Vista

Foto de carlos alberto soares

Amor de verão

Em apenas um olhar
Entendi o desejo
Simplesmente ao te ver passar
E quis te pedir um beijo...

Em busca do desconhecido
Quis te conhecer
Falando estremecido
Quase sem querer

Primeira vista
Desejo de olhar
Cobiça, conquista
Amor beira mar...

Será que convém?
Suas curvas são lindas
Não olho outro alguém
Meu desejo não finda...

Um breve encontro
Quase sem fala
Um beijo e pronto
A paixão se exala

É amor de um dia?
Paixão de verão?
Breve alegria?
O que pensarão?

Pouco importa agora
Envolto em seu corpo
A paixão se aflora
E sinto o amor como um todo.

Foto de Arnault L. D.

A poeira do tempo

Ah, se esta chuva pudesse lavar
o pó que norteia a história,
levar as folhas mortas, a sujeira,
e entregar mais uma vez ao olhar,
a vista clara, que guarda a memória,
antes do opaco de toda poeira...

Foto de Rosamares da Maia

O Pensamento

Um gigante adormecido dentro do Ser despertou.
Sua indole ninguém conhece.Tudo o que é dormia.
Nas sisternas mais profundas da mente e do coração.
Quem será? O que fará? Dele nada se sabe.
Num gesto subto espreguiça-se olha para fora,
Toma ciência da vida. - Precisa de espaço!
Como pudera êle, Gigante, viver confinado?
Como? O mundo lá fora parecia-lhe tão vasto.
Infla os pulmões. O Ser abre completamente osolhos.
Persegue a luz, enquanto a vida lhe entra pelas narinas e pela vista.
Finalmente decidi-se e salta para fora.
Logo percebe que tão vasto quanto o Mundo eram as ideias.
- Inteligencia, razão ou emoção?
Ferramentas de Ser. Como dominá-las?
O gigante aprende rápido e ganha o Mundo.
Mas, forma e ações precizam de fôrma.
- Inteligência. Criação ou destruição?
O espaço agora é ilimitado, mas atrelado ao Ser.
Se ele está no centro, quem estará no controle?

Rosamares da Maia 28.03.2015

Foto de Carmen Lúcia

Chega um tempo...

Chega um tempo que não tem mais graça
olhar a vitrine, tomar um bom vinho, dançar uma valsa.
Andar por aí, curtir o que vier, sentar-se na praça.

Chega um tempo que não entusiasma tanto
vestir roupa nova, gritar o que choca
e dançar um tango.

Chega um tempo que é outro tempo
rápido, escasso, sem tempo
de olhar à janela, dobrar a esquina,
perder a cabeça, buscar outra sina.

Chega um tempo que o espelho embaça
a beleza das coisas que antes via
e que o próprio tempo oferecia…
Vista agora através da vidraça.

Chega um tempo desprovido de vaidade
cada espaço se enche de verdade
o supérfluo se perde com a ilusão
e a vida perde um pouco da graça
dando lugar à razão.

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Master

Os ditames da educação

É possível ser cordial, agir educadamente com alguém que nos tenha ofendido? Quando um coração é ferido existe discordância de sentimentos que podem ir além, dependendo do grau de educação de cada pessoa, mas... é possível realmente ser amável com alguém que nos magoou sem parecer hipócrita? Como proceder realmente? Existe também a questão de princípios, os preceitos da boa educação não permitem que sejamos falsos com nosso semelhante. Pertinente a sentimento humano as coisas se tornam muito mais complexas, é complicado seguir as regras da boa etiqueta sob a pressão do coração, pois existe certa dificuldade para discernir os sentimentos, a convergência de pontos de vista, a falta de disposição em ser sincero com alguém são questões que devem ser consideradas, afinal houve uma quebra de decoro por parte de outrem e diante dessa premissa o obvio seria o hermetismo sentimental. Exageros à parte, devemos concordar que a vida, embora irônica em certas ocasiões, precisa ser levada a sério e todos nós temos o dever de ser sinceros com todas as pessoas a nossa volta, portanto, é apropriado que sejamos cordiais, gentis, amáveis sem ser hipócritas com quem quer que seja, independentemente da situação. Essa regra deve ser aplicada a todas as pessoas. No entanto, somos seres ligados a uma ordem natural, o temperamento, o caráter e a personalidade de cada indivíduo deve ser levada em conta. É o que constitui a natureza de cada ser, as pessoas têm sua própria designação, sua índole. De tal modo que podemos ser capazes da quebra de decoro, devemos ter aptidão a perdoar o nosso semelhante.

