Inverno

Foto de Adriano Saraiva

Sheila

Numa noite de inverno rigoroso
E de densa bruma oculta
Te descobri...
Forma exuberante de mulher
A passear seus atributos
Pelo centro de cidade
Exonerado de meus sentidos
Procurei abrigo no teu corpo
Sem guerra de palavras
Somente o equinócio milenar
Das tuas pernas
A me confundir num
Emaranhado de sensualidade
Somos amantes furtivos
No regozijo do prazer
Qua a terra estremeça
Qua a humanidade desmorone
E que reis se ajoelhem
Diante do nosso ato de amor!

Para você esposa amante companheira de tantas e tantas obscenidades

Foto de fceleti

espelho interior

Atrás deste sorriso tímido,
Um olhar desconfiado à procura
Do instante ideal de se revelar.

Essas lágrimas, ao contrário,
Demonstram toda uma felicidade
Adquirida com os anos de cativeiro.

Passaram, sim, passaram
Os reflexos distorcidos do meu ser invisível
As chuvas do inverno
Lavaram as impurezas de meu espelho interior

Foto de andrepiui

Flexado

tudo que cerca-me
trazendo inexplicáveis acontecimentos
apressado sigo a inércia

mesmo vendo tanta miséria
cotidiano que leva
furtos morte inveja

acendo mais uma vela
clareando um pouco
mais mostrando

queremos paz
enfiados na lama
onde nós estamos

clamo quem escuta
montanhas escaladas
neblina vista escura

busca eterna procura
sua alma nua e crua
pousando na minha

alegria ha tempos perdida
não quero sentir
dentro de ti

viagem profunda
folhas secas
caem em meu jardim

sobre a mesa
um prato de pudim
anjo querubim

coração flexado
incensando sai
emanando jasmim

futuro que me espera
outono inverno
verão e primavera

apenas escuto
canto dos pássaros
instrumento por um louco tocado

chamo teu nome
ecoando ao leu
universo infinito alem do céu...
(André dos Santos Pestana)

Foto de Aboarante

Deixei fugir uma estrela

Deixei fugir uma estrela

Numa bonita noite de verão, olhei o céu estrelado;
De todas que brilhavam, com uma fiquei encantado ;
Tinha um brilho diferente, dei um salto pr’agarra-la
Quis segura-la na mão, parecia que me queimava.

Metia dentro dum cofre fechado tal era o seu valor!
Nunca, nunca mais o fui abrir esquecendo seu teor.
Quando um dia me lembrei, a estrela não brilhava!
Deixei o cofre aberto pois já não mais m’interessava.

Numa triste noite de Inverno, olhei o céu enevoado;
De repente vi uma estrela que fugia o meu telhado,
Corri depressa a casa mas o cofre estava esvaziado.

Passo as noites todas ao relento escrutinando o céu;
Mas aquela estrela brilhante nunca mais m’apareceu.
Foi brilhar para outro lado a quem mais valor lhe deu.

António Aboarante

Foto de Pseudo_Poeta

Tu, Só Tu!

Tu, só tu...
Transformas cada noite singela
Enregelada pelo impiedoso Inverno,
Criando a mais bela tela de aquarela
Com um intenso Verão pintado nela.

Tu, só tu...
Emanas esse brilho constante,
Sobressaindo as cores da nossa amizade,
Moves-te com arte provocante,
Deleito-me com a tua divindade.

Tu, só tu...
Com esse teu desejo intenso
Que me põe em suspenso,
Fico curioso propenso,
Neste enredo imenso
A que eu pertenço.

Tu, só tu...
Me fazes planar numa galáxia estelar,
Rumando-me a ti para teus lábios beijar.
Apenas aproveitar cada luar,
Unidos, fundidos em qualquer lugar,
Eterna chancela que nos apazigua,
Minha alma em tua alma por fim desagua.

Tu, só tu...
Me provovas, convocas ao altar do prazer,
Cada respirar, cada arfar, cada falta de ar,
São sinónomos famosos que fazes acontecer,
Saber o teu corpo de cor
Percorrê-lo com a mente,
Dá-me um intenso calor.
Vermelha é a côr do meu corpo em fervor,
E solta-se a corrente deste erotismo premente!

Tu, só tu...
Me fazes delirar,
Agitas o meu Mundo,
Fazendo-o girar.
É o pensamento profundo,
É o meu temperamento,
Apesar do crescendo,
Só a distância lamento.

Tu, só tu!
Me envolves assim,
Estimulas o melhor que há em mim,
Imagino palavras que sorriem para mim,
Construo castelos que palpitam sentidos,
De muralhas bem fortes e guardas destemidos,
Elaboro versos submersos em pranto perdidos,
Escrevendo poemas que jamais serão esquecidos!

Hugo Andrade 2007/03/1

Foto de Minnie Sevla

Eu queria...

Eu queria...

