Existência

Foto de Arnault L. D.

Ave noturna

Céu infindo noite adentro,
nuvens marmorizam a vastidão.
E entre suas rajas entro,
deixo levar pela imensidão.

Seguindo as formas mutantes
das nuvens, libertas, nos ventos.
Soprados, faço semelhantes,
o peso dos meus pensamentos.

E ignoro a existência,
dopado, rendido ao céu.
busco “ovns”, indulgência
da ignorância num carrocel...

Gira solto, o universo;
e eu, ínfimo e siderado,
a cismar em forma de verso
o meu rascunho, desvairado.

Uma ave noturna passou!
Me tomou de meu devagar
ela foi... suas asas levou
e despertei, imerso no ar...

Foto de Desouza

VIAGENS E CONTRASTES

Tenho o mundo em minhas mãos, e nada ao mesmo tempo
Face de leão, dentes afiados, e uma alma tão pacata
Sou tudo em minha mente, mas por fora, quem eu sou?
-Um menino, um bandido, e herói de mim mesmo!

Disseram-me para ão crescer, mas eu quis crescer
E hoje, tornei-me este sonhador, ainda bem que não os ouvi
Gasto forças, afio pautas, e mergulho no vazio do infinito
Procurando-me, tentando entender a minha existência.

Passam anos, e décadas, e o guerreiro continua lutando
Entre uma e outra espadada, eu sangro bastante
Então, ergo a cabeça, olho o céu tão azul, e vou...

E depois de tanto peregrinar terras tão distantes
Eu retorno, e ainda sem respostas, encontro-me sentado
Em meu quarto, com pouca luz, e a janela entreaberta!

Foto de Saulo Lalli

Entregue, Confie, Aceite e Agradeça

Lei Perene que permanece
viva, em minha existência.
A teia da repetição tece
pela minha própria insistência.

As provas acontecem
sempre bem semelhante.
As lutas me aquecem
a seguir avante.

Como sair ileso
deste emaranhado?
A sabedoria ser coeso
e ao igual, inconformado?

Luta de muita constância
contra eu mesmo.
Sem culpa, a circunstância
não ocorre a esmo!

De qualquer jeito
não adianta fugir!
É a lei da causa e efeito
que nos vem inquirir!

Me vencerei, tomara.
Do inimigo egóico
e da roda de Sansaha
ainda sairei heróico!

Meu ser me chama
e eu atento escuto.
Meu Pai me ama
por isso que luto!

Mente que domina
tudo o que faço!
Bebe o nectar da mina,
me leva ao fracasso!

Rogo de meu interior
onde o pensar não alcança!
Sùplica com fervor
minha essência criança,

Aos Seres de Luz,
aos mestres sagrados,
ao anjo que me conduz
que todos engajados

E retos fazerem jus,
ao que promete o Salvador,
Venerável Mestre Jesus
que com seu puro Amor

Resgata a quem pede,
salva a quem o ama.
A quem o orgulho cede
para a singela Mitama*.

Ergo meus braços abertos
olhando firme ao céu!
Corpo e alma certos
da doçura, como mel

Que vem me suprir,
me dar forças e coragem
para eu conseguir
triunfar nessa viagem.

E a cada um que nesta trilha
mesmo que não do começo
comigo compartilha,
de coração agradeço.

Pois cada um de seu jeito
me ensinou e me amou!
E você mora em meu peito
desde quando chegou!

Siga alegre, não desista!
Quando sem ânimo, insista!
Viva a vida plena!
Mantenha a mente serena!

Entregue ao Senhor!
Confie em Seu Amor!
Aceite a verdade!
Agradeça até a eternidade!

*Mitama = essência

escrito em abril de 2002

Foto de Arnault L. D.

A palavra morta

Não vou dizer que o acaso,
que o destino, que a sorte,
impessoal, me pertencem.
Que o verbo nu grafa meu traço
sem que eu os transporte;
se de minha mão não contem,
e assim achem o “bel-aprazo”...

