Plantas

Foto de Marilene Anacleto

Cheiro de Eternidade

Noite. Na Lagoa tudo é breu,
Feito recônditos do eu
Que ninguém jamais percebeu.

Nem eu: Mistério.

Cobras? Peixes? Sapos?
Que tipo de entidade freqüenta lagos
Em noites sem claridade?

Árvores e rochas circulantes,
Grãos de areia e plantas circundantes
Contêm mistérios além-espacial radiantes.

Espiritualidade, ciência e tecnologia
Unem-se, hoje, a descobrir feliz magia
Que traz beleza aos olhos, dia após dia.

Mas, e as noites? Continuam mágicas.

E a imaginação, fértil e fantástica
Faz-me, de outros tempos, uma alma
A vagar pelos beirais dessa água.

Feito sonho realizado em época boa,
Sem fúria e sem amor, sou a Lagoa,
Sou árvore que fica e ave que voa.

Então, não há noite nem há dia.
Não há mistério. Entretanto flui a magia
Da eternidade perene que irradia.

E nós, em volta dessa Lagoa,
Em namoros de hoje e de outrora,
Vemos a terra girar até nova aurora.

Desde tempos primordiais
A vida, ao mesmo amor pertence,
Numa trajetória sincera e perene.

Constante, agora, do nosso dia-a-dia,
Basta parar para sentir a alegria
Dos momentos que outrora se vivia.

E trazê-los na noite na Lagoa em magia,
Sem mistério e no silêncio,
Entre abraços de harmonia.

Foto de Rute Mesquita

Querido, Outono...

Querido Outono,
no teu jardim amarelado
de folhas cobrindo o chão
pinto mais um monótono,
desflorado,
de solidão…
Como ficam as árvores despidas…
como ficam as plantas frágeis, vulneráveis…
assim fico eu nas despedidas
que comigo nada têm sido poupáveis…
Como o vento de sopros fortes,
tudo leva, tudo arrasta,
pequenos e grandes portes,
tudo devasta.
Continua, a chover folhas…
que pintam o céu de amarelo.
E continuo eu a fazer escolhas,
de como criar o belo.
O vento está zangado,
a natureza está morta…
o que faz o meu ‘eu’ aqui desesperado,
imaginando uma porta?
Imagino, na verdade, quero muito encontrá-la
mas, sei que primeiro, uma viagem me aguarda.
A chave! Tenho que encontrá-la,
é ela a esperança que me resguarda.
Tenho a certeza de que em mim a tenho…
tal como todas as respostas,
que a vida me vai ensinando
nas suas entrepostas,
retenho,
‘assim te vou preparando,
não para viver,
mas para sobreviveres,
porque fácil é viver… esperar a hora da ida,
mas, difícil é sobreviver,
lutar para retardar uma última partida’.

E aqui fico,
deitada no chão,
sendo coberta desta pintura amarela,
e assim me dedico,
a que desta tela,
saia a escuridão.

Foto de andrelipx

As Flores do meu jardim...

No meu jardim, velho e sem vida onde reside só água e tristes flores que não possuem mais nada para além de lágrimas de tristeza. Tristeza essa largada no medo deste infinito campo, tenho varias flores todas elas tristes e sem vida, sem amor, sem alguma expressão de carinho, procuram algo, algo que lhes é negado, algo que lhes é prendido, elas querem atenção, procuram todos os dias um pouco de atenção por parte de alguém, mas quem... Quem será esse alguém que procuram! Não sei... Estão murchas, não pelo facto de não terem água, mas sim pelo facto de não terem quem as ame, foram abandonadas renegadas, desprezadas e ignoradas. Levaram palavras, actos e feitos que não mereciam, são flores...Algo belo e vivo, algo que chora quando alguém, algo que espera um sorriso, só querem...só querem...ser felizes, querem encontrar nesta campo algo que lhes faça voltar a ser como eram, será que é só para chamarem a atenção, ou porque realmente se sentem sós, não sei, sei sim que estão quase a cair de tanta tristeza, essa tristeza que penetra nos seus poros e vai até ai caule e que penetra no seu belo e pequeno coração, esse coração chora, porque está triste, chora porque se sente doente, chora porque não tem ninguém para com quem partilhar as suas emoções... Elas necessitam de alguém, alguém que não lhes rege com água, mas sim com amor, são flores com sentimentos onde o maior é a tristeza, onde paira no ar a infelicidade e a solidão, onde vagueia pelas suas veias este medo de acabaram só... Não tenho um jardim, mas sim um campo cheio de silveiras e outras plantas que ofuscam o olhar das minhas, não tenho um jardim com amor, mas sim com saudade e tristeza, não tenho mais plantas metafóricas que crescem e pairam pelo ar do meu jardim, mas sim plantas personificadas que tentam cavar na sua vida um caminho, não sei qual é o caminho que estão a cavar, sei sim que querem mudar, querem crescer. As flores do meu jardim são assim murchas e sem amor, com muita água, mas ainda com mais magoa, não entendo porque estão assim, as flores do meu jardim...

