Bem

Foto de iDinho

Annabella


Hoje vou fazer um poema.
Minha garota o merece.
Doces olhos e sorriso estonteante são os seus.
Seu semblante para os leigos traduz,
A paz que qualquer mortal pedira a Deus.

Nunca precisei de resposta alguma quando com ela
Horas passadas, intrigas e discussões outras tive.
Mas nesse momento onde estás? O que pensas?
Seu coração bate como o meu?
Olho para o céu e mais uma vez dou-te a lua que me pediu.

Minha garota.
Minha menina que com seu vestido florido,
Reluz a beleza da mulher que sonhara ter em minha vida.
Tua boca insinua nobres palavras de carinho a quem te persegue
E com tamanha delicadeza, faz-me molhar o rosto com uma lágrima de felicidade desgovernada.

Um dia, frutos deste amor eu espero ver brotar.
E assim como as linhas que vos dedico quando te vejo,
Penso em dá-las ou mais à Alice e Annabella,
Pois tal como esta “flor-bella” que um dia almejei ter e consegui
Quero poder dedicar meu caminho, noites e pensamentos,

Bem como faço a você minha
Annabella.

Foto de hanjo

O tempo

Intocável, infalível.
Passa, não para, não deixa
E só é lento
Quando pagaríamos pra ser rápido
E sempre é veloz
Quando rezamos para ser vagaroso
Sempre nos faz sentir
Que está presente e competente
Malvado seja
Quando do lado dela
Ele resolve apressar
E dias passam como horas
Mas mais perverso é
Quando estou longe dela
Na espera, aguardando
Pois me faz crer
Que eras inteiras passam
Como se fossem minutos
Einstein bem tentou
Mas o tempo age por si só
E sempre contrário ao amor...

Foto de joão jacinto

Conteúdos de amar

Procurei no tempo,
a vontade para amar-me.
Nunca encontrei horas,
nem dias disponíveis.
Vivo multiplicado
de insatisfação,
cedendo à exigência,
de quem frustrado,
ama a minha obediência,
o meu perturbado silêncio
e castigo o impulso do não.
Viciado no prazer dos outros,
sou o enforcado,
estrangulado de anulação...
Ou o ramo da virtude,
que se quebra
com a obesa dor
e caia a liberdade
de quem me queira bem,
de quem me oriente,
no caminho não periférico,
do meu amor.

Não há formas de ser,
mas conteúdos de amar.

Foto de joão jacinto

Mortais pecados

Olho-me ao espelho, debruado de talha,
luminosamente esculpida, dourada
e pergunto-me ao espanto das respostas,
na assumida personagem de rainha má,
quem sou, para o que dou, quem me dá.
Miro-me na volumetria das imagens,
cobertas de peles enrugadas,
vincadamente marcadas,
por exageros expressivos,
de choros entre risos,
plantados nos ansiosos ritmos do tempo.
Profundos e negros pontos,
poros de milimétricos diâmetros,
sombras cinzentas, castanhos pelos,
brancas perdidas entre cabelos,
perfil de perfeita raiz de gregos,
boca carnuda, gretada de secura,
sedenta de saudosos e sugados beijos
de línguas entrelaçadas,
lambidelas bem salivadas.

Olho fixado no meu próprio olhar,
de cor baça tristeza,
desfocando a máscara, de pálido cansaço
e não resisto ao embaraço de narciso;
sou o Deus que procurei e amei,
em cumprimento do milagre
ou o mal que de tanto me obrigrar, reneguei?
Sou o miraculoso encantador a quem me dei
ou a raposa velha, vaidosa, vestida de egoísta,
com estola de alva ovelha, falsa de altruísta?

No meu lamento, a amargura porque matei;
sangrando a vítima, trucidei-a em ranger de molares,
saboreei nas gustativas variados paladares,
viciadas no prazer da gula do instintivo porco omnívoro.

Rezo baixinho, cantarolando, beatas ladainhas
de pecador que se rouba e se perdoa,
a cem anos de encarceramento.

No aliciamento cobiçante de coxas,
pertença de quem constantemente
me enfrenta, competindo nas mesmas forças,
traindo-me na existência do meu possuir,
viradas as costas, acabamos sempre por fingir.
Entendo velhos e sábios ditados,
não os querendo surdir em consciência.
Penso de mim, a importância de mais,
que outros possam entender,
sendo comuns mortais,
minha é a inteligente
certeza do enganar e vencer.