Foto de Paulo Master

O que é arte?

Num estalar de dedos pode-se estabelecer um conceito de conotação comum e numerar uma porção de possibilidades. Do ponto de vista artístico, o lavor será primoroso, original e contento.
Existe realmente analogia, o abstrato se confunde, em outras palavras, como entender o produto de uma mente engajada ao metafísico? Que graça há no conceito original quando estamos diante de um artifício engenhoso, produzido por um “ser” extraordinário que possui o epíteto de gênio e granjeia a admiração de toda a humanidade.
Obras consagradas, interpretadas de diversas formas e manifestações efêmeras surgiram com o coevo movimento “ismo”. Elaborações de contornos inconvenientes e imorais expressam o consenso da perplexa humanidade.
Os seres humanos têm inclinação ao antagonismo, suas criações surgem de momentos impares, as lágrimas transformam-se em produções artísticas capazes de emocionar. Uma permuta, a tentativa desesperada de preencher o vazio com o fruto de seu desespero, da manifestação de sua alma à bela quimera.
O Conceito sobre arte jamais muda, já não temos Michelangelo, Van Gogh ou Da Vinci, mas suas obras estão aí como prova de sua genialidade e não há o que contestar, afinal é difícil segurar a emoção diante de David, A Noite Estrelada ou Monalisa.
A forma se aplica, prova disso são os nossos gênios coevos: Bill Gates, criador da Microsoft, Tony Fadell, pai do ipod e o físico teórico Stephen Hawking, um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Cada um com sua especialidade. A genialidade é o atributo dos sábios, arte é obra de gênio, as grandes realizações necessariamente dependem de disciplina e talento nato. Beethoven que o diga, levou quase seis anos compondo sua nona.
Engatinhamos ao século 21, ainda faltam diversos 86 anos para o fim desse período, até lá surgirão vários seres notáveis. Quem sabe emerja uma figura com talento fenomenal de especial habilidade, capaz de mudar os parâmetros, gerar questionamentos e conceitos que possam lapidar a mente obtusa da humanidade.

Foto de CarmenCecilia

MEU AMOR...

Meu amor

Eu estou meio que assim

Impar; Pois cadê o meu par.

Inconsequente, mas que me deixa sem ar...

Irreverente, mas que me cala no olhar...

Conquista a primeira vista...

E que de minha agora dista...

Estou afônica

Sem tua tônica...

Estou catatônica

Sem tuas mãos inquietantes

Que me buscam insistentemente...

Estou à mercê de emoções várias

Mas simplesmente contrárias

A tua ausência...

A tua essência

Que de mim fizeram moradia...

Que de mim fizeram ousadia...

Estou à procura de ti em mim...

Para que eu possa novamente

Encontrar-te em mim...

A vida e essa viagem

Tem planos tantos

Um dia aqui...

Outro acolá...

Pra quem sabe

Nada exista a nos separar

Carmen Cecilia

24/07/2014

Foto de Gil Camargos

ABRA A JANELA

“Acorda Menina! Abra a janela, contemple o horizonte de oportunidades! Deixe o sol da esperança entrar, transbordar seu ser... Vista de alegria e determine-se a vencer... Felicidade linda te espera lá fora. Vamos faça seu viver florescer!” Gil Camargos

Foto de Gil Camargos

Desperta...

