Belém

Foto de Paulo Marcelo Braga

REFLEXÕES CIVILIZADAS

"Quando acabar o maluco sou eu...”.
(Raul Seixas).

A tua piscina está cheia de ratos.
Tuas idéias não correspondem aos fatos.
(Cazuza).

“Ratos, entrem nos sapatos
dos cidadãos civilizados...”.
(Ultraje a Rigor).

Há quem confunda civilidade
com covardia e se afoga
no mar da profunda falsidade,
da hipocrisia que advoga...

Para que o bom valor não seja invertido,
é necessário dizer uma verdade
bem na cara de todo e qualquer fingido
e sectário ser “civilizado” covarde..."

"

Tem criatura se consumindo
em uma falsidade sectária
de quem procura ir indeferindo
a veracidade comunitária.

A convivência social democrática
permite opiniões divergentes.
Toda maledicência usual enfática
insiste nas ações repelentes.

É recomendável aguardar
algum momento mais correto
e viável para desmascarar
o fingimento atrás do dialeto.

Convivência civilizada é expor os fatos,
com uma verdade irrefutável,
fazer advertência e descompor boatos
de uma falsidade intolerável.

Alguns “civilizados” sussurram
umas frases ofensivas e covardes.
Esses tais descarados cultuam
as bases nocivas das inverdades.

Quem fala com sinceridade
só merece o afeto de um louvor social,
pois sempre cala a falsidade
que floresce no dialeto difamador oficial.

É muito importante ressaltar:
quem tem a postura verídica
segue adiante, sem se queimar
em nenhuma falcatrua crítica...

Convém desenvolver
a atuante cautela guerreira
para nem esmorecer
diante duma balela boateira...

Uma atuação considerada vitoriosa
contra uma peleja maledicente
é a declamação inspirada, sem prosa,
de quem verseja francamente...

Paulo Marcelo Braga
Belém, 20/12/2007
(09 horas).
Foto de Paulo Marcelo Braga

O DUELO DE JESUS CONTRA OS HIPÓCRITAS

"Tudo o que aqui ele deixou
não passou e vai sempre existir...".
(Roberto Carlos).

Havia, no tempo em que Jesus existiu,
estorvos contra os quais ele duelou.
Os fariseus eram donos do templo vil,
que às criaturas humildes escravizou.
Com as suas aparências enganosas,
de “bons samaritanos”,
eles tinham maledicências perigosas,
adotavam uns planos
cheios de hipocrisias
e sempre ofereciam esmolas à população,
durante certos dias,
em que conduziam cerimoniais de religião.

Nas solenidades vazias,
distribuíam, com ostentação,
oferendas nas liturgias,
onde produziam uma ação
divulgadora de fantasias,
abusavam das afetações
e, com suas faces constritas,
clamavam suas orações,
diante das classes proscritas.
As normas dos hipócritas chefiavam
o estorvo do “partido democrático”
e, de formas despóticas, apedrejavam
o povo tão sofrido quanto estático.
Outro partido, o “sacerdotal”,
era composto pelos conservadores saduceus,
que faziam um fingido cerimonial
e assumiam os postos de “seguidores de Deus”.
Eles eram seres de durezas
secas, comodistas, de crenças
nos seus “poderes” e certezas
tradicionalistas muito intensas.
Esses partidos opositores
tinham uma moral interesseira,
além de fingidos oradores,
promovendo uma total asneira.
Acima deles, só o poderoso
César e seu nimbo encarnado.
Todo esse clima calamitoso
Jesus lutou para ver modificado.
Por isso, o mestre não atacou
as criaturas, mas as doutrinas.
Sem ser omisso, ele duelou
contra as imposturas malinas.
O grande duelo se iniciou nas sinagogas
da Galiléia e teve continuidade
pelo templo de Jerusalém, sob as togas
de uma platéia sem autoridade.
Jesus não atacou seus adversários:
esperou receber ataques irados
e com sua luz, retrucou mandatários
isentos de destaques e respaldos...
Jesus usou como tática
inicial a base de uma mansidão
que produz, na prática
espiritual, a catarse da salvação.
Os adversários não captaram
a mensagem verídica
e, como corsários, zombaram
da imagem pacífica.
Jesus, então, mudou de tática:
Ele passou a atacar
toda aquela hipocrisia enfática
que ousou lhe criticar...
Derrotados, os algozes
de Jesus usaram um deletério plano
e soltaram suas vozes,
acusando-o frente ao império Romano.
As acusações não tinham fundamento.
Mesmo assim, Jesus se viu perseguido,
evadiu-se e só se entregou no momento
em que cumpriu sua missão e foi traído...
A sua jornada fugitiva,
pela Síria e locais pantanosos do Jordão,
foi demorada, educativa,
e trouxe paz aos vitoriosos sem omissão.
Conduz a bela história final
de Jesus à vitória real, sem engodos.
Da cruz, na memória atual,
reluz sua oratória triunfal sobre todos.
É essa a moral duma história imperecível,
impressa, afinal, na memória inesquecível:
Jesus ousou desafiar todo poder fugaz
e nos ensinou a lutar para obter a paz...