Sadicamente bofeteio
rechonchunda face de idealista tímido,
de quem acredita e se deixa humilhar,
dá-me a outra, para também a avermelhar.

Vendo-me a infinitas e elegantes riquezas,
de luxúrias terrenas, orgias, bacantes incestuosas,
sedas, glamour, jóias preciosas,
etiquetas de marca,
marcantemente conotadas
que pavoneiam a intensa profundidade da alma.
Salvas rebuscadas, brilhantes de pesada prata,
riscadas de branco e fino pó.
Prostitui-me ao preço da mais valia,
me excita de travesti Madalena,
ter um guru para me defumar, benzer e perdoar,
sem que me caía uma pedra na cauda.

Adoro o teatro espectacular,
encenado e ensaiado em vida,
mas faço sempre de pobre amador,
sendo um resistente actor.
Escancaro a garganta para trautear,
sem saber solfejar.
Gargarejo a seiva da videira,
que me escorre pelo escapismo do meu engano,
querendo audaciosamente brilhar,
descontrolando o encarrilhar,
do instrumento das cordas da glote,
com a do instrumento pulmunar
e desafino o doce e melódico hino.

Sou no vedetismo a mediocridade,
que se desfaz com o tempo,
até ser capaz de timbrar,
sem ser pateado.

Acelero nas viagens
que caminham até mim,
fujo do lento e travo de mais.
Curvas perigosas, apertadas,
que adrenalinam a fronteira do abismo.
Fumo, bebo a mais
e converso temas banais,
por entre ondas móveis,
que me encurtam a pomposa solidão,
nada é em vão.

Tenho na dicção um tom vibrado e estudado,
de dizer bem as palavras que sinto,
mas premeditadamente minto
e digo com propósito sempre errado.
Sou mal educado, demasiado carente,
enfadonho, que ressona e grunha durante o sono.
Tenho sempre o apreçado intuito do saber,
do querer arrogantemente chamar atenção,
por me achar condignamente o melhor, um senhor,
sem noção do que é a razão e o ridículo.
Digo não, quando deveria pronunciar sim.
Teimosamente rancoroso, tolo,
alucinado, perverso, mal humorado,
vejo em tudo a maldade do pecado.
Digo não, quando deveria embelezar a afirmação.

Minto, digo e desfaço-me de propósito em negação.

Mas fiz a gloriosa descoberta do meu crescer,
tenho uma virtuosa e única qualidade;
alguém paciente gosta muito de mim.

Obrigado!

Tenho de descansar.

Foto de Mitchell Pinheiro

Vestígios de um futuro feliz numa vida que não vivo mais

Dialogávamos tão bem em silêncio
Na sintonia dos olhares
Multiplicávamos os sorrisos
Criávamos nossa perfeição
Até a felicidade, tão rara nesse mundo,
Tão buscada, tão arisca...
Foi tão íntima de nós dois
Bailava entre o calor de nossos abraços
Brincava com nossas emoções tornando-nos três crianças
Extrapolava os limites do ilimitado quando da unificação de nossos corpos
A vida sabia que me era impossível viver sem ti
Mesmo assim levou-te causando meu óbito
Agora só respiro irrealidades
Sobrevivo de lembranças não vividas
Brincando com as crianças que não tivemos
Sorrindo os sorrisos que não demos
Sempre achei que era impossível separar duas almas tão unificadas
E tive certeza disso quando me furtaram sua presença física
Mas a vida não tem força para apagar uma fantasia tão real
E não preciso mais da realidade
Os sonhos são tão mais belos
E você vive eternamente em meu devanear.

Foto de angela lugo

Nosso Outono Amor!

È outono...
E quando olho através do vidro
Da janela do meu quarto

E ouço o vento soprando...
Olho as folhas amareladas
A caírem como plumas

E, eu a olhar...
Em cada folha que cai
Vejo o reflexo de seu rosto

Abro a janela...
E tento pega-la, mas que agonia...
É somente em meu pensamento

Quando a sinto na mão...
Sua imagem desaparece...
Como que por encanto

Mesmo assim continua a olhar...
Na esperança de teu rosto
Voltar a brilhar...

O tempo passou...
O outono se foi...
Como muitos outros...

