Órgão

Foto de Paulo Master

Divino Ser

Divino Ser!

A mulher fora eleita por Deus para brilhar e trazer beleza em nossas vidas, sobretudo, a criatura ideal para semear a terra com frutos oriundos do amor em conjunto com a natureza. Sábio é o homem que reconhece na mulher tais qualidades, tornar-se-á, pois, digno de tão precioso bem, avaliado unicamente pelo coração. As mais lindas canções de amor possuem o dulçor feminino em sua essência. Um romance, uma poesia para ser belos tem de explorar os sutis segredos da alma feminina! Não é difícil, porém encontrar um homem livre dos grilhões do amor de uma mulher, tão logo implorar de joelhos o perdão. O amor da mulher é portador de mistérios indecifráveis, exceto por aquele que efetivamente conquistar seu coração. Coração de mulher não é somente um órgão ou músculo pulsante, há em sua essência a virtude da criatura de curvas fascinantes. O fascínio, a doçura, a beleza e toda a sua sensualidade advém da doce essência feminina. A mulher traz em si a doçura e o perfume da mais bela flor, símbolo de ternura e amor. Em tuas mãos entrego meu destino mulher, sobretudo, reconheço teu valor!

Foto de luzimar xavier

O LUGAR DO AMOR: ONDE ESTÃO AS ROSAS.

Como muitos dizem que a ninguém pretendem amar, o que é resquício de
Infelicidade, ainda bem que existem muito mais pessoas que
Não deixam de amar e até exemplos de amor estão a nos dar, nos quais
Teremos que meditar. Muitos são também os que escrevem sobre o amor.
Há certo escritor chamado Alexander Lowen, que
Insiste em afirmar que “o
Amor e a alegria são

Sentimentos que pertencem
Ao coração. Portanto,
Não é de se estranhar que a alegria do amor e o amor da alegria
Tendem a ser reações corporais que produzem uma reação que alcançam
O coração e, se
Sabemos que o coração é o órgão

Do amor, o amor, com certeza, mora no coração”. “O que é
Amar... o que é

Se dedicar a alguém?”, perguntariam os
Insensatos e os duros de coração.
Lamentavelmente esses às
Vezes assim procedem porque não aprenderam a
Amar e, se não aprenderam, nem têm condições de saber o quanto é

Bom amar. Aliás, quando se fala em
Amar, em alguém para se dedicar a fim de se feliz estar,
Nem se tem idéia de que “o amor pode estar ali, bem próximo da curva
Do seu coração, que é o lugar onde sempre procurou
Estar. São aqueles, que ao fechar seu coração,
Infelizmente se colocam em lugar errado. Mas a
Realidade é que, em questões de amor, muitos estão sobre espinhos
A sentar, esquecendo-se que onde estão as rosas é que se deve sentar”..

Elixis – 05/08/07

Foto de raziasantos

Periferia nua e Fria!

Periferia nua e fria.

Periferia nua e fria, jovens desajustados, bêbados e drogados.
Pais desesperados.
Meninas vendem seu corpo por uma refeição.
Terminam seus dias no fundo de uma prisão.
Velórios fazem parte de sua diversão.
Na escola da vida o diploma é munição... Uma arma em cada mão.
O grito do inocente em destaque na televisão.
Preconceito racial, desigualdade social.
O negro é barrado só por esta no carro do patrão.
O menino é sentinela no morro pro ladrão.
Olhai!Senhor por estes jovens de sua nação.
Pelas mães sofridas em busca de um punhado de feijão.
Domingos sem diversão mães fazem fila para visita nas portas da prisão.
Seus parentes são noticias quando dentro de um caixão.
Lares detonados, medo e decepções.
Morte súbita, falência de órgão torna-se coso de indenização.
O trafico domina!
O medo predomina!
Caminhos de pedra.
Guerras por umas moedas.
Desertores desses horrores seguem suas missões.
Olhai senhor! Pela periferia nua e fria, e cura esta nação.
Derrama sobre este povo sua unção.
Somos peregrinos em terra estranha, fenféns do medo.
Acorrentados pela violência, desigualdade.
Réus confessos... Á espera da sentença.
Ver edito.. Culpados ou inocentes?
Olhai!Senhor esse povo sofrido:
Que de tanto sofrer se perdem na multidão.
Neste vazio mergulham no mar da desilusão.
Olhai! Pai por nossa nação.

