Ressurreição

Foto de Sirlei Passolongo

A Páscoa do menino de rua

Ah!Quanta tristeza
Nos olhos do menino
Que mora na rua
Nas praças e viadutos

Ouve em todo lugar
Que domingo é Dia de Páscoa...

Nos outdoors das avenidas
Ovos gigantes coloridos
Vê sair dos supermercados
Madames... com sacolas
De ovos sortidos.

E ele, alí... Maltrapilho
Sabe da Páscoa por ouvir falar
Que é dia da Ressurreição
De um Homem
Que ele nem sabe nome
Nem que morreu para lhe salvar

E com lágrimas nos olhos
Parece não entender seu sofrer
Pois nem cheiro de bombons
Terá no seu amanhecer...

Talvez na lata do lixo
Encontre migalhas que alguém jogou
Mas, Pode acreditar
Foi por pessoas como ele
Que Jesus Ressuscitou!

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Carmen Vervloet

EU AINDANÃO ENCONTREI O QUE PREGUEI

EU AINDA NÃO ENCONTREI O QUE PREGUEI

Eu caminhei de um lado a outro...
Atravessei continentes...
Procurei nas aldeias distantes...
E também no centro das metrópoles...

Mas ainda não encontrei o que preguei...
Procurei no sorriso da criança...
Ou na consciência do adulto...
Em cada vulto... Um indulto...
Uma esperança...

Mas ainda não encontrei o que preguei...

Viajei... Naveguei...
E novamente solucei...
Pelo que não encontrei...
Uma paz em uníssono...

E ainda não encontrei o que preguei...

Voltei em silêncio...
Vi tantas guerras... Tanto calafrio...
Tanta morte anunciada em vida...
Vestida de Midas...

E ainda não encontrei o que preguei...

Vasculhei as cidades...
Vi tanta desigualdade...
Mesas cheias, frutas importadas...
Árvores coloridas, tão iluminadas...
Enquanto em tantas casas falta
O pão de cada dia...
Morrendo de fome tantos Josés e Marias...

E ainda não encontrei o que preguei...

Percorri todos os distritos...
Vi crianças pedindo esmolas...
Crianças sem escolas...
Rostos contritos... Pais aflitos...

E ainda não encontrei o que preguei...

Procurei por todas as ruas...
Vi tantas almas nuas...
Adolescentes drogados, abandonados...
Idosos nas calçadas jogados...

E ainda não encontrei o que preguei...

Fotografei cada coração...
No lugar da alegria e do perdão
Só enxerguei mágoa e tristeza...
Vi muita dureza e aspereza...

E ainda não encontrei o que preguei...

Ainda não encontrei o que procurei...
Um eco constante a cada ano...
Que ressoa aos meus ouvidos...
Vem-me o desânimo...

Os ideais de fraternidade...
Irmãos dêem-se as mãos...
Não fiquem na contramão do amor...
Semeando angústia e dor...

Porque o que preguei...

Foi à festa da libertação...
A igualdade entre os homens
Sem discriminação...
O direito à vida...

Toda gente por mim foi redimida!

Porque o que preguei...

Foi o direito a conscientização...
A luta para extinguir o mal...
E o desejo de um mundo ideal...

Porque o que preguei...

Foi o grito de protesto a opressão...
O dia a dia lutando com ardor...
Para a morte da miséria...
Para a ressurreição do amor...

Eu preguei a paz... O respeito... O amor...

E como nada disso
Entre os homens encontrei...
Continuo procurando o que preguei...

