Palhaço

Foto de DIANA LORENA

*TUDO O QUE RESTOU*

Sou um palhaço,sem picadeiro.

O Rio sem janeiro,a arvore sem flor.

A noite sem luar,

O sol sem bronzeado.

A praça sem namorados.

A tv sem cor.

Sou uma sombra do passado;

Os dias abreviados;

A juventude que passou.

Sou o pássaro engaiolado,no dia
que acabou.

Sou apenas um anônimo;

Disfarçado de poeta,

Que a vida nem ligou.

By Diana Lorena

Foto de Fernando Inazumi

Vale das ilusões

Aparentemente sem destino,
Com a noite a me guiar,
Pelo vale das sombras,
Não temereis pois sou a luz.

Essa luz,
Que no vale dos campos
Ofusca-me,
E me faz cambalear feito um palhaço.

Divertindo e alegrando crianças inocentes,
Com a pureza de um anjo,
Que é traída pela figura colorida
E engraçada com seu jeito de andar,
Todo desengonçado.

Feito um bobo da corte,
Nós, crianças somos os
reis

E os adultos,
Plebeus.
Fazendo a vontade de vossa majestade.

Ao menos por um instante.
A alegria corre solta,
No vale das ilusões.

Fernando Inazumi
quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Foto de Karine K.

PEQUENA FLOR

Nascido menino, pequena flor
quem lhe encontrou no espelho não se mostrou contente
Riram do desmonte, viram as pétalas pairando no ar

A pequena criança vai ao circo
e se vê no palco alegrando a plebe
Para ganhar aplausos é preciso pular
de pés grandes, com sandálias pequenas
neste mundo de prazer de comprar

Uma mão de tesouros
Uma boca de gírias
Um corpo de gingado

Há pedaço de você na estrada
que não colam com mentiras

Você, entre os vocês criado
se escondem entre seus medos
e debaixo da sua roupa de palhaço

ainda que não queira saber
o mundo não é um circo fechado.

Foto de iDinho

Em cena, um amor


Ah!
Meu coração ainda bate.
Num pedaço insano que passo de momento
A fé dá lugar a vagas gostas deste mal.
O silêncio.

Puro encanta os que hoje me assistem.
Singelo destaca a brancura do salão.
Ingênuo aceita o que todos pensam de si.
Inconformado culpa a ânsia de minha dor.
Mórbido vem curar tuas chagas.

A ferida se fecha.
Num instante vago,
A luz que transpassa a barreira imposta pela dor
Que o amor sofrido traz-te de tempos
Recompõe-te enfim, da vida, a esperança de um novo começo.

Não a feche. Abra.
As cortinas que indicavam em outros tempos
O fim de mais um show, hoje à platéia dá novo sentido.
É meu fim. O palhaço velho, um dia novo, neste antro,
Bem-vindo parece já não mais ser.

O bom ator sabe quando o texto acaba.
A menina moça, que fantasiava o amor perfeito,
Esquece-se do relicário no qual sua vida apostara.
E mais uma vez, no final do ato,
A beleza deste palhaço renega a si mesma.

E como uma história sem fim,
Um beco sem saída põe-se diante da fala esquecida.
- Mas pago-te para isso, palhaço!
- Anime-me.
Uma criança mimada grita do colo do pai.

- Maria!
Aquele homem sua atenção chama.
Mas para quê?
Um segundo inútil vive este amor.
Sua graça já não é a mesma.

Quebro-me em mil pedaços.
O silêncio que toma o lugar à minha mente faz latejar.
Faria bem ir embora, mas algo me segura.
A vinda de um próximo ato, por fim,
Mostra que a vida é bela.

A alegria do palhaço ao rosto dos expectadores emplaca
Um sorriso que ultimamente não via.
E o silêncio então que em poucos detalhes
Esconde-se atrás de uma gargalhada como se na verdade não existisse
Dá lugar à esperança de um momento belo à vida deste coitado.

Quero descansar.
Não bate mais aqui um coração.
Aprendi a viver sozinho, e às críticas elogiar.
O amor da menina que a mim reclamara
A faz esquecer hoje depois de tempos que um dia neste coração um amor fez brotar.

-----

Que próperos oh amada sejam os dias que contigo
de cinco em cinco anos venha a me casar.

A você Anna. Com amor,
dinho.