Foto de Marilene Anacleto

Sinto Falta do Meu Bem

A estrela brilha
Com a luz do sol.
Qualidades muitas,
Contidas no doce amor.

Cuidava de minhas plantas,
Ele cultivava orquídeas.
Alimentava pássaros soltos.
Ele, viveiros mantinha.

Ele partiu, antes do previsto.
Meu coração encheu-se de tristeza.
Amarrei nas árvores as orquídeas,
Retirei toda a tela dos viveiros.

Hoje minha estrela brilha,
Minh’alma vive sonhos de ouro.
Orquídeas, aos montes se multiplicam,
Bandos sem fim visitam o comedouro.

Agora minha estrela brilha
Na vida das orquídeas,
Nos bandos de pássaros
Que me fazem visitas.

Ah! Sinto falta do meu sol,
Das fagulhas de vida do eterno,
Do que sonhamos juntos na aurora,
Da fiel estrela que brilhava em versos.

Foto de Marilene Anacleto

Sinos Sonoros

Tal sinos sonoros de uma catedral
Serena brisa a tocar-me o ombro
Deste-me um acordar musical
Ao tirar-me de insosso sono.

Em sonho vagava por caminhos
Normais, mas sem cor e sem destino
Admirava as plantas sem senti-las
Amava os cristais e não os compreendia

Sem tocá-la, pela grama caminhava
Conversava com pássaros. Eles não me respondiam
Sem vivê-las, em muitas ondas mergulhava
Dançava com o vento e continuava isolada.

Átomo a átomo as sonoras badaladas
Converteram o medo em coragem
Transformaram o vazio em plenitude
Tal milagre, a distância se tornou intimidade.

Barreiras da persona e do egoísmo
Transpuseram-se ao nível da alma
No reino do eterno cada vez mais habitamos
Alma despertada, espaço físico transfigurado.

Não há distância nesse espaço de alma
Ainda que longe permaneça a harmonia
Unidade de almas não se rompe facilmente
Sinto o fluxo da vida e tua amorosa companhia.

Foto de betimartins

Ser-se apenas feliz!

Ser-se apenas feliz!

Ser feliz é um direito e não uma opção
Apenas quem arrisca é quem sabe o que quer
Corre em direção da felicidade e a concretiza
Mas o porquê de tanta dor e infelicidade?
Porque somos oportunistas, altruístas
Estranho não tudo, isto? Consumidos!
Pelo ódio, apanhados na teia da inveja
Pela falta de sonhos apenas só nossos sonhos
E a senhora inveja como ela é a grande líder
A rainha da incapacidade, dos preguiçosos
Pois é a felicidade fica presa no limbo do tempo
Na insanidade de cada um, aquele que lamenta
E como ele se lamenta, correm rios de lágrimas
Amargas e sentidas em si, a todos os momentos
Pois é! É cega a nascença, filho da cruel duvida
Mas a felicidade anda nas estradas da harmonia
Repleta de alegria, cheia de humor e esperança
A felicidade está em cada momento vivido
No amor, na partilha, na doação, na participação
Num abraço, num sorriso, numa gargalhada
Nas mãos de uma simples criança, na pureza
Que ela nos ensina a ser feliz nas pequenas coisas
Na borboleta que te faz parar para tu admirares
Na flor que colhes, na arvore que tu plantas
No trabalho que tanto te desgasta, mas afaga
Teu dever cumprido e no simples agradecimento
Que a vida sempre é generosa conosco, sempre
Pois somos os filhos sempre tão amados por Deus...

Foto de Marilene Anacleto

Fim de Festa

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Ondas que seguem o vento
Desenham outras na areia;
Peixes nadam sobre plantas:
Obra-prima da Natureza.

Enquanto diamantes achegam-se,
João-de-barro, a água beija.
Enquanto a andorinha voa rasante,
A plantinha, ao sol, relampeja.

