alegria

Foto de Carmen Vervloet

Nunca te ausentes de mim (Para Vinícius de Moraes)

Poetinha, tu és meu ídolo, minha inspiração,
sem ti a vida é triste, nada existe...
Este amor foi composto nas cordas de um violão,
só a ele a solidão resiste e a alegria insiste.

Passei por primaveras, verões e outonos,
superei divergências, obstáculos do caminho,
sem nunca te deixar nas asas do abandono
minha alma em êxtase deslizando no teu Barquinho...

Ouço na voz do vento tua poesia e me embriago...
E te segredo: Eu sei que vou te amar eternamente!
Quero viver entre teus versos, meu mago,
no eco que se repete na minha mente.

Tua ausência seria um insuportável tormento,
pensar nela seria morrer de desventura,
derramar o meu pranto, o meu triste lamento,
abrir a porta do coração para infinitas agruras.

Portanto, Poetinha, nunca te ausentes de mim...
Sem ti minha inspiração se dissiparia no universo,
meu coração seria como rosa murcha no jardim
e a poesia já não caberia nos meus secos versos.

Foto de Carmen Vervloet

Deleite

Vaga a noite vagabunda,
a lua renasce nua,
tão minha, tão sua,
a rosa transpira orvalho, sua...
As estrelas quais pirilampos
deixam o céu a meia-luz
enquanto faço o pontilhado
marcando o ritmo
no balanço do corpo sensual,
sangue fervente,
alma fluente,
pele ardente,
mente imprudente,
delírios e beijos,
a boca consente,
sempre ao som
de Vinícius e Tom,
pródiga de carícias!
No rito da luxúria
a pena empena,
no desejo dos corpos,
canto e sussurro,
pomar de delícias!
Lençóis amassados,
meu corpo tão leve
que até seu suspiro me levanta!

Foto de Carmen Lúcia

Escrevivendo

Escrevo o dia que se abre
e toda a sensação que me invade
ao sentir que nunca é tarde
e a vida me chama para recomeçar.

Escrevo o ato que se predomina
ao escrever definitivamente o fim,
ou inevitavelmente o começo
e tende a se emaranhar nas entrelinhas.

Escrevo o crível do tosco monjolo
ao debulhar com arte o milho e o café,
escrevo do que vejo o que me convier,
o que ficou marcado no profundo,
na essência da essência do meu mundo.

Escrevo sentimentos, razão de minha fé,
arquivados onde , às vezes, mora a dor
e só vêm à baila no momento exato
em que se rompe o extravasor.

Escrevo, descrevo, reescrevo
a minha própria vida
onde minh’alma está contida...
O ontem, o agora, talvez o depois,
o instante em que vivo agora,
o convívio entre nós dois,
as lembranças do outrora,
o tempo que me desafia.
O resto, escreve a poesia.

(Carmen Lúcia)

Foto de Ayslan

Feito poeta

Iniciei mais um verso, rasguei
alterei, corrigi, apaguei recomecei varias vezes
procurando uma nova forma de conter minha necessidade
de gritar que te amo, sim ser direto nas palavras usar o verso certo
Não apenas dizer em olhar quero contar, te falar mesmo
que precise repetir, colar, inventar e se passar por poeta
Com o decorrer desta folha percebo que resta pouco espaço
a ainda preciso dizer, preciso escrever fico retardando esse momento
procurando a frase perfeita para encaixar tais palavras
Fico ansioso as letras escritas tremulas vejo-me sorrindo
sem notar ate posso escutar meu coração pronunciar
Antes que escreva no meio do verso sem sentido antes que deixe
espalhado pelos cantos feito rabisco
Amor não quero te perde
Quero te fazer sorrir e me torna poeta vendo teus olhinhos meigos e pidões
Quero poder beijar tua boca deliciosa me perde em desejos
Quero te dizer que não existe a frase perfeita ou verso completo
Esse é o meu modo simples e grosseiro de usar as palavras
Mais não encontro outra forma melhor do que te dizer o quanto te amo
se não quando estamos juntos sua pele quente seu toque macio
em meio a tanto amor e prazer me deixa mudo e todas as palavras que quero te dizer
nascem ao abrir os olhos e te ver repito varias vezes tenho certeza que
podes me ouvir dizer feito poeta – Eu te amo, Eu te amo eu te amo Priscila...

Para: Priscila

Foto de Enise

I Have The Love Simply Red (Tradução) TRILHA SONORA AMOR À VIDA - Tema de Bernarda e Lutero

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)
**

Foto de Rosamares da Maia

Verso e Vida

Verso e Vida
Sou ainda verso perdido, introvertido,
Na estrofe de algum poema inacabado.
Frase solta, mesmo que bem construída.
Ainda carente de ação - verbo e vida.

