Alvo

Foto de Graça-da-Praia-das-Flechas

"em frente ao espelho

Quero,
ser o alvo de desejos,
encontro-me sozinha em pleno cio,
o que me faz em desvario...
Quero,
ser acariciada,
por mãos quentes,tocada,
preciso de um macho neste instante,
estou na cama deitada,
aguardando a madrugada
para acabar com este tesão
que me alucina,
me faz arder em febre e me domina,
esperando para apagar o meu furor...
Quero,
um macho sobre mim,
despejando em meu corpo doce licor,
a espessa seiva do sexo,
deixando-me bêbada de amor...
Quero,
ficar nua em puro pelo,
colocar-me de frente ao espelho,
acariciar meu corpo em desatino,
penetrando em todos os meus meios,
aqueles, que me trazem devaneios...
Quero,
gozar em abundância,
com meus dedos me bolinando,
doces sucos derramando,
e eu, como louca vou lambendo,
doce mel que de mim está escorrendo,
meu corpo nu está fervendo,
o espelho embaçando,
eu sozinha me erotizando...
Quero,
abrir todas as janelas,
ver aquele vizinho louco,
que ao me ver assim tarada,
na solitária madrugada,
não sabe mais o que fazer,
para sentir fluir ao máximo,
o seu ensandecido prazer...
Quero,
virar de frente para ele,
apertando meus bicos rijos,
ele entrando por mim em desvario,
vendo-me qual cadela em pleno cio...
Quero,
que ele me mostre o membro em riste,
deliciando meu apetite,
cada vez me excitando mais,
minhas mãos pelo ventre descendo,
meu sexo vou novamente alisando,
em minha gruta quente,
meus dedos loucamente entrando,
num vai e vem manhoso,
e eu gemendo em ais...
Desejo, loucura, pensando,
penetrando,
acariciando,
metendo,
tirando,
lambendo,
me lambuzando,
e o pobre do vizinho,
acreditem,
está por mim ,
chorando !...
ahhhhhhhhhh, como te quero...

respeite os direitos autorais!

Foto de Edson Rodrigues Simões Diefenback

O ato de escrever

A escrita aproxima as pessoas de uma forma quase assustadora.
É como identificar, nos outros, parcelas de nós mesmos.
Ler nas palavras perdidas em blogs, livros, crônicas, as nossas loucuras, os nossos mais inconfessados anseios.
Os laços que se criam entre duas pessoas apaixonadas pela escrita faz com que se apaixonem entre si e, partilhem, silenciosamente, rasgos mentais.
Um espelho por vezes algo grotesco em que vemos o nosso íntimo no íntimo do outro, o nosso sorrir no sorriso do outro.
E a dor na dor do outro.
Duas pessoas que partilham dor nunca mais poderão ser indiferentes aos vultos dos seus corpos.
Quantos desses encontros fugazes com as nossas metades perdidas no mundo, soltas a voar no espaço da criação?
Quantas palavras ficam por ser ditas nessa mútua compreensão amargamente doce.
Quantas sensibilidades iguais, atrações criadas e recriadas nesse espaço-tempo criativo e sensual?
A escrita é espaço de tentação. De tensões que aproximam e a afastam os possuídos.
Só outro possuído para compreender a possessão.
E não é isso que todo o ser humano procura? Compreensão?
Essa identificação serena e ao mesmo tempo revoltada em que queremos ser o alvo do poema, queremos ser o amor e o amado, queremos ser o destinatário dessas palavras, dessas teias invisíveis e, no entanto, tantas vezes palpáveis.
Sim, a escrita, é um ato sensual.
Uma veste que nos torna tão deslumbrantes aos olhos dos outros... dos que nos desnudam devagar, com profundo deleite.
Talvez tudo se resuma a isso... A um amor imenso que nos assoma e nos entrega nas mãos que seguram a caneta. Nos dedos que batem no teclado.
Sendo dos meus leitores, não sou, porém, de ninguém. E isso torna-me muito mais apetecível.
Muito mais... etéreo e majestoso.
Por isso me escondo. Me resguardo. Para que possam sempre sonhar com o deus que gostam de idealizar.
E que, infelizmente, é tão humano. Tão imperfeito e estupidamente humano.
Visto-me de escrita e danço para vós. Desnudam-me devagar e eu deleito-me, num orgasmo literário, numa sensualidade crescente e viciante.
Quando saio do palco volto apenas a ser eu... Coloco suavemente as minhas vestes num armário enorme e suspiro.
Aqui nos bastidores fico sozinho. E mesmo assim cheio de outras personagens que leio e releio pelos dedos dos que amo ler. Inebriado de criatividade.
E amo... amo a escrita... amo os escritores e as suas palavras.
Mesmo quando estou sozinho... E preenchido de ti.

Foto de souza vinicius

Uma flecha para Odin

Te ganho, te engano, te espero,
te tenho

te zelo e percorro o teu corpo
com esmero

te lambo felina no cio no meu bosque
sempre que minha pena é pequena,perto perto do culpado cupido,
estúpido garoto travesso que acertaste o alvo errado,
tornando o deus nórdico Odin,escravo do coração; "Odin um lirico apaixonado!"
Que besteira!

