Outono

Foto de Marilene Anacleto

Luz da Manhã

Luz tímida da manhã de outono
Surge atrás do morro entre a neblina.
Entra em casa pelo portal leste
Da janela e da porta que ilumina.

Mansão abençoada, em dimensões suspensas,
Ao som do rio que pára, e corre, e represa
A água temperada de cantar de pássaros,
Com respingos aéreos prateados,
Salpicada de árvores e de borboletas.

Sensações várias me tiram do ar:
As flores orvalhadas de infinitos pigmentos,
Mosquitos afugentados pelo incenso
A disputar tudo o que tiver exposto,
Feito eu, a querer aproveitar cada momento.

Aqui tudo é paz. Desejo recostar-me
À luz do sol e ao calor ardente do sofá
Azul e amarelo, em blocos bem dispostos,
Recostados no guarda-roupa. Deixar o sol
Invadir todos os poros. Mas... será?

Preciso sair, mas esse lugar me prende.
Por pouco tempo posso ficar aqui na paz
E no aconchego da solidão aparente,
Que ascende a luz que cada um se faz,
Que a magia me traz a mim somente.

Comer? Dançar? Tudo é muito bom.
Entretanto, nada se compara ao encontro
Dos quereres que minha alma me reserva,
À paixão e à vida que há em cada canto,
Disfarçada nos brilhantes dessa relva.
E, revigorada com os encantos que encontro,
Levar ao amado o Amor que, unidos, nos conserva.

Foto de Luis Paulo Silva Gomes

Lembranças

Das sombras que me fazem chorar
Às lembranças que me fazem te amar
Como as folhas de outono que caem
Ao sopro do vento
O qual verre minha lembranças

Ao coroar o amor vivido
Ao sentir o gosto amargo da solidão
Destruindo e acabalando com meu coração
Venho a recordar o amor contido

Contido em saudades
E como o Sol
Essas dores sempre voltam

Foto de Arnault L. D.

Mas não direi

Talvez, noutra vida,
talvez, noutra encarnação,
talvez, noutra estação...
Que não seja final de outono,
que não tenha o abandono,
folhas mortas no chão

É certo que é crime,
ou será um pecado?
Não estar ao seu lado.
Sei que está tudo errado,
a estrada a bifurcar
para longe a lhe levar
e o amor, mutilado,
a se desperdiçar.

Não devia ser, então.
Não devia ser assim,
você longe de mim.
Como o certo deu errado?
virar sonho acabado,
dilacerado...
Mas, não direi que é o …

Foto de Carmen Lúcia

Sobre o amor...(poema classificado no 7º concurso da "Poemas de Amor"

Amor só é amor
quando nada o altera,
nem a tempestade forte,
nem o abismo que aterra...
Não vacila ao temor
nem congela com a espera.

Amor é combustível
inflamável, contagiante,
que move céus e terras,
em movimento ondulante...
É luz na escuridão
dos caminheiros errantes,
é bússola a nortear
caminhos de itinerantes.

Amor é sentimento que perdura,
abriga-se no útero, abraça o embrião,
se faz seu coração até a idade madura
amenizando as dores até a última pulsação.

O amor permeia as estações.
Faz do inverno, primavera,
outono cheio de emoções...
No verão, sol que aquece a alma,
dourando sonhos, consolidando quimeras.

O amor prima pela simplicidade,
vibra com a verdade,
basta sentir e se deixar levar...
Sentimento puro e nobre
que gera a paz, a amizade, a solidariedade,
mas que muitos encobrem
orgulhosos por não se fragilizar.

Riqueza gratuita que alguns ignoram
presos à cobiça de não compartilhar,
surdos à Palavra que ensina a amar.

_Carmen Lúcia_

Foto de Arnault L. D.

Mas uma coisa não mudou

Era um menino quando viu o amor.
Naquele rosto, alegre, de infância.
Não sabia de nada do que sentia.
Primavera então: O mundo em flor...
Todos os lugares, erros de inocência,
enquanto a rosa do tempo eclodia.

Era adolescente quando viu o amor.
Nos traços e curvas firmes, jovens...
Achava saber tudo e tudo podia.
Verão: O sol a queimar em ardor...
Todos os lugares, metas, e nuvens,
enquanto a flor da pele se abria.

Era adulto quando viu o amor.
Face matemática de realidade.
O mundo inteiro, um pouco diminuía.
Outono: frutos a tomar o lugar da flor.
Os lugares, opções e responsabilidade,
enquanto as verdes folhas desprendia.

Era velho quando viu o amor.
Sua cara, pelo tempo macerada.
Sábio, em saber menos que achava...
Inverno: O frio, o dormir, o torpor...
Os lugares, distantes; sol, fruta e florada,
enquanto seu calendário completava...

Foto de Hirlana

Deixe eu te amar outra vez...

