Bem

Foto de Carliinha

Morte

Por que as pessoas morrem? Pergunta típica de quem perdeu alguém que gostava muito. È tão difícil lidar com perdas. É tão difícil aceitar que aquela pessoa que você tanto gostava não esta mais com você. Isso dói. Eu conheci um homem que era extremamente amável, generoso, respeitado e que todos, absolutamente todos amavam demais. Só que um dia esse homem morreu. E isso ainda me machuca, pois o amor que tinha por ele era amor de filha para pai. Ele era dono de um lugar lindo em que você ganhava conhecimento, e aprendia valores, ele era um mestre. Esse lugar era repleto de bons funcionários que com o tempo apreenderam a amar muito esse homem e que quando ele se foi, todos choram demais a sua perda, pois ele num era um pai só pra mim. Ele era um pai pra muita gente. Ainda lembro de seu sorriso. Ai que saudade daquele sorriso. Por onde o homem ia, aquele doce sorriso o acompanhava. Ainda lembro da sua voz. Ai que saudade daquela voz. Ela era seria e brincalhona ao mesmo tempo. O homem era assim, doce, serio e brincalhão ao mesmo tempo. Me imaginei no dia em que tivesse me formado e que todos os meus mestres me abraçassem e me cumprimentassem por ter conseguido. Me imaginei sendo abraçada pela irmã daquele homem. E que doce e gentil irmã ele tinha. Me imaginei ganhando um abraço cheio de carinho, amor e orgulho dela. Me senti feliz por merecer aquele abraço tão bom que aquela bela mulher me dava. Eu a amava também. Amava sempre que ela me abraçava protetoramente, amava toda vez em que ela se mostrava preocupada comigo. Eu a amava como uma mãe. Mais algo estava faltando naquela minha imaginação. Faltava o homem que deveria estar ao seu lado e que seria o próximo que me abraçaria. E quando percebi que lá ele não estaria eu chorei. Eu sentia falta dele, sentia falta do teu sorriso, da sua voz, do teu abraço que dizia que tudo ficaria bem, um abraço confiante, um abraço que passava força. E pela primeira vez desde que ele se foi percebi que era pra valer. Percebi que ele não estaria lá pra me abraçar quando eu me formasse em seu lugar mágico que nós entramos sendo crianças e saímos sendo homens e mulheres de bem, com valores. Percebi que ele não estaria lá para que eu dedicasse o diploma da minha faculdade pra ele. E isso me fez perceber o vazio que ficou. O buraco que ficou no meu peito. Eu admiro a irmã daquele homem. Ela é forte. Tenho orgulho dela. Ela continuou a tomar conta daquele lindo lugar por ela, por seu irmão e por nós que aprendemos nesse lugar. Mesmo sendo difícil ela continuou. Toda vez que essa nostalgia me atinge penso nela. Ela é um exemplo. Sei que ainda deve doer como dói para mim também. Sei que há momentos em que nós não conseguimos conter o choro e que a saudade bate mais forte. Mais ela acorda todos os dias, levanta e vai cuidar daquele lindo lugar que construiu com seu irmão. Esse lindo lugar que virou a segunda casa de muita gente ao longo do tempo. O que por várias vezes me conforta é que eu sei que aquele homem está bem. Que ele está no num lugar mais lindo que qualquer coisa por aqui. Pois aquele homem merecia ir para o lugar mais lindo que possa existir. Agradeço toda vez que lembro daquele homem, por ter a honra de conhecê-lo. Agradeço por ter conhecido a irmã daquele homem. Ela, a heroína que mesmo sem saber me salva dessa tristeza sempre que ela bate em minha porta. E que me faz levantar a cabeça e ver que um novo dia está nascendo e que a vida continua, para mim, para ela, para os funcionários do lugar mágico, para os alunos e para o próprio homem que nos vigia, nos guarda e nos protege todos os dias.