O vento calou-se...
As folhas já não caem...
Olho a calçada tudo limpo...

Nada mais para olhar...
Apenas essa tristeza de...
Esperar... Esperar... esperar

Que logo chegue o outono...
E quem sabe ver teu rosto
Não nas folhas que caem

Mas bem juntinho ao meu
Para que possamos olhar
As folhas a caírem...

E nosso amor brilhar...
Assim como a lua ilumina nossas noites
E o sol ilumina nossos dias

Foto de Joao Fernando

Dentro do carro...

Dentro daquele carro apertado
Não cabia tanto desejo
Tanto é que os beijos foram contidos...
Nossos corpos não se ajeitavam
Nossas bocas escorregavam
Procurando a melhor posição

Foi de repente... Muito de repente a minha decisão
Ou parava o carro ou, perderia o seu beijo
Senti que a velocidade me roubava esse desejo
Pois, desceria do carro e só me daria um adeus
Então, resolvi apelar e desviei do destino ingrato

Colei meus lábios nos seus e você não reagiu
Pensei então que estava errado ao te julgar
Pois, me beijaste com carinho e eu não acreditei
Achava que não queria e por isso me envergonhei

Seu corpo se entregou aos meus pedidos
E a minha sede saciou-se em seus seios
A nossa formalidade logo se transformou em indecência
E quando percebi estava em brasa...

Busquei seu corpo de todas as maneiras
No toque das minhas mãos,
No frenesi da minha língua,
Nas minhas coxas contra as suas...

Ah! Delírio te querer...

Foi um início de prazer que se perpetuará
Uma sensação de bem estar tão sonhado
Pois, diante de tantas incertezas,
Aquele momento tornou-se um sonho-real

Foto de Izaura N. Soares

Fogo da Paixão

Autor: Izaura N. Soares

Quando sinto o fogo da paixão
Sinto o amor que me acalenta,
O bem que me sustenta,
O bem que me fortalece.

Ando por caminho escorregadio
Não sei se choro ou se rio,
Me arrisco no amor,
Na esperança sem dor.

Mesmo quando choro a alegria
Aparece me dando força, me
Animando, para suportar o
Transtorno do dia.

Me pego pensando, me pego
Sonhando, num sonho
Imaginário, onde vejo meu
Coração perdido num deserto
A espera do incerto, mas com
A certeza do certo.

Olho para o céu cinzento a
Espera de uma ilusão que por
Um momento se transformou;
Num fogo da paixão.

Foto de francineti

Lembranças da minha infância

Eu era pequena,
mas eu lembro
Aquela casa grande
Um belo quintal...
eu brincava, minha mãe plantava
e você pai tantos animais criava
tinha pato, tinha galinha,
tartaruga e até cotia
Lembras daquele dia?
Danada no quintal eu me escondi, mas aquele dia...
uma chuva torrencial acontecia
eu atrás de uma goaibeira me escondia
Todos me procuravam
não desconfiavam
Que com o vizinho
eu brincava de dar beijinho
estávamos os dois bem escondidinhos.

Foto de angela lugo

Êxtase

Feche seus olhos deixe-se levar
Pelo doce sentir do prazer
Que podes ter no teu corpo nu
Relaxe teu corpo... Abra tua mente
Deixe o êxtase de um todo penetrar
Em cada poro de sua pele
Ele caminha em sua direção
Chega de mansinho e calado
Delicadamente passa as mãos em seus cabelos
Agora sinta seus dedos sobre sua pele
Macia... Aveludada... Como um pêssego
Sinta o deslizar suave em teu corpo
O toque em seus lábios... Sem beijá-los
O toque em seus seios... Seu ventre
Suas costas... Suas nádegas
Suas virilhas... Seu púbis
Suas pernas tão bem torneadas
Ah! Que prazer delicioso esse tal sentir
Teu corpo aquecendo vagarosamente
Com tanto prazer sentido
Deixe-se levar por cada toque
Em cada pedacinho do teu corpo
E delicie-se por completo
No fundo tua alma implorará calada
Que a possua deliberadamente
Mas, o prazer de sentir não deixará
E apenas não passará do teu pensamento
Este é o êxtase do simples toque
Que toca lá no fundo do teu sentido
Chamado prazer de sentir o toque amado
Não irás retribuir... Apenas sentir
Sem retribuir o prazer oferecido
Daquele que depois irá te possuir

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