Blog de Marcelo Henrique Zacarelli

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ESPELHO DE TOMADA

ESPELHO DE TOMADA

Simples mortal e quebrável
No mundo dos componentes eletrônicos
Espelho de tomada
Para os mais íntimos;
Reténs para ti
A limitada função
Quando pressionada
De emprestar a luz, ou...absolvê-la
Quando te deste à permissão?
Na mais da ousadia absoluta
Estiveste fincada sobre dois parafusos
Antes estivesse esquecida
Sobre um montante de entulhos imprestáveis;
Quando meus olhos escaparam
Por alguns segundos
E puderam avistar tamanho absurdo
A mais deusa e adorável mulher
Emprestar-lhe algum ato de carinho;
Dotado de soberba repugnante
Tal...Espelho de tomada
Zombou de mim;
Vendedores do mais próximo depósito
Preparem-se para a comissão
Pois a venda de um outro
Espelho de tomada
Será absolutamente inevitável.

Esta poesia foi inteiramente inspirada em uma maldita tarde
Em que uma certa garota emprestou seu carinho
Há um espelho de tomada.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Julho de 2007 no dia 23 Guarulhos (sp)

Inteiramente inspirada em Fernanda Villarim Zacarelli

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ENGENHEIRO MANOEL FEIO

ENGENHEIRO MANOEL FEIO

Não existe lugar mais feio que o Manoel
Nem engenheiro melhor que Manoel feio
Rascunho de um bairro rabiscado no papel
Criança desnutrida debruçada em teu seio.

Manoel feio, tão feio quanto o próprio nome!
O nome de Manoel não é tão feio assim
Subúrbio da periferia que adormece pobre
E acorda na estação a multidão sem fim.

Longas ruas de terra (terra de verdade)
Manoel não se envergonha e nem culpa tem
O engenheiro que morreu nos deixou saudade
Deixou seu nome feio não importa a quem.

Mauá foi de Barão, Manoel de itaquá!
Na descoberta de Anchieta um anseio
Que ele jamais poderia imaginar
Ter um bairro da cidade com o nome feio.

Nos dias de hoje presto uma homenagem
A esta gente humilde que vive em nosso meio
Aos viajantes que por aqui passaram
Jamais irão esquecer de Manoel feio.

Homenagem á estação ferroviária
Subúrbio Engenheiro Manoel Feio.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Novembro de 2002 no dia 29
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

EMULAÇÃO

EMULAÇÃO

Esplêndida dama, suntuosa no vestir;
Deslumbrante no falar, astuta no agir,
Com este seu comportamento de posse
Mulher exacerbada de caráter pérfido
De carinho precioso, sentimento doloroso!
De bagagem esplendida, estranha e ferida...
A lealdade e a má índole da vida,
Caminho irreal, estrada verídica...
Contrariando a mística feminina,
És você menina doida varrida;
Importuna nos teus conceitos
Tu pleiteias sem direito,
Manipulada por qualquer incentivo
Subornada aos desejos de qualquer estímulo
Teu semblante de bruxa pouco assusta
Teu corpo franzino de pouco juízo
Menina hilária descompromissada da vida
De aspecto lúgubre e notável histeria
Diante do espelho de reflexo obsessivo
Continuas hesitante no teu juízo possessivo
Incitas o mal em tua bola de cristal
Entre a mais perfeita bruxa, infernal!
Esplendida dama de feitiço maleável
Acorrenta o coração
De um homem indesejável;
Até quando mulher será despretensiosa
Só não te aturo calada
Prefiro a ti fogosa.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2002 no dia 24
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ELÓQUIO

ELÓQUIO

Encontro-me
Por um encontro marcado
Comigo a sós
A falar ao pé do ouvido
Discretamente
Eu! Não mais ninguém;
Seria de fato algum segredo?
Olho para mim
Que ninguém perceba
Que ninguém me veja;
Ai de mim...
Por ter que me escutar
Seria sermão ou repreensão?
Por amar alguém;
Exilar a própria alma
Entregar a vida à própria sorte
Ai de mim...
Pobre diabo, que sou;
A claudicar
Despeço-te de mim
E comigo a sós
Murmuro este funesto.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Fevereiro de 2009 no dia 12

Encontro-me
Por um encontro marcado
Comigo a sós
A falar ao pé do ouvido
Discretamente
Eu! Não mais ninguém;
Seria de fato algum segredo?
Olho para mim
Que ninguém perceba
Que ninguém me veja;
Ai de mim...
Por ter que me escutar
Seria sermão ou repreensão?
Por amar alguém;
Exilar a própria alma
Entregar a vida à própria sorte
Ai de mim...
Pobre diabo, que sou;
A claudicar
Despeço-te de mim
E comigo a sós
Murmuro este funesto.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Fevereiro de 2009 no dia 12

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ELLEN

ELLEN

E lembrança de um dia que marcou
E lembrança de um lábio que beijou
E lembrança da menina que amou
Ellen, a saudade que ficou;

E lembrança da floresta esquecida
E lembrança da coragem desguarnecida
E lembrança da imagem desaparecida
Ellen, tão cheia de vida;

E lembrança dos caminhos que passamos
E lembrança dos carinhos que trocamos
E lembrança de lugares que sentamos
Ellen, dentre os lábios de profanos;

E lembrança de desejos e vontades
E lembrança de belezas e vaidades
E lembrança de pensamentos e maldades
Ellen, liberdade atrás das grades;

E lembrança da menina insolente
E lembrança de sorrisos descontentes
E lembrança que não sai da mente
Ellen, menina sofrida, ferida e carente;

E lembrança que a distância não separa
E lembrança de momentos que ficara
E lembrança de sentimentos que furtara
Ellen, doença que não sara.

