Harmonia

Foto de Marilene Anacleto

Jardineiro

O jardineiro despojou-se
De fama e de galhardia.
Preparou terreno e plantas
E desenhou a harmonia.

Flores marrom cor de terra,
De entusiasmo, as laranja,
Amarelas de alegria
Com o verde da esperança.

As pedras que estão ao redor
Dão, às flores, um altar.
E aquele que observa
Pode Deus apreciar.

Foto de Marilene Anacleto

Informação. Internet. Informática.

Informação, internet, informática
Conhecimento. Nenhuma prática.

Segunda: relaxa com cromoterapia.
Terça-feira equilibra-se na cristalterapia

Quarta-feira: com o yoga se exercita
Quinta é a vez da leitura da Bíblia

Sexta vai fazer meditação
Sábado: filosofia do coração.

Domingo: atende a família
O neto, a doença da filha.

O amor? Nem acontece.
Só se cansado não estivesse.

Segunda: tudo volta à rotina.

Informação, internet, informática
Conhecimento, nada de prática.

Segunda do zero recomeça
Não conseguiu a harmonia que quer.

Não relaxa com cromoterapia
Ainda pensa na filha

Terça tenta a cromoterapia
Não atinge o que queria.

Quarta no yoga se exercita
Mais distante de si fica

Quinta, leitura da Bíblia
Permanece feito ilha

Sexta na meditação
Bate-lhe forte o coração.

Sábado: filosofia e estudo
O coração está mudo.

Domingo: atenção à família
Mais uma semana perdida.

O amor? Ficou de novo para trás
Enterra-se na cama. Cansaço demais.

Internet, informática, muita informação,
Sem amor ao amado, sem alento ao coração.

Faz de tudo. Corre tanto. Está sempre sozinho.
Mas no dia em que parar encontrará o seu caminho

Foto de Marilene Anacleto

Escritores. Poetas. Artistas.

Artistas, escritores, poetas
Trazem a beleza da vida
Em palavras, versos e telas,
Pela luz que nela existe.

Feito bolhas coloridas
De arabescos sem sentido
Surgem bem a sua frente
Brotam de seus ouvidos

Outros olhares de tudo,
Em sonoridades de alma,
São música a tocar os homens
Em poucos instantes de calma.

Sabem transmitir a beleza
Que traz a alma ferida
Bem escondida nas sombras
Pela infância perdida

Sabem colorir de amor
As emoções desbotadas
Dão juventude à velhice,
Trazem cura a adoentados.

Contam, inventam parábolas
Como bem fez Jesus Cristo
Almas sofridas são salvas
Dos machucados da vida.

Compartilho este espaço,
Com quem aceita o amor
E o irradia em belos raios
Que tocam tudo ao redor.

Este espaço perfumado
A toda emoção conduz
Traz beleza e harmonia
Com a poética da luz.

Foto de josimar-almeida

Trágico janeiro

Trágico janeiro

Chegava-se o ano novo
Com uma passagem feliz e estonteante
Ao lado da pessoa que mais amava
Foi prazeroso, delirante.

Abraços e sorrisos iam e vinham
E facilmente consigo trazia a bondade
Oriundo da justiça e apaziguador de conflitos,
Eram marcas de sua personalidade.

O janeiro de 2011 abria-se
Trazendo rumores de prosperidades,
Planos eram desencavados de sua mente
Buscando harmonia e felicidade.

No meio deste trágico mês
Comemorou mais um aniversário,
Mal sabia do que estava por vir
Soaram-se as trombetas do imaginário.

Depois de um "um feliz ano novo"
E um belo "parabéns pra você",
O janeiro anunciou sua desgraça
Lhe brindando com um maldito AVC.

A notícia formigou rapidamente
Ecoando tristeza em nossos corações,
Mas suas esperanças eram tantas
Que nos transbordavam emoções.

Duas semanas se passaram
E o infeliz janeiro não se deixou findar
Era dia 27, quase fevereiro
Quando o meu chão veio a desabar.