Foto de Melquizedeque

Amor de um vassalo

Ele a observa com olhos vidrados. É ela, uma jovem moçoila que mora ao lado
Com cores azuis o céu a pinta os olhos. Dando vida, amor, e dons maternais
Pensa ele no possível encontro que a vida pode lhes dar;
Perdendo o medo de amar, assim continua a observar tão nobre beleza

Dois amantes que nunca se tocaram. Pulsantes vidas com lábios errantes
A espera de um beijo ambos sonham acordado. Impossíveis desejos no mundo real
Ela é nobre e ele um simples empregado que limpa o gramado no inverno e verão
Cabelos cumpridos, macios e alongados... Ela é a deusa desse jovem rapaz

Um encontro é marcado, calculado pelo destino. Ás cinco da tarde no campo se cruzam
Somem as palavras... Cessa-se o respirar. Gaguejam nervosos em cada sílaba emudecida
Ele se aproxima tão nervoso e inconseqüente. Ela o abraça cingindo-o com o calor
Sem escutarem palavras conversam com os corpos. Flamejantes sentimentos
Que crescem e ardem aos ventos de uma primavera açucarada

Amantes parados no tempo, um fotográfico momento que se eterna na memória
Após os beijos untados... Pedidos de amor, com força e vigor, se ouvem declamados
Paixões ardentes lhes vinham à mente e, com o coração dormente se olhavam calados

Uma estória de amor sem o final esperado. Os pais da donzela descobrem o ocorrido
Não podem aceitar esse amor proibido... O jovem é mandado para longe do recinto
Da boca dos nobres maldades se proferem; amantes separados às vésperas da lua cheia
Assim termina um sonho juvenil. Impedido e destroçado por um preconceito infantil

Desiludidos buscam alguma forma de contato. A empregada da donzela, então ajuda de bom grado
Leva as cartas do rapaz ao quarto escondido... Lágrimas caem ao ler as palavras e ao final vê um pedido
Fuja comigo para longe de seus pais. Assim seremos felizes como já mais imaginaste
Quero dar-te o mais puro dos sentimentos; corações entrelaçados dois amantes imortais

Ela pensa com carinho, com cuidado e atenção. Decide assim fugir na calada da manhã
Poucos metros depois seu pai então a vê. Não acredita na loucura que ela acaba de fazer
A jovem tenta fugir, mas não é muito veloz... Seu pai enfurecido torna-se um algoz
Arrasta-a para casa sem carinho ou pena. Com um choro bem profundo grita sem parar
Assim acaba aquele sonho tão feliz: de poder ficar junto do amado que a quis

O rapaz ainda espera semana após semana que sua amada o encontre
Mas a triste notícia ele recebe pelas cartas. A moça é internada num convento da cidade
O desespero nele bate, pois perdeu sua paixão...
A loucura o abraça e conforta sua dor. Essa é a estória de um jovem vassalo
Que descobre um grande amor, mas no delírio é encontrado.

(Melquizedeque de M. Alemão, 21 de janeiro de 2011)

Foto de Carmen Lúcia

Amar e ser feliz

Somos dois em um, almas coladas,
parceiros de uma vida em comum,
companheiros da mesma jornada,
unidos pelo amor sem-fim.

Se me perco, em ti me encontro
e em mim te aninhas em doce aconchego,
somos dois em um, irei pra onde fores
até onde alcançar esse imenso apego.

Desconheço o ciúme, cúmplice da dor,
chamas bem acesas não há como apagar,
quem ama confia, ou não é amor...
Feliz de quem descobre sua alma gêmea
e passa pela vida, da tristeza, incólume.

Sem ter que perdoar erros que não existem,
viver a lastimar as dores que persistem,
ter pena de um amor que um dia se perdeu,
tentar se enganar que esse amor morreu.

