Bem

Foto de Neryde

Reflexão....

No caminho para o trabalho observo,
a paisagem, as pessoas.....
Todas indo de um lado pro outro,
sem nem se olhar,muito menos se falar.

Algumas seguem apressadas,
outras à passear, caminhar...
Pessoas sorrindo,conversando
e outras, às vezes chorando.

Umas seguem sozinhas com sorriso na face
e outras pensativas com olhar triste.
Enquanto umas carregam um ar de alegria,
porque algumas estão tão sérias?

O que pensam essas pessoas?

Pensam em quanto o mundo é injusto,
poucos com tanto, tantos sem nada.
Quanta exploração feita por nós próprios,
à nossos semelhantes!

Nada justifica sermos
tão mesquinhos...
Causarmo-nos tantos infortúnios,
se na essência somos iguais!

Biologicamente nascemos e morremos,
renovamos o ciclo da vida.
Sofremos por sentimentos e dores,
comuns nas diversas etapas da vida.

Acredito e imagino uma terra
com menos avareza,
os homens irmanados lutando
pela busca da paz!

Unidos contra inimigos comuns
como a fome, a doença ,a dor
e outros tantos sofrimentos,
preconceitos e conceitos.

É imcompreensível que se perca
tanto tempo,dinheiro e "tecnologia"
na fabricação de armas químicas,
biológicas que só causam à morte.

A evolução tecnológica,
em busca do bem estar
que alcança alguns,privilegia outros.
E o bem comum,ainda fica a desejar...

Na minha opinião ainda somos,
o homem dos primórdios,
nos dias atuais , em relação
aos direitos universais...

Privilegiamos a guerra,a manipulação,
a escravidão que ainda impera.
Pela força do poder do dinheiro,até então
mal necessário para nossa sobrevivência.

Nossa política corrupta é quem detém,
o poder do dinheiro que influi no destino,
de cada um de nós em particular
e no de nós todos, no conjunto.

Quanto mal ainda causará o domínio,
desta minoria corrupta e injusta
a esta maioria submissa e reclusa?

Deus foi nosso criador, mas não será
interventor do nosso "destino".
Somos nós maioria submissa,que devemos
resolver nossos problemas familiares.

Portanto numa grande dimensão,
caminhemos nós então!

Foto de HELDER-DUARTE

Conhecer-te

Jesus que ser és?!...
Claro que sei, bom seres,
Cheio de todo o poder,
Que me fizeste renascer.
Ainda mais meu ser,
Canta, pelo teu poder,
Que levanta,
Esta humana alma...
Que sem ti, não consegue tirar,
Do meu peito de existência humana,
Força tamanha,
Para te adorar.
Também sei Jesus,
Que para dar vida, aos débeis seres racionais, a cruz
Tomaste, para torná-los espirituais.
Ainda este material de pó sabe...
Que és Deus e Senhor,
Cheio de eterno amor...
Mas deixai-me entoar, esta parte final,
Com todo o ar,
Que de ti vem...
Lutando contra o mal, a favor do bem...
Senhor em conclusão.
Com quanta força tem este coração!...
Em alta voz, em oração,
Clamar: Deixa-me conhecer-te,
Ainda de tal modo,
Que esse conhecimento, em mim,
Faça o mundo, estremecer...
Diante de ti!!!...

Helder Duarte

Foto de Pseudo_Poeta

Tu, Só Tu!

Tu, só tu...
Transformas cada noite singela
Enregelada pelo impiedoso Inverno,
Criando a mais bela tela de aquarela
Com um intenso Verão pintado nela.

Tu, só tu...
Emanas esse brilho constante,
Sobressaindo as cores da nossa amizade,
Moves-te com arte provocante,
Deleito-me com a tua divindade.

Tu, só tu...
Com esse teu desejo intenso
Que me põe em suspenso,
Fico curioso propenso,
Neste enredo imenso
A que eu pertenço.