Ao meio-dia o recado chegou,
Junto com ele o desespero e pranto rolou em mim
Era meu irmão anunciando
Que a vida do nosso amado pai teve fim.

E anos que eram de 12 meses
Para mim não existirão mais,
Eles começarão em fevereiro, porque...
O trágico janeiro não voltará jamais.

Foto de Rute Mesquita

Nos balancés do equilíbrio

Baloiço suavemente…
sinto-me a pairar.
Acordo de repente,
e questiono este lugar.
Nuvens? E mais quatro balancés,
dois em cada lado.
Sinto-me sem pés…
Provo, o meu medo mais flamejado.
Eles bailam,
ao suar uma melodia assustadora.
Temo que eles caiam,
pois ira sentir-me comprometedora.

Sinto uma grande pressão,
em saber o que faço ali,
será uma ostentação?
De algo que escrevi ou li?
E se eu me acalmar
e tentar perceber o que me diz esta imagem?
Talvez, o clarear,
não seja apenas uma miragem.
Quatro bailados,
divididos por igual,
contudo, desequilibrados,
num bailar desigual.
Eu encontro-me precisamente no meio,
como se eu fosse a palavra ‘equilíbrio’.
Quando esta palavra nomeio,
os bailados entram em declínio.
Os meus pés perfuram aquele manto de algodão,
e o ar fica menos denso.
Serei eu a desejar o chão?
Ou será meu imagino?
Penso…
Vou nomear outra e outra vez,
aquela palavra,
agora é a minha vez,
de a fazer minha escrava.

Equilíbrio,
diz-nos estabilidade,
diz-nos moderação.
É tão grande este meu fascínio,
que desta irrealidade,
faço uma canção.
Grito ‘Harmonia!’
e inclino-me para a direita,
tentando equilibrar.
‘Nostalgia’,
leio numa vistosa colheita,
que parece me chamar.

Ficou tudo escuro,
passou uma ventosa.
Será que ainda aqui perduro,
ou estarei venenosa?
Abro os olhos,
e encontro-me num jardim,
baloiçando…
E sorri,
por ter afastado os medonhos,
racionando.

Se terei medo de bailar novamente?
Se serei perseguida por este pesadelo?
Apressasse e responde a minha mente:
‘Numa próxima será belo’.

Foto de Graciele Gessner

Ladrão de Leite. (Graciele_Gessner)

Jamais pensei que alguém tão próximo pudesse ter ligação direta, que pudesse roubar o direito de amamentar, colocando em risco a sobrevivência de um recém-nascido. Amamentar é direito da criança; mas a mãe também tem o direito e o dever de estar em paz. Quem não respeita este período está declarando: “sou ladrão de leite”.

Compreendo que tudo possa influenciar negativo ou positivamente, no entanto, há pessoas que não percebe o quanto mal é capaz de proporcionar. Sei que é complicado viver num ambiente em que os problemas são as bases e as soluções são desprovidas de qualquer ação imediata. Pior ainda, quando os problemas vêm de fora e temos que bloquear os verdadeiros indícios de uma catástrofe que possa afetar um inocente.

Amamentar exige dedicação, amor e proteção. Dedicação e muita paciência com aquele que temos aos nossos cuidados. Amor e muito carinho para que sinta o aconchego materno. Proteção, segurança e paz são alicerces de uma tranquila amamentação.

Um lar em harmonia pode influenciar demais na amamentação. A pessoa que se acha no dever de desrespeitar a tranquilidade da mãe e de seu bebê está roubando não apenas o leite daquele ser indefeso, e sim, roubando a sua saúde.

06.07.2011

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Marilene Anacleto

Cheiro de Eternidade

Noite. Na Lagoa tudo é breu,
Feito recônditos do eu
Que ninguém jamais percebeu.

Nem eu: Mistério.

Cobras? Peixes? Sapos?
Que tipo de entidade freqüenta lagos
Em noites sem claridade?

Árvores e rochas circulantes,
Grãos de areia e plantas circundantes
Contêm mistérios além-espacial radiantes.