Foto de Fernando Vieira

Felicidade

Felicidade
(Fernando Vieira)

A felicidade não está na Terra
Pois essa pertence à outra esfera
Longe das vendas que cobrem os olhos
E que deixam nossas mentes cegas

Muitos a buscam incessantemente
Mas não sabem onde procurar
Não percebem que ela está na gente
Escondida em algum lugar

Na fé propriamente dita
Nas entranhas do órgão coração
Na vontade que se faz bendita
De ajudar todo e qualquer irmão

Amor luz divina
Clarão de simplicidade
Virtude maior que ensina
Compreender tal felicidade

Que Deus abençoe a todos
Iluminando um a um
Habitantes dessa gleba Terra
Que vivem sem sentido algum

Ilumina assim as nossas mentes
Livra-nos de todo mal
Livra-nos da hipocrisia
Fortalece Pai nossa moral!

Foto de Graciele Gessner

Como Encontrar a Felicidade? (Graciele_Gessner)

(*) Texto inspirado no filme “Poder Além da Vida”.

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Nota: entre as aspas (" ") são citações do filme.

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Às vezes estamos tão entretidos em nossos pensamentos que nem percebemos os pequenos detalhes da vida. Chegamos até nos surpreender quando algo de diferente acontece. O diferente muitas vezes nos assusta e não vemos o lado bom. Consequentemente, “a mente afeta o corpo e vice-versa”, e a felicidade daquele instante se evapora.

Questionamo-nos com tantas coisas simples; colocamos à prova a nossa felicidade; deixamos de lado tudo que a vida pode nos oferecer... Devemos colocar em mente que “não há momentos comuns”, todos são únicos.

A felicidade necessita de trabalho contínuo, para então usufruir dos resultados. Nada vai adiantar desperdiçar as nossas energias, se a tal felicidade não desejarmos vivê-la. Não insista em encontrá-la, ela sempre estará contigo, mesmo que você não a veja.

Há perguntas que não obtemos respostas imediatas. “As batalhas que lutamos estão dentro de nós”. As dúvidas e as respostas jamais estarão prontas; precisam ser lapidadas, questionadas, confrontadas, e se possível, apimentadas com as incertezas. “Imaginamos mais do que sabemos”, esta é a fonte do desperdício, da infelicidade. Quando “soubermos mais, imaginaremos menos”, e viveremos muito mais.

Lembre-se “conhecimento não é o mesmo que sabedoria”. A felicidade não é regida com frases motivacionais, ela é movida com ação. A felicidade só espera por uma atitude, só você pode tê-la, porque ela está dentro de você. “A sabedoria é saber agir”.

Não tenha pressa para alcançar a felicidade, ela está bem perto de você, só precisa despertá-la. “O cérebro é um órgão que age por reflexo. Reage a tudo”. É preciso esvaziar a mente, para poder experimentar a felicidade. “Jogue fora tudo que não precisa, principalmente, aquilo que lhe afasta de seus ideais. Você ficará maravilhado com o que pode fazer”.

A felicidade precisa apenas ser praticada, vivendo-a em tudo o que acontece a nossa volta. O mais desatento talvez diga: “não tem nada acontecendo”, será? A felicidade está em todos os momentos e movimentos; em tudo que nos parece invisível e até intangível. “Sempre há algo acontecendo”.

A pessoa feliz pode ser considerada uma vencedora, porque alcançou o mais alto patamar da vida. Esta pessoa aprendeu que viver o agora é viver o momento.

Quando realizamos um trabalho com disciplina e dedicação, podemos estar vivendo uma felicidade. Nunca pensou por este ângulo? O segredo é estar com a mente focada para aquele objetivo. Deixando para trás o passado e vivendo o agora. “Este é o único momento que importa”.

Com o tempo aprendemos que não sabemos tudo, e que necessitamos muito mais de sabedoria. Não adianta possuir conhecimento se não soubermos colocar em prática.

Não devemos nos comportar como uns bobos, nem sempre o que achamos é de fato certeza. O simples fato de só achar nos coloca em dúvidas de muitas coisas. A felicidade, por exemplo, quem pode nos garantir? As emoções se afloram e o bom-senso muitas vezes desaparece.

