Poema

Foto de Allan Dayvidson

"SAYONARÁ"

"Mais um poema empoeirado que encontrei por aqui... O passado é o tema dele, uma despedida deste passado, ou melhor, há contidas nele três despedidas importantes. Este poema foi (e ainda é) o último de uma fase, e, logo, o primeiro de uma nova fase..."

“SAYONARA”
= Allan Dayvidson=

Pela janela, a paisagem fica para trás
e os respingos no vidro não são apenas os da chuva.
Momentos como aqueles, insubstituíveis
e minhas cicatrizes, um souvenir...

Debaixo do meu guarda-chuva vermelho,
escondi um sorriso encabulado,
mas você já deve ter encontrado uns cacos do meu coração
varridos para debaixo do tapete do seu quarto.

Não dá para negar, ter uma queda por você foi divertido,
apesar dos arranhões nos joelhos
E agora, daqui de dentro do ônibus
o vidro da janela também serve de espelho.

E pela janela, vejo você correndo
pedindo para eu jamais esquecer
aqueles momentos em que nenhum de nós estava no controle
e ainda assim sabíamos o que fazer.
Pela janela, digo “Sayonará!”.
Não se preocupe, ficarei legal.
Momentos como aqueles me concedem razões
para escrever novas histórias no próximo cartão-postal.

Bem agora, estou com os fones de ouvido
ouvindo algumas de suas faixas,
enquanto reviro minha mochila bagunçada
atrás dos resquícios de você que irão para minha caixa.

Incalculáveis lições aprendidas
e seu número na agenda do meu celular.
Queria poder te ligar qualquer hora dessas
e dizer o quanto aquelas equações me fazem falta.

Pela janela, vi em seu rosto
aquilo que você jamais conseguiu dizer.
Momentos como aqueles parecem não caber em palavras.
Mas saiba que eu sei...
Pela janela, digo “Bye bye!”
e espero que consiga entender,
pois momentos como aqueles não exigem muitas explicações.
Resuma-os apenas a mim e você...

Esta cidade não será a mesma coisa sem nossa bagunça,
sem momentos como aqueles,
sem seu jeito de me deixar vermelho,
mas fui até onde essas ruas me permitiram.

Pela janela, observei seu ato final
E aproveitei meus últimos momentos como um grande fã
expectante diante da possibilidade de me sentir...especial.
E pela janela, a paisagem ficou para trás
Enquanto eu escrevia meus agradecimentos no embaçado do vidro
Momentos como aqueles ficaram resignados a uma única palavra:
“Adeus”

Adeus...

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Nome da Amizade

Amizade é uma coisa espontânea e esparsa. Acontece algumas vezes na vida de uma pessoa, e por parcas vezes também, só por uns momentos. Amizade se cria de pouco, por bobagens, por detelhes ignorados nas explicações babacas que os vigaristas dão do destino. A amizade, impertinente ao egoísmo, quebra espelhos trágicos, fragiliza mentiras que de tão ridículas parecem mesmo ridículas, dificulta a existência da distância, da saudade, da morte, de toda e qualquer situação que te irritou e você declarou. A amizade é o cobertor dos dias frios da vergonha alheia, própria, terceirizada, da rua que nos soca migalhas que sequer pedimos. Amizade vem de mansinho, quando a gente menos percebe, quando menos persegue, quando menos dá valor. A amizade, que é cantada por toda a jovem américa, que segue nos bailes da vida juntando trocados que os bêbados jogaram-nos de tão loucos, não cabe num poema ou só num dinheiro emprestado, que eu sei que você nunca vai devolver, e nem eu. A amizade é uma atitude que de tão suicida se torna vivaz, que de tão impensada se torna fundamental, que traz adrenalina pura em um mundo já muito cruel, que de tão boa é mais perigosa que saltar do precipício com a corda no pescoço.

Eu sou seu amigo, e não precisa admitir. Eu sou seu amigo, e não precisa retribuir. Eu te amo loucamente mesmo que não diga o meu nome.

Foto de poetisando

Sol III

O sol hoje a mim sorriu
De manha bem cedinho
Disse-me adeus e partiu
Voltei a ficar sozinho
De triste que eu fiquei
Por me estar a abandonar
Disse-lhe também adeus
Fiquei no quarto a chorar
do quarto bem as janelas
Para entrar a sua claridade
Mas como sempre me faz
Sorri para mim de piedade
Não sei o que eu lhe fiz
Para ele me desprezar
Quando preciso de calor
Está ele a me abandonar
Porque me vens tu visitar
E dar esse teu sorrisinho
Se depois me dizes adeus
Me deixas de novo sozinho
Vens tu espreitar-me á janela
Com esse sorriso de desdém
Sabendo que preciso de ti
Que não tenho mais ninguém
De manha logo bem cedinho
Os bons dias me vens desejar
Acenas-me e vais-te embora
Deixando-me sempre a chorar
De: António C.