Homenagem a uma garota chamada Ellen
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2001 no dia 11

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

DOR

DOR

Quem dera a dor fosse uma valsa
E rastejasse como o fino salto
E gastasse como a sola do sapato
Entrelaçados como ao som da melodia
Todavia mudaria de lugar.

Quem dera esta dor viesse de dentro
Se gritasse ninguém me ouviria
A o ficar em silêncio ensurdeceria
No timbre da voz ninguém notaria
Um doce no final e amargo no começo.

Quem dera fosse a música, a ti ouviria...
E se dela fosse o volume
Pudesse baixar, ou pudesse aumentar!
A letra do verso que me trairia
Tornaria em outro verso a me aliviar.

Quem dera a dor fosse uma valsa
De falsas ilusões e saudades devassas
Em poucos minutos não a mais sentiria
Pois a valsa termina, como assim a vida...
E a dor este pobre miserável a de deixar.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2008 no dia 03
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

DEVASTO INCOLOR

DEVASTO INCOLOR

O branco do papel
Convidou-me para um romance
Seu corpo transparente
Ludibriou-me os dedos
Devasto incolor
Roubaram-me palavras
E histórias também...
Convidou-me para um sonhar
Um conto ou segredo
Bem que poderia negar
Mas... Este branco
Me assalta de preenchimentos...
Então despertei a poesia
Palavras e palavras
Pela tinta esturricada
Extravasar a dor
Embora soubesse
Havia de me perder
Mas... Este branco
Me vara o pensamento
O branco do papel
Convidou-me para um confessar
Um amor que passou
Ou um medo!
Mas este branco do papel
Quem diria!
Sucumbiu na escrita.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village Dezembro de 2008 no dia 22

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

DESILUSÃO

DESILUSÃO

Há tempos ouvi dizer
De estórias que... Por alguém morrer
Ou viver... Sem alguém, se perder...
O amor com saudade do ódio
O bem e o mal, por sinal!
Juntos em um mesmo objetivo
No coração pulsar, furtar, sofrer...
Como ouvi dizer, há tempos...
O amar, o trair se enganar...
No olhar que cega este meu duvidar
Desenganos... Hó quantos
Sorrisos profanos, e desilusão...
Quando se senti escapar pelas mãos
Uma vida, uma saudade, uma lida...
Da perversa soma subtraída
Os anos de quem amei ou odiei
Nos versos desta poesia recitei
Sei que ainda vou amar odiar e sofrer
Como há tempos ouvi dizer.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli / Dezembro de 2008 no dia 12

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

DESERTO INABITÁVEL

DESERTO INABITÁVEL

Calmo, insuportável e monótono pensar...
Onde se faz noite meu entardecer
Onde reconheço este meu pesar
Dor incalculável do meu ser
Meu corpo não sei bem certo
Ferido, desprovido de desejos incorretos...
Deserto inabitável de segredos e lar perverso
Tenho tamanha admiração e tristeza no coração
Qual estrada comprida e abrigo no sótão
São tantos chãos e mares sem razão
Não se pode descrever nem explicar a solidão
Sangue derramado nas areias da dor
Ironias desta vida desencontros do amor
Deveras estas dunas tivessem sentimentos
Mas sois corpos minúsculos, vulneráveis e ventos...
Pobres areais sois injurias e lamentos
Não podeis conhecer o final desta estrada
São avenidas de veias sofridas
Nem o sol nem o mar é maior que o desengano
Então por que fazermos planos
Todos caminhos são inversos de compaixão
Recordar talvez seria plantarmos uma flor
No deserto inabitável deste nosso coração.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Julho de 2002 no dia 21
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

DE TANTO NÃO QUERER

DE TANTO NÃO QUERER

Às vezes eu penso
Que você pensa
Que eu não penso em você;
Às vezes eu sinto
Que você sente vontade de sentir
O que eu sinto;
Às vezes você quer
O que eu não quero
Às vezes eu quero
O que você não quer;
E de tanto não querer
Eu tenho você
E de tanto que me queres
Me tens pela metade
E a outra que não tens
Não é minha
É saudade de alguém
Pensamento que vadia;
Sei que às vezes você pensa
Que de tanto te querer
Às vezes penso
Que não te quero
E de tanto não querer
Às vezes penso em você.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Agosto de 2002 no dia 09
Itaquaquecetuba (sp)

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