Sentir

Foto de Siby

Ventos e sentimentos

Agora vou escrever
Sobre algo invisível,
Mas sentir é possível,
Mesmo sem tocar ou ver.

As vezes ele vem furiosamente,
Faz tudo balançar ou espalhar,
Depois de sua força e fúria extravasar,
Sua ira se desfaz e sopra suavemente.

É o vento, ele, que nem tudo pode levar,
Pois ficam no peito todos sentimentos,
Receios, por tudo que ele pode causar.

Clima ameno e sopram bons ventos,
A brisa é suave e o amor está no ar,
Passam os ventos, ficam os sentimentos.

(Siby)

Foto de Poetando

Viver

Agora que passo dos cinquenta
Por muitos caminhos andei
Dias de amarguras difíceis
Caminhos da vida eu andei
Mesmo tendo muito sofrido
Amarguras solidão e dor
Valeu a pena a vida viver
Só por te ter conhecido amor
Agora que passo dos cinquenta
Já começo a sentir-me cansado
Quando passei já da idade
Só por ti meu amor me sinto amado
Tudo o que faz parte da minha vida
Que me lembro desde criança
Foi uma vida de sofrimento
Sem ter qualquer esperança
Agora que já passei dos cinquenta
Já me estou a habituar
Não é depois da meia-idade
Que vou deixar de te amar
A vida para mim não foi fácil
Tem sido uma vida de tormenta
Agora que passei da meia-idade
Já passei também dos cinquenta

De: António Candeias

Foto de Poetando

Não te preocupes

Não te preocupes
Com os lugares para onde for
Irei encontrar o caminho
Onde eu me vá sentir bem
Com saudade do teu carinho
Não te preocupes
Posso bem não estar aqui
Se não me tornares a ver
Ou já nem estar entre os vivos
Poderei até estar a morrer
Não te preocupes
Vou procurar outros lugares
Com a escrita a acompanhar
Outras caminhadas irei fazer
Até que a dor um dia vá passar
Não te preocupes
Irás sempre no meu coração
Andando por outros caminhos
E contigo no meu pensamento
Com saudades dos teus carinhos
Não te preocupes
Irei encontrar o caminho
Onde me possa sentir bem
A solidão me dará carinho
Talvez volte de novo a ser alguém
Não te preocupes
Á muito está traçado o meu destino
Escolha eu outro qualquer caminho
Andarás sempre no meu coração
Lembrar-te-ei sempre com carinho
Não te preocupes
Se alguma vez tu aqui voltares
E não houver nada mais que ler
Talvez já não faça parte dos vivos
Ou já terei deixado de escrever
De: António Candeias

Foto de Poetando

Vem meu amor

Deita-te comigo na cama
Para te cobrir de beijos
De sentir o teu gosto
Do teu corpo os cheiros
Vem te perde no meu corpo
Diz-me tudo que queres
Não tenhas qualquer pudor
Diz que me estás desejando
Que eu te leve à loucura
Ao delírio do teu prazer
De te beijar todo o corpo
Que te faça estremecer
Quando na tua gruta penetrar
Para te apagar o teu fogo
Esse louco desejo de mim
Que está a queimar teu corpo
De me queimar também a mim
Vem para a cama comigo amor
Que desejo seres minha mulher
Sentires meus braços te apertarem
De eu entrar dentro do teu corpo
Como louco nosso desejo quer
Vem e deita-te aqui meu amor
Na minha cama ao meu lado
Que eu vou amar o teu corpo
Até que fique de desejo molhado
Vem a mim agora amor
E diz que és minha por inteira
Que seremos só nós dois
Diz-me que te faça tudo
Que o teu desejo queira

De: António Candeias

Foto de Rafael la solitudine

Mulher Menina

Viver um amor avassalador
como uma avalanche que passa
por cima de toda dor,
Querer te amar
querer seu amor
como um beija flor,
que bate as asas centenas de vezes
para beber uma única gota de orvalho,
Pensar, devanear sobre você,
como um eterno pensador
Te venero, te suplico..., perdoa-me
como um eterno pecador,
que ousa abusar do seu corpo,
desse olhar e sorriso psíquico
e desse seu gostoso sabor de mel com amor,
Ouvir sua voz como um som de violino
que me faz fechar os olhos e ter sonho bom com muito amor.,
Dizer coisas gostosas no seu ouvido
sentir seu corpo reagindo
é como ser apaixonado pela pessoa mais linda do mundo
que me alimenta e me domina
como o meu amor por uma Mulher Menina

Foto de Arnault L. D.