Paulo Marcelo Braga
Belém, 20/10/2007
(02 horas e 07 minutos).
Foto de Deoleones

Recordar

O meu pensamento vagueia…
Lembras quando víamos as gaivotas,
O mar, o Sol...
E me dizias:
Olha é lindo!!!
Belém!...
A torre,
o rio
e...
Nós.
beijos
palavras
vida.
O tempo passa!
Dia após dia,
hora após hora,
noite após noite.
Entre risos, lágrimas
Alegrias e dor.
Muito fica por dizer...
O sabor do beijo,
o cheiro da pele …
meu pensamento!
A torre, o rio e as gaivotas,
sim esses estão
continuam lá!
A vida também
essa,
continua sim.
E...
acompanha o meu
pensamento...

Foto de Paulo Marcelo Braga

CANÇÃO DO AMOR PERFEITO

  Juca Chaves - A Cúmplice

CANÇÃO DO AMOR PERFEITO

Eu quero uma mulher que seja diferente
de todas que eu já tive, todas tão iguais...”
.
(Juca Chaves).

Catinga de mulata,
erva doce, cravo, alecrim,
feitiços da mata,
eu quero um amor sem fim...
Quero um amor verdadeiro
que faça tudo direito,
que me ame por inteiro,
perdoando o meu defeito,
e não reclame de tormento,
por eu não ter nenhuma riqueza...
Quero o amor sem fingimento
de quem me ame com certeza...
Quero o amor que ninguém tem;
eu sei: ele está por aí...
A qualquer hora ele vem
viver só comigo aqui...
Aqui neste meu barraco
de sambista pobrezinho,
vou afinar meu cavaco
e esperar meu amorzinho...
Catinga de mulata,
erva doce, cravo, alecrim,
feitiços da mata,
eu quero um amor sem fim...

Paulo Marcelo Braga
Belém, 07/07/1995
(01 hora).

Foto de Paulo Marcelo Braga

"OPERAÇÃO PAZ NOS RIOS"

“OPERAÇÃO PAZ NOS RIOS”

“Quem oculta o crime tem culpa,
quem ocupa o trono também...”.
(Engenheiros do Hawai).

