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Foto de Riva

MEMORÁVEL PERDÃO

MEMORÁVEL PERDÃO

Quando daquele abraço acenei o meu adeus,
Rasos d’águas ficaram teus olhos na partida,
Olvidavas minhas súplicas aos carinhos teus,
Nos projetos de amor em prol da minha vida.

Hoje, desfaço o alvo em ser minha preferida,
À tanta beleza não via a minha grande ilusão!
Outra em teu lugar já tenho como pretendida,
Não mais em dor sangra meu dúlcido coração.

Nosso romance foi uma história mal sucedida,
O tempo, com certeza, apagará esta emoção;
Teus enlevos fizeram minha essência sofrida,
E nos meus enfaros, suportar com resignação.

Foram momentos lancinantes esta minha ida,
Triste mulher, abraça o meu humilde perdão!

Rivadávia Leite

Foto de carlosmustang

CAVERNOSO

Lá na terra de 'são nunca' meu poder absoluto
Eu faço tudo, sem enluto, passo em cima
Julgo, concepção, cambada de corrupto...
Corro atrás do trem, desesperado, trem que perdi...

Debulhei no passado, passado que existi!
Em dinheiro pra gerações, não surpreendi
Poderes é bom, pra direitos expandir...
Zanzando pra lá e acá, em vida a preservar

De sol, esperançar, em viver, amanhecer, acordar
Respirar, ansiar, caminhar, esplendecer o ser
Viajar, apaixonar, querer, comer, arrepender

Desejar, sofrer, odiar(sem desejar o mal pro ser)
Intrínsecas as almas, evoluir, perdoar
Delirar com a vida! Vencer

Foto de Enise

ESSE CARA SOU EU - Roberto Carlos - TRILHA SONORA SALVE JORGE

Quando a poesia está longe de mim...eu fico longe dela...
Uma hora a gente volta a se encontrar...
Enquanto isso, eu edito meus vídeos de musicas que é uma forma que eu tenho de me expressar também...
Enise:)

Link do vídeo: http://youtu.be/C3gckhI6eU4

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Foto de Carmen Lúcia

O tempo é agora

O tempo é agora

Deixei que corressem as horas
fazendo dos dias um tempo parado,
chorei as lembranças de outrora,
apostei no amanhã, desprezei o agora.

Tracei o futuro incerto, quis o ontem bem perto
de meu sonho estancado,
nem vi a alegria chegando
ancorada à certeza do presente ao meu lado.

Gastei toda carta da manga
num jogo blefado, caminho bifurcado...
e assim vi a vida escorrer
que agora sem tempo
pede pra reviver.

_Carmen Lúcia_

Foto de Ayslan

Uma lagrima

Meus olhos agiam-se sem entender
Logo senti algo percorrer pelo meu rosto
Senti como se arremessa no ar frases
Ouvi seu nome repetido varias vezes no vento
- Olha esse sorriso olhinhos brilhando
Não solta minha mão
Vem deixa eu te dizer as frases ao vento
Te peço apenas atenção
Talvez isso leve um tempo
Deixarei que o vento se encarregue de te dizer mesmo lento
Mas é esse logo tempo que preciso pra te falar
- Eu só penso em você
E só procuro um jeito, um lugar, um cantinho
ou um falar para poder te dizer meu amor
Algumas dessas palavras também se repetem dizendo
Eu te amo eu te amo
Eu digo vem aqui não solta mais minha mão
Me deixa escrever mais coisas sem noção
Me faz sonhar ser e querer te dar tudo
Cantar e poetar
Me faz te amar de uma forma que as lagrimas querem falar
que feliz também ate mesmo feliz se pode chorar...

Renê Ayslan
Para: Priscila

Foto de Anderson Maciel

QUANDO PENSO EM NÓS

Quando penso em nós dois
Eu esqueço que o mundo existe
Concentro-me e perco o depois
Pois a saudade é maior e persiste

Quando penso em nós dois
Perco a hora do jantar
Não consigo nem dormir
Mas só sei em meu quarto lamentar

Quando penso em nós dois
Fico quase sem juízo
Por não te ter perto de mim
Vou vivendo como um iludido. Anderson Poeta

Foto de Anderson Maciel

VOLTAR NO TEMPO

Há muito tempo eu quis
Poder escrever uma canção
Para falar de todo sentimento
Que assola meu triste coração

Mostrar-te o quanto estou abatido
Com toda a distância que nos separa
Pois meu espírito doente e sofrido
Já não consegue entrar na calma

Queria poder voltar no tempo
Onde as canções eram alegres
E o motivo de cada passatempo
Era cantarolar para você. Anderson Poeta

Foto de Nailde Barreto

Partículas de nós dois.

Mistura mágica de pó e água a flutuar,
Partículas cintilantes, soltas na imensidão ar,
Bailando, ao som da orquestra do amor e do amar...

Incógnita perfeita que enfeita e quebranteia o olhar,
Sereno e sedutor desnorteia num só pestanejar...
Essa mistura inocente, apaga a razão da mente, carente!
Elevando a vontade de orquestrar nesse grande baile...

Enquanto o coração se transforma numa grande fortaleza
Capaz de guardar as lembranças dos amores que passam...
Em tempo, cá de volta está o amor, a comigo bailar...
Enfatizando o grande sentido da vida: amar!
Até recomeçarmos como pó e água a flutuar.