"Desperta Garota! Tem um dia lindo e cheio de surpresas te esperando!
Se vista de levezas e animo. Use uma maquiagem resplandecente da fé!
Exagere nos adereços, longanimidade, bondade, mansidão, amor e perdão são joias preciosas que te farão brilhar! Use um perfume suave com toque de pureza e delicadeza. Calce os sapatos da coragem e persistência! Leve na bolsa sabedoria e paz. Caminhe com passos firmes e olhar confiante, lute, avance e conquiste! Você nasceu pra vencer!" Gil Camargos

Foto de Rosamares da Maia

EU QUERO O MUNDO E IR ALÉM

EU QUERO O MUNDO E... IR ALÉM

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar.
E ir além.
Eu quero ser homem e mulher,
Não mais homem ou mulher,
Mas, Homem medida perfeita do Universo.
Homem - Humanidade,
Cidadão da vastidão do Mundo.

Quero o sopro da vida na narina de barro,
E depois o pó soprado pelo vento,
Espargido pela terra e elevado às montanhas.
Do pó ao pólen das flores seus frutos e folhas,
Ciclo que retorna ao chão.
Eu quero a Terra e a ela consagrar o meu corpo,
Entregar-lhe tudo o que nele há,
Até que a ela retorne na forma do pó,
E que a nossa união seja perfeita.

Quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Terra, pedras, mar e ondas, céu e azul,
Ar e todos os seus ventos, zéfiros e vendavais.
O sol tostando a minha pele, e mais vento,
Desfazendo o meu cabelo, levantando as saias.
Quero o fogo até a brasa fria
E retornar como Fênix.
E a água refrescante da chuva, seiva da vida.
Quero beber e matar a minha sede.

Eu quero cobrir os olhos com as mãos em concha,
Para aliviar a intensidade da luz.
Quero toda a luz que a minha retina puder filtrar.
O frio da noite com todo o medo da escuridão,
Todos os sustos e fantasmas que ela me trouxer.
Uma cama quentinha e um cobertor,
Para esconder a cabeça.
O branco da neve eu quero, com urso polar,
Com pinguins e pinheiros de Natal.

Quero a primavera com flores e cores,
Com todos os seus matizes,
Ver a paisagem transformada de forma natural.
Sentir a areia a água e o sal.
Quero o sal estalando na língua,
Com a suavidade de ressaltar o paladar.
E o doce mel das abelhas,
Do açúcar da cana e o amargo do café.

Quero ser um astronauta, um passeio no espaço,
Cumprimentar estrelas e bordar mais uma,
Bordar a manta da noite e acordar as manhãs,
Deslizar no orvalho que embeleza a flores,
E quero ser a rosa vaidosa, perfumando campos,
Como rosa quero esta no buquê das noivas,
Dançar a valsa nos salões de baile.

Eu quero o Mundo até onde a vista alcançar,
E ir além.
Eu quero amar, os risos e lagrimas do amor,
Eu quero os filhos dos meus amores,
Os produtos da Terra, parir todos,
De todas as raças e cores,
De todas as formas, falando todas as línguas,
A verdadeira Torre de Babel.

As crianças eu quero, com todos os seus sorrisos,
Artes, birras e choros.
Quero o afago das mães,
Quero ser a mães das crianças abandonadas,
Das crianças mal cuidadas, torturadas,
Quero sabedoria para sarar suas feridas,
E fazer esquecer, para não reproduzir a dor.

Quero a sabedoria do velho, o peso nos ombros,
E a leveza da sua ausência de razão.
Eu quero o Mundo, virtudes e defeitos,
Força que repele e atrai.
O amor cuidado, desejado e planejado,
E a insanidade do amor sem razão

Eu quero o mundo até não poder mais respirar
E ir além.
Eu quero estar dentro do Mundo e Ele dentro de mim.
Eu quero tudo o que eu puder e aguentar sonhar.
Quero ser Deus, pois Deus está em mim.
Não Deus! Perdão. Não é ambição ou pretensão.
Também não por insanidade. Talvez um pouco.

Quero por que tenho medo e coragem de pedir.
Medo de não desfrutar de todo o seu legado.
Medo de constatação da Vossa grandiosidade,
Que contrasta com o meu pouco tempo.
Porque eu quero a vida até a última gota
E ir além,
Até o último minuto da prorrogação
De tudo o que me concederes de vida para gastar.

Rosamares da Maia – 02 de maio de 2014.

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