Chega o verão, pessoas desconhecidas
A tagarelar, afastam a orquestra
E, pássaros vão cantar distantes,

A máquina corta a grama enraivecida:
O som é de batuques, outra festa começa,
Que bom que eu vivi minha festa a cada instante.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Sono

*
*
*
*
O sono derruba a cabeça
Que quer escrever mais um pouco.
De dia não dá mais tempo
Nesse mundo torpe e louco.

Nada pára no tempo.
Os rios, as flores, o mar
Amanhecem diferentes.
Mas eu? Preciso descansar.

Dormir é morrer.
Não é certo que se vai amanhecer.
Por isso as plantas não dormem
E pela manhã, novos brotos e flores.

O Ser, numa infinita graça,
De dia põe-se a labutar.
À noite, numa esplêndida aventura,
Passeia idéias, sonha momentos de amar.

A mente cala e o corpo se entrega,
Muita luz agora o corpo habita.
Traz à tona mãos, e talentos e venturas
De um encontro são, rico e infinito.

Marilene Anacleto

Foto de CarmenCecilia

PLANETA AZUL - MÚSICA E VÍDEO POEMA DE MÍRIAN WARTTUSCH

PLANETA AZUL -- PLANETA AZUL E VERDE
ANIMAIS EM EXTINÇÃO

UMA OBRA DA COMPOSITORA

E ESCRITORA MÍRIAN WARTTUSCH

- Mãe Natureza está muito aflita com as atrocidades cometidas pelos homens, que derrubam árvores milenares, incendeiam as matas, poluem seus riquíssimos mananciais, roubam e matam seus lindíssimos e raros animais, e a camada de ozônio pode ser destruída pelos gases tóxicos e químicos, lançados ao ar pelas indústrias e veículos das grandes cidades.

Ela confia nas crianças, para chegar ao coração dos homens, que por ambição destroem seu próprio meio-ambiente, sem se dar conta que estão colocando fim à vida em nosso maravilhoso Planeta Azul.

Os "Soldadinhos da Natureza", crianças arregimentadas nas escolas, tem levado uma linda mensagem de conscientização e civilidade a todos, distribuindo sementes e mudas de plantas nativas, plantando árvores e desfilando pelos parques com as cores do Brasil.

SOLDADINHOS DA NATUREZA PROGRAMA CULTURAL PLANETA AZUL E VERDE CONVOCANDO TODAS AS CRIANÇAS BRASILEIRAS
PARA A GRANDE MARCHA DOS SOLDADINHOS

PLANETA AZUL
Canção/Balada
Música, letra e Interpretação de: Mírian Warttusch
Maestro Enan Kanan

Planeta Azul... Planeta Azul
Gira no espaço Sideral
Planeta Azul... Planeta Azul
Vestido com seu manto ozonal...

Quem cuida desse céu azul para sobreviver?
Sou eu...
Quem cuida desse céu azul para sobreviver?
É você...
Quem cuida desse céu azul para sobreviver?
|Somos nós, somos nós, somos nós (bis)

A Terra tão azul, esplendorosamente linda!
Os astronautas puderam ver
Do espaço sideral, esplendorosamente linda!
Vestida com seu manto ozonal.

Planeta Azul, Planeta Azul
Gira no espaço sideral
Planeta Azul, Planeta Azul
Uma visão de Deus, aos filhos seus...

Planeta Azul... Planeta Azul...
Gira no Espaço Sideral
Planeta Azul... Planeta Azul...
Vestido com seu manto ozonal...

Mirian Warttusch

Planeta Azul é uma faixa do CD Planeta Azul e Verde

LETRA, MÚSICA E INTERPRETAÇÃO DE MÍRIAN WARTTUSCH

MAESTRO ENAN KANAN

EDIÇÃO DE VÍDEO:

CARMEM CECÍLIA

Foto de Marilene Anacleto

A Noite Cala

*
*
*
*
Feito vultos, movimentam-se
Árvores e plantas, ao sopro do vento.
Flores da noite trazem-me aromas
Que me permeiam e se esvaem.

Nem um latido, nenhuma voz.
Feito uma morte a noite se vai.
Na rua, às claras, tudo se expõe,
Mas faltam olhos para observar.

Quantos gemidos e quantas vozes:
Em quatro paredes a vida se faz,
À noite, às escuras, intimidades.
Ninguém, ninguém quer olhos para observar.

Marilene Anacleto

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