Riso

Foto de Carmen Lúcia

Morada da poesia

Ainda não sabia de poesia...
E seus olhinhos percorriam a fantasia.
Tudo podia...
Estar aqui ou alcançar estrelas...
e sem nenhum esforço, conseguir detê-las.

Ainda não sabia de poesia...
E de seus passos, a mais linda coreografia...
De sua alma, a expressão que traduzia
naquela dança, a vida que em si surgia...

Ainda não sabia de poesia...
Fixava seus olhos no desabrochar da flor.
E a via pequena, gigante, de toda cor...
Nenhuma outra magia a tiraria desse torpor...

Ainda não sabia de poesia...
Seus pés descalços na água do mar
transformavam sal em açúcar;
E as ondas brancas, golfadas de algodão-doce,
batizavam seu corpo de menina e moça.

Percebeu a poesia...
Ao descobrir o descompasso de seu coração;
Pulsações irreverentes, batidas diferentes,
e no papel
registrou o que sentia...

Sentiu a poesia...
Descobriu sua morada...
Por todos os cantos, recantos,
encantos e desencantos...
Viu-se cercada...

E a poesia mora
na lágrima que rola,
no sorriso que esconde a dor,
no riso anunciando amor...
No botão que se transforma em flor...

Ela está por toda a parte...
Basta apenas perceber
e do estado latente,
fazê-la acontecer.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Despedidas

Hora da despedida.
Mais uma. Quantas mais?
Quantas ainda me reserva o destino?
Quantas lágrimas ainda por derramar?
Assim é feita a vida...
Lágrimas, sorrisos, sorrisos e lágrimas.
Alegrias parcas, instantes concisos.
Dores, mais do que se é preciso.
Melhor seria não haver
ou durarem o tempo que dura o riso.

Despede-se do que faz bem,
e ao mal, um leve aceno
com a certeza que virá também.
O bem é ameno, sereno, instável.
Vem, rodopia e docemente se vai
deixando seu gosto nos lábios de alguém.

Preciso me desgarrar...
Saber partir sem chorar,
seguir em frente, não olhar para trás,
pisar as lembranças pra não me seguirem mais.
Deixar que os lugares se esvaziem de mim...
Cada canto, cada recanto que me conhece tanto,
onde passei horas a fio dedilhando
os sentimentos que vinham me povoando
e agora choram por me ver partir.

Vou de encontro ao novo,
ao estranho , ao desconhecido.
O novo nem sempre é bem acolhido.
Mudança que me cansa,
transformação exaurida, mexe com a vida.
Meus espaços serão preenchidos...
Cada lugar de aconchego
agora tristemente deixado
pertencerá ao passado.

_Carmen Lúcia_

Foto de Nailde Barreto

A graça do riso!

A graça do riso que contagia;
Enaltece o sabor do dia...
E, inspira a leveza dos "ares", pesados!
Que nos carregam, dia-após-dia,
Com efeitos de amor e ódio,
Círculos quadrados de agonia.
E, assim, descobrindo o riso da graça,
Harmoniosa no descompasso que passa;
Vivemos e morremos...
Ao pulo do passo que o riso se transforma.

Foto de Carmen Vervloet

Alegria

Por tudo, por nada,
por muito, por pouco,
por todo o devaneio louco...
Pelo riso sem saber por que,
pelo sol no seu alvorecer,
alegria de poder viver!

Foto de Oliveira Santos

Lembro De Ti

Lembro de ti todo dia
Do teu riso que traz alegria
Daquele dia em que a nave pousou
Da tua voz me chamando de amor

Lembro de ti todo dia
Dos passeios na velha Bahia
Do crepúsculo atrás do Farol
Nos cobrindo com seu arrebol

Lembro de ti todo dia
De quando tornei-te poesia
Naquele vestido vermelho
E quase dobrei meus joelhos

Lembro de ti todo dia
De como causas euforia
Do quanto acendes meu desejo
Do efeito que faz o teu beijo

Lembro de ti todo dia
De como és valente, bravia
Mesclando a atitude de fera
E a ternura da primavera

