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Foto de poetisando

Não sei

Não sei já o que quero da vida
O que irá ser de mim
Ando sem rota nem rumo
Navegando numa rota sem fim
Já cai e já me levantei tanta vez
Mudei algumas rotas
E até tentei mudar de rumo
Mas o tempo passa tão lento
Já não sei o que quero
Mas sei bem que é complicado
Que a distância nos separa
E sei bem que por ti sou amado
Tanta vez me sinto triste
Sinto a morte a me chamar
O meu coração enlouquece
De te querer tanto amar
Não sei o que vai ser da minha vida
Navego sem rumo e sem fim
O que o destino me traçou
Pobre coração pobre de mim

De: António Candeias

Foto de carlosmustang

ÂMAGO

Fim, acabou minhas energias
Amei tanto, ate não aguenta
Sobrou restos de emoções passadas
Restos de fundamentos retardados

Marcadores de fracassos, vencedores
Debutando em vida, em ser queridos
De passo em pés, vou vencer, ser aceito
Ate quando errar, e sofrer(fazer sofrer)

E andei, nessa porra
Virei herói por vencer
Sem pedir um único suspiro

Cade a porra da paz pra quem só quer viver
Sem porcaria de troféu eterno pra vencer
Se for pra sofrer futuramente, melhor não fazer

Foto de carlosmustang

FORNALHA

Quando estou triste
Faço meu próprio Carnaval
Deus me abençoou por ser normal
Sem beber, praguejar, ser inocente

Guardar minha raiva e ser contente
Onde esta minha porcaria de auto estima
Cade minha gata perfeita?
O choro correra junto as lágrimas minha

Não me arraste,preciso amar mais um pouco
Necessito deixar um rasto espesso
Pra quando lembrar, ser chorado

Quando a criatura subjugada
Mal amada submissa ao criador
Sem pecar ao reclamar ao formador

Foto de poetisando

Mendigo

Tu que passas o dia na rua
Vivendo da acridade alheia
Quantas vezes chegas a casa
Sem ter dinheiro para a ceia
Levas o dia de mão estendida
Que uma esmola te vão dar
Muitas vezes vais para casa
Só tens vontade de chorar
Queres a fome aos filhos matar
Mas esmolas não deram
Quantos até por ti passaram
E te olharam com desdém
Não se lembrando que tem filhos
E que és um ser humano também
Quantos de vós mendigos
Não tem casa nem familiares
Dormem na rua ao relento
A cama fazem com cartão
Os cobertores são os jornais
E nestas noites de inverno
Quando o frio é mais forte
Tu a dormires ao relento
Sem teres comido uma refeição
Vais enganando a fome
Com o que nos jornais vais lendo
Triste sorte tens tu mendigo
A viver da caridade alheia
Também tu muita vez te deitas
Sem um pouco de pão como ceia
Tu até que trabalhaste uma vida
Agora estás a viver da mendicidade
Dormindo pelos cantos das ruas
Comendo de gente de boa vontade
Tu mendigo que até tens filhos
Mendigas para lhes dar de comer
Quantas vezes os abraças chorando
Por não lhes poder a fome matar
E sem comerem os vais deitar
Triste é o destino do mendigo
Que leva o dia inteiro a pedir
E ver os que por ele estão passar
A virarem a cara fingindo não o ver
Só para uma esmola não lhe dar