Te consumo com meu pensamento,
te resumo com meu pensamento e te engano com meu pensamento!
te desvirgino com a minha vontade de ser teu!

cupido idiota foi aquele que acertaste Odim erroneamente,
pois quando lhe mandaram flechar um deus, não era ele, e sim a mim!
Cupido bitolado tú es o culpado do meu desmparo
eu queria amar, eu queria!

Foto de himesama

Deve ser bom sentir-se amada...

Deve ser bom sentir-se amada.
Amada profunda e sinceramente.
Poder caminhar juntos, rumo a um mesmo alvo. Ter os mesmos anseios, cada um a seu modo...
Deve ser maravilhoso pensar juntos, rir juntos...
Poder observar um pôr-de-sol sentados

Foto de himesama

Deve ser bom...(Himesama)

Deve ser bom sentir-se amada.

Amada profunda e sinceramente.

Poder caminhar juntos, rumo a um mesmo alvo.
Ter os mesmos anseios, cada um a seu modo...

Deve ser maravilhoso pensar juntos, rir juntos...

Poder observar um pôr-de-sol sentados

Foto de quimnogueira

Queria ser o teu sonho...(Quim Nogueira)



... Em frente ao espelho da cómoda do teu quarto, sentada num banquinho forrado a tecido de cortinado vermelho, penteavas os teus cabelos, num ritual que funciona mesmo sem dares por isso...

... a escova passava ora uma, ora duas vezes, de cima para baixo e alisava os teus cabelos sedosos, cor de mel e de marfim... brilhavam no espelho e te revias momento a momento numa expectativa de mudança, o que não acontecia pois não podias ficar mais bela do que aquilo que já eras... a beleza em ti não residia nem morava ... era!...

... a tua camisa de noite, acetinada bege, de rendas sobre o peito alvo de seios firmes e redondos, deixava transparecer a cor da tua pele suave e doce ao olhar sem ser preciso tocar...

... a tua cama de lençóis de prata, aguardava o teu corpo numa ânsia lasciva de quem à noite, só, te espera num desespero de intocabilidade ... e tu, demoravas...

... da cómoda tiraste um frasquinho de perfume e te ungiste com ele o que provocou um agradável respirar a todos os móveis que te rodeavam ... e a tua cama, ansiava pela tua presença... e o teu corpo demorava a conceder-lhe esse desejo...

... levantaste-te de fronte do espelho e te miraste novamente de corpo inteiro e gostaste da tua imagem alva e bela naquele quarto iluminado pela tua presença ... olhaste de soslaio e ... sorriste ...
... sentaste-te na beira da cama e esta suspirou docemente perante a antevisão de que em breve te possuiria. Tiraste os teus pézinhos leves de dentro dos chinelos de cetim vermelho, levantaste um pouco o lençol e te entregaste total e lentamente ao prazer de estender do teu corpo e da entrega final ao teu leito...

... a tua cama nem sequer se mexeu ... aquietou-se para não te perturbar, para que não te arrependesses daquilo que acabaras de fazer, com medo que te levantasses e ela te voltasse a perder...

... a tua cama inspirou baixinho a fragrância do cheiro da tua pele e deixou-se ficar aguardando o teu próximo movimento...

... deitada de bruços te deixaste finalmente ficar e tua cabeça leve pousada de mansinho na almofada, arfava lentamente o teu respirar de prazer por mais uma noite de descanso... e de sonhos...
... teus olhos semicerrados viram a lâmpada acesa e teu braço se estendeu ao interruptor da mesinha de cabeceira para a desligar. Os teus movimentos eram propositadamente lentos para que o tempo demorasse ainda mais do que aquele que já existia...

... e a tua cama sentia... na obscuridade do teu quarto, teus olhos semicerrados olharam o tecto e se fixaram na sua alva cor que permitia uma réstia de luz no meio da escuridão...
... olhaste a janela e pelas frinchas da persiana, divisaste a luz cinzenta duma lua crescente ... avizinhava-se uma noite de lua cheia e teu corpo descansou por um momento... a tua cama então suspirou e te abraçou fortemente...

... em suas mãos te acabavas de entregar... e o sono chegou.... adormeceste...

... não sei mais o que se passou... a noite decorreu, teu corpo diversas vezes se moveu...
... a tua cama não se movia, com receio de te acordar; abraçava-te sempre para não te deixar fugir ... sentia-te sua e possuía-te num sonho imenso de impossibilidade, de impotência, de raiva, por não te conseguir ter tendo-te ali...

... tua mente adormecida, movia-se e sabia-se que sonhavas...
... a tua cama te tinha ... ali, indefesa, sozinha...
... sonhavas e eu aqui, nada mais te pedia ... nada mais desejava...
... queria apenas ser o teu sonho..

Quim Nogueira

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