Foto de joão jacinto

Retalho de gente

Sinto-me retalho de gente,
objecto desvalorizado,
chuva batida a vento,
tecto sem telhado,
palavra não dita,
forno que não esquenta,
voz que não grita,
boato que se inventa,
gota no charco,
árvore já morta,
violino sem arco,
quinta sem horta,
pele mal amada,
espectáculo sem artísta,
qualidade não controlada,
palhaço malabarista,
tv a preto e branco,
relógio sem ponteiros,
pirata manco,
tiros não certeiros,
corno manso,
intriga mal parida,
mudo ganso,
sapato de alma partida,
cadelabro sem velas,
dia, de noite apagado,
ombreiras sem janelas,
nevoeiro cerrado,
bosta de besta,
cão rafeiro,
verga entrelaçada de cesta,
pantomineiro,
mosca sem asas,
copo sem bebida,
rua sem casas,
beco sem saída.

Foto de alessandrapp

Fracassos da vida

No palco comum desta vida somos artistas,cada um que nasce.
Uns riem,outros choram amargamente.
Outros mais fingem fluir
Quando a alma lhes sufoca o coraçao.
Eis a vida!
Quando em delirio,chega o desespero e a desilusao impera totalmente
As lágrimas rolam sobre faces já cansadas.
Fingir-se venturoso é o comum da vida...
E caminhando errante,vai seguindo,
Fingindo cantar,aquele que mais sofre.
Fracassado...
Como é triste!!!
Sentir uma dor insuportavél e ser forçado a rir...
Eis entao um palhaço...

Foto de Transeunte

Uma Expressão

Aprendi sonhar,
Acreditar que um sonho,
Apesar de louco, pode se realizar.
Aprendi que palavras,
Na boca da gente, é bem ou mau.

Na labuta da vida,
Tento curar minhas feridas,
E levar a cabo meu sonho.
Na saudade, encontrei lembranças,
Num beijo, uma paixão.

A infância deixei para trás,
Junto com o velho circo,
O palhaço e o anão.
Botei fogo no picadeiro,
Morreram todos os animais.

Assim é a vida adulta,
Aumentam os erros e desejos,
Empobrece o perdão...

Foto de Rodrigo obelar

Distante

Atmosférico ar que respiro,
Doce ar que me adoça pensamentos,
Senta-se ao meu lado,
Brancas penas,
Nesse banco de praça,
Onde me consome a tristeza
Onde me embriaga a loucura...

Onde o anjo solene
Declara poemas, versos
Metáforas de amor
Ao tempo, aos dias
As lágrimas, são apenas
Fôlegos ainda vivos,
Etapa sinalizada
As minhas costas
Felicidade 200 km
Boa viajem...

olho...
Ponto vazio,
Ônibus atrasado
Todos
Esperam esse dia
Encontro, família,
Outros passeios, adeus, despedidas...
Ocasião sempre sofridas
Aonde vai doer a saudade.

e...
sentado no banco da praça,
estou,
o mundo parece tão pequeno
mediante ao extremo
de minha atmosfera,
do banco, dos pombos,
barulhos de carros,
sapatos que não
preenchem meu mundo,
mais passa em minha frente
sem notar minha presença.

Acho...
Por eu estar sujo,
Suponho que não exista,
Só porque me acomodo,
Ao banco,
Não sou nada,
Um lugar vago,
Sou o palhaço
Desprendido
De um palco,
Que ri na lágrima
E acalma minha raiva
Que pouco conheço.

Apesar da distância
Que me repele
Das pessoas que passam-
Se deslocam de lado a lado,
Apesar do ônibus
Não chegar e os
Pássaros perderem suas penas
Tudo é normal,
Até mesmo a fome...
Que além de me consumir,
Já é mais uma
A pedir abrigo no meu banco...

Foto de souza vinicius

Palhaço universo

Vamos batam palmas
eu, o palhaço cheguei,
com a minha arte conforto o teu espirito
mas a tua alegria independe disso!
Deem boas risadas
eu, o palhaço cheguei,
e quando a piada não for engraçada
a culpa é de vocês!

O homen é o culpado desse baixo brio,
o coração esta ligado a boca
do que ri e do que não ri!

Veja que espetáculo, o circo é um baluarte,
uma casa para as pessoas, tão quão para os ursos,
os macacos, as focas e as leoas;
Tão quanto para mim, o palhaço,
que no desdem do teu contentamento
faço em meu peito um estilhaço,
mas da minha arte um sentimento!

...um movimento que os punhos não sustentam
porém o vento se alimenta e arrasta consigo,
onde velozmente personifica nas crianças
um semblante de amor!

Certo no entanto que o nariz vermelho
é o brasão do embaixador da felicidade,
peguem as pipocas,que eu, o palhaço,cheguei!
vamos batam palmas,
eu cheguei!
E neste momento o universo aumentou!

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