Espiritualidade, ciência e tecnologia
Unem-se, hoje, a descobrir feliz magia
Que traz beleza aos olhos, dia após dia.

Mas, e as noites? Continuam mágicas.

E a imaginação, fértil e fantástica
Faz-me, de outros tempos, uma alma
A vagar pelos beirais dessa água.

Feito sonho realizado em época boa,
Sem fúria e sem amor, sou a Lagoa,
Sou árvore que fica e ave que voa.

Então, não há noite nem há dia.
Não há mistério. Entretanto flui a magia
Da eternidade perene que irradia.

E nós, em volta dessa Lagoa,
Em namoros de hoje e de outrora,
Vemos a terra girar até nova aurora.

Desde tempos primordiais
A vida, ao mesmo amor pertence,
Numa trajetória sincera e perene.

Constante, agora, do nosso dia-a-dia,
Basta parar para sentir a alegria
Dos momentos que outrora se vivia.

E trazê-los na noite na Lagoa em magia,
Sem mistério e no silêncio,
Entre abraços de harmonia.

Foto de Carmen Lúcia

Oração ao amigo

Li esse texto e trouxe-o para cá, para os amigos que desejarem ler.

Abraços a todos pelo dia de hoje.

Com todo meu carinho,

Carmen Lúcia

"Oração do Amigo - Gabriel Chalita

Há muito se diz que, quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro precioso. Há muito se diz que amizade verdadeira dura pra sempre. Não tem aquelas tempestades da paixão e nem a calmaria exagerada do descompromisso. É o meio termo. É a bonita sensação do estar perto e, de repente, deixar o silêncio chegar. Não exige tanto. Exige tudo.

As amizades nascem do acaso. Ou de alguma força que faz com que uma simples brincadeira, uma informação, um caderno emprestado, uma dor seja capaz de unir duas pessoas. E a cumplicidade vai ganhando corpo, e o desejo de estar junto vai aumentando, e, com ele, a sensação sempre boa do poder partilhar, de se doar.

Há muito se diz que os amigos verdadeiros são aqueles que se fazem presentes nos momentos mais difíceis da vida, naqueles momentos em que a dor parece querer superar o desejo de viver.

De fato, os amigos são necessários nesses momentos. Mas, talvez, a amizade maior seja aquela em que o amigo seja capaz de estar ao lado do outro nos momentos de glória, e vibrar com essa glória. Não ter inveja. Não querer destruir o troféu conquistado. Aplaudir e se fazer presente. Ser presente.

A amizade não obedece à ordem da proporcionalidade do merecimento. Não há sentido em querer de volta tudo o que com generosidade se distribuiu. A cobrança esmaga o espontâneo da amizade. E a surpresa alimenta o desejo de estar junto.

O amigo gosta de surpreender o outro com pequenos gestos. Coisas aqui e ali que roubam um sorriso, um abraço, um suspiro. E tudo puro, e tudo lindo.

Há muito se diz que não é possível viver sozinho. A jornada é penosa e, sem amparo, é difícil caminhar.

Juntos, os pássaros voam com mais tranquilidade. Juntas, as gaivotas revezam a liderança para que nem uma delas se canse demais.

Juntos, é possível aos golfinhos comentarem a beleza de um oceano infinito. Juntos, mulheres e homens partilham momentos inesquecíveis de uma natureza que não se cansa de surpreender.

Eu te peço, Senhor, nessa singela oração, que me dês a graça de ser fiel aos meus amigos. São poucos. E impossível seria que fossem muitos. São poucos, mas são preciosos. Eu te peço, Senhor, que me afastes do mal da inveja que traz consigo outros desvios. A fofoca. A terrível fofoca que humilha, que maltrata, que faz sofrer.

Eu te peço, Senhor, que o sucesso do outro me impulsione a construir o meu caminho, e que jamais eu tenha ânsia de querer atrapalhar a subida de meu amigo. Eu te peço, Senhor, a graça de ser leal. Que eu saiba ouvir sempre e saiba quando é necessário falar.