Passaram-se dias, semanas, meses
Passou o inverno, o verão, a primavera
Chegou o outono, onde as folhas caem
Assim como caem derrotados os restos mortais de uma esperança
A esperança em ter-te outra vez dentro de um abraço
Tu que um dia me deu esperanças
Tu que um dia me fez sonhar acordada
Tu que um dia me fez acreditar que poderia finalmente ser feliz
Tu...
Não estás aqui nesses momentos de angústia e medo
Não estás enchugando essas lágrimas que rolam nesse instante molhando meu rosto e limpando minha alma
Não estás a cada noite mal dormida
Não estás a cada dia sofrido
Tampouco estás nas pequenas conquistas que tanto sonho em contigo compartilhar
Tu que estás no meu coração cravado
Tu que não estás do meu lado
Tu que passas à minha porta e minha presença não nota
Se soubecesses como te quero novamente em meus braços
Se acreditasses que tudo que eu disse não foi mentira ou tempo perdido
Se me desses um minuto mais do teu tempo e ouvisse o que eu te disse há tempos...
Ah meu amor... passarão os anos, mas esse sentimento que você despertou não sairá nem empurrando aqui um outro amor.
Deixes pelo amor de Deus ou dos demônios essa outra que finge te fazer feliz
Deixe eu provar meu amor
Deixe eu sentir teu calor
Deixe eu te amar outra vez...

Foto de Hirlana

Deixe eu te amar outra vez...

Passaram-se dias, semanas, meses
Passou o inverno, o verão, a primavera
Chegou o outono, onde as folhas caem
Assim como caem derrotados os restos mortais de uma esperança
A esperança em ter-te outra vez dentro de um abraço
Tu que um dia me deu esperanças
Tu que um dia me fez sonhar acordada
Tu que um dia me fez acreditar que poderia finalmente ser feliz
Tu...
Não estás aqui nesses momentos de angústia e medo
Não estás enchugando essas lágrimas que rolam nesse instante molhando meu rosto e limpando minha alma
Não estás a cada noite mal dormida
Não estás a cada dia sofrido
Tampouco estás nas pequenas conquistas que tanto sonho em contigo compartilhar
Tu que estás no meu coração cravado
Tu que não estás do meu lado
Tu que passas à minha porta e minha presença não nota
Se soubecesses como te quero novamente em meus braços
Se acreditasses que tudo que eu disse não foi mentira ou tempo perdido
Se me desses um minuto mais do teu tempo e ouvisse o que eu te disse há tempos...
Ah meu amor... passarão os anos, mas esse sentimento que você despertou não sairá nem empurrando aqui um outro amor.
Deixes pelo amor de Deus ou dos demônios essa outra que finge te fazer feliz
Deixe eu provar meu amor
Deixe eu sentir teu calor
Deixe eu te amar outra vez...

Foto de Hirlana

Deixe eu te amar outra vez...

Passaram-se dias, semanas, meses
Passou o inverno, o verão, a primavera
Chegou o outono, onde as folhas caem
Assim como caem derrotados os restos mortais de uma esperança
A esperança em ter-te outra vez dentro de um abraço
Tu que um dia me deu esperanças
Tu que um dia me fez sonhar acordada
Tu que um dia me fez acreditar que poderia finalmente ser feliz
Tu...
Não estás aqui nesses momentos de angústia e medo
Não estás enchugando essas lágrimas que rolam nesse instante molhando meu rosto e limpando minha alma
Não estás a cada noite mal dormida
Não estás a cada dia sofrido
Tampouco estás nas pequenas conquistas que tanto sonho em contigo compartilhar
Tu que estás no meu coração cravado
Tu que não estás do meu lado
Tu que passas à minha porta e minha presença não nota
Se soubecesses como te quero novamente em meus braços
Se acreditasses que tudo que eu disse não foi mentira ou tempo perdido
Se me desses um minuto mais do teu tempo e ouvisse o que eu te disse há tempos...
Ah meu amor... passarão os anos, mas esse sentimento que você despertou não sairá nem empurrando aqui um outro amor.
Deixes pelo amor de Deus ou dos demônios essa outra que finge te fazer feliz
Deixe eu provar meu amor
Deixe eu sentir teu calor
Deixe eu te amar outra vez...

Foto de Caio Eduardo de Lima

- Outono De Mim -

São essas aves cegas
Que me rondam
E me lembram o que não presta
É esse cheiro de vomito
Com fumaça de cigarro
Que me deixa atônito
Com o rosto na janela de um carro

Melancolia esta que me segue
Solidão essa que não se despede
Nesse outono de mim
Que tanto me persegue

São pequenos detalhes dia
Que me afogam em profunda melancolia
E assim vejo a vida
Sinceras ilusões, doces fantasias

Para onde foste tu... Oh harmonia
Escondeu-se na loucura dos que sorriam
Para fazer em mim um outono de heresias

São às magoas do amanhã
Que marcam minha imagem
São os sussurros desta noite
Que escorrem minha face.

Foto de Marilene Anacleto

Renascer

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Gaivotas bicam pequenos peixes.
Cães perdidos, lindos, farejam restos
De peixes extintos,
Antes do nascer do sol.

Nuvens incandescidas refletem
Ondas ao longe,
Enquanto as rendas esparsas,
Iluminadas,
Massageiam meus tornozelos.

Pés descalços,
De areia e águas banhados,
Outrora de unhas pintadas,
Hoje respiram aliviados.

Surgem pequenos barcos,
Seguidos por bandos, em alarido,
Enquanto, em terra,
Homens puxam redes,
Carregadas de peixes.

Nuvens espessas fazem chuvisco,
E trazem imenso arco-íris.
Presente dos céus
Deleita minha alma
Vivifica o dia que recebe o sol.

É outono,
Outono ainda quente
Que incomoda,
Mas também alegra muita gente.

Marilene Anacleto

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