Oculto

Foto de Jardim

a língua lambe as pétalas

a língua lambe as pétalas
da rosa vermelha exposta
até desabrochar
entre gemidos, gritos, rugidos,
enfurecidos,
até encontrar seu oculto botão.

a língua lambe, ativa,
a rosa úmida, viscosa e rubra.
onde termina o quarto e começa o infinito?
atinges o paraíso, o nirvana
do orgasmo, do instante infinito
que reúne corpo e desejo, língua e clitóris.

Foto de Arnault L. D.

Pedras da Lua

O amor, mesmo consumido
jamais torna-se em nada.
Ele muda o jeito sentido,
torna-se encanto de fada...

Doce a amargar a boca
e aos olhos úmidos brotar,
feito em tristeza; a concha oca
de ser, porém, não mais estar.

O amor está aonde ecoa,
o meu, está em mim, quiçá...
Em não sei está, se escoa,
nalgum lugar do tempo há.

Juntos no oculto, sob a lua,
ouço um eco assim dizer,
palavras doces da voz sua,
antes de tê-la e me esquecer.

Assim, espreito tal um voyer.
Vultos sentir qual foi sentindo,
com olhos da alma mister
reve-la fora ao mundo infindo

No intáctil ainda se ama...
Rir lágrimas secas, velho jogo.
No frio carvão, sopro chama,
logo se inflama e luz o fogo.

Ainda estou em mim guardado,
preservado onde fora aquém.
Tempo, ruas, vez fossilizado,
nas pedras que a memória tem.

Foto de João Paulo Victor

O Mal de se estar só

O Mal de se estar só, não é o fato de se sentir só...
O Mal de se estar só é poder ouvir com mais clareza a voz do subconsciente... É passar a conviver com o nosso verdadeiro eu, Desmistificando quem fingimos ser.
O Mal de se estar só é Deixar de lado a mascara usada durante todo o cotidiano. Mascara usada para diversos fins; fingir, mentir, sorrir, entre outros.
O Mal de se estar só é Externar de forma incrível quem literalmente somos, onde passamos a viver não mais oculto em nós, mas de maneira explicita, na sina de sermos amigos de nós mesmos, caminhando juntos, lado a lado, de forma que nossos pensamentos pareçam sussurros ditos em nossos ouvidos.
O Mal de se estar só é poder ouvir o estrondoso eco, Daqueles intensos sussurros sempre que nossos atos são mencionados por nossos pensamentos.

João Paulo Victor (JP)

Foto de ltslima

Meditação.

Deus nos mostra o caminho correto,
Cabe a você escolher sua trilha
Saiba que nada fica oculto eternamente
Olhe a sua volta....
Será que não vê?
A beleza que Deus nos mostra
A cada dia que nasçe,
Com o por do sol
Com o perfume das flores,
O canto dos pássaros,
O nasçer de uma criança
O entardecer no horizonte,
Onde o céu fica claro,
Com a luz do luar,
O brilhos de cada estrela?
Que Deus ilumine seu dia
Sei que vais ler...
Escrevo para você!

ltslima

Foto de Luazul23

Sou líder da minha vida eu sou autora da minha historia

Em um momento me sinto forte em outro me sinto frágil
Mas isso tem um tempo e acaba e tudo se renova, se regenera
A maturidade da vida é a capacidade da regeneração
Quando se aprende se regenerar ainda que machuque na vida esta ferida cicatriza
Não se ferir é impossível às feridas acontecem como criança para aprender andar vai cair, vai ralar o joelho, nem por iso a criança para ela vai mesmo que esteja machucada.
A vida tem seus momentos difíceis mais isso não me faz sentir derrotada nunca!
Por que sei que tudo isso acaba, tudo tem um tempo, não existe noite eterna toda noite termina no dia .
A tristeza tem sua importância a tristeza tbm esta denotando o fim de alguma coisa., o fim de um ciclo tudo internamente e externamente tem um fim.
Ainda que nos momentos de tristezas eu aceito, eu me reconstruo eu aceito mais recomeço, aceito o fim das coisas , porque não me revolto.
Tenho resiliência, como bambu taquara ainda que tentam me derrubar.
Posso ate parecer que não sofro por nada, porque tbm não tenho interesse de transmitir uma idéia de sofrimento, tbm não oculto minha dor, eu falo dela com naturalidade, minhas falhas, meus erros ou meus sofrimentos, eu tenho todo direito de na tristeza chorar, eu sinto mais não recinto.
Sou líder da minha vida eu sou autora da minha historia
Eu estou aberta para aprender com as pessoas mais eu as seleciono, eu tenho meu critérios, meus princípios, meus sentimentos eu me respeito.

Foto de Diario de uma bruxa

Doce mistério

Nos escondemos,
não porque não queremos
ser vistos, mas sim
porque o oculto é
intrigante.
O mistério chama a atenção,
querem decifrar,
querem aprender,
e quando aparecemos
perde-se o encanto
da emoção.

Deby N. M.

Foto de Arnault L. D.

Um pouco além da estrela

Eu a procurei a um passo atrás,
num sempre assim, sempre quase,
entre as palavras e canção
que na surpresa vem, lhe trás,
num tema, um nome, uma frase
que reverbera ao coração.

Busquei nas horas tardias
nas quais só a mudez lidava,
a distância a medir nos astros,
saltando as estrelas, frias...
Pousei na Lua que passava
pelo carvão do céu sem rastros.