Tu, só tu...
Me fazes planar numa galáxia estelar,
Rumando-me a ti para teus lábios beijar.
Apenas aproveitar cada luar,
Unidos, fundidos em qualquer lugar,
Eterna chancela que nos apazigua,
Minha alma em tua alma por fim desagua.

Tu, só tu...
Me provovas, convocas ao altar do prazer,
Cada respirar, cada arfar, cada falta de ar,
São sinónomos famosos que fazes acontecer,
Saber o teu corpo de cor
Percorrê-lo com a mente,
Dá-me um intenso calor.
Vermelha é a côr do meu corpo em fervor,
E solta-se a corrente deste erotismo premente!

Tu, só tu...
Me fazes delirar,
Agitas o meu Mundo,
Fazendo-o girar.
É o pensamento profundo,
É o meu temperamento,
Apesar do crescendo,
Só a distância lamento.

Tu, só tu!
Me envolves assim,
Estimulas o melhor que há em mim,
Imagino palavras que sorriem para mim,
Construo castelos que palpitam sentidos,
De muralhas bem fortes e guardas destemidos,
Elaboro versos submersos em pranto perdidos,
Escrevendo poemas que jamais serão esquecidos!

Hugo Andrade 2007/03/1

Foto de Francisca Lucas

("Antes Da Letra a Melodia")

Se eu quiser
Fazer
Uma canção,
Tenho que escrever
Uma "letra" boba.

Bem antes criar
A melodia,
Sem pensar
Em poesia.

Será como encher
Mochilão,
Antes das férias
Com coisas supérfluas.

Se couber
Deixa ficar
"Tá limpo"
É só fechar,
Viajar na canção.

É como quebra cabeça,
Se a peça
Encaixar,
"Tá tudo em cima".

Vamos ao final,
Etc e tal
E sair cantando!...

__Francisca Lucas__

Foto de Jojo

Vem*

Vem até mim e agarra-me,
com esses braços com que em outrora me agarraste,
vem até mim e fica comigo
sussurra-me ao ouvido que te enganaste..

dá-me a mão para juntos corrermos
o arco-íris do amor,
eu vou contigo para conhecermos
a outra parte do que denominam dor.

não me largues, que sem ti parte de mim morre
e a minha mente eleva-se ao submundo,
fica bem ao meu lado com doçura
que eu revelo-te o amor lá do fundo.

Roubaste-me o coração bem depressa
és Homem de palavras mas não de ambição
quando te disse que queria e que te amava
foste-te embora em vez de me dares a mão.

Não conseguiste entender quem te amava
preferiste iludir-te com uma sombra,
ficaste cego de recordações
e sem nada a dizer, voaste como uma pomba...

A chave continua a ser tua
o meu pensamento a ti pertence,
foste o ultimo Homem a possuir-me
a minha alma na solidão se sente..

Preciso de ti para viver
para a atingir a felicidade,
preciso de ti para perceber
que te amo de verdade.

Foto de Junior A.

É noite...

