Sim, bobagem tudo que relatei.
É besteira o que expresso.
A verdade dói e te feri.
Bobagem tudo que foi vivido.
Sim, é bobagem o que sentimos,
Jamais será esquecido por mim...
Quanto mais se revive o passado
Mais o tempo se torna perdido.
Simplesmente porque tudo é bobagem.
E ainda quer explicações do passado?
Esquecendo-se que você também errou.
É bobagem para você não declarar amor;
É bobagem não andar de mãos dadas com a namorada;
É bobagem deixar a amada solitária em casa;
É bobagem ter que suportar a sua ex-namorada;
É simplesmente bobagem!
Hoje, tudo isto se resume em bobagem.
Foi bobagem o nosso amor?
Foi perda de tempo ter amado você?
Foi uma grande burrice te me envolvido?
Os anos se passaram,
Os sentimentos que vivemos é bobagem.
Nossa história não tem mais recordação,
Foi arrancada da minha lembrança, do meu coração.
Quando eu era pequenina,
Nunca vi o PAPAI Noel,
Como vêem as criancinhas
Que nascem viradas para o céu...
Meu pai sempre dizia:
- “Filha, ele é um “bom velhinho”
De nenhuma criança ele se esquece,
O mais provável é ele ter “errado” o caminho...
Sua voz era límpida e calma,
Transmitia paz a todos que o ouviam,
Seu olhar desnudava minh’alma
Com tanto amor a todos convencia...
Eu, inocente chorava
Com pena do pobrezinho
Que o visualiza caminhando pelas noites
Na escuridão, tão sozinho...
A Deus até fiz uma prece
Que em minha janela não chegasse
Para que nunca soubesse
Que eu andava descalça..
Dia 15 de novembro fiz sete anos,
Ganhei meu primeiro sapatinho,
Toda feliz sai saltando,
Mostrando para os vizinhos.
Em seguida foi o Natal
Pensei: Papai Noel já pode chegar
Não vou decepcioná-lo
O sapatinho ele vai encontrar
Na janela coloquei tudo que tinha:
Sapato, capim para as renas,
Água para o bom velhinho,
Meu coração com um sonho de criança,
O de ganhar o primeiro presentinho...
Logo de manhã bem cedo,
Correndo fui abrir a janela
No coração, esperança e medo,
De se formar mais uma seqüela.
Vazio encontrei o sapatinho,
O capim, a rena comeu,
No lugar do presente, encontrei bilhetinho:
... Você nem percebeu?
O presente dormiu do teu ladinho...
Foi minha primeira e única boneca, que guardo até hoje...
O difícil foi entender: Se ele não usou o sapatinho para colocar o
presente, se o sapatinho não lhe fazia falta, se não era ele o problema,
por que até então, ele só encontrava a casa sede da fazenda, (a
30 metros da minha) onde moravam as filhas dos fazendeiros?...
Preocupo-me porque sei que ainda hoje existem muitos endereços não localizados pelo PAPAI NOEL...
Se alguém quiser me ajudar a localizá-los, me visto de PAPAI NOEL e saio por ai, fazendo o papel dele...
Pensem,se Papai Noel teve dificuldades de localizar minha casa na roça, e até hoje não conseguiu "localizar" endereços de crianças que tem endereços completos como nome de Ruas, CEPs, Bairros e tudo mais.
Imaginem nesse emaranhado de janelas sem ruas, sem CEPs... e sem dignidade humana?
Quantas crianças o aguardam descalças ainda?...
Que tal fazermos nossa parte dando o primeiro sapatinho...
Quem quer se aventurar e comigo se vestir de PAPAI NOEL fazendo sua doação?
Fragmentos do passado,
Tempo que fui feliz e não soube valorizar.
Pedaços de mim ficaram no passado
E precisei sozinha continuar...
Estilhaços do nosso amor,
Por muito tempo tentei escapar.
Meu coração permaneceu amando,
Bateu forte pedindo para te procurar.
Lembranças que jamais esquecerei...
“Beijos de uma menina linda,
Beijos do amor da minha vida”.
Declaração nunca declarada;
Afirmação por sua parte que emociona.
Uma filha que desejei demais,
Fruto do nosso amor abençoado.
Uma sementinha do nosso amor
Que poderia ter acontecido.
Uma máquina do tempo,
A sugestão me perturba.
Por anos desejei este pedido,
Mas meu coração pertence a outro.
Máquina do tempo...
O tempo que não volta mais.
Podemos apenas recordar,
E quem sabe um dia, recomeçar.
17.08.2007
Escrito por Graciele Gessner.
* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!
Segue o video-poema:
Máquina do Tempo.
Edição: Fernanda Queiroz
Poema: Graciele Gessner
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Nota: O poema e o video estão sendo republicados no site:
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/graciele_gessner/maquina_do_tempo
Enviado por Carmen Lúcia em Qui, 10/07/2008 - 00:06
"Poetando..."
A noite estrelava em minha janela aberta...
Chamava-me até ela para que eu visse o quanto estava bela.
Num impulso “Bilacquiano”, comecei a vê-las...
