Armas

Foto de Sonia Delsin

INDECISÃO

INDECISÃO

Quando dizes.
Vem.
Fico titubeante, meu bem.
Não sei se corro para os teus braços.
Te fujo de teus laços.
Usas as armas da sedução.
E temo machucar meu coração.
Quando dizes...vem pra mim.
Fico indecisa assim.

Foto de Carmen Lúcia

O vôo do poeta...

Aguarda para alçar seu vôo,
não como ave de mau agouro...
mas como quem observa, à espreita,
o decorrer de fatos insensatos
na espera do momento exato
de um voar certeiro, inexorável,
circundando altos e baixos...
Desde a mais íngreme depressão
à mais alta e inatingível dimensão.
E quando chegar a hora esperada,
prevalecerá sua decisão irrevogável,
soltará a voz... Não como algoz,
nem como ser execrável...
Mas como guerreiro atingido
na luta desigual , sem salvo- conduto.
Bradará a indignação que sente,
que é a mesma de nossa gente,
deixando nosso povo descontente,
engolindo, oprimido, o que lhe é oferecido.
Seus versos que eram fantasia,
cantados em rimas e poesias,
rebelam-se à custa da hipocrisia...
(Armas contra a vil utopia)
Realidade incoerente à do poeta
Onde a insensibilidade o afeta,
Levando-o a vôos delirantes e sombrios,
Indecifráveis, frios e sem brilho...
Mas, por enquanto, aguarda...
Há sempre o momento sensato.
A paciência é grande virtude...
Sempre e em qualquer altitude...
Então, não haverá grade que segure
o combate às desigualdades sociais,
o não à corrupção, ao descaminho da nação,
a tudo que impede de prevalecer a paz!

( Carmen Lúcia)

Foto de Sonia Delsin

SABES ONDE ERRAS?

SABES ONDE ERRAS?

Eu não queria te dizer.
Mas amigo que é amigo precisa tentar ajudar.
Moço. Estás sempre a errar.
Não gosto muito de aconselhar.
Mas sinto é necessário.
Sabe onde erras?
Fazes tuas guerras.
Sabe quem é teu maior inimigo?
Aí é que está o perigo.
Lutas contigo mesmo.
Não te perdoas.
Não consegues apagar as pegadas.
Moço. São pegadas na areia.
Vem um vento e tudo leva.
Sabe por que erras?
Porque constróis tuas guerras.
E tuas armas são escassas.
Tu andas sobre brasas.
Trocas pé por mão.
Machucas teu coração.

Foto de Joaninhavoa

TOUCHÉ! EM ANDALUZIA.

*
Touché! Em Andaluzia.
*

Na ponta da lança havia uma
flor
Que não sendo uma rosa era um
amor
Andaluzia! Servia um xerez em copos
de cristal
Aspirava o aroma deleitada o vinho
divinal

Touché! Assim terminou o assalto
entre os dois esgrimistas
Nesta arte que é ciência existe
o imprevisível
O destino põe fim quando surge
o erro irreversível
De A ou B, de X ou Y, de J ou H
de frias cortesias

Na concentração está o segredo
quando atacar
Como salvaguardar nas estocadas
o movimento insuspeitado
As distâncias as combinações as maneiras de as travar

Cruzamos floretes olhando olhos
nos olhos
Nos corpos maneiros vivos arteiros
reinava a prudência
Só se ouviam os sons do estralejar
metálico

Na sala de armas.

JoaninhaVoa,
In “Corpo São Em Mente Sã”
11 de Agosto de 2008

Publicado no Recanto das Letras
Código do texto: T1122433
http://recantodasletras.uol.com.br/helenafarias

Foto de Gih

alguem

Sinto falta de alguém
Alguém que amo, sinto desejo, admiração, carinho...
Alguém...mais quem será esse alguém podem vcs se perguntar...
Ah esse alguém
Ele é o oposto de tudo que imaginei pra mim
É o oposto de tudo que queria e tudo que tanto almejo
Mais eu amo esse alguém
Há quem me dia que não é amor
Há quem me diga que estou fazendo papel de tocha
Há quem me diga tudo que se pode imaginar
Mais estou surda
Não ouço o que me dizem
Fui seduzida por um beijo, um olhar, um eu te amo
Estou muda
Não falo nada quando o sentimento que sinto por esse alguém me traz duvidas ele me rouba as palavras
Estou cega
Não vejo nada a não ser o que quero acreditar e o que ele me faz acreditar
O mundo é só nosso
Meu e dele
Vivemos assim
Temos mil e uma diferenças
Mais mesmo assim nos entendemos e muito bem
Ele é muito engraçado, corajoso, forte
Eu sou mais seria de certa forma, tenho vários medos principalmente os que nos envolve, mais sou forte como ele
A força dele é a física e a minha é a psicológica
Ele me completa assim como eu o completo
Afinal os opostos se atraem
Vivemos em universos diferentes mais que mesmo assim se encontram sem se confrontar
Amo sim
Me apaixonei sim
Eu com a vida apreendi a sempre estar munida de vários tipo de armas pra tentar me defender de tudo e de todos
Isso não funciona...não com o amor...ele foi capaz de tirar minhas defesas...uma a uma
Ele me mostrou que não é preciso tudo isso já que ele esta ao meu lado...
Estou desarmada...
O amor me desarmou...