_Carmen Lúcia _

Foto de Peter

O céu na terra

O céu na terra

Isto poderia ser o paraíso
Se cada um desse um sorriso
Isto poderia ser melhor
Se cada um olha-se em seu redor

Um nascer do sol esplenderoso
Apreciar esse astro poderoso
Ver a beleza de uma flor
Admirando todo o esplendor
Mergulhar no mar
E esquecer a dor

Reaprender a amar
Esquecer o ódio e o rancor
Saber perdoar
E a amizade valorizar

Porqué olhar o outro com desdém?
Se afinal o nosso e o melhor que se têm
Ver para além da tristeza
Esquecendo-a como fraqueza
Encarar a dadiva da alegria
Aproveitando-a com toda a sabedoria

Buscar a nossa essência
A unica razão para a nossa existência
Olhar a vida como uma oportunidade
E não como uma fatalidade

Este mundo poderia ser o céu
Se todos tirar-mos o véu
E mostrar-mos a nossa beleza
Fazendo dela a nossa fortaleza

Unir-mos as mãos para tocar-mos no coração
Amor, paz e compaixão
Terão que ser os mais importantes valores
E só a eles dar-mos louvores

Porque o material?
Se o organico é essencial?
Porque a maldade?
Se o bem é a nossa identidade?

Pedro Gomes

Foto de João Alberto Nogueira de Castro

De Jânio Quadros à Dilma Rousseff: o cinquentenário do desaparecimento de Dana de Teffé.

Corria o ano de 1961 quando Dana Edita Fischerova de Teffé desapareceu misteriosamente. A esse tempo, o Brasil vivia o governo de Jânio Quadros, período de polêmicas e instabilidade político-administrativa. O desaparecimento de Dana de Teffé causou rebuliços nas áreas policial e judicial do país, repercutindo de modo estrondoso na mídia nacional. Até o início da década de 1970, este caso, vez por outra, vinha à tona nos meios de comunicação. Um caso intrigante, controverso e insolúvel que, até hoje, reclama por justiça.
Nos meios jurídicos, o misterioso desaparecimento de Dana de Teffé e toda a conjuntura que o envolve, têm sido permanentemente, objeto de discussões acadêmicas, inclusive gerando uma infinidade de pesquisas e artigos. Não raro, o “Caso Dana de Teffé” é citado em peças jurídicas e na literatura especializada, tornando-se referência em razão dos diversos crimes que o envolve.
Neste ano de 2011, quando Dilma Roussef é a primeira mulher a presidir a Nação brasileira, completar-se-á 50 anos do desaparecimento de Dana de Teffé. É fabuloso perceber que, às vésperas do cinquentenário deste crime insolúvel, as referências à Dana retorne à mídia com o caso Elisa Samúdio, ambos os crimes perpetrados contra mulheres indefesas, envolvendo dinheiro e, coincidentemente, “crime sem corpo” de vítima. Aliás, crime sem corpo, parece ser para alguns a inexistência de vítima. Mas, se corpo havia, e neste a vida, não há o que se questionar. O aparato jurídico brasileiro precisa incorporar dispositivos legais que venham suprir, com eficácia, a lacuna que os corpos ocultados por criminosos deixam em aberto, como que a gerar supostas dúvidas em assassinatos consumados.
Há uma outra vinculação entre os casos Elisa e Dana: uma criança. Desaparecida, Elisa deixou uma criança em vida. Quando sumiu, Dana estava grávida. Essa criança teria nascido? Teria sobrevivido? Mais um mistério e meio século de dúvidas.
O advento da Internet, com seu abrangente poder comunicativo, incorporou definitivamente o nome de Dana de Teffé que, espantosamente, é citado em centenas de páginas da rede.
Ainda hoje, o cronista Carlos Heitor Cony indaga “onde estão os ossos de Dana de Teffé?” numa alusão as coisas insolúveis no País.
O Brasil, acredito, vem trilhando o caminho para a solução de seus graves problemas. Oxalá seja em 2011 o tempo para o Brasil descobrir o que fizeram aos ossos de Elisa Samúdio desaparecida desde 2010. E, talvez, seja o tempo de descobrir o paradeiro dos ossos de Dana. Nada é impossível.
Mas o Brasil mudou. É bem verdade que ainda enfrenta os desafios de um longo período de hibernação social. Desde a eleição de Lula como Presidente até Dilma Roussef se tornar a Primeira Mandatária, a Chefe do Estado Brasileiro, muita coisa vem sendo transformada em benefício da maioria do povo brasileiro.
Não é fácil ser um país democrático e é complicado o sistema de leis em um país onde a ordem vigente é o império do poder econômico. Entretanto, como que a acreditar no novo e a esperar a mudança, ainda espero que o Brasil levante o manto obscuro do mistério que enconbre o paradeiro dos corpos de Dana de Teffé e Elisa Samúdio.
Eu acredito no Brasil porque tenho uma crença infinita na decência e no elevado espírito de justiça de seu povo.

