chapéu, ele contente a se deliciar com sua flauta, dava pra ver a alegria brilhando em seus olhos, era a sua luta diária...
Aquilo tocou profundamente minha alma, via uma grande virtude naquele menino, tinha algo de especial, tocava com alma, fazia o instrumento chorar como dizem... até uma senhora que o escutava saiu emocionada, a chorar, as lágrimas eram como diamantes em seu rosto. O povo ali ia saindo aos poucos, devagar, quando me vi só com o menino, então aproveitei para conversar; ele inocente e meigo pediu-me educadamente um trocado e riu-se, eu meio desconcertado nem mesmo percebi que me havia esquecido de dar-lhe umas moedas, que coisa!
__ Por favor, Senhor que reparas tanto! Não o conheço nem tu me conheces, com meu sorriso no rosto que é minha dádiva, superando as dificuldades para não chorar, peço-lhe gentilmente um trocado se não for precisar.
Contive nas pálpebras gotas que não eram de orvalho, que naquele momento de emoção poderiam se derramar. Parado em frente sorri, estendi-lhe a mão, dei-lhe, realmente não iria precisar. E me perguntou.
__ Desde que chegaste me olhas tanto! Algum problema?
__ Não! Na verdade eu pensei lhe conhecer, mas acho que me enganei.
__ Achas que me conheces?
__ Tive um pressentimento, mas deixamos!
Há muito tempo algo aconteceu comigo, eu havia perdido um filho que me roubaram, e já sofria há tanto tempo com a morte de minha esposa, minha linda esposa a qual nunca consegui esquecer; como ela era linda! Tão humilde e realmente mulher!
Naquele momento tinha as mãos trêmulas, entrelaçavam-se, as palavras pareciam fugir dos meus lábios, quase não conseguia falar, eu senti algo naquele menino, um pressentimento estranho, parecia que já o conhecia, e por alguns instantes imaginei ser ele do meu sangue. As lembranças do passado vieram a me perturbar, não queria tirar conclusões antes do tempo.
__ Menino, acho que se eu lhe dissesse algo a respeito, talvez não entenderia a razão.
__ Talvez entenda, Senhor! Tenho o dom de entender as pessoas __ Disse tirando o dinheiro do chapéu para guardar no bolso.
__ Seria estranho pra você, creio que não entenderia.
Mas, serenamente a me olhar disse:
__ Não custa tentar!
Como aquele olhar me trouxe segurança. Eu pude me abrir com aquele menino; nem mesmo o conhecia, mas vi sinceridade nele e parecia querer me ouvir. Não mais receoso o chamei para caminhar, ele apanhou seu instrumento e o guardou, então prosseguimos...
__ Senhor, o brilho do teu semblante parece apagar lentamente.
__ Sabe, menino, a vida deixa marcas e na velhice elas doem. Se não são boas, trazem alegria, se são ruins, trazem mágoas. De certo não deixam de doer.
__ É tão ruim assim?
__ Não, basta saber viver para que as lembranças más não venham a lhe atordoar mais tarde. E se por capricho da vida alguma coisa ruim acontecer a você, como ter que perder alguém, passe por cima; a vida tem dessas coisas...
__ Eu quando era criança perdi minha mãe e meu pai.
Quando o Menino me disse aquilo, meu coração começou a bater forte. Então expliquei a ele o motivo de minha emoção ao conversar com ele, e por quais motivos meu semblante ia-se apagado.
__ Hoje tenho 40 anos, se estivesse com meu filho, talvez ele estaria com a sua idade.
O menino escutava atento, suspirava.
__Eu estaria mais feliz junto a ele e minha esposa que perdi há alguns anos atrás.
__ O que aconteceu com ela? O senhor deve sofrer muito não é?
__ É, dá pra suportar. Minha esposa morreu no parto, 4 horas depois do nascimento de Emmanuel, meu filho. A escrava que eu tinha, cuidou de tudo pra mim, inclusive dele. Eu não tinha forças para nada, não conseguia comer nem dormir; tremenda era a dor que sentia. Depois de alguns meses tive que me conformar com a morte dela. Esabelle, uma linda mulher!
__ E Teu filho, onde está?
__ Juro que não sei, o perdi também.
__ Ele fugiu?
__ Não, a escrava o roubou de mim logo após lhe dar sua alforria. Tentei de tudo para encontrá-la, mas se escondeu muito bem de mim. Outra perda que tive de aceitar. Oh, Deus, tu sabes o quanto sofri! Aquela escrava... Confiava tanto nela! Mas imagino o motivo por qual partiu, apesar de achar que mesmo livre continuaria comigo.
__ E qual seria o motivo, Senhor? A propósito, qual é mesmo teu nome?
__ Eu não tinha coragem de olhar pro meu filho, não que eu não gostasse dele, é que não imaginava como iria criá-lo sem uma mãe, pensava se seria um bom pai, se ele se acostumaria... Uma série de pensamentos me invadia, acabei por entrar em depressão. Talvez a escrava Alice por gostar tanto de mim o levou para que eu não sofresse; não foi uma boa idéia, e durante anos a procurei e nada. Ah, Desculpe, havia perguntado meu nome, sim, é Antônio.