Como é lindo entendê-las!Amar é ouvir estrelas...
Meu sonhar levou-me até elas...
Sonho é essência da vida...
E, segundo Neruda, em versos,
passa incólume por ela
quem não ousa o incerto,
sucumbindo no que julga certo
e desiste de seus sonhos...
Aprendi com Shakespeare,
que os acontecimentos do dia
é que tecem a fantasia...
E que nos fazem sonhar...
E tornam a vida espetacular...
Que o tempo não cura ferida nem dor.
Somente o Amor!
De Clarice, um pensamento Lispectoriano:
Não devemos passar o tempo enganando,
mentindo pra si mesmo, quando não se ama mais...
“Ainda te quero como sempre quis”,
inverdade que com o coração não condiz...
Mas, de tudo, aprende-se lição.
Nada é em vão...
Sabemos do começo, nunca do fim...
A vida pode ser curta ou longa demais...
Cora Coralina, semi-analfabeta, ensina:
ninguém sabe de nada, de antemão...
Por isso, para que o viver tenha sentido,
pra que nada tenha sido inútil,
toquemos as pessoas com o coração...
E no tarde da vida, decorridos os anos,
quando a carência de afeto humano
bate tão forte... Desmedida e sem norte...
“Saudade de quem quero abraçar e não vejo”,
“Acabo de receber pelo correio, um beijo.”
Adélia Prado, em seu verso alado,
“Não quero faca nem queijo.Quero a fome.”
Todo o resto, agora, me consome.
Enviado por Carmen Lúcia em Ter, 08/07/2008 - 23:01
Nós...
Nós,
Que já vivemos juntos tantas situações,
Compartilhamos juntos todas emoções,
Fomos cúmplices, segredamos utopias,
Vilões e heróis de nossa própria fantasia.
Nós,
Que fomos muito além dos sonhos,
Reinventando rotas, recriando planos,
Intensificando dias, meses e anos,
Vendo tristonhos, cair as folhas de outono.
Nós,
Que já vivenciamos tanta dor,
Nos abraçamos para dar-nos mais calor,
Nos consolamos, enfrentando temporais,
Trilhando juntos os mistérios abissais.
Nós,
E as aventuras por debaixo do lençol
A descobrirmos as nuances do arrebol...
Foi tanto amor, por ser demais se desabou
E separados, ninguém sabe o que restou...
...ou se restou...
(Carmen Lúcia)
Obrigada, Enise, por ter me proporcionado essa grande alegria, ao dar-me esse presente.
Enviado por Paulo Gondim em Ter, 08/07/2008 - 03:34
IGUALDADE
Paulo Gondim
07/07/2008
Vês, todo teu pensamento não mais conta
Nada restou que pudesse servir-te de memória
Toda tua empáfia sucumbiu. Estás mudo!
Poucos se lembrarão de tua pobre história
Os anos de dourado viver já não existem
Esses mesmos anos se fizeram teu algoz
Aos poucos te consumiram por inteiro
Restando-te a desventura desta sina atroz
Fizeste-te desigual, superior e desumano
Nada te satisfazias na tua cruel postura
Não aceitavas nada além de tua vontade
O outro para ti era somente pobre criatura
Mas o tempo sempre cura as mágoas e feridas
E haverás de purgar todas as ilusões perdidas
Talvez, tua teimosia se mantenha apenas por sorte
Mas hás de te tornares bastante, por igual, na morte
O sol brilhava
Uma brisa de vez em quando passava
Uma nuvem por ali andava
Um ponto rosa também lá estava
Lá bem no cimo do céu, deitado na nuvem
A cantar, a sonhar, a sorrir, a viver...
Mas assim, de repente, muito de repente, sem ele se aperceber
Sem o sol se dar conta, sem a nuvem estar à espera
Ficou de noite..
Ficou o céu tão escuro
O vento tão frio
Foi tudo tão rapido...
Dias e dias se passaram
Semanas.. meses.. anos..
O sol nunca mais apareceu
Nunca mais se viu a luz do dia
Nunca mais se sentiu a leve brisa
Ninguém viu
Poucos perceberam
Poucos sentiram
Poucos ouviram
Que a noite nunca mais foi o dia
Que a lua nunca mais foi o sol
Que o vento nunca mais foi a brisa
E a nuvem ?
É agora a terra onde estou sentada
Com um caderno e um lápis
A contar-vos a história
Do ponto negro que outrora foi rosa...
Enviado por Drica Chaves em Seg, 07/07/2008 - 14:03
Venham jovens queridos fazer desse mundo um paraíso.
Vem ó mundo querido fazer desses jovens todos unidos.
Todos os jovens são frutos do amor
Sem esses jovens não existe amor
Juntos o mundo tem mais harmonia
Plantemos amor pra colher alegria
Dancem com as cores do mundo
E seu colorido reflete mais fundo
Tristezas não levam a nada
Sigamos em frente já estamos na estrada.
Pra renovar é preciso crescer
O que se planta é preciso colher
Se tem a idéia é preciso cantar
O que se canta é preciso dançar.
Eis aí o meu primeiro poema que escrevi aos dez anos de idade.
