Pássaros

Foto de Diario de uma bruxa

Cativeiro

Passarinho na gaiola
Canta em todo amanhecer

Não sei se canta de alegria
Ou se seu canto é de agonia
Ao ver os outros pássaros
Voando na liberdade
Em que ele não pode ter

Em cativeiro foi criado
Sozinho não sabe sobreviver
Se de sua gaiola fugir
Fácil poderá morrer

Pobre passarinho
Livre jamais poderá ser.

Poema as Bruxas

Foto de Pedro Rodrigues1969

Debruçado no PC

Debruçado no PC
Leio tuas mensagens
Que me emocionam
Sinto face afogueada
Corada pela ansiedade de estar contigo
E dia…
Fujo!
Espreito pela janela…
Lindo dia…
Céu limpo…
Ah…Linda luz… o cantar dos pássaros
Que Ilumina … acompanha…os amantes
Fechos os olhos
Estremeço
E em minha mente
Estas aqui
Sinto teu toque
O teu cheiro
Amor
E um sentimento
Puro
Profundo
Deixando-me levar
Pelo momento
Dentro de mim
Autor
Pedro Rodrigues

Foto de Carmen Vervloet

Chuva de Lembranças

Como é bom ter olhos para ver o mundo!
O céu nublado, olhado de um jeito profundo,
escoando chuva miúda, límpida, fina...
Regando meu amado jardim, com água tão cristalina!
O verde relaxante das folhagens que vem e vão
contrastando com flores coloridas que gratuitamente se dão...
Flores e folhagens unidas num perfeito casamento,
embalando sonhos lindos, trazendo a tona latente sentimento.

Volto ao tempo de infância
e a chuva, as flores, o cheiro de terra molhada,
me trazem a saudade, o perfume, a fragrância
dos tempos felizes de criança, vividos na casa caiada.

Vejo-me a caçar borboletas...
O riso fácil, os pés descalços pisando a lama macia!
Ouço a voz de mamãe: “Menina sem juízo, vais ficar doente”!
E a voz de papai, que para ouvir novamente tudo daria:
“Velha, deixe a menina, isto faz bem, ela está contente”!

E nas noites bordadas de chuva,
papai, velhas histórias de família, a contar...
E eu agachada a seus pés, excitada,
com os olhos quais raios de sol a brilhar,
queria saber de tudo, queria eternizar o momento,
para sentir da sua voz o calor...
Que no frio da minha terra me aquecia com amor.

E em cada gota de chuva, que cai no meu jardim,
lembranças de momentos vividos
brancos, imaculados como o jasmim.
Momentos de ternura que voaram ligeiros
como os pássaros que agora da chuva querem se abrigar...
Momentos de aconchego
que só o calor de uma família feliz pôde dar!

Momentos que no tempo passaram...
Mas em mim eternamente ficaram...
Momentos do passado, mas que em mim estão presentes...
Momentos que me questionam,
quando num futuro ameaçador penso estar ausente.
Tantos momentos felizes,
incontáveis como as gotas de chuva
que agora o céu escoa...
Momentos cristalizados no coração da menina
que continua correndo atrás da borboleta esperança que voa...

Foto de annytha

CONFLITO DE UM POETA!!!

CONFLITO DE UM POETA

Na tua sanidade, nos teus devaneios, quiseste me poetizar, porém não conseguiste. Porque será? Já te perguntaste o motivo para não conseguires me poetizar, uma vez que sou tão frágil e tão cristalina! Será que não foi o amor que sentes por mim não ter sido o suficiente para eternizar-me através dos teus poemas? Ou será que sou tão insignificante ao ponto de não fazer a tua imaginação de poeta viajar através dos teus delírios ao ponto de te frustres por não conseguires intuir a tua ispiração, se o sentimento que tem um poeta já é uma ispiraçao?

Não precisas refletir, que a noite traz escuridão, que toma o lugar do sol que ilumina a vida, que o navio rompe e rasga, as águas do mar e que o raiar da Aurora, tinge de azul o infinito do céu, e sendo tu poeta, tem tanta facilidade de me poetizar, não precisa se preocupar, porque se tu me amas de fato, fica tudo mais fácil de falar, não precisa criar, não precisa te intuição, porque eu já sou a tua própria fonte de inspiração.

Sim! A lua, com as suas variações, também inspiram os poetas, a sua luminosidade, parece acender mais o fogo da paixão, por isso que dizem que ela pertence aos namorados,
As flores verdadeiramente são frágeis assim como também sou, mas tu se esquece que elas têm seus espinhos como mecanismo de defesa para se proteger dos brutos que tentam lapidá-las? E se até os pássaros voam pela floresta declamando lindos versos, e depois que tu dizes tudo isso, ainda me diz que não consegue me poetizar, tu que já é um nato poeta de valioso calão? Acho que tu te sub-estima, ou cobra-se demais porque acha que não consegue ver que tudo isso já me poetizou?

Acho que não preciso dizer mais nada, porque tu mesmo já encontrou a resposta:
-Que tu és um ser humano, não podes atingir-me para poetizar-me, porque como tu mesmo percebeste, eu já sou a própria poesia!