(Escrito em 18/10/12 – Nailde Barreto)

Foto de marcosgambiarra

Pensamentos

Desejo e não posso ter
Sonho e não posso realizar
o que tenho em minhas mãos
são meros papéis e frases do pensar.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 8

E o gueto seguia a sua sina. Agosto continuava. De um lado, haviam uns pobres-diabos, de sangue quente e ralo, fracos como sua carne. De outro, os de sangue frio, os nobres, os prostituídos. É impressionante como esse universo em que vivemos sempre apresenta dualidades. O bem e o mal, a ordem e o caos, o positivo e o negativo. A vida e a morte. O destino e a discórdia. Parece que a chave da nossa existência, consciente, até que prove o oposto, é o puro e estúpido conflito entre um lado e outro. Como o branco e o preto, o homem e a mulher, eu e você. O amor e o ódio. A indiferença... As aparências enganosas...
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Clarisse, puta e fresca, mandava e desmandava após a morte do déspota Justo. Ela o envenenara, diziam os mais ácidos. De todo jeito, exercia seu poder de forma objetiva, sem rodeios para punir ou matar. A fome crescia. As rixas entre uns e outros esquentavam a frieza da antítese coletiva do buraco onde estávamos. Os tons variavam, para Clarisse, cinza e vampiro, para o povo, vermelho e sombrio. As facções tomavam conta do que o poder não se importava. E a turba, tarada e convulsiva, cantava assim:

- Morte aos infiéis! Aos traidores da fé e radicais! Morte aos sujos, aos virais! Que Deus abençoe os puros de espírito e só eles!

Clarisse ouvia e fingia que não.

- Esse bando de idiotas... Pensam até que fazem alguma diferença no mundo...

Clarisse se enfeitara de todas as jóias, roupas, perucas e os mais escandalosos adornos. Maria Antonieta sentiria inveja dela, se hoje possuísse a cabeça no lugar. Ela fizera um acordo com os dominantes, que poderiam explorar o que e quem bem entendessem do gueto sem interferências, desde que mandassem o mínimo de dinheiro e suprimentos para baixo. Uma troca perfeita. Bugigangas por ouro. Espelhos, pentes, pelo Pau-Brasil. Água potável por celulares. Qualidade de vida pela favela, e por aí vai. Enfim, tudo ia calmo e sossegado, até que os seres superiores decidiram controlar o crescimento populacional do gueto. Seu plano era jogar cocaína nas fontes de beber aos babacas de sangue quente. Marginalizar, culpar, destruir. Mas o efeito que obtiveram foi muito diferente do esperado.
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Pois bem, um Belo dia os dominantes jogaram o pó na água:

- É o pagode!

E o povo continuava:

- É o pagode!

O mantra se espalhava como a sangria de um cordeiro indesejado. Barrabás sorria. O reino dos homem resplandecia em alegria e empolgação.

- É o pagode!

Os dominantes jogavam o pó, jorravam, Clarisse deixa o canibalismo rolar solto. A massa é burra. Mas por ser massa, é manipulável. Quero dizer, todos ali tinham vontade própria, mas podiam ser condicionados. Outra hora eu estava falando com o Skinner, e foi isso o que ele me disse. O Planck discordou, mas o Planck discorda até dele mesmo. Já o Zeca Pagodinho assinou embaixo. Eu gosto do Zeca. Ele é legal.

Não se sabe bem como, mas em determinado avanço do batuque, as macumbas se intensificaram e o fogo começou. Não sei se o fogo foi proposital, se foi um gaiato que tocou, ou se foi uma empreiteira. Eu só sei que a chama subiu pelas paredes, madeirites, celulares de tela plana. O fogo destruia os crediários, os baús da felicidade, as roupas de marca, toda a tristeza de barriga cheia que o gueto alimentava para continuar a receber esmolas. Uma pomba andava os telhados, indiferente à baderna, uma cabra vadia olhava a correria e nada entendia. Eu só sei que a favela pegava fogo e não queria ficar lá para pegar fogo também.
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Eu corria e a torta segurava a minha mão. Os colegas, apesar do amor que eu sentia por eles, tentavam me pisotear e jogar contra o fogo. A tragédia era mesmo anunciada. Clarisse tinha anunciado aos macumbeiros que não interrompessem seus rituais, ainda que fossem consumidos pelas labaredas. A torta me puxava e impedia que a tara de me matar se consumasse.

- Dimas, não deixa esses porcos te matarem!

Não sei bem porque, eu por uns três milésimos de segundo valorizei minha vida. Me imaginei bem e feliz, realizado, sem medo de porra nenhuma. Obedeci a mulher que me amava e segui em frente.
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O fogo carbonizava colegas que eu sabia o nome e que não sabia. a cena era muito feia. As pessoas não tinham onde ficar, crianças choravam, vigaristas encenavam uma tristeza de forçar um choro inexistente, catárticos e sadicos apreciavam a ruína. O lixão da novela parecia um cenário de ficção, se bem que o lixão da novela é um cenário de ficção mesmo. Uma voz de olhos laranjas paralizou a escapada que a torta havia pensado com tanto cuidado.

- Calma lá, seus condenados! Chegou a hora da queima de arquivo.

Dona Clarisse queria nos mandar para o micro-ondas.

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