Este poema é um trocadilho é só ler entre linhas e entendem porque falo em sol em vez de pessoas

Foto de poetisando

Sol II

Que lindo estas hoje
Vens com um ar radioso
Mas já te conheço bem
Tu és muito manhoso
Vens com esse ar feliz
Para depois te esconderes
Atrás da nuvem cinzenta
Para eu não te poder ver
Já conheço as tuas manhas
Ficas com ar sorridente
Para ver se me enganas
Que lindo está hoje dia
Que dia mais maravilhoso
Assim chamam-te esse nome
Só pode ser mesmo por gozo
E tu dia logo nisso acreditas
Não vês que te dizem por gozo
E tu mesmo estando a chover
Acreditas que és maravilhoso
E nos dias que estás encoberto
Ou quando está a trovejar
Achas que és maravilhoso
Dizem-no porque de ti estão a precisar
De: António C.
Este poema é um trocadilho é só ler entre linhas e entendem porque falo em sol em vez de pessoas

Foto de Allan Dayvidson

É QUASE NOSTÁLGICO

‎"O último poema da coleção 'É Quase Nostálgico' em que reuni poemas novos e velhos que expressavam essa sensação engraçada de ver algumas coisas da minha história quase como se fossem da história de outra pessoa... uma boa história, devo dizer..."

É QUASE NOSTÁLGICO
=Allan Dayvidson=

È quase nostálgico...
os riscos nos velhos discos,
esboços cravando outros ritmos no vinil...

Lembro da sensação do sol,
das histórias sob o lençol,
das brincadeiras no quintal... Tão livre...

Apenas esta visão panorâmica
permite que eu veja toda a dinâmica
que me trasformou e, toda irônica, me trouxe aqui...
Cada coragem inocente e medo tolo,
cada alegria simples e fatia de bolo,
cada segredo e "jura de dedo" me confiando a mim...

É quase nostálgico...
o coração pulsando acelerado,
o fôlego jamais preparado... para o amor...

As férias do final de ano,
as estrelas bordadas no céu de pano,
muitas lições e alguns danos... ainda vivem...

Mas daqui vejo outro horizonte,
águas se renovando a todo instante
e eu já não sou a mesma fonte que todo mundo conheceu...
È quase nostálgico,
rever os álbuns deste passado
como se fossem de um conto mágico...
e não da vida que me tornou... meu.

Foto de alexandre guedes de oliveira

O homen que errou no amor!

Sempre disse que nao amaria mais ninguem porem me apaixonei e me entreguei a um amor que pensei ser pra sempre.Mais nunca acontece do jeito que a gente espera.Hoje eu vejo que tive meus erros minhas falhas foram varias ,mais tentei mudar para ser feliz com quem eu amava .Mais ja era tarde de mais ela ja tinha se cansado da pessoa que eu era.Hoje estou aqui escrevendo chorando por esse amor que eu desperdicei.Quero um dia poder amar outra pessoa mais por enquanto nao me preocupo em achar alguem so em me recuperar desse sofrimento.Quem disse que o homen nao sofre por amor, se enganou pois nao é a primeira vez que eu estou assim,eu sempre quis por um fim a essa vida inutil que eu tenho,um dia crio coragem pra acabar com esse sofrimento.Nao sei fazer poema,nao sei rimar,so sei desabafar tudo que esta no meu peito!

Foto de Allan Dayvidson

"RECEITA DE MIM"

"Este poema é muito antigo, escrevi anos atrás. Não é bem um receita (nem poderia ser) no sentido estrito, mas sim um pouco de minha história, de coisas boas e ruins que contribuíram mais ou menos para quem sou."

RECEITA DE MIM
=Allan Dayvidson=

Nasça em uma família disfuncional;
Descubra o atrevimento que é ser natural;
Mantenha seu coração encarcerado por um tempo;
Machuque seus pés no chão de concreto.
Busque proteção debaixo de seu cobertor;
Experimente inventar um verdadeiro amor;
Finja estar bem e treine seus melhores sorrisos;
Banque o bom garoto, mas conserve-se impreciso.

Depois, comece mesmo a incomodar;
Desarrume toda mesa e troque de lugar;
Atreva-se a ter e expor zilhões de opiniões;
Aproveite uma bela dose de rejeições!

Tenho praticado a vida inteira.
Não faz ideia do quanto é bom.
Leva um tempo até pegar o jeito, mas juro,
logo você começa a ser legal com seu coração.

Aprenda a amarrar bem seus cadarços;
Enfeite seus sentimentos com belos laços;
Sinta o coração de alguém durante um longo abraço;
E tirar o seu daí de dentro é o próximo passo.

Eis alguns ingredientes da receita de mim,
Mal começamos, ela não para por aqui.
Mas o caminho já percorrido eu sei de cor
e para ensinar a você não há ninguém melhor.

Foto de Diario de uma bruxa

Minha Obsessão

"Na noite sou o que você mais teme...
A sombra que vaga solitária procurando por ti na escuridão.
Flutuo na terra, não deixo rastros. Sou eu que vou te encontrar.
Vou te paralisar, tomar pra mim seu coração. E quando terminar, não pense que te jogarei ao alento... Serás pra sempre minha, eternamente."
Teu sangue é minha sede, mas teu amor é minha obsessão.

Deby N. M. (Poema as Bruxas)

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Poema Passageiro

O lirismo desemboca
Num poema passageiro

Pois na rima mais boboca
Que se encontra verdadeiro

O lirismo não pipoca
Para o velho zombeteiro

O lirismo não é coca
Nem brisa de maconheiro

Foto de Diario de uma bruxa

Fora do ar.

‎"São as canções que me deixam assim... Fora do ar"

Deby N. M. (Poema as Bruxas)

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