Alívio

Foto de Paulo Gondim

Lá fora, a vida!

LÁ FORA, A VIDA
Paulo Gondim
31/03/2011

Estou aqui, como simples criatura
A te oferecer meu ombro amigo
No meio da tempestade, um alívio
Para te proteger de qualquer perigo

Vem! Abre um sorriso, não chores!
O mundo lá fora espera por ti!
Esboça um sorriso largo, vê a vida
Ela está aí, de frente, a te sorrir

Vem, minha amada, não demores
O sol nos espera com sua luz
Em cada raio, um pouco de ti
Nos cabelos negros, nos seios nus

Vamos, que a vida nos espera
E nos convida, juntos, a caminhar
De mãos dadas, correndo
Sob a chuva a nos banhar

E quando dos corpos, o cansaço
Nos meus braços, terás sossego
Neles, esquecerás as dores
E terás paz sob meu aconchego

Foto de Amy Cris

Meu anjo

Anjo meu, loucura e ilusão se misturam a tua existência
Assim como a incerteza de saber se você vai me conhecer algum dia,
o medo de perdê-lo depois,
me corrói intensamente
Às vezes você é só um mito
ou um vulto, mesmo assim sinto-te comigo
Saber que você existe é um alívio para dores
que a vida me causa
É por isso que te adoro, ñ existe
nada mais sincero
que o sentimento que dedico a você
E assim vou brincando de viver, te esperando
e a cada dia te conhecendo um pouco mais,
esperando que nosso sonho se torne realidade
Nunca se esqueça que dentro de mim
você tem um lugar especialmente reservado
para recebê-lo e será assim
até que a morte nos separe...

(DEDICADO À 'LUCAS' - UM GRANDE AMIGO)

Foto de Marilene Anacleto

O Poeta

O POETA

O poeta se escancara ao mundo,
Sem vergonha de mostrar os sentimentos
Não tem medo de contar suas viagens
Para alguns, um grande atrevimento,

Para outros, apenas algumas miragens
Para aqueles, porém, muita loucura.
Para tantos, algodão doce e suave
Que alegra e dá alívio à vida dura.

O poeta vê a vida de outros ângulos.
É bobagem? Loucura? Não sei.
É preciso sair desses “retângulos”,
Que é vida a que se impôs o mendigo e o rei.

Na situação completamente adversa,
Impossível encontrar uma saída.
O poeta sai por uma janela aberta,

Passeia, respira, vaga e dorme.
Tranqüilamente tem a resposta certa
Para tornar, novamente, a vida bela.

Marilene Anacleto - 11/04/98
PUBLICAÇÃO JORNAL DO POVO - ITAJAÍ - SC – ANO I – N.º 01 – 13-02-99 – PAG. 03

Foto de Maria Goreti

TRÊS IRMÃS

.

(Reflexão de fim de ano)

Minha inspiração tirou férias! Que alívio!

Pensar que eu me sentia na obrigação de escrever todos os dias, qualquer coisa, para que meus leitores não ficassem à deriva. Absurdo!

Natal, passou em brancas nuvens. Ano Novo também.

A poesia não se fez presente no papel, mas na minha vida Estrelas de Belém se fizeram soberanas no renascimento de três irmãs: a Fé, a Esperança e a Caridade. Também não tive ceia farta, mas, o que me foi permitido ter, fartou-me e aos meus. Não armei árvore de Natal, porém um humilde presépio, num móvel, no canto da sala de jantar. A casa estava cheia, não de gente, de memórias dos encontros de outros natais e saudades de pessoas queridas que jamais voltarão, a não ser nas lembranças vivas em nossos corações.