Em meio a noite eu fervo,
de uma febre que me arde
e deliro, eu, seu amante...
Beijo o seu beijo... O nervo
exposto do sentir já tarde,
a dor de lhe amar distante.

Banhado por gotas de suor,
sou molhado de sal no calor
e por meus olhos, marejados,
confundo o gosto deste amor
ao da lágrima, do mar, sabor
do beijo, e do choro, somados.

Mas, a procurei assim mesmo,
no mel esparso da fruta azeda,
na pouca visão da madrugada,
e no sol, que me cegava a esmo.
Na entrelinha e folha perdida,
na pauta em branco inacabada...

E se o deserto me convide
buscar em miragens, e no nada.
Trarei na areia, riscar seu vulto.
No delírio, oásis, uma vide...
vinho doce à uva fermentada,
clara faz sua sombra, no oculto.

Foto de Carmen Vervloet

Sob as Asas Do Silêncio

O silêncio abre suas asas sobre a noite
enquanto dúvidas são plantadas no coração,
batem em minh’alma feito açoites,
não consigo resposta nem para uma questão.

Por que, meu Deus, tanta acusação,
tanto maldade, tanto descaso,
parece praga, feitiço ou maldição
ou serão apenas coisas do acaso?

Passa por mim uma nuvem de tristeza
e se instala bem dentro do coração,
a chama de minh’alma já não fica acesa...

Já não oculto minha dor num sorriso,
deixo as lágrimas escorrerem sem interrupção,
quem sabe elas são prenúncio de um bom aviso?!

Foto de Carmen Lúcia

Reencontro

Ainda ouço teus passos se distanciando,
perdendo-se na esquina que te engolia,
tragando-te afoita, droga à revelia,
mutilando uma história que ainda aconteceria.

Sibilam em meus ouvidos as badaladas de um sino
marcando as horas, trilha sonora que estribilha
rasgando-me a carne, mostrando meus avessos,
tendo a lua a compactuar com meus tropeços.

Ainda ouço o estardalhaço dos soluços
que meus lábios apertados tentaram segurar
e num sôfrego vazaram, desabados,
num choro compulsivo, sem parar.

Fostes...simplesmente fostes,
( como sempre fostes),
sem medires a proporção do estrago,
a dimensão de inconsequente ato,
carregando sobretudo, tudo...

Talvez me reencontre sem teu disfarce
e me resgate algum ancoradouro...
Corpo e alma num inusitado encontro, sem ais...
E o silêncio do luar oculto entre a névoa de um cais.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

Castelo e flor

Na rua, uma sombra alta e triste
ergue-se dentre a névoa gélida;
noite suspensa de um passado.
Tal braço, retesado em riste
do afogando, mão a buscar vida
e um mistério no tempo guardado.

Alta torre faz relevo à vista,
contrasta ao azul, somando ao céu.
Nuvens bordam a moldura entorno;
acima, janela a lua avista
e a filtra em vitrais, a luz pincel...
Quadro vivo, tela o chão, adorno.

Vestígios da beleza em ruína,
restos de sonhos, solvem a volta,
dos risos, dos casos em segredo.
Degraus subindo o mármore a cima,
ligando ao nada a ilusão solta...
Velhos fantasmas a trazer medo.

Apenas restou o que se ergue,
pois, mais ninguém, mais nada lá ficou.
Junto a ultima gota que verteu,
taça de cristal, vinho, e sangue,
estilhaçada a vida se quebrou.
Por testemunha a noite, que esqueceu.

O solo pontilhado de luar,
vazando aos vidros coloridos;
cintilou em matizes de carmim,
que a aurora escureceu ao raiar.
Revelando os Reis adormecidos,
em uma noite, que não teve fim.

Mas, o Sol não trouxe a claridade
que rompesse a densa névoa escura,
que encerrou dentre a alvenaria,
atrás de portas, paredes, grade.
Causas, culpas da história, pura,
não se soube, o oculto não traia...

E veio o anoitecer novamente.
Trancou as portas, fechou as grades,
cerrando as cortinas e os portões...
Desbotando tons, e o inconsciente
se encarregou de criar verdades.
Por provas, fez de mitos as razões...

Recolhido entre as salas desertas,
os anos a somar o abandono
pilharam a beleza em pedaços.
Abrindo furos, rasgando frestas.
E o dormir deste eterno sono,
Morfeu colheu por entre seus braços.

Tudo agora é escombro somente;
cravado à cidade, triste confim
de velhos espectros e da sombra.
Partilhado ao mendigo, indigente,
covil de ratos, aranhas, capim,
que feri aos olhos frágeis que assombra.

Mas, longe da escuridão, um alguém
guardara a lembrança, a luz vencida.
Que afundou-se aos relógios se pôr.
Lembrando a quem, já a muito além...
por tantos anos, por toda vida.
Posto uma prova que houvera o amor.

Solitária rosa, deixava ali.
Em data exata, quando ao ano vem:
De aniversário um presente terno,
no envelhecer do castelo e a si...
Até que a noite deitou-se também,
a pele esfriando-lhe de inverno.

E a ruína, assim, ficou mais só
e a historia, tornou-se rumor.
O castelo apartou-se do mundo,
sequer memória, saudade, ou dó.
Como se sempre ele fora a dor;
tal de canto algum oriundo...

Quiçá, a torre, querendo altura,
qual mão, apenas anseie outra flor,
pelo céu procurando a encontrar...
E para não quebrar-se a jura,
fez das pedras, pétalas, por amor.
Fez-se o castelo uma rosa a murchar.

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