É noite, sinto-te pela casa, em passos, por entre os espaços, vazios de ti. Logo há de chegar, as velas, sobre a mesa queimam e se gastam, em um pouco da esperança de logo ver-te.
Teu perfume, ameno paira pelo ar, mistura-se ao aroma das pétalas que cuidadosamente deixei ao chão, da casa, escuro, escuso de si em saudade, luzes apagadas, tudo em silêncio, realçado apenas com o brilho das estrelas, distantes, ao céu, que se intrujam por entre os vidros da janela da sala.
Dar-se o tempo, oiço, bate a porta, chegas, um tanto atrasada, envolta por pingos da chuva, que serôdia se derrama, como em pranto, fraco, presente. Num vestido vermelho, rente ao corpo, cabelos soltos, olhos sôfregos e coração pulsante, insegura talvez, mas bem delineada para com teus anseios. Despojas o teu vestido, único acessório que cobria tua pele, branca, teu cheiro inunda os cantos, os meios, os lados que não se viram, que não se vê. Teu libido grita por entre teu olhar, serrado, fitado em mim. Entras por entre porta, cala-me o dizer com tua língua que afaga a minha, tuas mãos inquietas, tua estuga em achar-me. Dou-me ao palor de outrora, acomete-me a dor das amarras.
Desato-me do teu beijo que queima em meus lábios, afasto-me do teu quadril que o meu procura, no desejo de encaixar-te. Cá, não me cabe. Não se desatina a mente, liga-se as luzes que não escureciam, já que lúcido ainda estava. Recolho teu calçado por sobre tapete, lhe devolvo o vestido que se perdera no caminho e peço-te:
- Vai embora.
Teu desejo, mais que tua nudez me assusta, tamanho é o infortunio que nada mais de ti desejo. Enamorei-me por tua alma, nua, onde a beleza intacta se apura ao decorrer do tempo. Vá, cubra os teus excessos, procure-me no dia em que isento de mim mesmo, ei de querer-te apenas num corpo, sem alma. Deixa-me só agora, como quase em todo o tempo estou, apague as luzes antes de ir por favor, deixe apenas o vinho, o cheiro que não se vai, para apetecer-me a sonhar com o dia em que ei de encontrar, a nudez, que tua pele sem roupa esconde.
Permita-me pensar, que cá ainda não chegaste, para quem sabe assim, ter de ti aquilo que em verdade almejei.

Foto de rafaa

Receita para se esquecer um amor

Um dia uma amiga me perguntou:
- Rafa, como faço pra esquecer um amor?
Aquela pergunta merecia uma resposta, mais qual?
Como eu responderia uma pergunta pela qual eu também gostaria de saber a responta.
No supetão qualquer pessoa responderia:
- Esquecendo.
Mais como assim ¨esquecendo¨?
Esquecer não é olhar mais na cara, nem rabiscar o nome do caderninho e muito menos bloquear no msn.
Mais então o que é esquecer?
Como posso esquecer?
Dizem pra dar tempo ao tempo.
Mais quem é esse tal de tempo?
Onde será que ele mora que demora tanto pra chegar?
Então minha amiga ou seja lá quem quer que queira saber como esquecer um amor.
Você pode pega uma caneta, aquela bem coloridinha sabe, escrever o nome dele(a) em um papelzinho, bem fofinho.
Depois fazer uma fogueira minuscula igual aquela que toda menina fazia nas suas historinhas de Barbie, rasgar o papelzinho com o nome do dito cujo ou a dita assim como aqueles bilhetinhos escritos na sala de aula que você partia em 1000 pra ninguém descobrir que seu coração batia mais forte por aquele(a) garoto(a) da sua sala ou que você havia dado seu primeiro beijo e claro botar fogo, afinal pra que servem as fogueiras?
Você me pergunta:
- É essa a receita para se esquecer alguém?
Eu digo:
- Minha amiga, de nada adiantaria isso, não existe receita alguma para se esquecer alguém ;)
Faça isso, quem sabe assim o tal ¨tempo¨ não pega o avião e vem logo resolver seus problemas.

Foto de Magroalmeida

Saudade

SAUDADE

Saudade é um sentimento
E por ser um sentimento, habita
o coração de todos os seres humanos...

Haverá, sempre, um dia, ou muitos dias,
em que ela chegará, bem quietinha,
trazida por uma brisa suavemente
perfumada e sorrateiramente vai se
alojar no fundo do nosso coração...

Não adianta resistir
Quanto mais tentamos descartá-la
mais ela vai se perpetuando em nossa alma
e de uma simples garoa pode
transformar-se numa violenta tempestade

A saudade não deve ser temida porque
na verdade ela é uma fiel e eterna companheira
Nunca avisa quando vai chegar, mas sempre
chega trazendo flores para acariciar
O nosso coração.

Ela é um alento de paz que nos transporta
aos bons momentos vividos.