Talvez na métrica nem me encache.
Ninguém verso para poema me ache.
Talvez apenas vá de boca em boca.
Sem chegar à regra das páginas.

Quem sabe possa me dar ao desfrute?
E totalmente viver a leviana liberdade.
Ser apenas cordel, verso do populacho.

Sem os compromissos com o erudito.
Ficará sempre o dito pelo não dito.
Sem cuidado com a pureza da linguagem.
Sem concordância do verbo com a rima,
Restará sempre o efeito da imagem.

Pensando bem, não quero ser poema!
Celebre e rimado, dilema empoeirado.
Preso na anátema da estante solitária.
Não! Somente quero ser uma quadrinha.
Cantada e repetida nas cirandas de roda.

“Oi eu entrei na roda... dança e não sei...”.
Cantada por criança, gente feliz e comum.
Crianças de todas as idades, sonhos simples.
De toda origem, de boca em boca, triviais.
“E roda pião, bambeia pião” - todas vivas.

Rosamares da Maia 1985-2013

Foto de Carmen Lúcia

Reconstruindo a vida

Venho

lá do fim do mundo
onde manhãs são estrelas
riscando o céu de dia,
luzindo sobre o orvalho e a neblina
onde a lua redonda se declina
e lança o seu brilho mais profundo.

Onde o sol da meia noite
é rei vestido de ouro,
silvo do açoite que arrebata
e desvenda o tesouro,
deus irreal, imortal,
luz que nunca se acaba
dourando a Terra adormecida
que a seus pés se deita, vencida
e a paz do infinito surge de um portal.

Venho
dos prados mais distantes,
campinas e flores exuberantes,
matizes, cores em gradações
que encantam olhos já pesados,
acariciam a relva e os pés cansados,
as caminhadas e tribulações.

Venho
e trago a paisagem mais bela
mesclada com tons d’ aquarela
ceifando rancores, mazelas
sobre o andor da devoção
regado à imensa emoção...

Onde o profano desfia o rosário,
o cético se ajoelha ao sacrário
e o sagrado é mais que uma oração.
É um pedido proclamado em homilia,
é a vontade de gritar que ainda é dia,
que hoje e sempre é dia de reconstrução.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Quero

Quero...
Ser o elo entre o mundo e a paz,
a vida simples de quem é capaz
de unir humildade e grandeza,
sabedoria e beleza
com a mansidão de um barco
aportando o cais...

Quero...
Ser rio que chega ao mar
vencendo as batalhas de seu fluxo
ao tornear pedras , colidir em rochas,
modelar-se à opressão das margens,
nortear as águas durante seu percurso,
único recurso para estancar a sede.

Quero...
ser o filme dos instantes felizes,
o ancoradouro das melhores lembranças,
a saudade que faz companhia
quando a ausência marca triste mudança
e a vida mostra o outro lado da face,
um lado sombrio, que se desconhecia.

Quero...
ser a frágil bailarina,
girar o corpo ao redor da rima,
de seu interior ouvir a melodia
inspirada na arte que combina
passos , compassos, coreografia ,
todo espaço irreal, sua geografia
sendo transformada em poesia.

Quero...
ser a tarde e sua nostalgia,
cores indecifráveis a findar o dia
num céu que rouba toda a magia
na transição de fim e recomeço,
reverenciando a noite, o luar,
as constelações do espaço estelar
preparando mais uma manhã.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Vitoria

Bebi das águas de seu mar,
deitei-me em suas areias macias,
andei pelas suas ruas a sonhar,
suguei do seu povo a sabedoria.
Bebi a seiva de suas árvores
e matei minha sede.
Criei raízes,
floresci,
dei frutos.
E fiquei enamorada para sempre.

Foto de Carmen Lúcia

Pensamento navegante

Navega, pensamento,
cruza os mares,
enfrenta as marés,
acalma a turbulência,
germina os ares
da mais pura essência.
Desperta os sonhos
que geram resplandecência.

Junta-te a eles, percorre a luz
inebria-te da luminosidade.
Perde-te nesse clarão,
fecunda-te de significados,
percorre o infinito
alheio ao sol eclipsado,
ignora a escuridão.
Cresce seguindo sempre
a melhor direção.

Navega, pensamento,
não temas as calmarias.
Insiste em teu intento
mesmo que não haja vento,
ainda que na contramão do tempo.
Iça as velas do teu barco
vive esse momento
peregrino bardo.

És livre, podes seguir em frente,
alcança o teu desejo,
tu, que podes navegar,
busca o teu ensejo,
realiza os sonhos
que eu sempre quis realizar...

Vai, adentra as brumas do oceano,
desvenda-lhe os mistérios,
arranca-lhe os panos,
envereda-te em seus encantos
reais e surreais,
constrói os teus castelos,
povoa-os de ideais
e volta para me buscar.

_Carmen Lúcia_

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