Eu queria ser o vento pra tocar de leve em você
O sol radiante, pra te encher de luz e calor
A lua cheia, pra te fazer sonhar
E nas noites frias de inverno te enamorar

Eu queria, juro que queria
Ter o poder de me transformar
Na água que banha o seu corpo
E no verão te refrescar

Ah, como eu queria
Dizer o que manda o meu coração
E o que a minha boca teima em calar
O que os meus olhos não sabem negar

Queria buscar no infinito
Uma estrela, a maior e mais bela
Para ver brotar seu sorriso
E arrancá-lo de vez desta cela

Queria ser o teu sonho
Que o faz navegar nesses mares
Em busca de um amor perdido
Que um dia causou tantos males

Mudaria o final desta história...
Que você insiste em contar
A lembrança desta mulher
Do seu pensamento apagar

Minnie Sevla

Foto de Suavenigma

Insana

Ah!Este desejo louco
de procurar beleza em todas as coisas feias,
e transformar em bem
o mal que, por ventura,
em meu mundo surja!

A rosa sem espinhos.
O amor sem adeus.
O céu sem nuvens.
Sempre no coração um afeto e,
nas mãos,
um gesto de ternura.

Fogo no inverno.
Sombra no verão.
Sem dissonância, a música.
Sem pedras o caminho.
No homem, a força.
Na mulher,o carinho.

O bom,o belo, o verdadeiro.
O querer, o poder, o dever,
todos de uma só vez.
Sorriso por olho; beijo por dente!
...............................................
E um fastio enorme de viver.

Suavenigma®

Foto de HELDER-DUARTE

Novo dia

E veio um novo dia.
Mas como é ele?!...
Em que o vento, soprar não queria?!...
E calmas águas, descem o monte?

É o dia da Primavera.
O começo de nova era.
Já a neve passou.
E a fria chuva cessou...

O Sol brilhante e ameno aquece.
A erva verde ,cresce.
As flores do campo perfumam.
As aves alegremente, cânticos entoam.

Oh alegres cânticos entoemos!
Porque este dia lindo é.
Já ha muito que o queriamos!
Veio enfim até...

Eis que passou o Inverno,
De grandes tempos terríveis...
Mas hoje tudo é novo,
Eis que não foi impossivel.

Já o vento a árvore não fere.
Nem mais o sol de Verão, queima...
Há erva verde...
Que o lobo e o leão alimenta.

É Primavera...
Há vida,vida,vida!...
Há alegria!
Há vida, vida eterna!

Helder Duarte

Foto de Ge Fazio

Marcas de um Tempo

Gotejas o orvalho sobre a relva densa...
Numa tarde do frio inverno.
Pássaros recolhem no aconchego de
Seu ninho... Alimenta, aninha.

Toques de emoções emergem de
Um coração sem par... Solitário.
Num olhar através do tempo
Da distância sórdida...

Goteja o amor de um olhar
Terno, transparente que outrora.
Passou por aqui... Chegando
Pelo velho rio de águas claras

Vem o vento...A chuva e o sol
As tormentas que transbordam
Lavando em enxurradas os rastros
De seus passos... Levando o aroma do amor.

Restam agora as marcas de um tempo.
Os vincos de uma saudade cravejada
Na pele, nos contornos que resguarda...
Protege um invólucro do amor perene.

Gotejam lá fora o orvalho.
Numa rua nua, crua sem nome e sem dono.
Resta agora um jardim sem cor, sem aroma.
A espera do amor que faz germinar.

Germinar de novo o sorriso...
O brilho do olhar da esperança
Junto às folhas secas de outono.
Renasce um jardim em flor...

Ge Fazio

Foto de Magroalmeida

RECORDAÇÕES

RECORDAÇÕES

Recordações...
Daquela paixão delirante
Dos beijos apaixonados
Dos abraços apertados
De tudo o que fomos antes

Recordações...
Dos carinhos, dos beijinhos
Dos passeios de mãos dadas
Dos sorrisos, das risadas
Do aconchego em nosso ninho

Recordações...
Das bebidas que tomamos
Das viagens que fizemos
Da história que escrevemos
Das noites que nos amamos

Recordações...
Das noites frias de inverno
Dos nossos corpos colados,
Dormindo sempre abraçados...
Das juras de amor eterno

Recordações...
Da nossa ingenuidade
Da nossa conversa bobinha
Dos tempos daquela casinha
Do nosso amor de verdade

Recordações...
Daquele beijo gostoso
Do olhar apaixonado
Do sorriso inesperado
Do abraço carinhoso

Recordações...
Do viver em harmonia
Da nossa felicidade
Da vida sem vaidade
Do amor que existia

Recordações...
Do namoro no portão
Do casamento pomposo
Do nosso primeiro gozo
Dos sonhos que hoje se vão

Recordações...
Das nossas loucuras reais
Dos ciúmes amorosos
De tantos momentos gostosos
Recordações...

Nada mais...

Magno R Almeida
Fev/2007

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