A saudade nunca é violenta e sempre
marcará a sua forte presença
em nossas recordações
Do passado...
Dos amores...
Das paixões...

Ah! Minha doce saudade
Estou com saudades de você!

Mar/2007

Magroalmeida

Foto de Zedio Alvarez

A Deusa do Xadrez

Sou professor de xadrez e admiro muito esse esporte que me conquistou pela lógica dos seus movimentos, pela magia que impõe à nossa vida, fazendo-nos ser guiados pelo mundo quadrado e mágico de um tabuleiro, representando o nosso universo imaginário, elevando a nossa auto estima, fazendo-nos pensar a cada momento, trazendo satisfação e com isso antecipando a nossa felicidade num simples xeque mate da eternidade.
Sempre participo de torneios pelo Brasil e América do Sul , aumentando ainda mais a vontade de jogar, pois abre o nosso leque de amizade transpondo as fronteiras dos idiomas fazendo dele, o xadrez, uma linguagem universal.
Eu tenho muitas histórias para contar do mundo do xadrez e sem dúvidas a mais espetacular de todos os tempos foi uma experiência vivida na Argentina, mais precisamente em Buenos Aires, em fevereiro de 99, quando disputei um torneio em nível mundial, contra enxadristas de várias nacionalidades.
Tive a oportunidade de conhecer alguns grandes mestres de xadrez e viver uma aventura apoteótica com uma Mestra Espanhola, chamada Lucy Polgar, que agora passo a contar nos mínimos detalhes no tabuleiro da minha vida.
Ao começar a primeira rodada enfrentei um mestre argentino, Luiz Martinez, de grande potencial e que tive muitas dificuldades para enfrenta-lo e vence-lo, não só por causa de sua habilidade com um jogo muito forte, mas com um obstáculo por ter me desconcentrado do jogo, uma boa parte do tempo, vindo a ameaça de uma retumbante derrota, da outra fileira de competidores.
Quis as coincidências que só o Deuses do xadrez explicam, que a Mestra Lucy Polgar ficasse justamente a minha frente. Ao apresentar-me na recepção do Hotel Ondas Del Mar, a mesma já lançava olhares venenosos para minha pessoa, como se já arquitetando algumas jogadas para um possível encontro “enxadrístico” entre nós, provocando por inteiro a minha libidinosidade,
Ela era uma das maiores enxadristas de todos os tempos e possuía um jogo denso, cheio de combinações e ciladas, convidando a nossa vontade para duelá-la.
A mesma estava em processo de litígio com o seu esposo que não concordara com a sua vinda para participar daquele torneio. Eu já era fã incondicional daquela beleza morena de cabelos negros e de um sorriso simplesmente fantástico.
Durante toda partida com o argentino, ela ratificou o que antes já fizera no nosso primeiro contato, só que além dos olhares cruzados, ela lançou uma nova arma sedutora, que foi uma amostra de suas coxas roliças e a cada cruzamento dos nossos olhos, contribuía para que em alguns momentos eu vislumbrasse a sua calcinha azul, me atraindo para aquele campo minado de tesão. Ela estava com uma minissaia Jean, que serviu de pretexto para que aquela cena maravilhosa de suas lindas pernas, fossem vistas pelos meus olhos de radares.
A cada intervalo das rodadas nossos caminhos se cruzavam e os flertes eram incisivos. Chegamos a duo monologar em alguns instantes sobre a forte pressão do momento, fazendo com que o coração e a voz desentoasse na sinfonia, pela falta de respiração. Num desses momentos falei do filme, Lances Inocentes que estava em cartaz, e propositadamente iríamos assistir na parte da tarde.