Lembro de ti todo dia
De como sempre te amaria
Pois és maravilha em minha vida
Que talvez me esvaísse em tua ida

13\02\2013

Foto de Alexandre Montalvan

Amar na cama

Eu preciso dizer que eu te amo
Não me importa nem onde nem quando,
Ou como
Eu preciso sorver do teu riso
E fazer dos teus olhos meu único abrigo

Ondular em teus longos cabelos
Ser um sonho em teus pesadelos
Eu preciso envolver-te como um rio
Ser calor em teu frio
O amor em profundo desvelos

Eu preciso pedir-te perdão
Mesmo antes de tê-la ofendido
Mas excesso de dedicação não merece castigo
Eu preciso entregar-te o meu coração
Pois sozinho ele não vale nada
Eu preciso de ti
Eu preciso de ti minha amada

Não preciso de pão, nem de rei ou rainha.
Eu preciso entregar-te a minha
alma em chamas
Por ti meu amor é tanto, que derrama.
Na vida, na rua, na cama.
Eu preciso dizer que te amo

Alexandre Montalvan

Foto de Carmen Lúcia

É carnaval

É Carnaval!
Demos espaço para a alegria.
Quem sabe toda essa utopia
caiba no coração de cada um
e se torne verdadeira,
ainda que até terça-feira.
A realidade do momento
fomenta o desejo de contracenar,
liberar o seu grito entalado,
e contagiar.

Que se cale toda a tristeza,
abram alas pra tanta beleza
onde os sonhos desfilam anseios
de um ano inteiro...
e o riso sofrido convence toda a multidão
que aplaude tal felicidade com empolgação,
onde o rito da autenticidade é encenação
e as cinzas da quarta encerram a grande ilusão.

_Carmen Lúcia_

Foto de Gabriela Bedalti

Entre poetas

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão.

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

Valeu apena? tudo vale a pena
se a alma não é pequena.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.

Porque aplausos de amor, e fortuna
celebrem deveras
os anos fecundos,
os dias alegres,
as horas serenas.

nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas
nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra...

O amor não é joguete em mãos do tempo, embora
face e lábios de rosa a curva foice abata;
não muda em dias, não termina numa hora,
porém, até o final das eras se dilata.
Se isto for erro e o meu engano for provado
Jamais terei escrito e alguém terá amado.

# Pablo Neruda
## Gonçalves Dias
### Álvares de Àzevedo
#### Fernando Pessoa
##### Castro Alves
###### Casimiro de Abreu
####### Gregório de Matos
####### Carlos Drummond de Andrade
######## Willian Shakespeare

Foto de poetisando

O que sinto

Se o meu riso mostrasse
O que me vai dentro do coração
Veria como me mostro feliz
Quando vivo com a solidão
Mostro um lindo sorriso
Para a minha dor disfarçar
Faço alegrar toda a gente
Quando me estou a mascarar
Se o meu sorriso mostrasse
O que a minha alma sente
Veriam como estou a fingir
O que escondo de toda agente
Se o meu sorriso mostrasse
Tudo o que é meu sentir
Não se riam como riem
Veriam não estou a mentir
Toda agente que me vê rir
Não sabem da minha solidão
Vêm-me muito sorridente
Mas como sofre o meu coração

De: António Candeias

Foto de poetisando

Vou sonhando

Se tu comigo vivesses
Á como seria tão bom
Podia mimar-te sempre
Beijar-te como seria bom
Veria sempre o teu rosto
A sorrir de alegria e felicidade
Seriamos muito felizes
Até á nossa eternidade
Ouvir de perto teu riso
E os olhos cheios de brilho
De tanta felicidade
De tanto te dar carinho
Eu sempre a te dizer
Que todo eu era só teu e tu minha
Quem sabe não viveríamos
Felizes toda a nossa vidinha
Nos dois formando um casal
Á se a gente vivesse assim
Como não vivemos vou sonhando
A imaginar o nosso amor sem fim

De: António Candeias

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