Silêncio

Foto de Viollett

Adormecer e morrer (Viollett)

Silêncio, quarto vazio e impessoal, luz apagada...

Presença inexistente, calor apagado de corpos colados,

Amor premente, olhos arregalados com trejeitos de dor e prazer.

Será que partiste para todo o sempre?

Finalmente a luz tende a aparecer, o medo cresce

Mas toma formas de saudade e desespero.



Nada!

Partiste, sem um adeus, sem um beijo,
sem um abraço nem um sorriso...

Choro um silêncio chamado solidão.

Uma solidão que sinto e que me transforma.

Uma solidão que me corta,

Que me fere o corpo e alma,

Que me enfraquece os movimentos, a pele e a mente...

Vivo em esperança!

A esperança que me incentiva a viver, a respirar,
a sentir...

A tentar olhar o novo dia, sem medo nem fracassos

Tentar rever os teus olhos, os teus lábios, os teus abraços

O teu mundo e o teu ser...

Parto!

Desapareço sem te avisar

Vou viver outra vida,

Noutro sol ou noutro luar...

Ainda vivo no silêncio obscuro

Apenas quebrado por gritos de dor

Que antes era de prazer em noites fugidias,

Busco a felicidade,

Sem nunca a encontrar mas farta de a procurar.

Morro!

Sem descendentes, antecedentes ou precedentes,
sem amores passados...

Simplesmente jazo na cama fria e desconfortável...

Revejo a minha vida, sem fracassos, sem temores,

Nem pobreza, nem riqueza, com amor sem ardor.

Revejo-te, miro-te como foste há tantos anos.

Anos de felicidade, minutos de paixão, séculos de solidão,

Presos no tempo mas soltos em pensamento.

Quero-te, tenho-te, esqueço-te,

Talvez por esta ordem, não o sei,

Mas evito este pensamento quando fecho os olhos,

Solto a alma do corpo, sinto o coração parar de bater,

Sinto a respiração prender, como quando te vi,

Sinto a mente afundar, como quando te possuí,

Sinto o corpo gelar, como quando te perdí,

Sinto a esperança esvair, como quando morrí.

Voltas!

Estou morta, choras!

Beijas-me a face e partes sem olhar de novo para o ser que abandonaste

Recordas-me... Vertes lágrimas sem ninguém olhar,
sorrisos soltos com menosprezo.

Amor morto é como pássaro sem asas,

Existe mas não pode almejar voar.

Amor!

Não é preciso asas para voar

Não é preciso muito para saber sonhar...

Espero-te!

Viollett

(Uma Estrela suspensa na Lua)

Foto de manhosa

Silêncio (Manhosa)



Silêncio...silêncio de almas imunes, silêncio de corações que deixaram de palpitar...silêncio de inocentes derrotados por uma força bem mais forte que eles...
Um coração que deixou de bater...uma alma que deixou de existir...dividiu-se em duas...em três...em quatro...em milhares de bocadinhos frágeis...que voaram com uma leve brisa da manhã...e foram...para bem longe...
Um espírito perturbado por uma força...uma força bem forte, forte o suficiente para derrotar este espírito...a força de um grande amor...
Um sonho, arruinado por um momento de desespero, um momento de angustia...em que a cabeça falou mais alto, e tudo o resto deixou simplesmente de ter alguma importância...
Felicidade...uma felicidade perdida algures no espaço, no tempo...numa acção em que o orgulho foi mais forte...mais forte que o próprio amor...mais forte que o ser humano...bem mais forte...
Um sentimento de arrependimento que não nos leva a nada...a não ser chorar como uma criança frágil a quem roubaram um doce...e a nós, apenas nos roubaram uma felicidade...que dificilmente voltará...
Será que valerá a pena passar por uma desilusão, por uma infelicidade apenas por orgulho? Deixar para trás uma eternidade de emoções, alegrias, de sorrisos sinceros...sensações únicas...tantos sentimentos bons perdidos por causa de um orgulho???
Sim, o ser humano está longe da perfeição...como será ele capaz de gostar de ser mais orgulhoso do que ser feliz??
Será que não é preferível arriscar quando nada temos a perder? Será mesmo?
Porque é que nós somos egoístas? Egoístas ao ponto de recusar um amor, por causa de uma palavra dita, de uma ideia, de um momento de desespero, de angustia em que perdemos completamente a noção real das coisas, em deixámos o dito pelo não dito...ou antes, o dito pelo não sentido...em que deixámos de ser nós próprios para nos tornarmos em algo...algo...
Para quê ligar a palavras ditas nesses momentos quando os sentimentos são bem mais fortes que tudo isso...importamo-nos com demasiadas coisas desnecessárias e deixamos que as coisas que realmente nos deveriam fazer sentido e comandar os nossos actos, percam toda a sua verdadeira importância...
Somos imperfeitos...estamos longe da perfeição...esta imperfeição faz-se notar em todos os nossos actos, ideias, movimentos e pensamentos...
Ligamos muito mais a um sentimento imbecil que não nos traz vantagens nenhumas...ORGULHO...do que aos sentimentos mais verdadeiros que sentimos dentro do peito...que imperfeição!!!
Manhosa