Chegamos juntos ao cinema e sentamos lado a lado. Permanecemos alguns minutos sem propalar nenhuma palavra, incentivados pela emoção que nos causava uma ebulição corporal. Ficou claro que o filme seria um motivo, para aquele primeiro encontro. Fazendo jus ao nome “lances inocentes” começamos a participar do estrelato sendo protagonistas daquela fita. Ela começou a falar da sua vida matrimonial, que não estava bem entrosada e que aquele torneio tinha sido o estopim para desencadear a sua separação. Falamos muito sobre xadrez é claro, mas principalmente da minha admiração e minha idolatria pela aquela beleza basca. Ela contra atacou falando que já tinha visto algumas partidas minhas e que era seu sonho me conhecer. Fiquei lisonjeado com a afirmativa da Dama do xadrez.
Nossos scripts foram deixados de lado e começamos a atender o que a emoção pedia insistentemente. A essa altura estávamos abraçados e nossas bocas começaram a ir de encontro fazendo uma junção perfeita, amaciada pela saliva quente com gosto de hortelã. A língua como sempre fez seu trabalho de coadjuvante. A partir daí as nossas mãos tomaram um rumo ignorado pela razão, mas aceito pelo desejo, que mandava na nossa contracena. Elas procuraram a sua fenda quente e orvalhada que foi totalmente massageada. As dela também fizeram a sua parte indo de encontro ao meu instrumento medidor de temperatura que estava fumegante e já a ponto de explodir diante de tanta pressão. Foi quando fomos interrompidos pelo final do filme, “o outro”, e tivemos que nos retirar do ambiente. Fiz um convite formal à mesma para jantarmos a noite no meu apartamento, aproveitando para estudarmos algumas táticas, estratégias, revermos algumas jogadas e jogarmos algumas partidas. Ela prontamente aceitou.
Justamente às nove horas ela bateu suavemente na porta, cujas batidas ecoaram na minha imaginação com o acompanhamento do meu alegre coração que vibrava com aquele encontro triunfal da minha vida.
Ao abrir a porta, deparei-me com aquela beleza rara, a qual estava com um vestido azul, que trazia um decote deixando-a praticamente com seios à mostra, fazendo com que a temperatura ambiente do cenário preparado, se elevasse deixando o clímax a beira do pecado. Surpreendi-me quando fui tomando de assalto num beijo interminável, sendo que as nossas salivas misturadas produziram uma fórmula química que alterava ainda mais o nosso ciclo hormonal fazendo girar em energizar todo nosso corpo, provocando o aceleramento dos batimentos cardíaco.
Eu como um bom estrategista, senti-me na obrigação de tomar a iniciativa do combate e ali comecei a depenar sem pressa aquela Águia Real de plumas azuis. Queria degustar de todas as regiões daquele corpo escultural. Comecei a usar uma das minhas armas fatais, a língua, num passeio pelas suas coxas queimadas e sua duna que possuía um farto areal. Fui a cada localidade sempre a reverenciando com palavras poéticas, com a língua banhando suas fartas áreas e dando o seu recado. Nos seus seios com forma de pêra passei um bom tempo mamando e me alimentando daquele leite afrodisíaco, com a voracidade de uma criança faminta.
Todo ritual seguia o que planejei para uma estratégia vitoriosa. Comecei a pegar o caminho em direção a gruta do amor, contornando o umbigo que a fez suspirar. E chegamos a Terra prometida. Deparando-me com aquela fonte maravilhosa de prazer, constituída de pelos escuros cuja superfície já estava molhada provocada por uma chuva de essência nectal. A essas alturas a paciente Rainha me pedia para dar-lhe um xeque mate de imediato formalizando um convite para ser o dono do seu reinado do amor; mas ainda tive a humildade de pincelar toda aquela arquitetura lapidada pela natureza que minava através de uma água salobra, fazendo com que a minha sede aumentasse ainda mais. Ela retribuiu toda minha receptividade lingual e deu um verdadeiro show no meu universo corporal. Matematicamente falando, nossos corpos paralelos, traçaram perpendiculares, e numa junção geométrica, construímos várias figuras, num jogo constante e simultâneo de trocas de carícias e gentilezas.