Foto de vino silva

Doi

Ai como dói!
Estar num caso que só a um lado importa.
Dá uma vontade de desaparecer?
fugir deste destino perdido
que teima em bater,a minha porta.

Sé não fores tu meu bem,
quem fará jus ao meu merecimento!
Oh deus,o meu amor, não é correspondido,
criou espinhos e devora-me a carne.

Porquê? Tanto te amo, mulher,
se o teu amor nunca terei?
Porquê? Esta insistência, quando sei,
que tens um coração de pedra.

Não mereço isso deus,
parece feitiço!
Ofertas-me,um corpo de gelo,
e feres o meu ego,
e ainda queres que cante em sossego?

Foto de SofiaSPM

O melhor do meu mundo.

Afirmo com pequenas palavras,
Algo que o meu coração quer dizer,
Que o mundo são as coisas raras,
As coisas belas que não posso ter.

Sonho e passo a vida a sonhar,
Que o mundo não é só ilusões,
Quando passo vejo passar,
Vejo pessoas aos turbilhões.

Mas o melhor do meu mundo,
São as minhas grandes emoções,
As que tocam bem lá nu fundo,
As que cantam as minhas canções.

Pois até para Zeus se entronizar,
Precisa de um imenso sentir,
Até para Hércules conquistar,
Precisou de saber sorrir.

Foto de airamasor

Apaixonada

Sinto uma louca paixão em meu peito,
que me escraviza e me deixa sem jeito.
Que faz meu corpo arder por inteiro
submisso a esse amor feiticeiro.

Olhar essa sua boca é um martírio
quando, atrevida, não posso beijá-la.
Sua pele macia, para mim, é um colírio
quando me permito sutilmente tocá-la.

É essa paixão alucinada me faz querer
sentir o seu abraço sempre a me envolver,
me apertando, bem forte, contra o peito,
não largando, jamais, de nenhum jeito.

Se o seu corpo nu fica descoberto,
vou chegando cada vez mais perto,
na tentativa, acanhada, de querer amar
e de você, igualmente desejar.

Encosto-me devagar, fingindo não querer,
sentindo em minha pele todo seu calor,
que no meu corpo ardente faz nascer
momentos de felicidade ou quase amor.

E entregando-me a você, meu amado,
deixo-me levar por essa paixão que escraviza,
que traz o êxtase tão sonhado
que todo amante idealiza.

(Aira, 19 de janeiro de 2011)