Foto de ticiana

Solidão (Ticiana)

Um dia, quando a solidão tomar conta de você e seus olhos chorarem por alguém e seus lábios não souberem mais sorrir, lembre-se que em um lugar que você nem imagina existe alguém que te ama, alguém que sofre em silêncio e que, por você, até morreria, só por te fazer feliz. E essa pessoa sou eu!!!

Ticiana

Foto de Arcanja-do-Amor

Sofrer (Arcanja do Amor)

Sofrer não é sentir fisicamente um mal em que o corpo sente, aos poucos abatido.

Ser faminto e atormentado num ambiente familiar,
sem carinho, sem lar, nem pouso definido...

Sofrer não é ficar num leito de hospital,
numa dor que se expande em longos gemidos.

Sofrer não é vibrar nossa angústia moral,
de ver parado e frio um ente estremecido.


Sofrer é cultuar, feliz esperançado,
um sonho em pleno vício desabrochado.
E antes de o conseguir ter de renunciar.

E, aguardando em silêncio uma lembrança grata,
na dor de uma saudade imensa que maltrata,
amar perdidamente e não poder falar.

Arcanja do Amor

Foto de Raoni

Como eu te amo (Raoni)

Esta oculta paixão, que mal suspeitas

Que não vê, não supõe

De mim não saberás como te adoro

Não te direi jamais

Se te amo, e como, e a quanto extremo chega

Esta paixão voraz !



Se andas sou o eco dos teus passos

Da tua voz, se falas;

O murmúrio saudoso que responde

Ao suspiro que exalas.

No odor dos teus perfumes te procuro,

Tuas pegadas sigo;

Velo teus dias, te acompanho sempre,

E não me vê contigo !

Oculto e ignorado me desvelo

Por ti que não me vês

Aliso o teu caminho, esparjo flores,

Onde pisam teus pés

Mesmo lendo estes versos que me inspira

Não pensará em mim

Imagine se puder, por meus lábios

Não te dirão jamais !

Sim, eu te amo; porém nunca

Saberás do meu amor

A minha canção singela

Traiçoeira não revela

O prémio santo que anela

O sofrer do trovador

Sim, eu te amo; porém nunca

Dos lábios meus saberás,

Que é fundo como a desgraça

Que o pranto não adelgaça,

Leve, qual sombra que passa,

Ou como um sonho fugaz !

Aos meu lábios, aos meus olhos

Do silêncio imponho a lei

Mas lá onde a dor se esquece,

Onde a luz nunca falece,

Onde o prazer sempre cresce,

Lá saberás se te amei !

Raoni

Foto de MarianaNeto

A Noite (Mariana Neto)

A noite consegue ser tão deliciosa e tão dolorosa!! É nela que encontro o silêncio necessário para pensar e sonhar contigo e com tudo o que de lindo se passou entre nós mas a noite consegue ser também dolorosa pois quando se vai embora aparece novamente a triste realidade que é ter-te somente em sonhos ou por breves mas sempre bons momentos! Brigada por eles!

Mariana Neto

Foto de LEOANDRADE

Carta de Despedida (Leonardo Andrade)

Escrever uma carta de despedida é uma tarefa inglória , sem o charme de uma conquista, sem o glamour de uma proposta, só com o lado obscuro da solidão que antevê, onde sufocados no silêncio das palavras que não foram ditas, os sentimentos engolem seus desejos não satisfeitos.
Ficam as lacunas , os hiatos de vontades não realizadas e de quimeras que lentamente se apagam quando confrontadas com a realidade.
Espero que você guarde os momentos felizes, os sorrisos, as declarações, os desejos incontroláveis, a loucura das ligações secretas, as expectativas seguidas das realizações e principalmente todo amor que trocamos, lindo, eterno ...
Não tente entender o que houve, amor e razão jamais conseguiram viver harmonicamente e mesmo que digam o contrário, o amor é sempre uma flor de deliciosa loucura num jardim amplo onde a razão travestida de jardineiro tenta podá-la pelo simples facto de ela ser diferente num jardim repletos de amorfas e inodoras flores iguais.
Liberemos então a paixão e a loucura para que estas sejam utilizadas por futuros amantes, e estes se vivenciarem uma pequena parcela do que sentimos já podem dizer que viveram um grande e verdadeiro amor.
De certa forma sempre seremos um do outro e o sentimento não morreu, apenas se retirou de forma sábia para hibernar num momento em que ele não tinha como se alimentar ou sobreviver, para quem sabe, um dia, acordar e voltar a viver sem restrições.
Seja feliz, se vc estiver assim, onde quer que eu esteja.....também estarei assim.
Se cuida.
Adeus