O incrível é que a cada variante escolhida através dos meus planos ela já conhecia, seguindo o caminho que nos levava ao desfecho extasial, ditando palavras ofegantes e sussurrantes, no bailar da dança de nossas massas corpóreas. No balanço produzido pelas nossas almas, havia um sincronismo perfeito no vai vem dos nossos músculos picantes.
E chegamos ao ápice final de uma partida magistral. Levando-a para um tabuleiro de almofada prontamente preparado para aquele duelo, executei-a atendendo a sedutora ordem expressa, vinda da voz desesperada de uma fêmea. Estávamos no limite e uma explosão não tardaria. Foi justamente o que veio acontecer, com um mate único e preciso na história de um amor enxadrístico. Invadi o castelo de amor, da minha Deusa com fervor. Aquela bela rainha virou uma felina feroz quando despejei todo meu líquido seminal naquela fenda quente e gostosa. Foi um momento único e monumental. Sem dúvidas foi uma das maiores experiências amorosas que tive na minha vida.
Desfalecemos e sonhamos... Ao acordarmos pela manhã jogamos mais uma partida, que também foi espetacular. Fizemos alguns planos e decidimos concluir o torneio, o qual faltava apenas duas rodadas para o seu encerramento.
– Ah! Vocês querem saber da nossa colocação no torneio de xadrez?
– Deixa pra lá... (risos)
Ela queria conhecer o Rio de Janeiro, falando que um dia tinha sonhado desfilando numa escola de samba carioca. E pegamos o primeiro vôo para o Rio numa viagem onde não nos desgrudamos nenhum segundo um do outro. Ainda vivíamos das imagens da noite de amor inesquecível.
Eu tinha um certo conhecimento com a diretoria da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio e conseguindo contatá-los, prontamente atenderam o nosso pedido, viabilizando a participação da mesma numa ala de destaques da Escola, tornando possível a realização do sonho de minha Rainha Espanhola.
No dia seguinte embarquei a mesma para Barcelona. Nunca deixamos de nos corresponder... Só quando a saudade resolveu entrar em cena...
Um ano depois ela resolveu voltar ao Rio de Janeiro para morar, se tornando uma Professora de xadrez e hoje trabalha nas comunidades carentes, divulgando a nossa nobre arte enxadrística. Reatou por questões de conveniências com o seu marido e de maneira parcial ele resolveu acompanha-la. Mas o mesmo não vai a torneios justamente para evitar a ciumeira doentia que ele tem, e assim tempos a oportunidade de “jogarmos” muitas partidas de xadrez por esse Brasil afora. Mas ele tem razão, porque ela chama atenção do público com a sua exuberante beleza em qualquer local onde esteja.
Continuo me comunicando com aquela Realeza através do MSN, e quando sobra um tempo dos meus afazeres no estado de Pernambuco onde trabalho, vou ao encontro daquela fêmea fantástica, participar de torneios e realizando partidas espetaculares fazendo dos nossos “lances inocentes”, um lance surpresa para alimentar a nosso espírito na eterna jogada da vida.

F I M

Foto de Dennel

Prisioneiro de mim

Olhos fixos nas estrelas brilhando
Assim vou levando a vida
Olhos fixos nas ondas do mar
Sigo em meus pensamentos

Pensamentos que esvoaçam
A procura do momento
Da frase, do gesto, da ação
Que me tornou saudoso

Não quer me dizer quando foi?
A inocência me faz esquecer
Onde te magoei, te feri
Suplico, não me abandones!

Sinto o mar como um simples aquário
Onde estão contidos meus sentimentos
Presos na saudade, na angústia
Buscando o teu perdão

Sou prisioneiro de mim
Prisioneiro do medo, da dor
Á procura da liberdade
Vou seguindo, com esperanças

De libertar o animal que há em mim
De fazer aflorar o amor que sinto
De gritar bem alto, para todos ouvirem
“Que eu te amo muito!”

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