Senhor, sei que a regra de ouro da amizade consiste em não fazer ao amigo aquilo que eu não gostaria que ele me fizesse. E te peço que eu seja fiel a essa intenção. E sei que essa regra fará com que o que se diz há tanto tempo se realize na minha vida. Que eu tenha poucos amigos, mas amigos que permaneçam para sempre.

Não poderia ter muitos. Não teria tempo para cuidar de todos. E de amigo a gente cuida. Amigo a gente acolhe, a gente ama.

Senhor, protege os meus amigos. Que, nessa linda jornada, consigamos conviver em harmonia. Que, nesse lindo espetáculo, possamos subir juntos ao palco. Sem protagonista.

Ou melhor, que todos sejam protagonistas, e que todos percebam a importância de estar ali. No palco. Na vida.

Obrigado, Senhor, pelo dom de viver e de conviver. Obrigado, Senhor, pelo dom de sentir e de manifestar o meu sentimento. Obrigado, Senhor, pela capacidade de amar, que é abundante e é sem-fim.

Amém!"

Gabriel Chalita

Foto de Rute Mesquita

As memórias de uma viagem

Caminhava, sentindo a sombra de um corpo quente, um respirar sereno e tranquilizante, o transpirar de uma mão grande e macia. Caminhava, com os cabelos soltos ao vento, com uma brisa que me tocava suavemente a um tom musical. As folhas bailavam e caiam sobre o chão húmido, as pedras remexiam-se ao andar, as nuvens faziam formas engraçadas no céu e os nossos olhos começavam a avistar um lugar mágico. À medida que nos aproximávamos sentíamos uma relação forte entre nós e até com aquele lugar, uma interligação, um contacto, um pertence.
Chegámos, já completamente envolvidos naquele espaço, naquele tempo. Em plena harmonia para com o meio, sente-se outras energias. Umas energias relaxantes, confortantes, cheias de suspiros e emoção, penso que o resumem como sendo amor, não tenho a certeza, pois ainda tenho uma vida para saber o que é de facto.
Sentámo-nos sobre uma pedra, à sombra de uma árvore e observámos a natureza e os seus toques de exibição.
E são estas as memórias que guardo desta viagem, que apesar de curta é sempre muito longa. Que apesar de serem pequenos instantes, são sempre grandes momentos. E são nestes momentos que adoro ver os seus olhos brilharem, reflectindo os meus. O seu sorriso que dava cor àquele jardim. O nosso entusiasmo, o nosso à vontade que torna tudo mais especial e único.
Aquele encontro foi como uma flor que me ofereceu, foi curto mas longo, simples mas, único e especial, sem muitas cores mas, muito colorido.

Foto de MAD

No que me tornei por tua causa

Era uma pessoa feliz e de bem com a vida, mas tu apareceste e mudas-te tudo.
És tão diferente daquilo que demonstraste ser, quando te conheci. Revelaste-te uma pessoa cruel, arrogante, mentiroso, hipócrita…
Como tiveste coragem de me enganar e trair desta maneira? Eu acreditava em ti, eu amava-te. Tu dizias amar-me mas tudo não passou de uma mentira, de um esquema montado por ti. Eras uma péssima pessoa, coração de pedra. Alguém que não sabe o que é o amor, alguém que magoa por prazer.
O amor agora se tornara ódio.
A vontade de me vingar é imensa, estava disposta a fazer-te sofrer tanto ou mais do que fizeste sofrer a mim. Iria-me vingar e fazer justiça, pois não tinhas direito de brincar com os sentimentos das pessoas desta maneira.
Eras um namorado, um amigo, um confidente.
Quando tive noção que te perdera, tudo á minha volta ficou suspenso, eu sem reacção e o meu mundo desabara.
Entreguei-me a ti como jamais me entregara a alguém. Só queria ser feliz e amada como amava.
Apesar de sentir a tua falta não te conseguia ver mais e acabavas por me meter nojo. Tinha de fazer algo para honrar a minha espécie. Não podia estar com meias medidas.
Agora sou uma assassina. Mato por amor e por ódio, afinal é extremamente necessário estar em equilíbrio e harmonia com nos próprios.

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