Carmen Cecília & Carmen Vervloet

Foto de JGMOREIRA

RESSURREIÇÃO

RESSURREIÇÃO

Os olhos do Santo Cristo
São contos de muita dor.
Olhando pro crucifixo
Encho o peito de amor

Na coroa do Aflito
Repousa a mão do Senhor
Que entregou o próprio filho
Que a si mesmo entregou

Imolou-se em sacrifício
Por um amor salvador
Ofício mais esquisito
O de morrer por amor

No rosto do Santo Filho
Estão as marcas do rancor
De quem beijou o Cristo
E, como o Pai, o entregou

A vontade dos amados
O moço condenou
Amor mais engraçado
Que nada perdoou

O amor não se compadece
Nem das chagas do Senhor
O amor que tu me destes
Meu coração arrancou

Agora, fito no Cristo
Entendo o que é o amor
Faca varando a alma
Como a lança no Redentor

Se Ele ouvisse a carne
Decerto quebrava o andor
Prosseguia sem redengar-se
Uma vida de pastor

Tocando suas ovelhas
Para onde vai o verdor
Esquecido que era filho
De quem o abandonou
Amava quem o amasse
Madalena que o pastoreou
Até o fim no Calvário
Por obra do amor

Sentimento mais esquisito
Que mata quem perdoou
Os olhos do Moço Santíssimo
São contas de sofredor

O amor que tu me destes
Da terra me arrancou
Deixou vivo o martírio
Que nunca mais me largou

A faca mora na alma
É objeto do rancor
Onda que empurra o rio
Que no mar se espedaçou

Coisa mais esquisita
Essa, chamada amor.

Foto de Frank_pontual

Fazer Amor

Fazer amor
(Poesia perdia em um mosteiro)
Fazer amor é pisar na eternidade...
Fazer amor é coisa seria demais...
Não basta um corpo e outro corpo
Misturado em um desejo insosso
Desses que dao feito fome virtual
Nascida da gula descuidada
Aplacada sem zelo
Sem compostura, sem respeito
Atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma
Uma alma tateando outra alma
Desvendando véus
Descobrindo profundezas
Penetrando nos escondidos
Sem pressa... com delicadeza
Porque alma tem textura de cristal
Deve ser tocada nas levezas
Apalpada com amaciamentos
Até que o corpo descubra
Cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece
É que o ato de amor começa
As mãos desliza sobre as curvas
Como se tocando nuvens
A boca vai acordando e retirando gostos
Provando os sabores
Provando a seiva que jorra
Das nascentes escorrendo em dons sobre humanos
É o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor e ressurreição!
É nascer de novo!

Foto de Ednaschneider

Quem fica e quem parte

Para quem fica é calamidade
Para quem parte é missão cumprida
Para quem fica é saudade
Para quem parte é nova vida;

Para quem fica é solidão
Para quem parte é esperança
Para quem fica é emoção
Para quem parte é o sorriso de criança.

Para quem fica é desespero e lágrima
Para quem parte é renovação
Para quem fica é ter que dar a volta por cima
Para quem parte é ressurreição.

Quando os seres humanos nascem
Todos sorriem, só o recém nascido chora.
Porém todos choram, na hora que partem.
Só demonstra o sorriso, àquele que vai embora.

É algo inexplicável a morte
Faz parte da vida tal acontecimento
Seja azar, ou seja, sorte.
Já morremos a cada dia a partir do nascimento.

Joana Darc.

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de fer.car

Páscoa

Sinal da vida, da ressurreição
Sinal do nascimento após a morte
Da alegria após a tristeza
Do sorriso após as lágrimas
Da paz após a tempestade
Ele que deu a vida por nós
Que perdoou as maldades do mundo
E ainda foi humilde o bastante para ser crucificado e dizer: Perdoai-vos, eles não sabem o que fazem...
Páscoa, símbolo do amor mais puro e nobre
Da fortaleza interior de sentimento e da vontade de ajudar ao próximo
Viver a Páscoa é ter o coração do mundo, abrir as portas da alma
É não esmerar esforços para reconhecer sua condição de ser falho
Amar incondicionalmente aqueles que lhe firam, pois o perdão é a saída de todos os males
Ele que buscou mostrar a todos que a guerra, inveja, luxúria e demais anseios são grandes vales profundos que trazem dor no viver
Ele que estendeu suas mãos para aqueles que lhe traíam nas costas, pois ensinava que deveriam ter mais uma chance
Ele que disse e pregou acerca do Amor, o amor de Deus, o amor fraternal, piedoso
Páscoa é mudar o caminho, acreditar no amanhã, dar mais um sorriso
É reconhecer seus defeitos e hoje ser uma pessoa melhor, de bons valores
É estender o braço para levantar o inimigo e ser humilde em não deixar-se levar pelo poder e pelo dinheiro
Sentimento de Páscoa é sentimento de humanidade, de ser cristão acima de tudo
Cristão não somente em cultos, mas em atitudes quotidianas
Cristão é ser irmão...
Ele foi cristão e acreditou que nós, simples mortais, fôssemos capaz de aplicar em nossas vidas seus ensinamentos
Páscoa, sentimento do mundo, de bondade, de justiça
De paz, de entrega desmedida, de caráter, de união