Vi renascer a Fé na vida, ao sentir a capacidade de amar incondicionalmente, ao me ver forçada a abandonar o vício de comprar presentes e fazer o Natal comercial. Presenteei sorrisos, sentindo o sabor das lágrimas contidas. Vi renascer a Esperança, ao ver minha mãe recuperar-se de uma pneumonia e suas possíveis consequências, graças ao amor e dedicação que pude lhe dispensar, doando-lhe todo o tempo e paciência disponíveis e indisponíveis. Diante de trabalho intenso, de noites não dormidas, vi renascer a Caridade. Aprendi, com tudo isto, que Fé não é postar as mãos e colocar os joelhos no chão, dizendo em alto e bom tom “Senhor, Senhor!”, que Esperança é muito mais que desejar “Boas Festas de Natal de Ano Bom” e que Caridade não é abrir a “burra” e espalhar dinheiro aos quatro cantos, porque, se assim fosse, eu jamais poderia me colocar no patamar das pessoas caridosas.

Aprendi também que o Natal é todos os dias, cada hora, minuto e fração de segundo de nossas vidas. Que o Ano Novo, nada mais é que um dia após o outro. Que o sonho, a ilusão de que dias melhores virão, é que nos mantém vivos, apesar das dores e dissabores. Então, eu agradeço aos Céus as fichas que caíram sobre minha cabeça nestes dias de festas!

Que este seja um ano de Fé, Esperança e Caridade – em amplo sentido – nas vidas de todos nós!

Feliz 2011!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/01/2011

Foto de Lou Poulit

O CRONÔMETRO

Há alguns anos, acordei na cama de não sei quem. Eu não sabia o que estava fazendo ali, mas não tinha a menor dúvida sobre o que estava fazendo até adormecer, ou talvez devesse dizer desmaiar. A verdade pode ser muito crua para pessoas que nos amem, e tenham construído uma imagem nossa bem "cozidinha".

Eu não estava seguramente na minha casa, e não havia mais ninguém naquele apartamento. Tomei um banho morno para ganhar algum tempo e por as idéias em ordem, vesti-me, e como ainda não havia chegado ninguém que eu pudesse ver, além das estatuetas de ciganos, bruxas, gnomos e mais uma multidão de sapinhos espalhados (e todos pareciam olhar pra mim!) que acabara de descobrir ali, resolvi ir-me embora. Estranho isso. Ir embora de um apartamento desconhecido, sem despedir-me de alguém, ao menos dizer obrigado...

Na saída, uma espécie diferente de saci (de uma perna e meia, e com dois gorros vermelhos) próximo à porta me estendia a mão. Mais desconfiado do que generoso, eu arrisquei deitar cinquentinha. Mas caí na asneira de olhar mais uma vez para o seu semblante. E acabei deitando cem paus. Antes de bater a porta por fora, olhei pela fresta e, tal como se o moleque fosse eu, vinguei-me: Explorador!... No elevador desconfiei, pelo perfume fortíssimo que dois travecos deixaram ao sair, mas chegando à calçada acabaram-se as dúvidas. Eu estava na avenida Princesa Isabel, a larga entrada de Copacabana (coincidência?), para meu fugaz alívio fora do túnel dito do Pasmado! "Oh, my God! Oh my God... I more don’t want to be fucked"…

À certa distância, na confluência da avenida com o calçadão da praia, uma pequena multidão olhava para um out-door que não estava ali até a última vez. Aproximando-me vi que era um cronômetro eletrônico retroativo, comemorativo dos 500 anos da descoberta do Brasil. Fora inaugurado muito recentemente, deduzi. E eu repeti para dentro, balbuciando: Oh, my God... Em poucos minutos a multidão já não era pequena, e depois de mais algum tempo já me parecia assustadora. Mas não propriamente a multidão. Aquela gente toda, incluindo-se muitos turistas (estes por motivos bem mais óbvios) masturbava-se promiscuamente, para comemorar meio milênio de exploração.