Cuidado! Muitas vezes não é só por fora que nos machucamos, muitas vezes quebramos o nosso próprio coração. As cicatrizes deixadas pelas quebras da vida farão de você mais consciente. O tempo fará você perceber que a felicidade pode ser encontrada em um simples toque, num olhar, na inspiração, em tudo. Você pode agir diferente. A felicidade pede dedicação.

Jamais deixe que alguém o impeça de ser feliz. Somente você e mais ninguém é capaz de ser e se sentir feliz. A felicidade está em você. Para conseguir viver em plena felicidade, destrua tudo que não te faça viver; deixe para trás todos os pensamentos tristes e fracassados. “Um guerreiro não desiste do que ama. Ele encontra amor no que faz”. Tudo que você procura, está dentro do seu âmago, e lá se esconde a felicidade.

Nada na vida é insignificante, tudo faz parte da evolução humana. Se um dia uma pedra cruzar o seu caminho, isso não quer dizer que a felicidade tenha acabado. A felicidade está pelo caminho, da forma que você vê, e não de como os outros enxergam.

Por fim, acredite e sonhe, a felicidade é um sonho real. Aqui, agora e neste momento a felicidade me abraça, sei que posso, sei que consigo, sou feliz! A felicidade sempre esteve dentro de mim.

Você já encontrou a felicidade?


Escrito em 07.09.2010, por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a autoria. Obrigada!

Foto de Amada Amante

Vermelho

A cor do sangue,
Cor da paixão...
Paixão, que sai queimando tudo
Tal qual a lava de um vulcão,
Deixando em cinzas meu coração.
Pobre órgão pulsante
Que sente sua falta excruciante,
No corpo marcas lancinante
De uma paixão tão marcante.

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

Foto de Rita Freitas

AMO POR TI

Amo por ti
Amo por mim,
Porque tu mereces que eu ame
Em cada respiração,
Em cada poro
Em cada gota de sangue
Em cada órgão
Em cada célula
Amo…amo por ti
Porque tu mereces que eu ame
Amo por mim
Em cada animal que acaricio
Em cada flor que cheiro
Em cada onda do mar que abraço
Em cada dor iludida
Em cada lágrima feliz
Amo…amo por ti
Porque tu mereces que eu ame
Amo por mim
Porque fazes parte de mim
Da minha energia
Da minha alma
Do meu espírito
Do meu corpo
Amo…amo por ti
Porque tu mereces que eu ame
Amo por mim

Foto de BRUCE ALEX

Papel Amarrotado

Com uma calca jeans
Uma camisa nova
Um sapato velho estava ali de volta
Era dia ou madrugada, não importava
Como podia por tantas horas pensar na mesma pessoa.

Na praça ou na avenida, cadê você minha querida?
Aquele papel ainda está em meu bolso
Não sei se novamente o leio ou se o jogo fora
Mas, não adiantava sempre dava meia volta
Lia desesperadamente naquele papel que me amava!

Eu estou aqui parado no mesmo lugar
Acreditando na fidelidade de um órgão humano
Escutando sua voz traduzindo aquele papel amarrotado
Dizendo, "Eu te amo!"