Não vou juntar sem escolher
o que vier, como vier,
e apoderar que o fruto eu fiz.
Vou pesar, sentir, querer
e por de mim, por mim dizer,
tolice; beleza; cada matiz,
mesmo se erro, mas, há de ser.

A existência humana corta,
sobrevem a prima engrenagem
e esta lhe é menor, e mutável,
sem carne e sangue é morta.
Sem alma que sopre é bobagem
nem bela, ou feia, nem viveu...
É letra sem vida, poesia morta.

Triste “poéta”, que desdenha
na crença que descobriu Deus,
nos chips, que em cascata evacua
terrabites, a sugar do que venha,
no medíocre furtar do caos.
A dizer do acaso, obra sua...
E dos que vêem nexo e nem tenha...

Foto de Carmen Vervloet

Escolhas

No ritmo dinâmico da existência
não podemos deixar nada pra depois.
A sabedoria está em sabermos fazer as escolhas
mesmo sob escárnios e injustiças.
Em algum momento nossa verdade
virá a tona e mostraremos para o mundo
que somos o reflexo destas escolhas
e nosso brilho dependerá da luz
que for absorvida pelo caminho.

Foto de José Herménio Valério Gomes

O INCERTO QUE MOTIVA A TRISTEZA

Hoje sei porque te nomeias
A minha tristeza
Mas amanhã vais dar-me outra razão
Mais forte que esta
Para eu no dia seguinte
Dia-apòs-Dia
Pensar que encontrei enfim
A cicatriz do tempo
Que te trouxe atè mim
E assim me deixas na ilusão
De que sarei a dôr
Quando a ferida tem o teu nome
Desde a existência da vida no universo...........zehervago

Foto de José Herménio Valério Gomes

ABRAÇO NA TUA SOLIDÂO

MERGULHANDO NO TEU OLHAR
POSSO LER DECLARAÇÔES DE AMOR
QUE TU MURMURAS AO LUAR
ACEITANDO ,ESTRELAS COMO FLORES

UMA DELAS A MAIS BRILHANTE
È UM BEIJO MEU PARA TI
HOJE ESTOU NUM LUGAR DISTANTE
MAS SEI...ESTÀS AI PARA MIM

OBSERVO NO TEU ROSTO
PASSEAR DUAS LÀGRIMAS CONTIDAS
NA PRISÂO DOS DESGOSTOS
QUE TOMBAM NA AREIA,E VÂO NO MAR DE SEGUIDA

ESTE NOSSO AMOR DIVINO
QUE ENTRE NÒS, FOI TÂO AMADO
AQUELE DIA PELA FORÇA DO DESTINO
NOS FOI AFASTADO

COMO O MAR BEIJA OS TEUS PÈS
SERÂO AS MINHAS CARICIAS
O BATER DO TEU CORAÇÂO È A TUA FÈ
DE ESTARES A VIVER AS NOSSAS DELICIAS

A NOITE È O COBERTOR DA NOSSA PAIXÂO
PARA VIVERMOS ESTE MUNDO PARALELO
ONDE EU POSSO ENTRAR NO TEU CORAÇÂO
GULOSO POR ALGO MAIS BELO

AGORA NASCE UMA FINA NEBLINA
QUE SE ERGUE SUAVE
SOBRE A ÀGUA CRISTALINA
QUANDO AINDA DORME A CIDADE

E À LUZ DAS ESTRELAS, DENTRO DA EXISTÊNCIA
DANCAM OS CISNES ,PARA OS AMANTES NA ETERNIDADE
ATENUANDO A MINHA AUSÊNCIA
NO SOM DE UMA MUSICA SEM IDADE.

