Andorinhas

Foto de Ivone Boechat

Andorinhas

Andorinhas
sobrevoam
espaço fugidio,
levando
conforto e carinho,
ao arrepio
da solidão...
procuram
lugar seguro
para o ninho,
abraçam
outra andorinha
pra fazer
verão.

Ivone Boechat

Foto de Delusa

Melodias de liberdade

Quero voar como as andorinhas,
E em voos altos coroar-me de sonhos,
Que em ti repousam,
Amor meu, doce carinho.
A ti ofereço as minhas asas,
Em melodias de liberdade.

Delusa

Foto de Remisson

Substância

Para Rosangela de Fátima

Encontro-me tantas vezes pensando em ti
e visualizo tua perfeita forma de mulher,
o dia a aflorar-te nos lábios de veludo,
a noite a escorrer-te pela seda dos cabelos.
Se estás longe de mim, dia após dia
transformo-te na delícia do fruto que aprecio,
no frescor da água que me sacia a sede
e na substância, enfim, que me permite o amanhã.
Posso te sentir na suave brisa matutina,
nos primeiros raios do sol que me aquecem
e ouso ver-te em cada objeto, em cada rosto,
em cada gota de orvalho da verde grama
e no ruflar das asas das andorinhas...
Sou pequenino ante tua presença
e obscuro na tua transparência,
mas meus olhos mantenho cerrados
enquanto o dia corre,
enquanto a hora vital não chega,
até que te encontro, nascida do nada,
florescida, cristalina ante meus olhos,
e bebo da taça dos teus lábios
e aqueço-me do sol do teu sorriso
e me desfaço em infantil alegria...
E vão-se do meu rosto a sombra e a amargura
e tudo o que me faz sofrer quando não te tenho.
Onda que vem
e que vai
e vem novamente
e torna a partir,
mas que não escoa nunca,
neste oceano de delícias que é o teu corpo,
que banha o meu corpo,
que faz nascente o sol no meu rosto.
És a delícia, a doçura dos meus dias
e a cada hora te espero
para reinares sempre em minha vida

Foto de Marilene Anacleto

Nada me Inspira

Nada me inspira.
O cansaço, meu sono tira.
Ao lado da cama, livros em pilha.
Procuro encontrar minha poesia.

Ainda faço os passeios da manhã
Quando aparecem nuvens de algodão,
Cedo, ou logo que se veja a chuva
A formar espelhos pelo chão.

E, à tarde, assim que o pedreiro sai,
Caminho a arrastar os pés.
Os fios se enchem de andorinhas,
Gaivotas cantam a volta ao ninho.
Um banho, um café, uma novela,
Eu me amontoo e qualquer cantinho.

Declaração de amor, conversa de paz.
Ele chega, mais um café.
Acompanho-o com muito amor.
O cansaço não me deixa de pé.

Levanto, vou escrever. Nada me inspira.
Ainda bem que ele não se irrita.
Vou dormir. O cansaço, meu sono tira.
Leio umas páginas dos livros da pilha.
Nada. Procuro encontrar de novo minha poesia.

Foto de Marilene Anacleto

Cinco Ritmos de Amar

Anoitece. Andorinhas de pensar,
Em pautas musicais dançantes
Ao vento de aromas do mar,
Repousam.

Casais se achegam, errantes.
Afagos liberam cansaços
Do tempo de trabalhar.
Afinam-se.

Escurece, intimidade suspira.
Os sons suaves de uma lira inicia
Os cinco ritmos de amar.
Realizam-se.

Foto de Marilene Anacleto

Cataratas do Iguaçu

Contemplo a natureza ao caminhar pelas passarelas.
Meu pulmão fica tão limpo com tantas árvores no entorno,
Que me sinto parte delas.

Avanço para mais perto onde caem mais fortes, as águas.
Um banho de água fria, emoções entrelaçadas.

Uma respiração profunda. O choque da água na pele
Liberta variadas tensões, vão-se inúmeras mazelas.

