Enviado por Rute Mesquita em Sáb, 13/08/2011 - 04:07
O vento assobia
as árvores arrepiam-se.
Enquanto a lua se erguia,
os lobos uivavam-se.
Os cânticos celestes
soam-se,
instrumentos como o violino,
as harpas, voam-se
pelos céus que me destes.
As folhas,
soltam-se bailando
suavemente e chorosamente.
Como se tivessem feito escolhas
errando,
humanamente.
A água imensa de cristal,
estilhaçou-se…
aquele brilho astral,
sufocou-se.
Desceu um anjo até mim
convidando-me para dançar
ao som da sua voz, tão suave quanto Jasmim,
disse-me para me levantar.
Eu levantei-me e aquela melodia
tomou conta do meu corpo.
Eu não me sentia
nem falava tão pouco.
À medida que me fui deixando bailar
os meus pés, iam-se distanciado do chão.
Não sei como irá esta dança acabar.
Sinto-me com paz que ilumine toda a escuridão.
Em movimentos sinuosos,
entrego-me aos céus.
Dizem-me os anjos carinhosos,
‘sonhos belos com os meus’.
Enviado por Rute Mesquita em Ter, 09/08/2011 - 17:49
Uma noite chuvosa,
recai sobre mim.
Ensopando-me das suas pesas.
Num deambular cautelosa,
cobre-me assim,
inundando-me das suas emersas.
Uma chuvada
arrastada pelo vento.
Deformada,
por entre as pausas do meu tempo.
Eu apenas envolvida num velho lençol,
vagueio sobre estes aguaceiros.
Sentindo-me uma clave de sol,
sinto os ‘Dós’ dos seus pioneiros.
Uma melodia se dispõe,
destas ruas desabitadas.
Uma esfolia se decompõe
por entre as minhas descobertas insaciadas.
Como te sinto minha mãe natureza.
Só não sei porque tanto choras…
Aguentarei toda esta frieza,
até as mais secas auroras.
O quão é pesada a tua dor,
como te lanças daquele céu pardo,
sem piedade, sem esplendor
e escolhes esta noite para teu resguardo.
Não chores mais…
quero tanto entender-te,
dá-me sinais,
espero não mais rever-te.
Rompendo a madrugada,
lá estava eu,
num banco sentada,
à espera de à chuva ver aparecer Romeu.
No fundo escoavam badaladas
como se algo anunciassem.
Será que se sentem maltratadas?
Como se estas lágrimas já não bastassem…
O sol espreita,
os raios luminosos reflectem naquelas gotículas.
É então que galanteio
o nascer de um lindo arco-íris.
A chuva agora estreita,
cai em suaves partículas.
E sem ser preciso tirar ao sorteio,
dilata a minha íris.
Agora eu percebo,
que aquela melodia
lacrimejante,
era da noite um servo,
aguardando pelo dia,
para se evaporar naquele
recebo flamejante
aquela triste sinfonia.
O amor entre a chuva e o sol,
um perfeito dueto,
acompanhado de um rouxinol,
termina assim este quarteto.
Enviado por Rute Mesquita em Dom, 07/08/2011 - 17:15
Meu doce papel,
como muitas formas de dou.
Hoje perfumado de mel,
o vento te levou.
Agora palavras se soltam ao vento,
sentimentos divagam dispersos.
Parou-se o tempo,
dos seus reversos.
Hoje, se espalha amor,
se espalha alegria.
Ai, como espero que naquela flor,
caia esta melodia.
Espalha-se paz,
sobre as guerras, sobre os seres apodrecidos
pelas suas próprias etnias.
Hoje dizem-se assim, sem garras,
àquelas terras,
onde também pairam boas companhias.
As minhas palavras,
soam àquele rapaz,
dizendo, ‘pede-lhes que baixem as armas,
aos olhos de Deus somos todos bem aparecidos,
Perdoará sem olhar para trás,
e fazer-vos-á dele merecidos’.
O vento continua a bailar,
com estes versos.
Que sentimento irá sortear,
para aqueles terrenos imersos?
Sorteia, bom olhado e boas colheitas,
que o inverno seja molhado,
mas, que não estrague aquelas receitas.
E assim bailam os dois,
e a cada passo de dança,
propagam desejos. Dizem, ‘deixe a amargura para depois,
e preencha-se da esperança,
deste doce beijo’.
Sentada no jardim,
onde vi aqueles versos voar,
digo para mim,
‘não quero que o vento os faça voltar’.