Foto de Felipe Ricardo

Conto Sobre Um Dia Perfeito

Logo no inicio da noite, términos de suas aulas, Renato, um jovem estudante de direito de uma universidade local, se dirigia ao trabalho de alguém que para ele era muito especial que se encontrava em seu trabalho, cerca de 20 minutos de onde ele estava.
- 17:30 ela sai, então tenho que me apressar – Dizia ele sempre apreensivo por ter medo de chegar e não vê-la.
Com pouco mais de 5 minutos de adiantamento lá ele chega e logo seu olhar se completava em preocupação e alegria, pois na porta de seu trabalho lá ela estava sentada com certo ar de cansaço e dor.
- Bianca o que você tem? – Perguntava a ela com um tom de preocupação
- Não estou bem, sinto muita dor de cabeça, acho que estou passando mal e ainda tenho que espera a Julia – Dizia ela com uma voz que fraquejava em cada palavra dita e com um olhar abatido.
Bianca trabalhava em um órgão publico de seu estado ligado à medicina, mas ela cuidava da área administrativa e ela sempre tinha o costume de ir com esta amiga que morava perto de sua casa, uma velha amiga de escola
- Sente-se e descanse que eu fico a espera Julia – Falou Renato olhando-a com uma ternura sublime, como alguém que faria tudo para que a outra ficasse bem.
- Sim, esta bem, vou me sentar aqui nos degraus da porta – O respondeu e logo se sentou.
- Não! Entre e fique lá pelo vidro estarei lhe vendo e lhe chamarei se ela estiver a vir – Disse serio, com certo ar de ordem, mas visando o bem esta dela.
E em um olha ele a leva para dentro de seu trabalho e no lado de fora ele divide suas atenções para a chegada da amiga e os cuidados da amada
Sim para ele Bianca era um das razões dele sempre ir ao trabalho dela, sempre desejando sua presença para fazer o dia dele melhor como ele sempre dizia.
- Onde a Bianca esta? – Perguntou Julia meio preocupada por não vê-la
- Esta lá dentro – Disse apontando para a porta.
- Por que ela esta lá dentro? – Perguntou com preocupação.
- Não esta se sentindo bem, por que você não entra e fica lá com Lea? Não “se preocupe eu fico aqui esperando o ônibus – A responde com uma seriedade de quem se preocupava.
Então ela entra e após 10 minutos ambas voltam e com um semblante ainda pálido o abraça de maneira terna e tranqüila. Para Renato o mundo não importava mais, ele apenas queria protegê-la, vê-la melhor com a velha expressão jovial que tanto o fez se apaixonar inúmeras vezes, mas sua timidez o tirava a escassas oportunidades de fala a ela o seu verdadeiro sentimentos e em sua cabeça ele ficava há imagina o dia que em tais abraços nasceriam os mais sublimes carinho e os mais sinceros beijos, mas ele sempre dizia:
- “Ninguém tem o direito de invadir o mundo de alguém e fazê-lo dele
O que quiser, só porque simplesmente se apaixonou por esse alguém”.

...

... O ônibus chega, coisa estranha para aquele horário, um ônibus vago, ate se sentaram algo raro em suas viagens de vinda, mas parecia que os “Deuses lá de cima” teciam cada segundo deste momento que assim acontecia. Ele como um verdadeiro guardião, disposto a proteger sua amada, velava os caminhos dela como se nada mais importasse.
Elas conversavam, brincavam e ele sempre sereno “quebrando suas regras”.
No fim eles chegam e como por milagre ou brincadeira de algum anjo ela torna a ser a beleza jovial que tanto incandescia as velhas poesias mortas, de um jovem “poeta falido”, que vivia a procura palavras e inspirações em outras vidas e pessoas.
- Renato obrigado por hoje, você é muito especial para mim – Disse ela com um olha cheio de ternura e amor.
Tal agradecimento inflou seu coração de tal maneira que ele sentiu que era à hora de contar o que tanto sentia.
- Não há de que menina, você também é especial para mim, de uma fora maior... – disse ele com um olhar fixo nos olhos dela.
- Como assim? – O perguntou de forma espantada por tal complemento.
- È... Seu ônibus vem!
Ele a puxa pelo braço, não quer que ela se atrase e pelo bem dela ele sacrifica mais uma oportunidade de dizer a ela o que tanto lacerava seu peito de uma forma tão amórfica que nem ele mesmo sabia quanto tempo ele poderia espera para ter ela finalmente em seus braços e fazer dela a criatura mais sublime e primordial, mas não era hora e nem momento e num abraço ele diz em seu ouvido:
- “Jamais esquecerei daquilo que faço imortal, jovem Ondina!” – Disse ele da maneira mais terna que alguém poderia sussurra para alguém.
- “Ondina”, o que é isso Renato? – O pergunta meio sem saber o que significa tal palavra.
- Leia o que tem nesse “envelope laranja”, você saberá, mas agora tchau Bianca e Julia - Fala isso segurando sua mão de maneira bem carinhosa.
- Tchau Renato – Fala Julia.
- Tchau, depois conversamos – Disse Bianca já no ônibus.
- Tá certo meninas – Fala isso com um sorriso no rosto e uma expressão jovial em sua face.
Depois que Bianca se perdeu de seu olha ele para e diz bem baixinho de uma forma onde só ele e ela pudessem escutar:

- “Amo-te, Bianca!” –

E ele parte para sua morada feliz por saber que ela esta bem e que seu dia foi perfeito ao lado dela.

-Fim-

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