Blog de Athayde

Foto de Athayde

Mar de Paz

Ah!Navegar é preciso!
Nesse sol de intenso brilho
ouço o vento assobiar...

Minha face é feito trilha
O sal do mar é o testamento
Desenho espumas com a quilha
Mais que respeito,é juramento...

Longe de tudo eu faço a lei,
A punição é meu anzol
E ainda não achei
Um caminho para o sol...

Essa paixão é incessante!
o azul é infinito
A lua por vezes deslumbrante
E meu peito nunca aflito.

Não sei línguas,letra ou música,
Nem sei como lhe explicar
Mas pra ter paz dentro do peito
É preciso navegar!

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Velho Caduco

Ah,prazer em tê-lo,
Nesse ensaio...
Após a fábula,
Eu deito ou caio
Aqui na esquina,
Vem sentar!

Mas me perdoe
Caro ouvinte,
Só a experiência,
É meu requinte
E a praça o meu lar...

Pra que dinheiro nessa terra?
Tenho comigo a minerva,
E você a me escutar!

Mas ainda não!
Não se levante!
Minha história é triunfante!
Só ter paciência
E esperar...

Agora sim,você mais calmo...
Não se afaste nem um palmo!
Do que tenho a declarar...

E a família,como anda?
Algum caso de vingança?
E hoje,chove ou vai nevar?

Não!Espere meu bom moço!
Seu tempo é curto,
Eu sempre ouço...
Já vai embora!?
Eu ia contar...

Iria dizer pra mim mesmo,
Que a juventude vai,
Nem vejo...
E a solidão é só pesar..
E esperar...
É amar...

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Espelho

Quão belo você parece ?
Pela noite que te esconde,
pela alma que empobrece...
Só me responda,
És tu ou tua veste?

Se ontem era ouro
Com intenso brilho,
Resplandece o louro..
Hoje sou pó umidecido
Que se agrega sem libido,
Nas faces da feiura sem o amar..

Quão belo você parece ?
Se tua mãe te nega o colo,
Teu país te tira o solo
E teu espelho é gargalhar..

Pense,Tu és bonito o quanto pode...
A poesia te socorre,
Feito urubú a planar...
Pense comigo num instante...
A lama é relaxante,
O desprezo até vibrante!
Ser invisível pode o salvar!

Dance com a amargura,
Tire o belo da feiura
Sugue o osso e expire manjar...

Porque te digo,desprezível menino,
o impossível é para o belo,
Cujo caminho é ladrilhar..
Para tu,que nasce pelo avesso,
A tua luta é desde o berço..
Mas a esperança infinita,
De Brilhar e Brilhar...

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Última tinta

Abro agora os olhos,
Liberto a noite...guardo a aurora...
Oh lua que beijas minha dor,
Oh peito que é brasa e ardor...

Peço ao mar...
Não me priva de vento e esperança,
Da sensibilidade de criança,
Deixes-me voar!

Que o verde de teus olhos...
Que me traga e me envolve,
Me libertes pra voar...
Pois minhas asas são tinta,
Minhas palavras brisa...
Meu sentimento turbilhão.

Escuta com a alma!
É que palavra chorada por poeta,
Lava o espírito...aquece...acalma...
Talvez seja meu último suspiro,
O pote de tinta...tão vazio!
E a caneta teima em não dançar...

Não cravejo,pois,jóias em minha arte...
Só banho de sangue...
A sinceridade que pra ti guardas-te

Salva-me virgem...com teus olhos de verde oceano
Tua boca ...de sol no fim da tarde..
E teu colo que é leito da vaidade,
Suplico-te..me aguarde..

Vejam! O último suspiro de um poeta!
A tua alma vegeta?
Que espetáculo para a incrédula minerva..
A minha poesia está certa?
Deixes apenas eu voar...

Dou a ti o vazio...
Que em meu peito se acostumou,
Seu sorriso acalenta minha dor...
Sou pó,viro tinta...bato as asas com furor!

Despertas-te,virgem,a detestável esperança...
Rainha dos povos desesperados,
Conforto dos mal-amados,
E inspiração de um poeta apaixonado...

Abra seu peito e escute..
Não és tua dádiva...é só um bater de asas
O vôo da verdade..o acalento da vaidade,
O salto do torpor...

Sinto as memórias cortando meu rosto,
No vento gélido do sofrimento..
Mas aproveito o vôo..
E te dou meu último amor.

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O Machucado e o Moleque

Proponho um novo ponto de vista...
Esqueça cheiro,credo,amor ou sangue...
Pense que a água é terra,
Que o ouro é mangue...

Lhes direi um gesto nobre...
Nem rei,nem herói...
Mas uma infecção que comove...

O pus resplandece nas canelas de um menino,
Raquítico,feio,pobre...lindo!
O futebol é mesclado de suor e barro,
O “caminho” abre a ferida,
E envolve ambos num pacto bizarro,

Que a cicatriz nunca chegarás!
Pus ,sangue e machucado,
Na canela sempre estarás!
Menino...bola...fome...
Fome de gol!?...sangue,terra...
Machucado...canela!

A ferida se engrandece com o sorriso da criança...
Abertas estarás...é a nossa aliança.
O machucado é um poeta...
Beija os ossos da perna,
Abraça os glóbulos da carne,
E dança valsa com a excreta...

Menino e machucado,
Que união mais injusta...
Um extravasa sangue e o outro na usura ...

O sorriso do moleque é desdentado,
Cativa...magoado..usado!
A consciência do machucado pesa...
Por dentre as entranhas da ferida,
Nasce a solidão despida...

Vou secar!Cicatrizar!
Acalentar minha alma,
O sorriso do garoto me acalma...
Gesto nobre para simplório ferimento,
Provocar a inexistência por um menino virulento...

Vou secar!Cicatrizar!
Estou secando...
O sangue que batiza minha alma,
Não refresca mais a poesia...

Pele,casca,pele...
Cura...Cura...
Sorriso da falsa desventura...

Epiderme...verme que não devora-me
Escuridão...veias...corrente sanguínea...
O tambor dos deuses julga minha sina...

Tum ...Tum...Tum...
Vôo com o menino ...cada batida é um ensino...
O machucado ganhou seu galardão...
O menino está curado...
E ele chegou ao coração.

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