(...)

__ Senhor, queira me perdoar, não consigo conter as lágrimas.
Olhei para aquele menino, percebi o quanto chorava, fiquei espantado.
__ O que foi? Não chores assim, não se comova tanto, é uma dor que não quero que sintas, esqueça.
__ Não diga isso, Senhor! Choro, pois tenho uma história parecida com a sua. A minha mãe Alice, a preta que me cria, disse que mamãe Esabelle morreu no parto, que meu pai um grande fazendeiro se chamava Antônio, e por motivo que nunca quis falar me criou longe, na cidade grande; só agora é que retornamos aqui para o vilarejo Filadélfia. Ela muito doente já sem condições de trabalhar veio descansar aqui onde me disse que tudo começou. Eu com poucas expectativas nunca imaginei que pudesse te encontrar, achei que tinha me abandonado, por fim é muito divino ver a história circundando assim, oh, meu pai! Diga que és? Agora entendo porque preta Alice me trouxe de volta, para te encontrar de novo. Oh, Deus, que alegria! Como eu quis tanto te ver! Te conhecer!
Não acreditava no que via nem no que ouvia. Meu filho estava diante de mim. Parecia um sonho, era um sonho. Comecei a dizer alto: É um sonho!
Ele me dizia: __ Não pai é realidade, não é sonho, sou eu, Emmanuel!
E me Abraçava fortemente; choramos juntos. Contemplando-lhe beijei-lhe a face, dizia: __ Finalmente, oh, Deus! Finalmente.
Ajoelhado agradeci a Deus pelo inesperado reencontro. E ele todo eufórico me pegou pelo braço e me puxava.
___ Vamos, vamos que Preta Alice tem que te ver. Vamos, vamos, ela vai querer te ver, eu sinto isso.
___ Vamos sim, meu filho, vamosssss...

E ali meu semblante se acendeu, a vida devolvia-me a vida mais uma vez. Eu vi a felicidade e a razão de viver me abrangendo o ser. Sentia-me no paraíso. Saímos correndo pelas ruas e meus pés junto aos passos dele pareciam flutuar. Correndo olhei para o céu em ato de reverência, e vi nas nuvens a imagem de Esabelle sorrindo para mim. Senti que naquele momento nossas almas atormentadas se acalmaram para sempre.

Foto de POETAREMOS

Rosa morena

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Rosa morena

Ao vender diamantes
Morenice dos risos
Feito sereia de asas
Não depende do mar
Muito antes da saudade
Amarelo era o lugar
De cantos de encantos
Chegadas e idas
Flores e cravos de espelhos
Influências no balcão
Um olhar vale o perigo
De silenciar a razão
E partir ao nada
Rumo à loucura sem freio
A testemunhar no jardim
Os passos sincronizados
Com aval das deixas
A sereia muito após
Longas passadas de sol
Bateu na fonte do ciúme
Com finalização de unhas
Deslizaram na pele em uso
Com respiração ofegante
O olhar marcou datas
De encontros de lua
Um convite rasgou o tempo
Mais uma vez o olhar
De uma situação de deixas
Abonada pelo destino
Os segundos apadrinhou
Os fatos desta cena
De tão real ao sonho
É proibido tocar
Bastou mais a noite
Mais calor nos atos
Já no jardim dos encontros
A curiosidade e o cio
De uma entrega plena
Ignorando os presentes
Rumar ao bel prazer
A renúncia desta opção
Clara demais aos surdos
Nesta cegueira de permissão
Sem somar nada ao nada
A porta destrancada
Anunciava o convite molhado
Já elaborado muito antes
E deste que por capricho
A sereia morena de presente
Embalada na casa quimera
O prazer selvagem em espera
Fez render contradições
No jardim a rosa
Pode valer menos.

Manoel Freitas de Oliveira

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