Blog de L.Guerreiro

Foto de L.Guerreiro

Não foi nada

Não foi nada.
Foi apenas
uma folha que se desprendeu
do ramo.
Não foi nada.
Apenas uma folha caída.
Sossega ó alma inquieta!
Uma folha. Nada mais.

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Por ti

Por ti
vou ao infinito
e trago um amor infinito.

Por ti
vou à Lua
e trago uma noite de Luar.

Por ti
subo ao céu
e trago uma estrela.

Por ti
dou a vida
em troca de nada.

Por ti
minha amada.
Só por ti.

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Fim de Tarde

Nunca soube ler os teus pensamentos.
Lembras-te daquele fim de tarde,
estavas sentada à beira da água,
brincávamos às adivinhas,
e perguntavas:
em que mão está a nuvem?
Eu dizia: na mão esquerda.
E tu dizias: é mentira, está na direita.
E era verdade.
Porque escondias as nuvens?
E eu nunca acertava.
A tarde fechou-se,
molhámos os pés na água do barranco,
apanhámos peixes à mão,
e rias tanto... porque rias assim?
Um nénufar acordou da água,
flutuou nos teus cabelos,
e uma libelinha voou do dia para a noite.
E fomos às nuvens.

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Silêncio

Chamo-te no silêncio da madrugada,
responde o silêncio.

Chamo-te em silêncio,
responde o silêncio da madrugada.

E neste jogo do esconde-esconde,
vou ensaiando o silêncio,
ouvindo um clarim tocar pela madrugada fora,
o toque do silêncio.

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Carta de Amor

Um dia destes vou escrever uma carta de amor.
Pode ser hoje ou amanhã.
Não importa o dia.
Uma carta de amor é uma carta de amor.
Tenho de dar tempo ao tempo.
E se depois não tenho tempo?
Melhor seria escrevê-la agora mesmo.
Mas a caneta está sem tinta,
a esta hora as lojas já estão fechadas,
ou então sou eu que me estou nas tintas.
Então deixo tudo para amanhã.
Amanhã sem falta escrevo a tal carta de amor.

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Noite

Antes que chegue a noite,
adormece-me,
segreda-me ao ouvido,
uma velha canção do mar,
antes da noite chegar,
e a morte me levar para longe,
dos teus braços,

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Quando foi?

Foi em Abril? ou Maio?
Quando foi, meu amor?
Ainda me lembro do teu sorriso.
Como poderei esquecer aquele dia?
Tu estavas sentada à sombra duma velha árvore.
Olhavas para tão longe... talvez para o infinito...
e tinhas no regaço um ramo de flores adormecidas.
Ainda tenho comigo o teu retrato,
guardado na arca dos meus segredos.
Agora me lembro. Corria o mês de Maio.
Mês da floração.
Eu navegava no teu sorriso,
e na menina dos teus olhos,
repousou finalmente o meu coração.

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Palavras

Habitas em cada minha palavra,
em todos os meus silêncios.
Sou o vento, e não me vês.
Sou uma gota de chuva, e não me vês.
Sou a terra que pisas, e não me vês.
Sou o pobre que estende a mão à esmola, e não me vês.
Sou a multidão, e não me vês.
Se eterna é a verdade,
eterno é o verdadeiro amor.

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Sem querer

Numa qualquer hora,
um qualquer ser,
quer sem crer.

Não quero crer.

Às vezes,
perco a vontade de crer,
outras vezes,
mesmo sem querer,
acabo por crer.

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Razão

A minha razão
tropeçou no degrau do quintal.
Levantei-a como se levantam as portas do chão.
A razão,
olhou-me de lado,
e disse-me para ter mais cuidado.
Céus!
Quantas vezes o meu coração não bateu fora de horas?
Isso não conta?
Céus!
Quantas vezes os fogos-fátuos não incendiaram a minha memória?
Isso não conta?
Céus!
Quantas vezes não guardei os sonhos da humanidade dentro dos meus sonhos?
Isso não conta?
E daquela vez que não havia bolos no meu aniversário?
Essas coisas não contam?
Porque é que as noites não têm nome?
Só quero dizer só mais uma coisa.
De certeza que perdi a razão de uma vez por todas.

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