Feche essa porta,
Venha escutar meu coração;
Aqui você é a letra, eu dito a melodia,
Nós somos a canção.
Encosta teu corpo ao meu
Acabando com a distância abissal
Entre esses dois corpos que só vivem unos
Misticamente criados reciprocamente como
côncavo e convexo.
Unos,sem paredes ou clausura
Destinados ao prazer supremo de metades
Que jamais deveriam se separar
Mas que nada pode impedir de se reencontar
Sempre, sempre ...
Saciemos desejos palpáveis e carnais
Troquemos fluidos, essências, néctares
fazendo amor ritmicamente com nossos sete corpos
Em todos os níveis, de todas as formas ...
Beije-me com a saudade acumulada de eras de solidão a dois
E a urgência frenética do ineditismo
Deixe nossas almas se interlaçarem novamente
Apagando as cicatrizes do antigo rompimento.
Abandone lá fora nossos passados separados
Apague nossas pseudo-paixões e envolvimentos fugazes
Nomes vazios e já esquecidos
Nada mais importa além do Universo dos nossos corpos
Duos em uno
Uníssono
Yin e Yang
Gerando como resultante o Amor
Brindemos juntos o prazer supremo que outrora sentimos
Dejá Vú da perfeição
Seja minha taça, eu sou seu vinho
e sensualmente te banharei por inteiro
Queimemos na lareira os sofrimentos e frustrações
Preenchamos com amor e tesão as lacunas existentes
Ignoremos o tempo, aqui ele não impera.
Somos Reis e Reino, fundidos, interlaçados
Deixe-me explorar o oásis do seu corpo
E alimentar em você meus desejos
Exarcebar meus sentidos, violar seus ouvidos
E divinamente profaná-la ...
Quero mapear seu corpo
Vales e depressões
Demarcar meu território anexo
E cravar meu nome em cada célula sua ...
E assim permanecer nesse místico ritual
sem previsão de acabar
Sem pressa , sem medo, sem pudor...
Apenas nuances do sentimento supremo, o Amor
Leonardo Andrade