Foto de angela lugo

Significado da páscoa

Festa tradicional associada a muitos fatos
Começou com os festivais pagãos da primavera
Pelo êxodo dos israelitas para o Egito
É a reunificação do espírito ao corpo de Jesus Cristo
Significando ressurreição e renascimento
Para o simbolismo de uma nova vida
É considerada uma festa cristã

É também associada à imagem do coelho
Por ser ele o símbolo da fertilidade
Pela sua enorme capacidade de reprodução
Formando grandes ninhadas em pouco tempo
Simbolizando também a quantidade de fiéis

E é também associada ao ovo devido à existência
De a vida estar intimamente ligada a ele que
Simboliza o nascimento assim pensava-se no
Antigo Egito e foi passando de geração a geração

Os ovos ofertados na Páscoa antigamente
Eram pintados em coloridos brilhantes representando
A luz radiante do sol...

Quanto aos de chocolate chegaram no século XX
Mas o chocolate em si já era adorado pelos
Maias e Astecas que o consideravam sagrado
Por ser ele afrodisíaco e tão valioso quanto o ouro
É tradicionalmente um presente recheado de significado...
Por ser comparado ao renascimento
de uma nova vida.

(Meus queridos amigos feliz Páscoa)

Foto de Katia_Pimenta

O Valor de um sorriso (cafona mas tão verdadeiro)

Não custa nada e rende muito...
Enriquece quem recebe,
sem empobrecer quem dá...
Dura somente um instante,
mas seus efeitos duram para sempre...
Ninguém é tão rico que dele não precise...
Ninguém é tão pobre que não possa dar a todos...
Leva a felicidade a todos e a toda parte...
É o símbolo da amizade, da boa vontade...
É o alento para os desanimados,
repouso para os cansados,
raio de sol para os tristes,
ressurreição para os desesperados...
Não se compra, não se empresta...
Nenhuma moeda do mundo pode pagar o seu valor...
Não há ninguém no mundo que precise
tanto de um sorriso,
como aquele que não sabe mais sorrir...

Foto de José Oliveira de araújo

O SILÊNCIO VENCEU

Rio 17/06/2005.

Ao que parece! O medo impôs-lhe um cale-se!
Que com o fel do descaso, serviste-me um cálice,
Que me deixaram um terrível gosto amargo,
Mas que eu tive que sorvê-los de um só trago.

Uma batalha se deu entre o silêncio e a esperança,
O teu silêncio foi mais forte nessa luta de morte,
Cansei de inutilmente viver este amor sem sorte,
Só me resta lutar para arrancar-te da lembrança.

Quem sabe, meu coração conheça outra consorte,
Que seduza-o e faça-o descobrir um novo norte,
E apesar das dores, decepções e sofrimentos,
Eu não quero ser, um deserto de sentimentos.

Este amor, que deve-lhe sua ressurreição,
Clama pela tua ordem de execução,
Em que pese esta terrível contradição,
Ao meu último desejo! Não digas, não!

Que o brilho dos teus olhos, adentre os meus,
E retire de minha alma, teu feitiço involuntário,
E indelevelmente deixe-me, a marca do teu adeus,
Aliviando-me do tormento deste cruel calvário.

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