Foto de Vágner Dias

Folha rabiscada

Tudo o que eu queria era resumi em uma folha rabiscada com meia dúzia de palavras, descrevendo-te na perfeição, sentir necessidade de escrever em vários papéis tudo o que eu pensava de ti, mas nenhum era mais completo do que o anterior, que eu tinha rasgado. sair de casa na esperança que as luzes tão repetidas da abandonada rua me levassem a alguma forma de te recompensar, pelo sorriso que me dirigiste ás 16:00 horas sem rumo e direção. Guardado seu sorriso, a passar repetidamente na minha mente e, mais recentemente, no meu coração. Pensei em arranjar uma flor tão bonita como tu, mas a florista não tinha rosas especiais nem flores do outro mundo, pelo que continuei a observar as luzes rua fora.
Momentos anti de chegar passei pela uma papelaria, mas até os forretas cartões de amor eram mais fracos que as minhas inúteis palavras. Pensei em escrever um livro só sobre ti, mas precisaria de coleções enormes só para conseguir dar um significado ao teu nome que não fosse o que o meu interior tanto repete, vezes sem conta. E mesmo assim, acho que metade de cada página seria em branco, só para deixar os leitores a imaginar cada maravilha tua. Cada raio de sol refletido no rio faz-me lembrar de ti.
Costumo passear junto a ele na esperança que faças o mesmo, e que possamos encontrarmo-nos completamente por acaso. poderia contigo esta ali naquele momento sentado do seu lado, numa noite longa e agradável contando as estrelas que guardavam cada desejo nosso. os mesmos desejos que te contaria, vezes sem conta, junto ao ouvido em sentido de provocação.por uns minutos te raptar do teu mundo e levar-te para bem longe. Levar-te ao topo do mundo, ao fim de cada estrada, ao desconhecido por nós até no pensamento.
Ao espaço nosso, escrevendo o nosso nome entre linhas numa placa bem visível. poderia, bem junto ao infinito, acender uma vela e piscar o olho entre a restante escuridão. Enganar o medo e viver de olhos fechados, sentindo somente o teu toque, ouvindo a tua voz como se estivesses dentro de mim. Apagar o coração de velas que te rodeava e ficar a olhar para o luar que insistia em te iluminar. Esquecer tudo. Esquecer o que já não importa, e lembrar quem tu és minha doce menina.
Lembrar do que fazes, do que insistes em marcar e da importância que tu não esqueces em fazer. até lembrar-me unicamente do sorriso que fazes sempre que não digo nada de jeito, ou da palavra que dizes sempre que fico calado. A felicidade em gestos. no entanto, continuo sem conseguir uma razão racional para te mandar uma flor, e não uma caneta. Ando confuso, sem rumo. Só para teres noção, até dou por mim a ver-te em todo o lado, sem sequer lá estares. sentado na minha cama, a olhar intensamente o papel onde te descrevi, e uma fotografia, sua penso que esgotei as formas de pensar em ti. Ou de te compensar só pelo teu sorriso. Aquele sorriso.

Foto de betimartins

As minhas Palavras Soltas

As minhas Palavras Soltas

Minha mente quer falar aqui, mas o absurdo não deixa
Entre as montanhas esguias, cobras afiam a língua
Espertas e sagazes, prontas a devorar a sua presa
Ai! Pobre de mim, que para muitos sou louca
Outros me chamam somente a menina sonhadora
Outros confundem e me chamam de a eterna criança
Mas esta criança é sonhadora sim e como ela o é...
Ela acredita em palavras, no efeito que elas têm aqui!
Ela acredita em loucuras, quem já não foi louco?
Eu fui louca e sou louca ainda para bem da minha sanidade
Do meu corpo, da minha alegria, da esperança e da sobriedade.
Em linhas brancas eu escrevo por vezes meus sentimentos
Outros eu capto daqueles que cruzam em minha vida
Gosto de partilhar o que se sente, se outros o fazem comigo
Assim é vida do dia a dia, trocadilhos e muita perseverança
O que eu mais gosto é de brincar com as palavras soltas
Fazer delas uma mansão ou um bairro da lata, no morro
Por vezes julgo que sou artista e as pinto com varias cores
As que mais gosto é do tom do Arco Iris, belas e suaves
Por vezes imagino que é um jardim, assim posso jardinar
Uma a uma palavra eu dou belos cortes e as rego com amor
Perfumadas como elas saem não há igual, são palavras ditas
Com alma ao rubro e alegre por estar aqui neste belo planeta
São as minhas palavras que eu quero recordar um dia
As palavras de amor que eu aqui escrevi, poema será?
Não sei e nem quero saber, mas sei que brotaram
Do meu alegre coração agradecido a ti...Meu belo poema...

betimartins

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