21/08/2007(zehervago)

Foto de José Herménio Valério Gomes

ABRAÇO NA TUA SOLIDÂO

MERGULHANDO NO TEU OLHAR
POSSO LER DECLARAÇÔES DE AMOR
QUE TU MURMURAS AO LUAR
ACEITANDO ,ESTRELAS COMO FLORES

UMA DELAS A MAIS BRILHANTE
È UM BEIJO MEU PARA TI
HOJE ESTOU NUM LUGAR DISTANTE
MAS SEI...ESTÀS AI PARA MIM

OBSERVO NO TEU ROSTO
PASSEAR DUAS LÀGRIMAS CONTIDAS
NA PRISÂO DOS DESGOSTOS
QUE TOMBAM NA AREIA,E VÂO NO MAR DE SEGUIDA

ESTE NOSSO AMOR DIVINO
QUE ENTRE NÒS, FOI TÂO AMADO
AQUELE DIA PELA FORÇA DO DESTINO
NOS FOI AFASTADO

COMO O MAR BEIJA OS TEUS PÈS
SERÂO AS MINHAS CARICIAS
O BATER DO TEU CORAÇÂO È A TUA FÈ
DE ESTARES A VIVER AS NOSSAS DELICIAS

A NOITE È O COBERTOR DA NOSSA PAIXÂO
PARA VIVERMOS ESTE MUNDO PARALELO
ONDE EU POSSO ENTRAR NO TEU CORAÇÂO
GULOSO POR ALGO MAIS BELO

AGORA NASCE UMA FINA NEBLINA
QUE SE ERGUE SUAVE
SOBRE A ÀGUA CRISTALINA
QUANDO AINDA DORME A CIDADE

E À LUZ DAS ESTRELAS, DENTRO DA EXISTÊNCIA
DANCAM OS CISNES ,PARA OS AMANTES NA ETERNIDADE
ATENUANDO A MINHA AUSÊNCIA
NO SOM DE UMA MUSICA SEM IDADE.

21/08/2007(zehervago)

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo Final

Amanheceu e chegou setembro. E quando setembro chega, por essas bandas do hemisfério sul, a primavera se faz presente e espalha as suas flores de plástico que não morrem, as pessoas ficam felizes, elas renascem das angústias e amansam seus ímpetos, elas colocam enfeites nas janelas, esperam a banda passar, alçam os pensamentos ao mais alto Parnaso e para a mais verdejante Arcádia. Os corpos se aqueciam, como se um forno tivesse sido aceso na sua mais adequada temperatura. Tudo parecia lindo.
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A turma do pastoreio gritava em sonoros brados:

- Baco! Dionísio!

Os tambores ressoavam o vento dos leques, os Miami Bass dos moleques, os maculelês dos pivetes. Sonos eram interrompidos pela festa popular. Num determinado momento, dois ou três já desfilavam sem roupa. Quando a balbúrdia foi notada, os ditos dominantes trocavam de pele na rua. Não se obedecia a nenhuma hierarquia estabelecida. As pessoas nasciam e morriam no torpor da natureza humana, viva e bruta como a de qualquer outro animal, os instintos eram deflagrados, nem Freud e nem Jung eram mais uns reprimidos. Lembrava em certo ponto até o Brasil.

- As flores! Não se esqueçam nunca das flores!

Os miseráveis eram coroados e os nobres decapitados, mas ninguém deixava de ser alegre. Um tarja preta virtual assegurava a plena satisfação dos envolvidos na comédia. O paradeiro de muito era desconhecido. O que importava isso agora? Me diz? É dia de rock, bebê. Se você não entende a sensação de atravessar a Sapucaí e repetir o batuque da bateria, então vá embora, o seu lugar não é aqui. Dona Clarisse, com seu erro ortográfico e seu rosto reconfigurado, até arriscava uma derradeira conclusão.

- Eu nunca mais quero acordar desse sonho...
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Luís Maurício, que não havia se manifestado até então, pede a palavra:

- Amigos, é chegada a hora da reconciliação. A hora em que seremos livres de todas as nossas culpas e arrependimentos. Eu declaro anistia geral! Constituiremos desde já uma nova república, uma democracia quase que direta, uma pátria do Arco-Íris e do pote de ouro, um paraíso na Terra, um novo Éden, a Canaã que deu certo!

Clarisse recosta-se ao palanque improvisado.

- Eu posso ficar...? - Silaba.

- Evidente.

- Que sim ou não?