Tenho uma caixa que não abre, tenho-a guardada no fundo dos forros do meu corpo. Só tem aranhas e mais aranhas que me fecham ainda mais a caixa, e que a trancam mais ainda no fundo. Ela contrapõem-se com o meu aro da juventude, este aro corrompido de tanto sal que lhe caí, este aro que só tem ferrugem e que não é mais torto porque a caixa assim o segura e o ampara. Podia fazer um paralelismo entre esta caixa e este aro, mas não consigo, porquê? Porque não existe um paralelismo possível, porque esta caixa habita dentro de mim e se fosse fazer este paralelismo teria que quebra-la, mas não sou capaz de a quebrar. Dentro dela tem as minhas belas e harmoniosas recordações que sempre que me lembro delas, toca como que uma melodia dentro de mim, que não há instrumento nenhum que o consiga fazer, porque ela toca diferentes melodias, cada qual com um som diferente e cada qual de forma e cor diferentes. Tenho nos meus forros esta caixa e este aro, simplesmente ficam presos, porque não há modo e maneira de tira-los de onde se encontram porque as finas linhas das aranhas fazem com que todo o que lá exista fique preso. Esta caixa é de grande valor e não há nada nem ninguém que a possa abrir, porque já tentei tudo... Já cantei, já escrevi, já recitei, já reflecti, mas acima de tudo, já a amei como a tinha que amar. Procurarei mil e uma, ou duas mil e duas, formas de a abrir, porque ela é minha e por mais que ela ria e chore de saudades daquele lugar, não irei parar, porque parar não serve para mim. A luta de palavras que iram surgir perguntar retóricas irá continuar, porque essa caixa é minha e de lá tirarei essas recordações. Esses forros são maus e cruéis, mas eu não me deixarei sair vencido, porque se sair vencido terei não só perdido a guerra e a batalha e desta batalha e guerra não saírem derrotado, mas sim vencedor...porque ela é minha e por mais que estejam quarenta mil aros a prender-me não desistirei....Abre-te caixa de uma vez por todas...Abre-te...
♥ Aos Românticos de Plantão...♥ Uma linda melodia para sonhar ...e com tradução...
Edição:Enise Lilases
http://blogdolilases.blogspot.com
Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=LItRmNOt4u8
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Enviado por Rute Mesquita em Qui, 04/08/2011 - 01:55
Baloiço suavemente…
sinto-me a pairar.
Acordo de repente,
e questiono este lugar.
Nuvens? E mais quatro balancés,
dois em cada lado.
Sinto-me sem pés…
Provo, o meu medo mais flamejado.
Eles bailam,
ao suar uma melodia assustadora.
Temo que eles caiam,
pois ira sentir-me comprometedora.
Sinto uma grande pressão,
em saber o que faço ali,
será uma ostentação?
De algo que escrevi ou li?
E se eu me acalmar
e tentar perceber o que me diz esta imagem?
Talvez, o clarear,
não seja apenas uma miragem.
Quatro bailados,
divididos por igual,
contudo, desequilibrados,
num bailar desigual.
Eu encontro-me precisamente no meio,
como se eu fosse a palavra ‘equilíbrio’.
Quando esta palavra nomeio,
os bailados entram em declínio.
Os meus pés perfuram aquele manto de algodão,
e o ar fica menos denso.
Serei eu a desejar o chão?
Ou será meu imagino?
Penso…
Vou nomear outra e outra vez,
aquela palavra,
agora é a minha vez,
de a fazer minha escrava.
Equilíbrio,
diz-nos estabilidade,
diz-nos moderação.
É tão grande este meu fascínio,
que desta irrealidade,
faço uma canção.
Grito ‘Harmonia!’
e inclino-me para a direita,
tentando equilibrar.
‘Nostalgia’,
leio numa vistosa colheita,
que parece me chamar.
Ficou tudo escuro,
passou uma ventosa.
Será que ainda aqui perduro,
ou estarei venenosa?
Abro os olhos,
e encontro-me num jardim,
baloiçando…
E sorri,
por ter afastado os medonhos,
racionando.
Se terei medo de bailar novamente?
Se serei perseguida por este pesadelo?
Apressasse e responde a minha mente:
‘Numa próxima será belo’.
Uma letra ou uma frase pequena positiva..
A CONFIANÇA...
Um estimula de animo que muda
Muito o humor do mundo em volta,..
A CONFIANÇA!
É hoje, Agora Amanhã Sempre
Com pensamentos positivos de confiantes alegres ..
E sendo positivo conseguira sempre vencer ,..
Os grandes Obstáculos que surgiram, durante a vida..
Que nada derruba ou afete seu brilho de espírito pessoal.
Envolva-se pela letra da melodia ,ouça e cante sempre....e sorria
Eu Tenho Confiança Na Vida...
Espalhe o seu humor contagiante a todos,..
Fale coisas boas de esperança
Mostre a confiança das palavras ditas...
Saúde!Sonhos!! E Amores...
Ame claro você primeiramente!
E distribuía todo esse amor depois!!!
Só descobrimos o que e ser feliz e ter confiança
Quando começamos a ver e o sentir do sorrir da gente mesmo
Enviado por Rute Mesquita em Seg, 01/08/2011 - 22:37
Beethoven,
como o meu corpo balança
à sua suave melodia.
As suas notas fazem-me sentir uma criança,
solta de alegria.
Sinto a sua paixão pelo piano,
sinto a sua intuição.
Sei que a fama não era o seu plano,
apenas queria que lhe dessem uma mão.
Beethoven,
as suas sinfonias convidam as minhas lágrimas,
convidam o meu corpo para uma dança de cortesia.
Na verdade, vejo as notas nessas páginas,
a comporem-se por magia.
A alegria,
o brilho que me põe nos olhos,
e a choradeira para que me atira…
Quero ter o prazer de ouvi-lo tocar,
nos meus sonhos.
E esse desejo já ninguém mo tira.