De: António Candeias

Foto de poetisando

Natal

Agora que estamos chegados
Á festiva quadra natalícia
É ver agora certos senhores
Com ar de muito condoídos
Distribuir comida e sorrisos
Pelos mais desfavorecidos
Esquecendo durante o ano
Da fome que passam centenas
Ou milhares de sem abrigos
Com um ar de hipocrisia
Como lhes é característico
Com aquela cara de fingimento
Que mais parecem carpideiras
Distribuem umas prendas
Aos que tem uma vida de sofrimento
Depois da obrigação que fizeram
Para casa vão descansados
Dos mendigos que visitaram
Não se vão eles lembrar
Outros até põem faladura
Nos jornais e canais da TV
Quem os vê com aquele ar
De hipócritas que todos são
Artistas na arte do fingimento
Na arte da boa simulação
Vêem agora nesta quadra
Limpar as suas consciências
Dando apenas umas migalhas
Aos que não tem de comer
Sentem que com essa acção
Que podem dormir descansados
Agora que estamos chegados
A esta quadra natalícia
É de ver tanta simulação
De senhores e senhoras com ar fingido
A distribuir pequenas migalhas
Pelos milhares de mendigos
E outros tantos sem abrigos

De: António Candeias

Foto de Carmen Vervloet

Nascimento de Jesus

E o Verbo se fez carne,
mas o homem não O reconheceu,
não percebeu o fremente alarme
e sua alma permaneceu envolta em breu.

Chegou o pequeno menino pobre
nascido numa simples estrebaria,
mas seu coração sábio, rico e nobre
pulsou amoroso nos braços de Maria.

Uma estrela no céu deu o sinal,
um anjo anunciou aos pastores o nascimento,
na rústica manjedoura, sem a pompa real,
nasce o Rei Salvador de todo o tormento.

Neste natal, dia vinte e cinco de dezembro,
festejamos mais um seu aniversário
e nesta vida da qual somos transitórios membros
o embate contra o egoísmo, nosso maior adversário.

Nas nuances do nosso habitual dia a dia
vamos volver os olhos atentos e complacentes
para os sintomas do mundo, suas dores e fotografias
com olhos de criança, plenos de esperança, confiança inocente.

Foto de poetisando

Noite

Com o silêncio da noite
A imaginaçao se liberta
O meu coraçao acelera
Fica uma porta aberta

Percorre grandes distâncias
Que me põe a imaginar
Estou mesmo ao teu lado
A ouvir o teu respirar

Quando a noite é silenciosa
A imaginaçao põe-se a vaguear
Leva-me para sitios distantes
Onde te poderei mais amar

Com a imaginaçao liberta
O meu coraçao acelera
Nesta noite maravilhosa
Estar contigo quem me dera

Com a imaginaçao a vaguear
A distancia está a encurtar
Mas quando abro os olhos
Vejo que só tive a sonhar

De: António Candeias

Foto de poetisando

Correm lágrimas

Correm lágrimas pelo meu rosto
Sai do meu peito um grito de dor
Observando um sol-posto
Nem ele me quer dar calor
Fecho os olhos e sonho
Na ternura do teu olhar
Dos mimos da tua boca
Da tua maneira de beijar
Procuro nos sonhos os teus braços
Por entre uma multidão
Vejo um pedinte em pedaços
Também ele fugindo da solidão
Com a alma destroçada
Gritando para a multidão
Tentando que o ajudem
Para ele sair da solidão

De: António Candeias

Foto de poetisando

Onde andas

Ando sempre apressado
Sozinho pelas ruas e avenidas
Pensando e sonhando acordado
Quem eu teria sido noutras vidas
Onde estás ou por onde andas
Queria tanto te encontrar
Não sei mais o que fazer
Queria tanto te poder abraçar
Se nunca te vier a encontrar
Desta minha vida eu desisto
Não te irei nunca trocar
Podes crer tenho a certeza disso

De: António Candeias

Foto de poetisando

Pensamento

Está leve o meu pensamento
Como folha levada pelo vento
Procurando onde pousar
Onde chorar o meu lamento
Pensamento que vai tão longe
Como se andasse perdido
Voando como folha ao vento
Sem direcção nem sentido
Pensamento que me faz chorar
De lembranças passadas
De felicidade que vivi
Noites de felicidade sonhadas
Não sais do meu pensamento
Como eu te via com ternura
Julgando nunca que nunca acabava
Esquecendo que nem tudo sempre dura

De: António Candeias

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