Blog de Sirlei Passolongo
Evaporam ais
No calor do beijo
Chovem paixões
.
A lua indiscreta assiste
nosso amor.
Vez em quando se esconde
como quem está acanhada...
Mas logo ela volta
e sorri encantada
por ver nosso beijo
no chão de estrelas douradas.
(Sirlei L. Passolongo
Me escondo
nesse poema
de amor...
faço de cada verso
meu refúgio
cada rima
meu riso.
Me encontro...
quando o poema
chega ao seu
ponto final.
Sirlei L. Passolongo
Luz
da alma
do poeta
que de um flash
faz festa
iluminando os corações
Luz dos túneis dos
desejos
da esperança
e dos enredos
Luz do amor
e dos segredos
desafias a razão,
luz da vida
estrela guia,
LUZ É VOCÊ
POESIA!
Sirlei Passolongo
.
Te beijo no silêncio
de cada olhar
e sinto o gosto
da tua boca
e te beijo
com desejo
de nunca parar
acordo!
estava a sonhar
Sirlei L. Passolongo
.
Posso sentir
o cheiro da sua pele
no ar que respiro
posso sentir
o gosto da sua boca
até na água que
mata minha sede
sonho com você
me amando na rede.
(Sirlei L. Passolongo)
Para sentir o pulsar
Do coração de um poeta
... escute em silêncio
Cada verso seu
Junte os pontos
e as reticências...E sentirá o ritmo
que o coração do poeta deu.
Há flores sintéticas
Anjos nem tão anjos
Risos falsos... Poemas
Mutilados de emoções
Há vozes roucas
Sufocadas... Num canto
Da boca.
Há sonhos pulverizados
Pétalas solitárias
E se ouve ao longe
O ranger da alma,
O espelho não pode reter
Há fogo... No âmago do ser.
(Sirlei L. Passolongo)
Houve um tempo em que
Podia estrear um vestido novo
Caminhar pela manhã de domingo
De mãos dadas com sonhos tão puros
Escrever uma carta de amor
Era tão bom... Pensar no futuro
E as flores?
Eram mais belas
Mais raras
Mais puras
Não haviam inseticidas
Em nenhuma delas
E as canções?
Eram de sonhos
De paz
E amor
Não faziam apelos
Ao corpo
Falavam do corpo
Superior
A alma...
E as crianças?
Eram tão inocentes
Acreditavam
Em Papai Noel
E nos contos de fadas
Não eram
Consumistas desenfreadas
E o amor?
O amor era tão especial
Não tinha preço
Não era ambicioso
Era singelo
Bem mais sincero
Que os amores
Que hoje, quase
Se compram ou se
Vendem a prestação.
(Sirlei L. Passolongo)
Direitos Reservados a Autora
.
Lá vai o menino
Lata na cabeça
Em busca de água
Pra matar a sede
Antes que anoiteça
Lá vem o menino
Com calos nos pés
poeira nos olhos
Ele olha pro céu
Vê longe a fumaça
Numa chaminé
Reza pra Deus
Pra ser de sua casa
Que ao menos tenha
mandioca assada
na brasa
E segue o menino
No dia seguinte
A fome lhe aperta
Ele mal pode andar
Mas sabe que a água
É pra sua família salvar
Em seu cruel destino
Ele jamais se rende
A fé nunca perde
Uma vela
Pra Deus acende
Pedindo chuva
Pra toda sua gente
E lá vai o menino...
(Sirlei L. Passolongo)
.
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