Vagamente eu me lembrava de que alguém se dispusera a fazer algo assim comigo. E o fizera com requintes. Porém a bruma etílica não me permitia lembrar desta mulher mais do que uma meia dúzia de nomes. Afinal, que diferença faria o nome? O fato a moer-me a lucidez que restara, era saber que eu explorara e fora explorado. E ali estava eu cercado de pessoas tão festivas e presumivelmente tão pouco lúcidas, tendo por referência a lucidez que me restara.

Por um quase desespero, vire-me e fui me reencontrar no balcão de um bar. Pedi um café bem preto, alienado, como se estivesse num café expresso. Antes de servirem o café, porém, surgiu, não sei de onde, um negrinho cheio de dentes, com duas pernas normais, e com um pequeno caixote sob o braço, que apontando para os meus chinelos de dedo me pediu para engraxá-los. Lógico, escusei-me polidamente. Então ele fez gestos para que eu lhe pagasse um salgado (com suco). À minha recusa ele aceitaria só o salgado. A seguir disse que aceitaria um trocado mesmo... E para o meu desespero definitivo, a uma nova recusa ele pôs a mão na cintura acintosamente, olhou dentro do bolso da minha camisa, e me pediu um cigarro...

Eu deixei o bar para trás, retomei o caminho da minha casa com quatro certezas: primeira, de que para o negrinho não importava o que me tirasse, desde que tirasse alguma coisa; segunda, de que ele achava que eu era um turista e que tinha medo dele; terceira (oh my God!), aquele cidadão brasileiro aprendera, em no máximo 10 anos, a explorar o medo de um suspeito explorador comemorando os seus 500 anos; e quarta, que me esqueci de tomar o café. Afinal, eu achei que somos poucos, porque nossa população se reproduz a esmo, mas em vez de dias a contagem regressiva devia, ao menos estimadamente, contar as pessoas que se recusam a se abster de votar. Qualquer que seja o voto em algum nome, o sistema se reproduz! Se apossará dos votos branquinhos e dirá que os negrinhos é que se reproduzem como ratos.

(Lou Poulit, 2010)

Foto de diny

Morremdo de Saudade

Morrendo de Saudade

Lágrimas enrugadas
rios que correm torrentes
de soluços
a encher esse silêncio
como um tonel
no deserto dessa distância.

Coração cansado
sem luz, sem céu
sem felicidade, sem doçura
que uiva saudade,
desamparo, abandono,desesperânça
e só quer a inocência-criança
do teu colo! e no teu colo;
aconchego, alívio, e sono!

Pra depois, a loucura;
me abraça... sob ternura tua
põe a minha alma ávida por prazeres
no ardor e fogo desse amor
deixa a minha vida nua e tão tua
que... me abraça... meu coração flutua
tão profundamente emocionado
perdido e agitado
nesse sentimento de retribuição
tão rico de sentido!

Ah por fogo no paraíso!
na alma das carícias
suspirar de enlevos mil
com as delícias dos teus sorrisos
a doçura de teu sorriso.

Ah essa saudade se levanta ardente
e novamente morrendo de saudade;
teu rosto lindo, puro
teu ser tão penetrado de luz
tão luminoso!
tua voz...
boa e clara
como manhãs deliciosas,
e essa ansia de cair em teus braços,
meu amor!

Beijo suave e gostoso.

Diny Souto

Foto de Joaninhavoa

Fala-me de amor.

*
Fala-me de amor.
*

«Fala-me de amor
sem rodeios ou fantasias
Proclama o que te vai na alma
Confessa o gosto e o sentido apurado
do alívio libertado

Fala-me de amor
sem rodeios ou fantasias
Racionaliza o que te vai na mente
Ao fim de uma eternidade o tornado
sereno procriado

Fala-me de amor
sem rodeios ou fantasias
Convence-me que não há subversões banais
Sem anestesias! Diz que sou tua anatomia
Tua iridologia em perfeita ritmia

Fala-me de amor
sem rodeios ou fantasias
E vem dançar com o sexo da minha espécie
frágil e delicada! Feminina e sedutora
de belos seios e redondos traseiros

