Blog de Oliveira Santos

Foto de Oliveira Santos

Redondilhas

Menores ou maiores
Não importa seu tamanho
Quantas sílabas existam
Ao falar do meu querer
Vou escrevendo e reescrevendo
Monto verso em redondilha
Conto história, me declaro
Mostro o peito, me confesso
Busco o sonho, a melodia
Trago um sentimento à tona
Sou arauto da emoção
Mensageiro da alegria
Porta-voz da solidão

Foto de Oliveira Santos

Decassílabos

Dez é número perfeito e puro
Místico, das quadras do mestre Dante
Antiga forma de falar do Amor
Rebuscamento e polidez no verso
Foz de desejo, vento da paixão
Tormento d'alma, dor da frustração
São assim minhas linhas, feitas dez pedaços
Trazem memórias, beijos e abraços

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Alexandrinos

Como ave que pousa leve no galho florido
Estou sobre ti a doar-te minh'alma indomada
Ao espelho te vejo ofegante, soltando gemidos
Em espasmos revira teus olhos, as unhas cravadas
Premido em teus seios, certeza de um porto seguro
Deslizo minhas mãos em harpejo entre teus cabelos
Dois corpos fundidos na alcova, calados, em alfa
Antes num ritmo frenético, de fazer tremê-los

Foto de Oliveira Santos

Acróstico

Para uma morena maravilhosa que surgiu de repente.

Linda, mulher que chama meus olhos, me toma os sentidos
Umedece-me as mãos, resseca-me a boca e traz-me vorazes desejos
Chega-se a mim me envolvendo em sua teia, predadora infalível
Intimida-me com seus olhos lascivos, os lábios marcados, a voz melodiosa
Entrega-se a mim intensamente, quebrando as mais duras defesas
Nega-me o direito a recusa, a repulsa, a deixar de viver tal momento
Enche meu peito de terna esperança de ver os meus dias felizes.

Foto de Oliveira Santos

Até Não Me Conter

Catatônico me apanho
No vítreo castanho
Das tuas janelas d'alma
E lá se foi minha calma . . .

Sem resistência me perco
No conforto do cerco
Dos teus braços quentes
Frenesi de corpo e mente

E te beijo nos lábios
Te faço alfarrábio
Do nosso prazer
Até não me conter

14/01/11

Foto de Oliveira Santos

Por Ninguém

Eu não pretendo mais viver à sombra de ninguém
Quero guiar minha própria vida, gozar de tudo que ela tem
Eu vou mergulhar na noite por alguma distração
Vou encontrar alguns amigos e escrever uma canção

Eu vou sair pra cantar, dançar, curtir
Quero agitar, fazer loucuras na aventura do existir
E quando souber de tudo que posso me dar enfim
Nunca mais vou ficar longe de mim

Eu descobri
Que de algum modo posso ser mais feliz
Se o mundo sempre muda de lugar
Não sou eu que vou parar
Hoje entendi
Que o dia de ontem se passou e eu não vi
Esperando alguém que pudesse me encontrar
Quando eu mesmo devo procurar

Não devo mais deixar que outros me façam sofrer
Eu quero dias diferentes, tão lindos de se ver
Embora os de hoje me pareçam coisa tão trágica
Sei que existem alguns momentos que são pura mágica

Eu posso fazer tudo ao meu redor mudar
Eu tenho tudo o que preciso, não há mais o que esperar
Eu vejo luzes no futuro, daquelas que nem todos podem enxergar
É o brilho da recompensa de quem decidiu lutar

Eu não pretendo mais viver à esperar de ninguém
Vou superar tudo na vida se eu quiser ter algum bem
Não quero mais que a tristeza espreite o meu coração
Eu devo agir tendo a certeza de que nenhum sonho é vão

Decidi praticar o que aprendi
Não quero mais saber de enganos
Já basta os que cometi

04/02/01

Foto de Oliveira Santos

Neurose

Existem muitas verdades
Que ninguém quer escutar
E outras tantas maldades
Que todos vão praticar

Existem muitos segredos
Que ninguém quer dividir
E um infinito de medos
Que todos podem sentir

Cercando minha mente
Vai me manipular
Uma coisa indecente
Que vai me desvairar
No meio deste transe
Eu nem posso notar
Não há nenhuma chance
De tentar me libertar

Vejo coisas, ouço vozes
Mais uma dose pra acalmar
Onde estão os meus algozes
Se a neurose não parar?

06/12/10

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Todos Os Dias

Letra de música de minha autoria

Todos os dias
Vendo que nada mudou
O mesmo tédio, a mesma apatia
As mesmas canções de amor

Contava as horas
E nada era diferente
E não pensei que pudesse agora
Estar assim tão contente

É que você chegou
Me revolucionou
Me deixou tão afim
Eu não sei mais de mim

Não quis acreditar
Até tentei lutar
Mas isso me venceu
E o vencedor fui eu

Tanta coisa em mim que eu não conhecia
De repente floresceu
E aquele mundo de melancolia
De uma hora pra outra morreu

Todos os dias
Agora tem mais calor
Já não me lembro de quando sofria
Subnutrido de amor

O mundo dá voltas
E eu parado no mesmo lugar
E, assim, de súbito dá uma revolta
E, então, decido que devo arriscar

É que você chegou
Me revolucionou
Me deixou tão afim
Eu não sei mais de mim

Não quis acreditar
Até tentei lutar
Mas isso me venceu
E o vencedor fui eu

13/04/01

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A Farsa

Letra de um blues de minha autoria

Uma noite
Vivo mais uma noite
Suportando o açoite
Da minha solidão

Sozinho
Mais uma vez sozinho
Vou contando baixinho
As batidas do meu coração

E seguindo neste caminho
Nesta angústia de viver
Mendigando algum carinho
Para enganar este sofrer
Eu minto
Eu disfarço e nem sinto

É dia
Outra vez já é dia
E eu na minha agonia
Não notei o tempo passar

Que tempo?
Esse maldito tempo
Faz o meu sofrimento
Parecer não querer parar

E enquanto o sol e a lua
Vão se pondo no lugar
Eu vou para o meio da rua
Na intenção de gritar
Mas não grito
Isso eu não me permito

Eu finjo
Simplesmente eu finjo
Mas nem sempre atinjo
O ponto onde quero chegar

Estranho
Tudo me é tão estranho
Eu nem sei quanto ganho
Por querer dissimular

O que o meu sorriso esconde
Os olhos tentam entregar
E me vem não sei de onde
Uma vontade de chorar
Eu sinto
Dessa vez eu não minto

10/12/00

Foto de Oliveira Santos

Cortina De Fumaça

Não temos tempo pra pensar em viver
O que o mundo guarda pra nós dois
Não temos tempo pra deixar de viver
O que não se deve ver depois

Não temos tempo pra tentar entender
O que está ao nosso redor
Não temos tempo pra hesitar nem temer
O que pode ser nosso melhor

Não temos como saber uma resposta
Se não a formos procurar
Não temos como saber se vale a aposta
Se não há coragem pra jogar

Não temos como não temer os reveses da vida
Se não podemos evitar
Não temos como esquecer uma ferida
Se não a deixamos cicatrizar

Então venha
Talvez o mito se desfaça
Talvez seja cortina de fumaça
Quem sabe é o raiar de outro dia
Enchendo a nossa vida de alegria

09/11/00

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