Feito isso, ela coloca-se para se despedir de Dimas.
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Um homem estava parado no meio da multidão. Ele dava alguns passos para trás, com o devido cuidado de não deixar nenhum folião o encochar. Ele andava de lado, como quem ia para fora. Clarisse o viu perto do portão pelo qual se sai para sempre da Sociedade.

- Espere... Eu tenho que te falar mais algumas coisas...

- Diz.

- Eu não te amo e nunca vou te amar um único segundo da minha vida.

- Eu sempre soube e nunca me iludi do contrário.

Tânia, incógnita até então, não se sabe observando de longe ou entretida com outra orgia, puxa o lixo pelo braço e faz cara de que se estivesse com ciúmes.

- Ele é meu, ouviu? Meu! Dá o fora logo sua vaca! Vai procurar o homem dos outros! Ele já tem a quem comer, tá, queridinha! E não adianta dizer que ele tá te querendo, que se você tentar alguma coisa, eu mato os dois! Sua puta, sua piranha! Você não me conhece! Não sabe o que sou capaz de fazer! Eu sou mulher de verdade, sua vagabunda! Rapa fora daqui!

Dimas sorriu, e por um exato milésimo de segundo sentiu-se amado de verdade. Clarisse debochou com a mão, engoliu a tragédia de ter desperdiçado o único sentimento cristalino que já havia presenciado e deu suas costas, andando tropegamente de volta ao seu destino. Uma lágrima furtiva caiu sobre seu cenho? Procurou a corda mais próxima? Não saberemos, e nunca vamos saber. Ela disse que não se importava, e esta ficará sendo a versão oficial. Se falarem alguma coisa sobre o que aconteceu com ela ou então comigo é mentira, o que vale é o que está registrado nessas linhas. Enfim, temos um final.
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- Vamos, amor, ser felizes para sempre?

Tânia e Dimas atravessaram o portal daquele mundo.

Ao que se sabe, não existiriam mais pessoas de sangue frio ou quente naquela realidade. Apenas pessoas, Tudo aconteceria conforme o planejado, por todas as eras, e nunca mais mudaria, pois não era necessário.

O casal apaixonado corria nu pelos prados. Correram até não aguentar mais, até um lugar que parecia longe o distante para que fizessem amor pela eternidade. A tarde caia, e com ela o pulsar atingia seu auge. Tânia e Dimas se abraçaram e deitaram na relva, um beijo selaria a felicidade interminável consagrada naquela união.

- Eu te amo e pra sempre vou te amar! - a Torta nunca fora tão reta na sua declaração.

E ela foi sincera como poucas vezes se viu em toda a existência.

Até que um dia sua pele começou a descascar...

Foto de LordRocha®

Sonho bom...

Não deixe que seus sonhos virem um pedaço de papel amaçado... jogado em um canto qualquer... lute por eles. Não pense que eles são impossíveis, lute por eles todos os dias. Lembre-se sempre, ainda que o outono derrube flores, a primavera se encarregará de restaurar o jardim. Procure inverter as origens ou os pontos de referência, não pense que as rosas tem espinhos e sim que os espinhos contêm rosas. Viva cada dia intensamente, como se fosse o último, pois um dia será. Não desista nunca, pois desistir é para os fracos e resistir para os grandes.

Não pense que a dificuldade, a decepção, a espera, a ausência ou seja qual for a adversidade, são malefícios para sua existência, pois cada um deles lhe deixarão um legado, de força, resistência, estrutura, maturidade e até as feridas deixadas pelos mesmos serão não marcas, mas marcos de uma batalha árdua, de uma guerra longa mas sobre tudo de uma vitória plena e imortal. As vezes pagamos um preço maior, pois almejamos algo grande.

A dignidade de um conquistador está na certeza do que busca, na ansiedade do alcançar e muito mais na singularidade do momento mágico de abraçar o que só ele sabe como conquistou.

Acredite... Ontem, esteve mais longe, hoje, mais perto se encontra e amanhã, pode ser o grande dia!!!

§corp¥on® 08/11/2013

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