Abstrata e desconexa

A propensão de pensar,
medir, somar, entender,
destoa do cansaço... o nutre.
A idéia aborta incompleta.

A poesia torna-se abstrata, ar,
vezes o sinto na pele, no éter...
Mas, não consigo d’asa do abutre,
salvar a cada borboleta...

Conexão, inspiração, sonhar,
fragmentados todos sem verter.
Na boca, o cansaço, tal salitre
a consumir todo gosto e faceta.

O sentir é agora o raciocinar...
O sentir: Indecifrável de dizer,
rápido e errático morcego, entre
o final do Sol e a noite feita.

Resta-me o súbito, zaz, espiar:
Pirilampos, meteoros, a vésper...
Sem poetar, só ver e deixar que entre
aos olhos... e ao peito se meta.

Foto de Igor Pontes

Em busca de paz

Meio que perdido me encontro aqui e com todo devaneio da minha alma entrego minhas desilusões, com a certeza de que fiz de tudo porém nada mudou e continuo definhando, esperando um sopro de esperança que sei que já se foi. Entrego-me a profunda tristeza e com o choro que minha alma derrama conseguirei a paz nas palavras escritas, profunda e ardente ferida que insiste em não cicatrizar.
Mais vale sentir isso na vida do que ter vivido um único dia sem senti-la.

Foto de Enide Santos

EU E O QUE SINTO

Não tenho mais nada de meu
Só eu e o que sinto por ti.
Coisas que julgava serem minhas
nunca foram, nunca me pertenceram.
Olho para o mundo,
tudo que tenho,
é tudo que sou,
eu e o que sinto.
Nada mais restou.

Temos dores absolutamente infinitas
Saudades e o peso da rejeição.
E acabamos que nós entendemos.
Eu com minha saudade,
e o que sinto, com sua rejeição.
Dividimos o eco das lembranças,
cumpliciamos com nobreza e pujanças.
E nas caladas das noites
meramente nós emendamos.

Este meu sentir,
Hoje é tudo para mim.
É com quem falo,
com quem ando.
Com quem almoço,
com quem janto.
Dormimos e acordamos
E não nunca nós bastamos.

Enide Santos 18/04/14

Foto de Enide Santos

FÓSSEIS DE SONHOS

O eco que ouço da minha dor,
(re) bate nas paredes deste infindo vazio,
E por vezes deixa-me insana.

Prostro-me imóvel e ciente de;
Não pode tocar,
Não pode realizar,
E nem ao menos sonhar.

São fósseis dos grandes sonhos,
Caminhos do qual,
(in) voluntariamente desviei-me.

Posso sentir-me desaparecendo aos poucos
Presa em cada devaneio desfeito
Sequelas adornam minha alma
E tento regurgitar-me de mim.

Neste instante, nada, nada sou.
Apenas um corpo, procurando por amor.

Enide Santos 11/05/14

Foto de Jardim

andei pelas avenidas

andei pelas avenidas
até minhas pernas se confundirem
com o asfalto.
ouvi as vozes de amigos desaparecidos
e de antigas paixões
perdidas num passado distante.

tantos anos, tantas mudanças,
tanta coisa mudou.
mas tudo permanece tão igual
reverberando nas paredes.

à noite vi o meu reflexo no espelho
e não reconheci meu próprio rosto,
somente meu olhar vazio.
eu podia sentir o sangue
em minhas veias
tão negro e tóxico
como a chuva ácida
que cai sobre as ruas de são paulo.

caminhei por ruelas, becos e travessas
seguindo o eco de meus próprios passos
para tentar fugir de mim mesmo
e encontrar um refúgio
profundo e escuro.

despi qualquer desesperança
que ainda restasse,
deixei o momento calar.
deixei a manhã chegar
para esquecer os relógios,
os infernos e os paraísos.

Poema do livro Amores Possíveis
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