Meu pai radiante e meu incansável incentivador, pediu a um amigo músico -Jota Silveira- (inclusive, tive o prazer de reencontrá-lo depois de muitos anos aqui onde moro atualmente, em um show dele na Casa da Cultura), que fizesse uma melodia e ensaiasse. Então virou música e nesse mesmo ano participei do Primeiro Festival de Música Almeidense. (Lembra-se Bira?) Foi muito bom!!!
E desde então continuo a escrever até hoje...
Obrigada, meu painho amado, que está no andar de cima, bem pertinho de Deus.
OBS.: Agradeço às Amigas Poetisas LU LENA, por fornecer algumas das imagens e SEMPRE-VIVA pela músicas.
POESIA: CREPÚSCULO DOS ANJOS NEGROS E AZUIS - 1ª parte
A noite cai e mostra teu vulto suave a caminhar sob os últimos raios de sol.
Leve brisa farfalha as folhas dos coqueirais do teu reino à beira do mar.
E tu caminhas devagar, a sonhar, a imaginar o teu amor que ali poderia estar
A te beijar, a sussurrar em teu ouvido todos os tempos e modos do verbo amar.
À tua frente vedes a imensidão do mar, este imenso oceano que te fascina,
Imensidão de águas que agora suavemente lançam na areia sob teus pés o frescor
Da mesma onda que noutro instante te elevou num vai e vem de ardor
E mostrou a tua frente imagem sorrateira do espectro que representa tua sina.
Espectro esvoaçante que te atinge com o lume estelar de muitos anos passados,
Vibrando por ter te encontrado e que suave e levemente te acaricia,
Com o sopro das próprias águas do mar, que molham seus pés e em tuas pernas respingam,
Atingem tuas coxas e se tornam em espécies de mariposas que te aquecem em fogo lento,
A te acender ardentemente atingindo o teu antro, tua alma e o teu coração,
Fazendo a vibrar de emoção em contínua e desejosa excitação de amor,
Que são as chamas ardentes de um fogo eterno que te vêm buscar da imensidão
Do tempo onde sempre e sempre esteve a te espreitar e aguardando momento
De se achegar de ti Anjo meigo que voluptuosamente se transforma em ardoroso
E fogoso Anjo Azul que sob a luz do luar prateado mostra os contornos da mulher
Sedutora e atraente que ao sorrir dentre os dentes sussurra cantos de amor,
Cantos de uma sereia que se transforma em uma diva, uma diva encantadora,
Com lábios carnudos e sensuais que atraem com o brilho ofuscante dos olhos verdes
A cintilar como duas estrelas sob a escuridão da noite e atraem o espectro milenar,
Transformando-o em homem que te abraça, te enlaça e te beija e faz-te suspirar...
Ato transcendente que sentes em todo teu corpo que vibra e tua rosa desabrocha
E atrai o lume quente que te toca e te faz ferver, enquanto os lábios trocam o mel,
Dos sulcos hormonais que soltam dos corpos de ambos e são tragados pelas línguas
A se beijar em ardoroso e delicioso coquetel de amor e os leva para o fundo do antro
Da Mulher, da fêmea que saboreia as delícias do corpo do macho que agora a têm
E se deixa beijar nas partes mais pudicas, sente a língua e o arfar respiratório,
Da alma ora vivente que te sente em cada poro que se abre para receber o ar,
Ar quente que sai do fundo da alma como o vapor efervescente do vulcão
Aceso cujas lavas incandescentes se deliciam a beijar os teus seios os teus montes,
Lábios que deslizam por teus vales, entre as colunas de alabastro que em pares
Protegem o teu maior tesouro, o fruto mais delicioso, que ora vejo sob cintilantes
Lampejos de meus olhos que resplandecem no brilho dos teus olhos que me atraem
Novamente, e faz com que percorra todo teu corpo beijando-a e acariciando
Levando-me até os teus seios, cujos mamilos pululam e vibram a espera da boca
Desejosa que os sugam um a um, enquanto as mãos percorrem tuas coxas macias
Branquíssimas e reluzentes agora sob a luz do luar prateado que aparece a lustrar
O ato final que se selará com o eterno beijo em tua boca e com a introdução do lume
Milenar em tua flor encantada que está há muito a desabrochar, cheia e voluptuosa
Pronta para receber as lavas do vulcão que eclode em contínua erupção, lançando
As lavas aquecidas que se transforma no néctar, na seiva, preciosa da vida e do amor.
Enviado por Sonia Delsin em Sáb, 05/07/2008 - 14:05
MEUS VINTE ANOS
Não tenho mais vinte anos...
Ah, quanto tempo faz.
Que eu tive vinte anos.
Não tenho mais a mocidade.
Mas o que significa a idade?
Se eu tenho um coração menino e vejo tantos jovens amargos, maduros demais...
Tenho esta idade do corpo que o mundo me diz.
Mas lá no fundo sou ainda tão jovem e sou feliz.
Meu coração não envelheceu.
O seu ritmo ele nunca perdeu.
Então...
Não tenho mais vinte anos...
Mas tenho.
Me sinto jovem. É o que importa de fato.