Gih

Foto de Lorenzo

Duelo

As armas que me atacaram
Chamam-se palavras
E machucam demais
Muito mais do que espadas

O escudo que usei
Chama-se inteligência
Que não atinge o corpo
Mas afeta a consciência

Nesse duelo não escorre sangue
Mas vertem-se lágrimas
Que não mancham a roupa
Mas marcam a alma

Não existe vencedor
O que há é um vence-dor
Que segura o grito na garganta
E após a queda, logo se levanta.

As feridas dessa batalha
Não podem ser vistas
Mas o que é atingido
Sabe o quanto são doloridas

Os curativos chamam-se desculpas
A medicação: humildade.
E para fazer as pazes
É preciso ainda mais coragem

E a trégua se dá onde há amor
Lamento, choro e emoções.
E tudo volta ser como antes
De um duelo sem premiações.

Foto de Sonia Delsin

RUBRA BOCA

RUBRA BOCA

Ela retoca a maquiagem.
Capricha no batom.
Sabe que tem lábios convidativos.
Conhece as armas da sedução.
É uma mulher que já sofreu muita desilusão.
Mas não perdeu as esperanças não.
Acredita.
Espera.
Que um homem se encante com seu beijo.
Enlouqueça com seu desejo.
No espelho um último olhar.
Quem sabe nesta noite ela não vá beijar?

Foto de Carmen Lúcia

O vôo do poeta

Aguarda para alçar seu vôo,
Não como ave de mau agouro,
Mas como quem observa, à espreita,
O decorrer de fatos insensatos,
Na espera do momento exato
De um voar certeiro, inexorável,
Circundando altos e baixos,
Desde a mais íngreme depressão
À mais alta e inatingível dimensão.

E quando chegar a hora esperada,
Prevalecerá sua decisão irrevogável,
Soltará a voz, não como algoz,
Nem como ser execrável,
Mas como guerreiro atingido
Na luta desigual , sem salvo- conduto.
Bradará a indignação que sente,
Que é a mesma de nossa gente,
Que deixa nosso povo descontente,
Engolindo, oprimido, o que lhe é oferecido.

Seus versos que eram fantasia,
Cantados em rimas e poesias,
Rebelam-se à custa da hipocrisia,
(Armas contra a vil utopia)
De uma realidade incoerente à do poeta
Onde a insensibilidade o afeta,
Levando-o a vôos delirantes e sombrios,
Indecifráveis, frios e sem brilho...

Mas, por enquanto, aguarda,
Há sempre o momento sensato,
A paciência é grande virtude
Sempre e em qualquer altitude...
Então, não haverá grade que segure
O combate às desigualdades sociais,
O não à corrupção, ao descaminho da nação,
A tudo que impede de prevalecer a paz!

( Carmen Lúcia)

Foto de Wilson Madrid

PAZ UNIVERSAL

*
*
*
*
Que o espírito da paz paire sobre os cinco continentes,
que em nenhuma esquina do mundo se encontre um só indigente
e que o homem descubra o prazer de viver simplesmente,
ao constatar que o que importa não é ter, mas ser gente...

Que a guerra seja contra a injustiça, a miséria e a fome
e as armas sejam apenas a faca, o garfo e a colher,
que as balas sejam de açúcar e as bombas de chocolate
e levem vida à criança, ao velho, ao jovem, ao homem e à mulher...

Que os aviões disparem rajadas de trigo, arroz e feijão,
que os navios disparem mísseis de amor e de fraternidade...
e que nos fronts todos os soldados sorrindo se abracem
comemorando a vitória da paz e a morte da fome do irmão...

Que o homem alimente a pomba branca do pacifismo mundial
a partir das atitudes que semeia no seu próprio quintal
e que impere, afinal, a fundamental e vital paz universal...

Foto de Carmen Lúcia

Apelo

Tanta riqueza nos foi dada
E por ser tanta, o homem se perdeu...
Desrespeitou o dom de Deus,
Esbanjou a natureza, desperdiçou a beleza
E a vida que era simples, complicou.

A mente humana se superou,
A tecnologia avançou...
O ápice da ganância alcançou,
Máquinas avassaladoras transitam a humanidade,
Comandam o poder, o ter, a desumanidade,
Trocando coração por epicentro de destruição.

O sol das manhãs amanhece embaçado,
Espera pelo entardecer pra se esconder, acuado...
Enquanto que o céu, outrora, azul tão claro,
Mostra-se pesado, azul-acinzentado.

Fumaças e nuvens se (con)fundem,
Chuvas plúmbeas pela terra se difundem,
Como armas plutônicas da devastação
Ante o olhar platônico da civilização.

Mas, nunca é tarde, não se acovarde,
Deus é Amor e perdoa
A quem se empenha ao embate,
A quem desafia tempestade,
A quem se arrepende e se doa...

E antes que tudo se consuma,
Que o homem seu erro assuma...
E traga de volta “...A vida, manso lago azul,
...sem ondas, sem espumas...”(Júlio Salusse)

(Carmen Lúcia)

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