Há que manter a tradição
das artes de sedução e corte
nas vãs encruzilhadas! Magia no tempo
de momentos ou segundos
Sabor de brisas prolongadas.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
22/01/2010

Foto de Recrucify

Caixão lacrado

O melhor momento da minha vida, e você lacrou
Destruiu minhas esperança, meu mundo acabou

Só o que eu queria, era um caixão destampado
Mas no velório você me pôs, num caixão lacrado

Meu único orgulho nessa vida, se resumia a um momento
Em que eu alimentava os vermes, com minha carne apodrecendo

Me devolver à natureza, era algo que eu esperava
Só desejava que os outros vissem, a única coisa de que me orgulhava

Em que as pessoas pudessem acompanhar meu retorno à natureza
Minha matéria a se espalhar, com os vermes dançando em minha cabeça

Nunca tive vitórias, a humanidade de mim sempre teve nojo
Minha única vontade, era ter este momento glorioso

Mas como tudo nessa vida, termina com uma decepção
Você olhou para meu corpo, e lacrou o meu caixão

Agora morto, estarei presente do seu lado
Rindo de suas agonias, tornei-me um espírito atormentado

Durante toda sua vida, estarei a te amaldiçoar
E nunca o seu corpo, eu vou deixar de encarar

Por ter lacrado meu caixão, impediu que todos pudessem ver
Meu corpo apodrecendo e a pele a se desfazer

Te perseguirei de hoje para sempre
Suas lágrimas serão o alívio da minha mente

Do seu terror me fiz crente, nesse momento deprimente
De ódio e tormento, com um horror resplandecente

*Este poema é uma analogia a uma pessoa que acabou com meus sonhos. Eu punha fé num momento, que pra mim era tudo, troquei tudo que tinha por ele, apostei todas as fichas, e essa pessoa definhou meu sonho, minha vida, minha esperança. Agora vago vazio, vazio... Tudo que me restam são as drogas a me dopar, minha vida é perdeu o sentido!

Foto de delicate_ro

[A Noite Cai De Uma Altura [Im]possível]

Desejos antigos
Em rascunhos nas páginas da memória
Ternos como as madrugadas
Bordadas a sedas e carícias.

Nestas minhas indefesas madrugadas
Cesso sonhos [adormecidos]
Nos caminhos bordados a palavras e certezas
Na voz dos teus olhos entrelaçados de promessas.

No silêncio à espera do alívio [imediato]
Em minhas madrugadas peregrinas
A noite cai de uma altura [im]possível
Quebrando insanos desejos e delírios.

Quimica cheiro e pele
Doce tormenta que cega os meus sentidos
Porque a cada dia [Eu] te preciso mais e além
E transbordo em lágrimas se [Tu] não vens.

By яσ ੴ



Foto de wandersonfeliz

soneto do eterno luto

ASSIM QUIS DEUS QUE FOSSE MINHA SINA!
NESSE LUGAR TÃO TRISTE DOU ME A LEMBRANÇA
QUANTOS BEIJOS SEUS ARDERAM EM MIM... BONANÇA
TER-TE JUNTINHO A MIM..AMOR...ME ENSINA

A VENCER ESTE LUTO A QUAL MINHA ALMA SE INCLINA
NESTE JAZIGO ESTOU CONTIGO!...ESPERANÇA...
QUE ESTA DOR QUE ME CONSOME E MAIS SE AVANÇA
TORNE EM PÓ ESTA VIDA QUE ME DESATINA!

PERCORRO AGORA OS VALES DO PENSAMENTO
E ME PERGUNTO:-O QUE ESTOU FAZENDO?
QUANTAS LÁGRIMAS DERRAMAREI ATÉ QUE MORRA?

E SINTA O ALÍVIO VITAL DA INCONSCIÊNCIA
DOIS CORPOS QUE NA ETÉREA EXISTÊNCIA
RESPLANDECERAM AMOR PELO MUNDO AFORA

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