Leonardo Andrade

Foto de LEOANDRADE

Hoje (Leonardo Andrade)

Hoje eu me deixei pensar novamente em você
Abri aquele armário pesado onde guardo toda imensa saudade que ficou
Saudades de você, do que eu era, do nosso amor de ontem
Revivi tudo que passou como um filme de amor
Daqueles que tem uma música perfeita , um final triste e a gente chora todas as inúmeras vezes que o revê.
Senti seu perfume no ar, embora distante, simplesmente inesquecível.
Pareci ouvir sua voz em sussurros que eram deliciosamente comuns e agora são quase imperceptíveis.
Num relance de luz vislumbrei seu sorriso, absolutamente fascinante...
Me arrepiei, tremi
As pernas vacilaram ... o ar ficou rarefeito ...
Os lábios secaram numa sede infinita de você
O coração, como uma casa vazia e sem luz está de portas e janelas abertas para você entrar e iluminá-lo, revive-lo ...
Fechei os olhos
Relutei em abri-los ...e quando o fiz tudo parecia como antes
Inalienavelmente perdido, natureza morta, música sem som ...
Você realmente não está aqui, nem esteve recentemente
Sumiu e levou junto a vida, as cores, a luz.
O silêncio retorna e cala as emoções
Que só reaparecem em flashbacks
Em recordações que se esmaecem ...
Mas Hoje, especificamente
Eu te amei de novo.



Leonardo Andrade

Foto de quimnogueira

Poema do esquecimento

Um dia ? Dois ?
Um minuto apenas e tu partiste !
Partiste e eu fiquei só e triste !
E agora o tempo corre vertiginosamente

e atropela o meu coração sangrento,
despedaçando-o contra as pedras do caminho;


o sangue correndo abrasador

tortura-me numa infinda dor...

As árvores do além, no silêncio da noite,

gemem baixinho:

imploram, com ternura, um beijo, um carinho.

As estrelas do céu cantam melodias, lentas,

plangentes...

Os astros não brilham, a lua já não sorri...

E tudo porque te vi partir !

E eu no silêncio da noite escura,

imaculadamente pura,

rezo, recordo e estremeço...

Um tic-tac lento despertou-me...

As horas terríveis continuam a correr,

fazendo-me sofrer por não te ver...

Elas marcam a hora em que me deixaste !

Escuto o meu coração implacável,

como esse relógio malfadado,

e sinto-o gemer também.

Tic-tac...tic-tac...

Queria fugir, fugir ao tempo,

perder-me no mar do esquecimento...

E...chorar, penar...

Fugir, fugir, perder-me com a minha dor

no mar que fora sempre cheio de amor,

em vez de tanta e tanta dor...

Corro então, corro mais que o tempo,

mais que o relógio; e na minha corrida

desenfreada, louca, eu já não choro,

já não sofro...

Os espinhos cravam-se em mim,

rasgam-me a pele e o sangue corre...

Tic-tac...tic-tac... Paro assustado!

O tempo afinal corre a meu lado

e me ultrapassa; fico para trás,

perdido no esquecimento...

Olho

Foto de Miguel Duarte

Amor de Lobos (Quim Nogueira)

... vou-vos contar uma história de assombrar... e de magia... e de feitiços... e de poesia...uma história de Amor, onde se mistura a racionalidade com a irracionalidade... poderei dizer que é uma história sobre a descoberta do Amor... aquele Amor que está muito dentro de nós, escondido e que, um dia, sem darmos por isso, brota cá para fora e como uma flor bonita, desabrocha aos primeiros raios de sol da manhã...


..seriam cerca das 3 da madrugada quando na esquina da velha igreja daquela velha aldeia lá muito ao norte, quase a perder de vista a sua própria existência, se juntaram em silêncio 4 esbeltas mulheres de longos cabelos

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