De 09 a 28 do mês de novembro de 2007, uma ação integrada do Governo do Estado, fez a “operação paz nos rios”, sob o comando ponderado do coronel PM Barbosa. A população sentiu os brios da briosa equipe de funcionários públicos de várias secretarias, levando segurança, cidadania e saúde às periferias ribeirinhas, durante vinte dias inteiros, à bordo do navio Grão Pará, do Corpo de Bombeiros.
Nas localidades beneficiadas pela referida “operação”, alguns alcaides, influenciados pela atrevida oposição, perderam as oportunidades de uma integração com o poder estadual. Pode ser que o relatório do coronel, comandante da missão fluvial, sirva para desfazer o escarcéu reinante em alguns municípios visitados e atendidos no cumprimento da “operação” determinada pela governadora Ana Julia Carepa. Como integrante efetivo da SESPA, com passagens traumáticas pelo interior deste Estado, não estranhei as defasagens enfáticas, promovidas por um e outro gestor empossado, cujo prazer maior é deixar um trabalhador caloteado e o povo sofredor desamparado.
Durante a viagem, o trabalho foi estressante, sem atalho, mas teve um atenuante: felizmente, a Guarnição de Saúde dos Bombeiros tem (isso eu pude comprovar) a potente vocação, além da boa virtude de verdadeiros profissionais solidários. Eles são guerreiros sociais comunitários, cuja parceria com a SESPA foi importante para me manter atuante, sem esmorecer ao cansaço e atender com desembaraço. Deixo minha gratidão registrada àquela guarnição bem treinada que esfacela qualquer articulação complicada com uma atuação bem organizada.
O expressivo aprendizado adquirido na viagem teve o incentivo inspirado inserido na bagagem. A embarcação saiu fora do horário pré-determinado. Então, quem chegou na hora fez um comentário exaltado, sem perder o requinte. O trajeto navegado foi o seguinte: Gurupá, Melgaço, Breves, Bagre, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista e Ponta de Pedras. Em Gurupá, após dois dias trabalhados, a embarcação seguiu viagem. Quem lá compôs poesias guardou a composição na bagagem. Melgaço é uma cidade com discrepâncias marcantes e um traço de atividade com importâncias atuantes. Em Breves, há desrespeito pela saúde da população. Sem greves, não haverá feito que mude tal situação. Bagre é uma cidade pequena, hospitaleira e organizada, que não tem gestão plena, mas a saúde é bem tratada. Curralinho, pobre município, onde muito poderia ser realizado, se o caminho do benefício fosse o intuito do poder empossado. Em São Sebastião da Boa Vista, os desafetos da ditadura oficial não estão parados à toa na pista, são corretos e têm postura social. Em Ponta de Pedras, os exames são aprazados para o mês seguinte. Há tantas refregas e vexames: muitos são prejudicados pelo acinte.
Breves é exemplo de município com gestão plena e recursos adequados, porém não utilizados em prol da população. Lá, graças aos abusos confirmados a doença social não tem cura e merece uma prensa judicial dura. Vários pacientes denunciaram, durante o atendimento médico, que devido o fingimento antiético de quem deveria fornecer passagens fluviais, guias de TFD (Tratamento Fora do Domicílio) e casa de apoio para as consultas especializadas em Belém, ao invés de se ater às molecagens, sem respeito por ninguém. No Hospital Municipal de Breves, consultas são desmarcadas sem justificativas. Pacientes passam madrugadas na expectativa do atendimento e, no dia seguinte, são informados, com atrevimento e acinte, de que as esperas não serão compensadas, nem com aprazamento, quando as consultas são desmarcadas. O sofrimento clama por lutas organizadas, respaldo jurídico e alento ao estorvo considerado crítico.
Resta esperar que as discrepâncias sejam solucionadas pelas instâncias legalizadas. O intento do Governo do Estado em dar alento ao povo desamparado do interior deve ser mantido, aprimorado, e serve para ser instituído, caso seja bem programado, sem que o pagamento dos funcionários saia atrasado. Passei vinte dias trabalhando, enfim, no navio Grão Pará e o meu pagamento ainda não saiu. Assim não dá... Nem a propósito, as diárias e os plantões, devidos e não quitados, são sectárias embromações dos partidos burocratizados, que deixam trabalhadores populares aborrecidos e desestimulados. Apesar dos pesares, é tão bom voltar pra casa, após cumprir o dever em paz e conseguir cortar a “asa” de um algoz “poder” fugaz.