Coloco asas nos pés, por trás das quedas eu voo.
Procuro as andorinhas e seus ninhos de amor.

Deslizo no arco-íris, procuro meu pote de ouro,
E o encontro no final: meu amado, meu tesouro.

O céu azul deste dia traz-me o sol nesta água.
Borbulham os diamantes, belezas que não se paga.

É um partilhar divino: águas, matas, energia.
Em cada olhar a paixão que externa nossa magia.

Sensibilidade à flor da pele, face emoldurada de paixão,
Lugar propício para encontrar um amor para o nosso coração.

De onde vem esta água? Do seio de um Ser Maior,
Inunda-nos de ouro e prata, arco-íris, vasta mata,
São versos do Seu amor.

Não deixe de visitar, e votar nas cataratas.
Acesse: votecataratas.com
É um voto para Deus e Seu amor em cantata.

Foto de Marilene Anacleto

Prece às Crianças

Mãe compassiva e amorosa,
Fé no homem e na vida,
Protege nossas crianças
Com voares de andorinhas
Em Sua alma de esperança.

Cobre de amor os Seus filhos,
Feito rendas em um altar.
Socorre, a qualquer gemido
Que os amados insinuam dar.

Mãe Eterna, companheira,
Mimosa flor de jardim,
Coloca, em nossas almas,
Notas de rosa e jasmim.

Nossa fé traz Suas brancas asas
De proteção aos filhos meus e teus.
O Amor, entre pétalas douradas,
Permeia a vida de cada filho de Deus.

Aos gemidos e agonias desta estrada,
Suplicamos Sua presença, Mãe querida.
Protege nossas crianças em Sua Alma,
Preenche a vida delas com as flores
Do Seu altar, Santa Mãe Aparecida.

Foto de gladiadorcorinthiano

"Quanto vale meu Pensamento?"

"Um dia uma pessoa me perguntou quanto vale meu pensamento?
Respondi que a partir do momento que o luar se tornar mais belo que seus lábios...e que as estrelas ofuscarem o brilho dos seus olhos...
Respondi que quando eu ver uma borboleta conseguir imitar a coreografia dos seus passos e conseguir bailar nos ares...e que o seu perfume de jasmim ao amanhecer umedecido pelo orvalho da noite, se tornar obsoleto...
Que se o meu verão contigo for pior que o das andorinhas, e o beija flor perder o encanto das flores...
...prometo dizer quanto ele vale, pois será um precinho de um coração loucamente apaixonado...valerá o ultimo restante do meu contentamento: o preço de um sorriso, pois sempre ele me fez feliz! Te adoro por demais!"
Bjokas!

Foto de Marilene Anacleto

Entre a Vigília e o Sono

*
*
*
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Entre a vigília e o sono
Eu te encontro
E vivo e renasço
Quanta ternura nesse espaço
Quanto sol
Quanto céu
E cantares de andorinhas
E cochichos de borboletas
E beijos de beija-flores
Quanta brisa a tocar-me
Quanto aroma a incensar-me
Quanto carinho a afagar-me

É outro mundo
Entre a vigília e o sono
Onde o corpo não pesa
Onde a tarde é festa
Desnecessário comer
Tampouco dormir
E, de todo satisfeita,
Apenas sentir
O encontro com o amado
Fazer o que quiser
Completar nosso viver
Com aquele bem querer.

Tudo, tudo em movimento
Num misto de choro e suor,
Surge a paz que vem de dentro
A mostrar o que é melhor.

Entre a vigília e o sono.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Momentos de Deidade

*
*
*
*

Boiar sob andorinhas,
Fazer do corpo uma barquinha
Sem poder e sem vontade.

Deixar-me levar pelas ondas,
Sentir-me areia e água,
Momentos de deidade.

Respirar a areia fresca
Sem mesmo sentir a cabeça
Mas sentir felicidade.

Sentires que irão comigo,
Gratidão ao amado-amigo
Levadas à eternidade.

Marilene Anacleto
24/01/01
Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 30/10/02 e 22/06/05

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