Foto de Carmen Vervloet

Pai

Pai, quando a saudade aperta,
procuro-te
em cada elemento da natureza,
que com maestria, me ensinaste a amar.
Vejo neles a tua delicadeza,
teu imenso coração desenhado no ar.
Se procuro tua suavidade, busco-te na lua
que do espaço me sorri tão tua...
E no céu encontro teu anil olhar
sempre a me acariciar!
Teu cheiro encontro num botão a desabrochar,
ou na terra molhada, pronta para arar.
A tua paixão pela ópera
encontro no cantar do curió,
dos pássaros teu maior xodó,
que trinava tua canção,
ao nascer do dia com precisão.
Vejo tua alma entre as verdes matas
que preservava com imensa devoção.
Nas orquídeas encontro a beleza
do teu coração, das flores a tua maior paixão.
Na estrelinha perdida no céu
encontro a tua admiração pelo belo,
pelo puro, pelo singelo!
No rochedo encontro a tua determinação,
a tua força e a tua proteção!
No sol encontro o teu brilho, teu calor
e a imensidão do teu amor!
No espelho das águas
encontro a tua face
num entrelace de carinhos e afetos
neste vínculo secreto
que persiste entre nós...
Porque pai, tu deixaste como herança,
não a tua abastança,
mas toda uma vida pautada
na retidão de caráter, na honestidade,
na simplicidade e sensibilidade.
Tatuaste todo o conjunto de teus traços
na alma de tuas filhas
que sobrevivem nesta ilha
com o coração pleno de amor!
E se a vida é cheia de percalços,
guiadas por ti, nosso herói digno de fé
passamos por eles descalços
mesmo com bolhas nos pés,
buscando sempre a sombra das árvores
as margens do rio,
o cair da tarde...
E se o caminho é deserto,
tu sempre estás por perto,
num jardim de lembranças
amenizando nosso sofrimento!
Pai, tu deixaste um belo exemplo,
teus mais nobres sentimentos
que cultivamos através do tempo.

Foto de Mitchell Pinheiro

O sorriso de Mel (especialmente para os Pais de plantão)

Hoje saí pra andar de bicicleta com minha linda filha
E o mundo se transformou numa pequena ilha
Não havia mais o urbanismo sem urbanidade
Bem como inexistia a velha civilização sem civilidade
Extinguiram-se as contas a pagar
E todo stress de trabalhos por realizar
Desapareceram os políticos corruptos e as doenças incuráveis
Pra onde foi a guerra, a violência e a fome dos miseráveis?
O tormento de um litígio conjugal?
E a devastação da degradação ambiental?
A depressão, o desespero, a desesperança...
Tudo ofuscado no sorriso de uma criança
Só sobrou o canto dos pássaros e o azul do céu
A magia envolvente do sorriso de Mel
O cheiro de mato verde temperando o ar
O balé das ondas, a brisa do mar
E a serena melodia de uma cachoeira
No sorriso puro e simples de minha pequena herdeira
Livrei-me de toda irracionalidade mundana
Do crescente desamor dessa rotina insana
Um sorriso que refletiu no pai que só quer se doar
Doar vacinas, mapas e toda bonança que puder ofertar
Doar o que quis e não me foi doado
Evitar os erros e imitar o que foi acertado
Plantar a felicidade da forma que for preciso
E colher o amor irradiado de seu sorriso.

Foto de Marilene Anacleto

Amor Sem Fim

Clareia, dia, clareia!
Já me cansam os sons da noite
Amanheça, dia, depressa
Para que ele chegue logo
Encha a casa de alegria
Tristeza já não suporto.

Dos luares solitários
Às auroras deslumbrantes
De tantos voares de pássaros,
E beijos de beija-flores
Meu pensamento é só dele,
Meu pensar é só de amores.

O que comer? O que vestir?
Está bom o cheirinho da casa?
As toalhas preferidas?
As flores mais perfumadas
Do nosso sagrado jardim?
Nem chego a pensar tantas coisas,
Penso somente nos dias
E noites de amores sem fim.

Foto de Rafaela L. Duarte

Anjo lindo

Lindo,á luz da lua dormia,
Sobre o brilho das estrelas sonhava,
Entre as nuvens do amor ele cantava,
Como os pássaros voando ele sorria.

Era o Deus do mar!na noite fria
Pelas ondas do mar encantado!
Era um anjo entre pensamentos afastados
Que nas águas se banhava e se esquecia!

Era mais belo!o coração palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas na areia revelando...

Você será sempre meu anjo lindo!
Por ti,nas noites ficarei pensando,
Por ti,em sonhos ficarei sorrindo!

Foto de Marilene Anacleto

Chuva na praia

Está brisando.
Sons de panela fervendo
Entoam os cataventos:
Chuvas anunciam.
Chuva caindo,
Pássaros cantando,
Crianças impertinando.

Praia a cinqüenta metros
Hoje parece um cometa
Longe e distante.
A chuva não permite
Ficar lá nem um instante.

O por do sol se faz
Tranqüilo, cinza, devagar.
Apenas escurece, nada mais
O cansaço desanima os casais.

Foto de Marilene Anacleto

Chuvarada

Desabam as nuvens
Há quase três dias.
Onde estão os pássaros
E a sua cantoria?

Só pingos na telha
Enchem meus ouvidos.
Onde estão as crianças
E seu alegre alarido?

Na mesa, a polenta
E de chuva, bolinho.
Por onde anda o café
Com aquele pão quentinho?

Nos muros, os caracóis,
Acompanhados de lesmas.
Todos só querem fugir
De toda essa aguaceira.

E nas frestas das janelas,
Tristes esticados olhares.
Há apenas que esperar
Feito redes jogadas nos mares.

Tirar bordados das caixas,
Respeitar a natureza,
E quando chegar o sol,
Andar descalça na areia.

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