Paulo Marcelo Braga
Belém, 02/12/2007

"OPERAÇÃO PAZ NOS RIOS":
AS IMAGENS DAS VIAGENS


Foto de francineti

Quero viver

Quero viver
Ao meu amigo Zedio que escreveu: Para minha amiga Francineti, que sumiu mas ela deve voltar por causa do pedido da nossa esperança

A Amazônia não vai embora...
Pelo teu amor por essa beleza natural
Considero você a embaixadora de Abaeté,
Por produzir a imagem dessa maravilha universal
Nossos olhos vislumbram e alcançam a tua fé
(...)
A Amazônia ainda tem um pouco de floresta
Teu brado traz junto uma brisa vinda do norte.
Vamos preservar um pouco do que ainda resta,
Para que nossos pulmões não conheçam a morte

Eu te respondo com gratidão

A Amazônia não vai desaparecer
e também não vai morrer
Quero renascer,
quero sorrir,
já chorei e já sofri,
agora quero florir,
como as árvores da minha terra
quero frutificar,
quero escrever,
quero cantar,
quero te abraçar,
quero versar,
quero estar com meus amigos,
quero amar,
quero me banhar nas águas do rio Guamá,
espero encontrar o boto e a Iara
eles ainda moram por lá
quero que venhas conhecer o Pará,
Vou te levar para provar o tacacá,
quero tomar banho na chuva que cai
todas as tardes em Belém do Pará,
quero que conheças as ervas cherosas
elas encantam todos que se banham com os cheiros do Pará.

Francineti Carvalho
Publicado no Recanto das Letras em 02/04/2007
Código do texto: T435412

Foto de HELDER-DUARTE

Mégido- volta de JESUS CRISTO

Ouvi nações:
Eis que cedo venho...
Vos vencerei em vossas acções.
De vós medo não tenho!...

Tu Besta, Satanás e ilhas,
Eis que contra mim, em Mégido me aguardais.
Para me derrubar como pensais.
Com vossas tropas que me aguardam em filas.

Naquele dia, a Jerusalém,
Eu darei vitória.
Minha será Belém...

Minha será toda a terra,
Eu reinarei em glória...
Eis que não haverá mais guerra!...

(Baseado em Apocalipse...)

Helder Duarte

Foto de francineti

Dueto de amor e sedução.

O Wagner escreveu

És bela Índia Nativa
Como teu cheiro é sedutor
Que deixa-me arrastar
Pela magia do teu amor
Na água fresca de tua boca
Saciando uma sede louca
Não sou nada, nada mais sou

A Franci respondeu

Sou ìndia na alma e na paixão
Quando amo sou selvagem
entrego com fúria o meu coração
O meu cheiro vem das matas e raízes do Pará
mas confesso que pedi a Iansã e também a Iemanjá
para elas me ajudarem a te enfeitiçar...

O Wagner escreveu

Nos braços desta Iara
Prostrado fico de pé
Descalços caboclo seduzido
Ao teu simples toque mulher
Sim! Muito apaixonado
Por uns cabelos molhados
Nas águas de um igarapé

O wagner inspirou

No fetiço me perdi
eu também me apoixonei por ti
Fui ao igarapé encontrar a Iara
eu pedi a ela que me ensinasse
a encantar e a seduzir
mas tu me discestes
que já havia te apaixonado por mim

Wagner argumentou

Beleza Bruta da Amazônia
Fruto encantado do Pará
Flor silvestre do Belém
Filha de Iansã ou mãe Iemanjá
Faz de mim o teu homem
Pois o prazer me consome
Como o Curupira a divagar

Franci afirmou

Wagner, meu amor
ès um homem encantador,
mistura de poeta e cabloco sedutor
tens a ginga do bahiano
e a magia de um sonhador
eu já decidi: é você o homem que eu quero
para entregar o meu amor.
Francineti Carvalho
Publicado no Recanto das Letras em 04/01/2007
Código do texto: T336563

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